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Edição n.º 1044
11/03 a 13/03/2014
 
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ACTIVIDADES

28.03.14 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
20:30 – 23:00 - Apresentação sobre tema de astronomia, seguida de observação astronómica nocturna com telescópio.
Público: Público em geral, local: CCVAlg
Preço: 2€ - adultos, 1€ jovens/ estudantes/ reformados (crianças até 12 anos grátis)
Pré-inscrição: info@ccvalg.pt ou 289 890 922
Palestra sobre um tema de astronomia seguida de observação do céu noturno com telescópio (dependente de meteorologia favorável)

29.03.14 - DESCOBRINDO O SOL
15:00 – 16:00 (actividade incluída na visita ao centro; 1€ para participantes que não visitem o Centro – crianças até 12 anos grátis)
Observação do Sol em segurança para conhecer um pouco melhor alguns aspectos da nossa estrela, podendo incluir outras atividades relacionadas com o Sol e o aproveitamento da energia solar. Público: Público em geral, local: CCVAlg

 
EFEMÉRIDES

Dia 11/03: 70.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1811 nascia Urbain Le Verrier, que previu a existência de Neptuno, o que mais tarde levou à sua descoberta.

Em 1897, um meteoro entrava na atmosfera sobre New Martinsville (West Virgínia, EUA) tendo-se estilhaçado sobre esta cidade, com muitos danos físicos.
Observações: Sirius encontra-se alta a Sul ao anoitecer. Aproveite esta altura do dia/noite para tentar detectar a sua ténue companheira, uma anã branca para Este de Sirius. Em ordem a tentar este desafio precisa de um telescópio com pelo menos 6-8 polegadas e um céu muito escuro.
Trânsito da sombra de Calisto, entre as 20:59 e as 01:17 (já de dia 12).

Dia 12/03: 71.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1824, nascia Gustav Kirchhoff, físico alemão que contribuíu para o conhecimento fundamental dos circuitos eléctricos, da espectroscopia e da emissão de radiação de corpo-negro por objectos aquecidos. 

Em 1881, nascia Gunnar Nordström, físico teórico finlandês, conhecido pela sua teoria da gravitação, uma competidora da relatividade geral. É por vezes designado o Einstein da Finlândia devido ao seu trabalho inovador em campos semelhantes e com métodos semelhantes aos de Einstein.
Em 1907, nascia Ellen Dorrit Hoffleit, astrónoma americana conhecida pelo seu trabalho sobre estrelas variáveis, astronometria, espectroscopia, meteoros e no Catálogo de Estrelas Brilhantes, bem como tendo sido mentora de muitas jovens mulheres e gerações de astrónomos.
Observações: Faltam 8 dias para a Primavera, por isso a Cintura de Orionte não está ainda na horizontal ao início da noite. Mas vai a caminho, pois Orionte inclina-se para baixo a Sudoeste, no que é a sua eventual despedida.

Dia 13/03: 72.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1781, Urano, o primeiro planeta a ser descoberto desde a era pré-histórica da Babilónia, é identificado por William Herschel.
Em 1855, nascia Percival Lowell, astrónomo americano que alimentou a especulação da existência de canais em Marte, construídos por marcianos.

Lowell também fundou o Observatório Lowell e formou o começo do esforço que levaria à descoberta de Plutão 14 anos após a sua morte. A escolha do nome Plutão e do seu símbolo foram em parte influenciados pelas suas iniciais PL. 
Em 1930, a descoberta de Plutão é telegrafada para o Observatório Harvard College.
Em 1969, a missão Apollo 9regressava à Terra após testar o módulo lunar. 
Em 2000, foram descobertos buracos negros solitários à deriva na Galáxia.
Observações: A Lua, quase Cheia, encontra-se para a direita de Régulo e da "Foice" de Leão.
Trânsito de Europa, entre as 20:52 e as 23:39.
Trânsito da sombra de Europa, entre as 23:19 e as 02:09 (já de dia 14).

 
CURIOSIDADES


O site "If the Moon were only 1 Pixel" demonstra com precisão a gigantesca escala do Sistema Solar. Dê uma olhada!

 
WISE DESCOBRE MILHARES DE NOVAS ESTRELAS, MAS NENHUM "PLANETA X"

Depois de pesquisar centenas de milhões de objectos em todo o nosso céu, o WISE (Wide-Field Infrared Survey Explorer) da NASA não obteve evidências do suposto corpo celeste no nosso Sistema Solar chamado "Planeta X".

Os pesquisadores já haviam teorizado acerca da existência deste grande corpo celeste, mas invisível, suspeito de estar algures para lá da órbita de Plutão. Além de "Planeta X", o objecto tinha outras alcunhas, incluindo "Némesis" e "Tyche".

Este estudo recente, que envolveu a análise de dados do WISE cobrindo todo o céu no infravermelho, não encontrou nenhum objecto do tamanho de Saturno ou maior até uma distância de 10.000 UA (Unidade Astronómica), e nenhum objecto maior que Júpiter até 26.000 UA. Uma Unidade Astronómica equivale a 150 milhões de quilómetros. A Terra está a 1 UA, e Plutão a cerca de 40 UA, do Sol.

Uma estrela vizinha sobressai em vermelho nesta imagem.
Crédito: DSS/NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"O Sistema Solar exterior provavelmente não contém um planeta gigante gasoso, ou uma pequena estrela companheira," afirma Kevin Luhman do Centro para Exoplanetas e Mundos Habitáveis da Universidade Penn State, no estado americano da Pennsylvania, autor de um artigo que descreve os resultados e publicado na revista Astrophysical Journal.

Mas as pesquisas do catálogo WISE não estão de mãos vazias. Um segundo estudo revela vários milhares de novos residentes do "quintal" do Sol - estrelas e corpos frios chamados anãs castanhas.

"Sistemas estelares vizinhos, que se têm escondido, saltam à vista nos dados do WISE," realça Ned Wright da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, investigador principal da missão.

O segundo estudo do WISE, que se concentrou em objectos para lá do nosso Sistema Solar, descobriu 3525 estrelas e anãs castanhas até 500 anos-luz do nosso Sol.

"Estamos encontrando objectos que foram anteriormente totalmente ignorados," comenta Davy Kirkpatrick do Centro de Processamento e Análise Infravermelha do Instituto da Califórnia em Pasadena. Kirkpatrick é o autor principal do segundo artigo, também publicado na Astrophysical Journal. Alguns destes 3525 objectos foram também encontrados no estudo Luhman, que catalogou 762 objectos.

A missão WISE operou a partir de 2010 até ao início de 2011, período durante o qual realizou duas varreduras completas do céu - intercaladas por um espaço de seis meses. O estudo capturou imagens de cerca de 750 milhões de asteróides, estrelas e galáxias. Em Novembro de 2013, a NASA divulgou os dados do programa AllWISE, que agora permite com que os astrónomos comparem as duas pesquisas do céu à procura de objectos em movimento.

O WISE não encontrou evidências do corpo teorizado por vezes referido como "Planeta X".
Crédito: Universidade Penn State
(clique na imagem para ver versão maior)
 

No geral, quanto mais um objecto nas imagens WISE parece mover-se ao longo do tempo, mais perto está. Esta pista visual é o mesmo efeito quando observamos um avião voando perto do solo versus o mesmo avião voando a maior altitude. Apesar de viajar com a mesma velocidade, o avião a maior altitude parecerá estar movendo-se mais lentamente.

As pesquisas destes objectos em movimento no catálogo de dados WISE estão descobrindo algumas das estrelas mais próximas. As descobertas incluem uma estrela localizada a cerca de 20 anos-luz na constelação do Esquadro (Norma), e como anunciado no anterior mês de Março, um par de anãs castanhas a apenas 6,5 anos-luz - tornando-o no sistema estelar mais próximo descoberto em quase um século.

Apesar do grande número de novos vizinhos do Sol encontrados graças ao WISE, o "Planeta X" não aparece. As especulações anteriores sobre este corpo hipotético originaram, em parte, de estudos geológicos que sugeriam um "timing" regular associado com extinções em massa na Terra. A ideia era que um grande planeta ou uma pequena estrela escondida nos confins do nosso Sistema Solar poderia varrer periodicamente bandas de cometas exteriores, enviando-os em direcção ao nosso planeta. As teorias de extinção em massa baseadas no Planeta X foram amplamente descartadas, até muito antes do novo estudo WISE.

Outras teorias baseadas em órbitas irregulares também haviam postulado um corpo do tipo Planeta X. O novo estudo WISE argumenta agora também contra estas teorias.

Ambas as varreduras WISE foram capazes de encontrar objectos que a outra havia perdido, sugerindo que muitos outros corpos celestes provavelmente estão à espera de ser descobertos nos dados do WISE.

"Nós achamos que existem ainda mais estrelas a descobrir com o WISE. Nós não conhecemos o 'quintal' do nosso Sol tão bem quanto pensamos," afirma Wright.

O WISE foi colocado em modo de hibernação após completar a sua missão principal em 2011. Em Setembro de 2013, foi reactivado, rebaptizado NEOWISE e foi-lhe atribuída uma nova missão para ajudar os esforços da NASA em identificar a população de objectos potencialmente perigosos próximos da Terra. O NEOWISE também vai caracterizar asteróides e cometas anteriormente conhecidos para entender melhor os seus tamanhos e composições.

Links:

Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
12/03/2013 - Descoberto sistema estelar mais próximo desde 1916

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Berkeley (comunicado de imprensa)
Artigo científico - Luhman et al (requer subscrição)
Artigo científico - Kirkpatrick et al (formato PDF)
PHYSORG
SPACE.com
UPI

Planeta X:
Wikipedia
SEDS

Nemesis (estrela hipotética):
Wikipedia

Anãs castanhas:
Wikipedia
NASA
Andy Lloyd's Dark Star Theory

WISE:
Wikipedia
Arquivo de dados do WISE
NEOWISE (NASA)
U. Berkeley

 
HUBBLE TESTEMUNHA MISTERIOSA DESINTEGRAÇÃO DE ASTERÓIDE
Esta série de imagens do Hubble revela a quebra de um asteróide ao longo de um período de vários meses. Os maiores fragmentos têm até 180 metros em raio.
Crédito: NASA, ESA, D. Jewitt (UCLA)
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O Telescópio Espacial Hubble da NASA registou a nunca-antes-vista quebra de um asteróide em até 10 pedaços menores.

Cometas frágeis, compostos por gelo e poeira, já foram vistos fragmentando-se à medida que se aproximam do Sol, mas nada como isto já tinha sido observado na cintura de asteróides.

"Isto é uma rocha, e é incrível vê-la a desmoronar-se," afirma David Jewitt da Universidade da Califórnia em Los Angeles, EUA, que liderou a investigação forense astronómica.

O asteróide em desintegração, designado P/2013 R3, foi observado pela primeira vez como um objecto invulgar e difuso pelos estudos do céu, Catalina e Pan STARRS, a 15 de Setembro de 2013. Uma observação de acompanhamento a 1 de Outubro pelo Observatório W. M. Keck no topo do Mauna Kea, um vulcão adormecido na ilha do Hawaii, revelou três corpos em movimento num invólucro de poeira com quase o diâmetro da Terra.

"O Observatório Keck mostrou-nos que valia a pena observar este objecto com o Hubble," realça Jewitt. "Com a sua resolução superior, as observações com o telescópio espacial mostraram que na realidade existem 10 objectos embebidos, cada com caudas parecidas às dos cometas. Os quatro maiores fragmentos rochosos medem até 360 metros em diâmetro, cerca de quatro vezes o comprimento de um campo de futebol."

Animação da fragmentação do asteróide.
Crédito: NASA, ESA e D. Jewitt (UCLA)
 

Os dados do Hubble mostram que os fragmentos afastam-se uns dos outros a uma velocidade lenta de 1,6 km/h. O asteróide começou a quebrar-se no início do ano passado, mas novas peças continuam a revelar-se como provado nas imagens mais recentes.

É improvável que o asteróide se tenha desintegrado devido à colisão com outro asteróide, o que teria sido um evento instantâneo e violento em comparação com o observado. Os detritos de tal colisão a alta-velocidade também viajariam a uma velocidade muito superior à observada. Nem o asteróide está a "descolar-se" devido à pressão do aquecimento e vaporização dos gelos interiores.

Isto deixa-nos com o cenário em que o asteróide se fragmenta devido ao efeito subtil da luz solar, que faz com que a taxa de rotação do asteróide aumente gradualmente. Eventualmente, as suas partes - como uvas num cacho- sucumbem à força centrífuga e afastam-se suavemente. A possibilidade da perturbação por este método tem sido discutida pelos cientistas há já vários anos, mas nunca tinha sido observada de forma confiável.

Ilustração que mostra uma possível explicação para a desintegração do asteróide P/2013 R3.
Crédito: NASA, ESA, D. Jewitt (UCLA) e A. Feild (STScI)
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Para este cenário ocorrer, P/2013 R3 devia ter um interior fraco e fracturado - provavelmente como resultado de inúmeras colisões não destrutivas com outros asteróides. Pensa-se que a maioria dos asteróides pequenos estejam severamente danificados desta forma. P/2013 é provavelmente um subproduto de uma tal colisão ocorrida algures nos últimos mil milhões de anos.

Com a descoberta anterior de um asteróide activo com seis caudas, de nome P/2013 P5, os astrónomos estão descobrindo cada vez mais evidências de que a pressão da luz solar pode ser a principal força por trás da desintegração de asteróides pequenos - com menos de 1,6 km - no nosso Sistema Solar.

Os detritos remanescentes do asteróide, com uma massa de mais ou menos 200.000 toneladas, irão no futuro fornecer uma fonte rica de meteoróides. A maioria vai finalmente mergulhar no Sol, mas uma pequena fracção dos detritos poderá uma noite iluminar os nossos céus sob a forma de "estrelas cadentes".

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
ESA (comunicado de imprensa)
Artigo científico (formato PDF)
UCLA (comunicado de imprensa)
Universe Today
Astronomy
SPACE.com
redOrbit
Sky & Telescope
e! Science News
PHYSORG
Space Daily
New Scientist
Discovery News
Discover
Reuters
The Verge
io9
AstroPT
Diário de Notícias
SIC Notícias
Público

P/2013 R3:
Wikipedia

Asteróides:
SEDS
NASA
Wikipedia

Telescópio Espacial Hubble:
Hubble, NASA 
ESA
STScI
SpaceTelescope.org
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Península Ibérica
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: ESA/NASA
 
Esta imagem da Estação Espacial Internacional mostra a Península Ibérica, que inclui Espanha e Portugal, à noite. As luzes das cidades revelam onde a posição das grandes cidades e da actividade humana. A grande massa de luz no meio é Madrid, a capital de Espanha. O litoral ibérico é densamente povoado com Valência e Barcelona ao longo do Mar Mediterrâneo, para o canto inferior direito da fotografia. Portugal, para Oeste, mostra uma iluminação semelhante na costa entre Lisboa e Porto como uma névoa de luz. Esta imagem, capturada por um astronauta, foi obtida 400 km acima da Terra e mostra quão perto a Península está de Marrocos. Uma fina linha de escuridão - o Estreito de Gibraltar - separa os dois. Outra linha que se destaca na imagem - a atmosfera da Terra, o manto verde que envolve e protege o nosso mundo e as pessoas e animais que aí vivem.
 

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