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Edição n.º 1026
07/01 a 09/01/2014
 
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ACTIVIDADES

31.01.14 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
20:30 – 23:00 - Apresentação sobre tema de astronomia, seguida de observação astronómica nocturna com telescópio.
Público: Público em geral, local: CCVAlg
Preço: 2€ - adultos, 1€ jovens/ estudantes/ reformados (crianças até 12 anos grátis)
Pré-inscrição: info@ccvalg.pt ou 289 890 922
Palestra sobre um tema de astronomia seguida de observação do céu noturno com telescópio (dependente de meteorologia favorável)

01.02.14 - DESCOBRINDO O SOL
15:00 – 16:00 (actividade incluída na visita ao centro; 1€ para participantes que não visitem o Centro – crianças até 12 anos grátis)
Observação do Sol em segurança para conhecer um pouco melhor alguns aspectos da nossa estrela. Público: Público em geral, local: CCVAlg

 
EFEMÉRIDES

Dia 07/01: 7.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1610, Galileu Galileiobservava pela primeira vez as quatro maiores luas de Júpiter, Ganimedes, Calisto, Io e Europa, mas só é capaz de discernir as últimas duas no dia seguinte.

Em 1968, lançamento da Surveyor 7.
Em 1985, a agência espacial japonesa, JAXA, lança a Sakigake, a primeira sonda interplanetária lançada por um país que não os EUA ou a União Soviética.
Observações: A Lua encontra-se para a esquerda do Grande Quadrado de Pégaso, apoiado num canto. A linha principal de Andrómeda prolonga-se para cima.
Olhe para Este-Nordeste por volta das 22 horas e pode já observar Régulo e a "foice" de Leão perto do horizonte - um distante prenúncio de Primavera.

Dia 08/01: 8.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1587 nascia Johann(es) Fabricius, astrónomo alemão, descobridor das manchas solares (em 1610), independentemente de Galileu.
Em 1942 nascia Stephen Hawking, físico teórico, cosmólogo e autor.
Em 1973 era lançada a missão espacial soviética Luna 21
Em 1994, o cosmonaut russo Valeri Polyakov na Soyuz TM-18 parte para a Mir.

Permaneceria na estação espacial até 22 de Março de 1995, completando um recorde de 437 dias no espaço.
Observações: Lua em Quarto Crescente, pelas 03:40.
Trânsito da sombra de Europa, entre as 23:52 e as 02:42 (já de dia 9).

Dia 09/01: 9.º dia do calendário gregoriano.
Observações: Nesta altura fria do ano, a pequena Ursa Menor está pendurada pela Estrela Polar depois da hora de jantar, como se fosse um prego na fria parede norte do céu.

 
CURIOSIDADES


Em Titã, a maior lua de Saturno, todas as montanhas têm o nome de montanhas do mundo imaginário da Terra-Média, escrito por J. R. R. Tolkien (o autor de "O Senhor dos Anéis" e "O Hobbit").

 
RECÉM-DESCOBERTO PLANETA TEM A MASSA DA TERRA MAS É GASOSO

Uma equipa internacional de astrónomos descobriu o primeiro planeta com a massa da Terra que transita, ou passa em frente, da sua estrela-mãe. KOI-314c é o planeta mais leve a ter a sua massa e tamanho físico medido. Surpreendentemente, embora o planeta tenha a mesma massa que a Terra, é 60% maior em diâmetro, o que significa que deve ter uma atmosfera gasosa muito espessa.

"Este planeta pode ter a mesma massa que a Terra, mas certamente não é como a Terra," afirma David Kipping do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica (CfA), autor principal da descoberta. "Prova que não existe uma linha divisória clara entre os mundos rochosos como a Terra e os mundos de água ou gigantes gasosos."

Kipping apresentou ontem a sua descoberta durante uma conferência de imprensa da 223.ª reunião da Sociedade Astronómica Americana.

A equipa obteve as características do planeta usando dados do telescópio Kepler da NASA. KOI-314c orbita uma anã vermelha ténue localizada a aproximadamente 200 anos-luz de distância. Completa uma volta a cada 23 dias. A equipa estima que a sua temperatura seja de 104 graus centígrados, demasiado quente para a vida como a conhecemos.

KOI-314c é apenas 30% mais denso que a água. Isto sugere que o planeta está envolto por uma atmosfera de hidrogénio e hélio com centenas de quilómetros de espessura. Poderia ter começado como um mini-Neptuno e perdido alguns dos seus gases atmosféricos ao longo do tempo, fervidos pela intensa radiação da sua estrela.

Impressão de artista de KOI-314c, o planeta mais leve até à data com a sua massa e tamanho físico medido. Tem a mesma massa que a Terra, mas é 60% maior em diâmetro.
Crédito: C. Pulliam & D. Aguilar (CfA)
(clique na imagem para ver versão maior)
 

É um desafio obter a massa de um planeta tão pequeno. Convencionalmente, os astrónomos medem a massa de um exoplaneta ao medir as pequenas oscilações da estrela induzidas pela gravidade do planeta. Este método de velocidade radial é extremamente difícil para um planeta com a massa da Terra. O anterior detentor deste recorde de menor massa medida (Kepler-78b) tem uma massa 70% superior à da Terra.

Para KOI-314c, a equipa contou com uma técnica diferente conhecida como Variações no Tempo de Trânsito (TTV - Transit Timing Variations). Este método apenas pode ser utilizado quando mais do que um planeta orbita a estrela. Os dois planetas exercem força um sobre o outro, mudando ligeiramente os tempos em que transitam a sua estrela hospedeira.

"Em vez de olhar para a oscilação da estrela, essencialmente olhamos para a oscilação de um planeta," explica o segundo autor, David Nesvorny do Instituto de Pesquisa do Sudoeste (Southwest Research Institute - SwRI). "O Kepler viu dois planetas que transitavam continuamente em frente da mesma estrela. Ao medir com muito cuidado os tempos dos trânsitos, fomos capazes de descobrir que os dois planetas estão trancados numa dança intricada de pequenas oscilações, fornecendo as suas massas."

O segundo planeta no sistema, KOI-314b, tem mais ou menos o mesmo tamanho que KOI-314c mas é significativamente mais denso, com cerca de 4 vezes a massa da Terra. Orbita a estrela a cada 13 dias, o que significa que está numa ressonância de 5 para 3 com o planeta exterior.

O TTV é um método muito jovem de descobrir e estudar exoplanetas, usado pela primeira vez em 2010. Esta nova medição mostra o poder potencial do TTV, particularmente quando se trata de planetas de baixa-massa difíceis de estudar usando técnicas tradicionais.

"Estamos trazendo as Variações no Tempo de Trânsito até à maturidade," afirma Kipping.

O planeta foi descoberto por acaso pela equipa enquanto vasculhavam os dados do Kepler, não em busca de exoplanetas, mas de exoluas. O projecto HEK (Hunt for Exomoons with Kepler), liderado por Kipping, procura TTVs no tesouro planetário do Kepler, que também podem ser sinais da presença de exoluas.

"Quando nos apercebemos que este planeta apresentava variações no tempo de trânsito, a assinatura era claramente devida a outro planeta no sistema e não uma lua. Ficámos desapontados ao início por não ser uma lua, mas rapidamente apercebemo-nos que era uma medição extraordinária," afirma Kipping.

Links:

Notícias relacionadas:
Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica (comunicado de imprensa)
Astronomy
SPACE.com
Space Daily
Universe Today
Nature
PHYSORG
Discovery News

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Lista de planetas confirmados (Wikipedia)
Lista de planetas não confirmados (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

Telescópio Espacial Kepler:
NASA (página oficial)
Arquivo de dados do Kepler
Descobertas planetárias do Kepler
Mapa das zonas de estudo do Kepler (formato PDF)
Wikipedia

 
KEPLER FORNECE INFORMAÇÕES SOBRE PLANETAS ENIGMÁTICOS MAS UBÍQUOS, CINCO NOVOS PLANETAS ROCHOSOS

Mais de três-quartos dos candidatos a planeta descobertos pelo telescópio Kepler da NASA têm tamanhos que variam entre o da Terra e o de Neptuno, que é quase quatro vezes maior que o nosso planeta. Estes planetas dominam o censo galáctico mas não estão representados no nosso próprio Sistema Solar. Os astrónomos não sabem como se formam ou se são feitos de rocha, água ou gás.

A equipa do Kepler falou ontem numa reunião da Sociedade Astronómica Americana acerca de quatro anos de observações terrestres de acompanhamento visando sistemas exoplanetários do Kepler. Estas observações confirmam que as numerosas descobertas do Kepler são realmente planetas e produzem medições da massa destes mundos enigmáticos que variam entre o tamanho da Terra e de Neptuno.

Gráfico dos candidatos a planeta do Kepler, em Janeiro de 2014.
Crédito: NASA, Ames
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Incluídos nos resultados estão cinco novos planetas rochosos com tamanhos que variam entre os 10 e 80 por cento superiores à Terra. Dois dos novos mundos de rocha, Kepler-99b e Kepler-406b, são ambos 40% maiores que a Terra e têm uma densidade semelhante à do chumbo. Os planetas orbitam as suas estrelas hospedeiras em menos de cinco e três dias, respectivamente, o que torna estes mundos demasiado quentes para a vida como a conhecemos.

As medições Doppler das estrelas-mãe dos planetas foram um componente importante destas observações de acompanhamento. A equipa mediu a oscilação reflexo da estrela, provocada pela força gravitacional que exerce sobre o planeta em órbita. Esta oscilação medida revela a massa do planeta: quanto maior a massa do planeta, maior a força gravitacional sobre a estrela e, portanto, maior é a oscilação.

"Esta avalanche maravilhosa de informação sobre os planetas mini-Neptuno diz-nos mais sobre a sua estrutura que envolve o núcleo, não muito diferente de um pêssego com o seu caroço no centro," afirma Geoff Marcy, professor de astronomia da Universidade da Califórnia, em Berkeley, que liderou a análise Doppler de alta-precisão. "Enfrentamos agora perguntas assustadoras acerca da formação destes planetas e o porquê do nosso Sistema Solar não ter dos moradores mais populosos da Galáxia."

Usando um dos maiores telescópios terrestres no Observatório W. M. Keck no Hawaii, os cientistas confirmaram 41 dos exoplanetas descobertos pelo Kepler e determinaram as massas de 16. Com a massa e diâmetro, os cientistas podem imediatamente determinar a densidade dos planetas, caracterizando-os como rochosos, gasosos ou uma mistura dos dois.

Estas medições da densidade ditam a possível composição química destes planetas estranhos mas omnipresentes. As medições da densidade sugerem que os planetas mais pequenos que Neptuno - ou mini-Neptunos - têm um núcleo rochoso mas as proporções de hidrogénio, hélio e moléculas ricas em hidrogénio no invólucro que rodeia o núcleo variam drasticamente, alguns até nem tendo nenhum.

A pesquisa de observação terrestre valida 38 novos planetas, seis dos quais são planetas que não transitam, vistos apenas nos dados de Doppler. O documento que detalha a pesquisa foi publicado na revista Astrophysical Journal.

Uma técnica complementar usada para determinar a massa, e consequentemente a densidade de um planeta, tem o nome de Variações no Tempo de Trânsito (Transit Timing Variations - TTV). Tal como a força gravitacional que um planeta exerce sobre a sua estrela, os planetas vizinhos podem puxar-se uns aos outros, fazendo com que um planeta acelere e outro desacelere ao longo da sua órbita.

Ji-Wei Xie da Universidade de Toronto usou o método TTV para validar 15 pares de planetas Kepler que vão desde o tamanho da Terra a um pouco maior que Neptuno. Xie mediu massas de 30 planetas, aumentando assim o compêndio de características planetárias para esta nova classe de planetas. O resultado foi também publicado na Astrophysical Journal em Dezembro de 2013.

"O objecto principal do Kepler é determinar a prevalência de planetas de diversos tamanhos e órbitas. A prevalência de planetas com o tamanho da Terra na zona habitável é de particular interesse para a busca de vida," realça Natalie Batalha, cientista da missão Kepler no Centro de Pesquisa Ames da NASA em Moffett Field, no estado americano da Califórnia. "Mas a questão no fundo das nossas mentes é: será que todos os planetas do tamanho da Terra são rochosos? Será que alguns são versões reduzidas de Neptunos gelados ou mundos de água fumegante? Que fracção é reconhecível como parente do nosso mundo terrestre?"

As medições de massa produzidas pelas análises Doppler e TTV vão ajudar a responder a estas perguntas. Os resultados sugerem que uma grande fracção dos planetas com um raio inferior a 1,5 vezes o da Terra podem ser compostos por silicatos, ferro, níquel e magnésio, que são encontrados nos planetas terrestres do nosso Sistema Solar.

Armados com este tipo de informação, os cientistas serão capazes de transformar a fracção de estrelas que abrigam planetas com o tamanho da Terra na fracção de estrelas que abrigam planetas realmente rochosos. E este é um passo em frente para encontrar um ambiente habitável para lá do nosso Sistema Solar.

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Artigo científico - G. Marcy et al. (formato PDF)
The Astrophysical Journal (requer subscrição)
Artigo científico - Ji-Wei Xie (formato PDF)
SPACE.com
SPACE.com - 2
redOrbit
PHYSORG
National Geographic

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Lista de planetas confirmados (Wikipedia)
Lista de planetas não confirmados (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

Telescópio Espacial Kepler:
NASA (página oficial)
Arquivo de dados do Kepler
Descobertas planetárias do Kepler
Mapa das zonas de estudo do Kepler (formato PDF)
Wikipedia

Observatório W. M. Keck:
Página oficial
Wikipedia

 
ALMA DESCOBRE FÁBRICA DE POEIRA EM SUPERNOVA
Esta imagem mostra o resto da Supernova 1987A em vários comprimentos de onda. Os dados do ALMA (em vermelho) mostram poeira recentemente formada no centro do resto. Os dados do Hubble (em verde) e do Chandra (em azul) mostram a onda de choque em expansão.
Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/A. Angelich. Imagem visível: Hubble, NASA/ESA. Imagem em raios-X: Observatório Chandra, NASA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Novas observações obtidas pelo ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) mostram pela primeira vez os restos de uma supernova recente a transbordar de poeira recentemente formada. Se uma quantidade suficiente desta poeira conseguir percorrer o difícil trajecto até ao espaço interestelar, poderemos ter a explicação de como muitas galáxias adquiriram uma aparência fusca e poeirenta.

As galáxias podem ser locais bastante poeirentos. Pensa-se que as supernovas são a principal fonte dessa poeira, particularmente no Universo primordial. No entanto, evidências directas da capacidade das supernovas em formar poeira têm sido difíceis de observar, não tendo sido possível até agora explicar a enorme quantidade de poeira detectada nas galáxias jovens distantes. Observações obtidas com o ALMA começam, no entanto, a mudar este facto.

"Descobrimos uma quantidade notável de poeira concentrada na região central do material ejectado por uma supernova relativamente jovem e próxima," disse Remy Indebetouw, astrónomo no Observatório Nacional de Rádio astronomia (NRAO, National Radio Astronomy Observatory) e da Universidade de Virgínia, ambos em Charlottesville, EUA. "Esta é a primeira vez que conseguimos efectivamente obter uma imagem do local onde a poeira se forma, o que é um passo importante na compreensão da evolução das galáxias."

Uma equipa internacional de astrónomos utilizou o ALMA para observar os restos brilhantes da Supernova 1987A, situada na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã que orbita a Via Láctea a uma distância de cerca de 160.000 anos-luz da Terra. SN 1987A é a explosão de supernova mais próxima jamais observada, depois da observação de Johannes Kepler de uma supernova que explodiu no interior da Via Láctea em 1604.

Os astrónomos previram que, à medida que o gás arrefece depois da explosão, enormes quantidades de poeira formar-se-iam sob a forma de átomos de oxigénio, carbono e silício, ligados entre si nas regiões centrais frias do resto de supernova. No entanto, observações anteriores de SN 1987A obtidas com telescópios infravermelhos durante os primeiros 500 dias depois da explosão, revelaram apenas uma pequena quantidade de poeira quente.

Esta impressão de artista da Supernova 1987A tem por base dados reais e revela as regiões frias e interiores do resto da estrela que explodiu (em vermelho) onde tremendas quantidades de poeira foram detectadas e fotografadas pelo ALMA. Esta região interior contrasta com a concha exterior (círculos azuis e esbranquiçados), onde a onda de choque da supernova colide com o invólucro de gás expelido pela estrela antes da sua poderosa detonação.
Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/Alexandra Angelich (NRAO/AUI/NSF)
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Com a resolução e sensibilidade sem precedentes do ALMA, a equipa de investigação conseguiu obter imagens da muito mais abundante poeira fria, que brilha intensamente na radiação milimétrica e submilimétrica. Os astrónomos estimam que o resto de supernova contém agora cerca de 25% da massa do Sol em poeira recentemente formada. A equipa descobriu também que se formaram quantidades significativas de monóxido de carbono e de monóxido de silício.

"SN 1987A é um lugar especial porque, uma vez que não se misturou com o meio circundante, o que lá se encontra é efectivamente o que se formou no local," disse Indebetouw. "Os novos resultados ALMA, que são os primeiros deste tipo, revelam um resto de supernova a transbordar de material que simplesmente não existia há algumas décadas atrás."

As supernovas podem, no entanto, tanto criar como destruir os grãos de poeira.

À medida que a onda de choque da explosão inicial se propaga no espaço, produz anéis de matéria resplandecentes, já observados anteriormente com o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA. Ao atingir este envelope de gás, deixado pela estrela gigante vermelha no final da sua vida, uma parte desta enorme explosão ricocheteia de volta em direcção ao centro do resto de supernova. "A determinada altura, esta onda de choque que vem de volta colidirá com os amontoados de poeira recentemente formada," disse Indebetouw. "É provável que alguma desta poeira seja destruída nessa altura. É difícil prever a quantidade que será destruída - talvez apenas um pouco, mas possivelmente cerca de metade ou mesmo dois terços." Se uma fracção razoável sobreviver e chegar ao espaço interestelar, poderá explicar a enorme quantidade de poeira que os astrónomos detectam no Universo primordial.

"As galáxias muito primordiais são incrivelmente poeirentas e esta poeira desempenha um papel importante na evolução das galáxias, "disse Mikako Matsuura da University College London, no Reino Unido. "Hoje sabemos que a poeira pode ser criada de várias maneiras, mas no Universo primordial a maior parte deve ter tido origem nas supernovas. E agora temos finalmente uma evidência directa que apoia esta teoria."

Links:

Notícias relacionadas:
ESO (comunicado de imprensa)
Artigo científico (formato PDF)
Astronomy
PHYSORG
SPACE.com
NewScientist
redOrbit
BBC News

SN1987A:
SEDS
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The Electric Universe

ALMA:
Página principal
ALMA (NRAO)
ALMA (NAOJ)
ALMA (ESO)
Wikipedia

ESO:
Página oficial
Wikipedia

 
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  Pulsar num sistema triplo é um laboratório gravitacional único (via NRAO)
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ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - M7: Enxame Aberto em Escorpião
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Lorand Fenyes
 
M7 é um dos enxames abertos mais proeminentes do céu. O aglomerado, dominado por estrelas azuis brilhantes, pode ser visto a olho nu sob um céu escuro na cauda da constelação de Escorpião. M7 contém cerca de 100 estrelas no total, tem cerca de 200 milhões de anos, estende-se por aproximadamente 25 anos-luz e está situado a mais ou menos 1000 anos-luz de distância. A imagem de céu profundo acima, obtida no passado mês de Junho através de um pequeno telescópio na Hungria, combina mais de 60 exposições de dois minutos. O enxame aberto M7 é conhecido desde a Antiguidade, tendo sido observado por Ptolomeu no ano 130. É também visível uma nuvem escura e literalmente milhões de estrelas não relacionadas com M7, na direcção do centro da Via Láctea.
 

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