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Edição n.º 1007
29/10 a 31/10/2013
 
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EFEMÉRIDES

Dia 29/10: 302.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1991, a sonda Galileu faz a sua maior aproximação de 951 Gaspra, a primeira a visitar um asteróide.
Em 1998 o vaivém espacial Discovery partia para o espaço levando a bordo o astronauta John Glenn de 77 anos.

Glenn, que fora o primeiro norte-americano a orbitar a Terra em 1962, tornou-se deste modo a pessoa mais velha a alguma vez ter estado no espaço.
Observações: Olhe bem alto para Nordeste após o anoitecer à procura de Cassiopeia. Com a Lua fora do céu, é agora uma boa altura para encontrar alguns enxames e nebulosas da constelação com a ajuda de uma mapa celeste ou de software informático.
Assim que seja visível, observe telescopicamente Júpiter e conseguirá discernir as sombras de Europa e Io por cima da atmosfera do planeta. A sombra de Io desaparece pelas 23:30 e da Europa pelas 00:30 (de dia 30).

Dia 30/10: 303.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1985, o vaivém espacial Challenger é lançado na STS-61-A, a sua última missão bem sucedida.

Observações: Maior elongação Este de Vénus, pelas 14:42.
Aproveite a noite para observar telescopicamente a Galáxia de Andrómeda (M31). Consegue discernir as companheiras mais pequenas, M32 e M110?

Dia 31/10: 304.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 2000, lançamento da Soyuz TM-31, transportando a primeira tripulação residente da Estação Espacial Internacional.

A ISS tem sido tripulada continuamente desde aí.
Observações: Este ano a Noite das Bruxas não tem Lua. Aviste Vénus a Sudoeste ao lusco-fusco, e Vega muito alta a Oeste após o anoitecer. Para cima de Vega está Deneb. A uma maior distância para a esquerda de Vega, procure Altair.

 
CURIOSIDADES


O Sol é composto principalmente pelos elementos químicos hidrogénio e hélio: correspondem a 73,46% e 24,85% da massa do Sol na fotosfera, respectivamente. Todos os elementos mais pesados correspondem a menos de 2% da massa. Os elementos mais pesados e abundantes são oxigénio (0,77%), carbono (0,29%), ferro (0,16%), neón (0,12%), nitrogénio (0,09%), silício (0,07%), magnésio (0,05%) e enxofre (0,04%).

 
ESTUDO DESCOBRE QUE MUNDOS DE CARBONO PODEM NÃO TER ÁGUA

De acordo com pesquisa teórica financiada pela NASA, planetas ricos em carbono, os chamados planetas diamante, podem não ter oceanos.

O nosso Sol é uma estrela pobre em carbono e, como resultado, o nosso planeta Terra é composto principalmente por silicatos, não carbono. Pensa-se que as estrelas que têm muito mais carbono que o Sol, por outro lado, fabriquem planetas repletos de carbono e, talvez, até camadas de diamantes.

Ao modelar os ingredientes nestes sistemas planetários à base de carbono, os cientistas determinaram que não têm reservatórios de água gelada, que se pensa fornecer oceanos aos planetas.

Impressão de artista que ilustra o destino de dois planetas diferentes: o da esquerda é parecido com a Terra, constituído principalmente por rochas de silicatos com oceanos à superfície. O da direita é rico em carbono - e seco. As hipóteses são baixas de que a vida como a conhecemos, que requer água líquida, prosperasse sob condições tão estéreis.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"Os blocos de construção que entram no fabrico dos nossos oceanos são asteróides e cometas gelados," afirma Torrence Johnson do JPL da NASA em Pasadena, no estado americano da Califórnia, que apresentou os resultados numa assembleia da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronómica Americana no passado dia 7 de Outubro. Johnson, membro da equipa em várias missões planetárias da NASA, incluindo Galileu, Voyager e Cassini, passou décadas a estudar os planetas no nosso próprio Sistema Solar.

"Se acompanharmos estes blocos de construção, descobrimos que os planetas em redor de estrelas ricas em carbono estão secos," realça.

Johnson e colegas dizem que o carbono extra no desenvolvimento de sistemas estelares prende o oxigénio, impedindo-o de formar água.

"É irónico que se o carbono, o elemento principal da vida, torna-se demasiado abundante, rouba o oxigénio que teria composto água, o solvente essencial para a vida como a conhecemos," afirma Jonathan Lunine da Universidade de Cornell em Ithaca, Nova Iorque, um colaborador na pesquisa.

Uma das grandes questões no estudo de planetas para lá do nosso Sistema Solar, chamados exoplanetas, é saber se são ou não habitáveis. Os cientistas identificam tais planetas ao observar primeiro aqueles situados dentro da "zona habitável" em torno das suas estrelas-mãe, onde as temperaturas são quentes o suficiente para permitir água líquida à superfície. A missão Kepler da NASA já descobriu vários planetas dentro desta zona, e os investigadores continuam a analisar os dados do Kepler em busca de candidatos tão pequenos quanto a Terra.

Mas mesmo que um planeta se encontre nesta zona onde os oceanos poderiam, em teoria, existir, será que realmente existe água suficiente para molhar a superfície? Johnson e sua equipa abordaram esta questão com modelos planetários baseados em medições da relação carbono-oxigénio do nosso Sol. O nosso Sol, como as outras estrelas, herdou uma sopa de elementos do Big Bang e das gerações anteriores de estrelas, incluindo hidrogénio, hélio, nitrogénio, silício, carbono e oxigénio.

"O nosso Universo tem o seu próprio top 10 dos elementos," acrescenta Johnson, referindo-se aos 10 elementos mais abundantes no nosso Universo.

Estes modelos prevêem com precisão a quantidade de água presa sob a forma de gelo no início da história do nosso Sistema Solar, há milhares de milhões de anos, antes de fazer a viagem até à Terra. Pensa-se que os cometas e/ou asteróides sejam os principais fornecedores de água, embora os cientistas ainda debatam os seus papéis. De qualquer maneira, estes objectos começaram a sua viagem muito longe da Terra, para lá de um limite chamado "linha de neve", antes de colidir com a Terra e depositar água nas profundezas do planeta e à sua superfície.

Quando os cientistas aplicaram os modelos planetários às estrelas ricas em carbono, a água desapareceu. "Não há neve para lá da linha de neve," afirma Johnson.

"Todos os planetas rochosos não são criados de forma igual," realça Lunine. "Os chamados planetas diamante do tamanho da Terra, se existirem, são totalmente estranhos: sem vida, mundos desérticos sem oceanos."

Os resultados dos modelos computacionais que suportam estas conclusões foram publicados o ano passado na revista Astrophysical Journal. As implicações para a habitabilidade nestes sistemas foram o foco da reunião da Divisão de Ciências Planetárias.

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Artigo científico (formato PDF)
SPACE.com
redOrbit
Discovery News

Planetas extrasolares:
Planeta de carbono (Wikipedia)
Wikipedia
Lista de planetas confirmados (Wikipedia)
Lista de planetas não confirmados (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

Telescópio Espacial Kepler:
NASA (página oficial)
Arquivo de dados do Kepler
Descobertas planetárias do Kepler
Mapa das zonas de estudo do Kepler (formato PDF)
Wikipedia

 
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ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Título da imagem
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Ken Crawford (Obs. Rancho Del Sol); Colaboração: David Martinez-Delgado (ARI-ZAH, Univ. Heidelberg)
 
Aponte o seu telescópio na direcção da grande constelação de Pégaso e pode encontrar esta paisagem de estrelas da Via Láctea e galáxias distantes. Centrado em NGC 7814, este bonito campo de visão seria quase coberto pela Lua Cheia. NGC 7814 é por vezes chamada de Pequeno Sombrero devido à sua semelhança com a mais brilhante e famosa M104, a Galáxia do Sombrero. Tanto o Sombrero como o Pequeno Sombrero são galáxias espirais vistas de lado, e ambas têm grandes bojos centrais cortados por um disco fino de correntes de poeira em silhueta. De facto, NGC 7814 está a cerca de 40 milhões de anos-luz e mede aproximadamente 60.000 anos-luz em diâmetro. Isto faz com que o Pequeno Sombrero tenha o mesmo tamanho físico do seu parente mais famoso, aparecendo mais pequena e ténue devido à sua maior distância. Uma galáxia anã muito ténue, potencialmente um satélite de NGC 7814, é revelado nesta exposição profunda, logo abaixo do Pequeno Sombrero.
 

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