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Edição n.º 1144
24/02 a 26/02/2015
 
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27/02/15 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
20:30 – 22:30 - Apresentação sobre tema de astronomia, seguida de observação astronómica noturna com telescópio (dependente de meteorologia favorável).
Público: Público em geral
Local: CCVAlg
Preço: 2€ - adultos, 1€ jovens/ estudantes/ reformados (crianças até 12 anos grátis)
Pré-inscrição: info@ccvalg.pt ou 289 890 922

 
EFEMÉRIDES

Dia 24/02: 55.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1967, nascia Brian Schmidt, astrónomo e astrofísico australiano que em 2011 partilhou com Saul Perlmutter e Adam Riess o Prémio Nobel da Física por fornecer evidências da aceleração da expansão do Universo.
Em 1968 foi descoberto o primeiro pulsar, por Jocelyn Bell Burnell, numa pesquisa em rádio. Hewish e Ryle, codiretores do projeto, receberam o prémio Nobel da Física em 1974 por conjugar as observações com um modelo duma estrela de neutrões em rotação. 
Em 1969 era lançada a sonda americana Mariner 6. A 31 de Julho de 1969, passou a 3330 km de Marte e enviou de volta 74 imagens.
Em 1979, lançamento do satélite Solwind P78-1.
Em 1996 foi lançada a sonda POLAR para estudar a região dos pólos da Terra, uma região ativa do geoespaço.
Em 2011, voo final do vaivém Discovery.

Observações: Eclipse de Io, entre as 03:54 e as 06:19.
Mercúrio na sua maior elongação Oeste, 27º, pelas 14:26.
Pouco depois do anoitecer, olhe para cima e para a direita da Lua à procura das Plêiades e para cima e para a esquerda da Lua à procura de Aldebarã e das Híades.

Dia 25/02: 56.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 2007, a sonda Rosetta passa por Marte.

Observações: Trânsito de Io, entre as 00:39 e as 03:01.
Trânsito da sombra de Io, entre as 01:07 e as 03:26.
Trânsito de Europa, entre as 05:15 e as 08:13.
Lua em Quarto Crescente, pelas 17:14.
Procure Aldebarã brilhando perto da Lua em Quarto Crescente.
Ocultação de Io, entre as 21:56 e as 00:18 (já de dia 26).
Eclipse de Io, entre as 22:24 e as 00:45 (já de dia 26).

Dia 26/02: 57.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1880 nascia Kenneth Edgeworth, astrónomo irlandês conhecido por propôr a existência de um disco de corpos gelados para lá da órbita de Neptuno na década de 1940, como Gerard Kuiper publicaria dez anos depois.
Em 1966, lançamento do AS-201, do programa Apollo, o primeiro voo do foguetão Saturno IB.

Observações: Conjunção de Neptuno, pelas 04:45.
Trânsito da sombra de Calisto, entre as 15:04 e as 20:09.
Trânsito de Io, entre as 19:06 e as 21:25.
Trânsito da sombra de Io, entre as 19:36 e as 21:55.
Trânsito de sombras duplo (Calisto e Io), entre as 19:36 e as 20:09.
Ocultação de Europa, entre as 23:30 e as 02:27 (já de dia 27).

 
CURIOSIDADES


3C 273 foi o primeiro quasar a ser identificado e é um dos mais próximos da Terra, a cerca de 2,4 mil milhões de anos-luz na direção da constelação de Virgem.
Tendo em conta a sua distância e a sua magnitude visual (12,9), é provavelmente o objeto mais distante que o astrónomo amador conseguirá observar com o seu telescópio.

 
TELESCÓPIOS DÃO FORMA A VENTOS FURIOSOS DE BURACO NEGRO
Os buracos negros supermassivos nos núcleo de galáxias libertam radiação e ventos ultra-rápidos, como ilustrado nesta impressão de artista. Os telescópios NuSTAR da NASA e XMM-Newton da ESA mostraram que estes ventos, contendo átomos altamente ionizados, sopram de uma forma quase esférica.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O NuSTAR (Nuclear Spectroscopic Telescope Array) da NASA e o XMM-Newton da ESA estão a mostrar que ventos fortes de um buraco negro supermassivo sopram para fora em todas as direções - um fenómeno que há muito se suspeitava, mas que era difícil de provar até agora.

Esta descoberta deu aos astrónomos a sua primeira oportunidade para medir a força destes ventos ultra-rápidos e para provar que são suficientemente poderosos para inibir a capacidade da galáxia hospedeira em fabricar novas estrelas.

"Nós sabemos que os buracos negros nos centros de galáxias podem alimentar-se de matéria e este processo pode produzir ventos. Pensa-se que isto regula o crescimento das galáxias," afirma Fiona Harrison do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena, EUA. Harrison é a investigadora principal do NuSTAR e coautora de um novo artigo sobre estes resultados publicado na revista Science. "Ao sabermos a velocidade, forma e tamanho dos ventos, podemos descobrir quão poderosos são."

Os buracos negros supermassivos sopram matéria para as suas galáxias hospedeiras, ventos em raios-X que viajam até um-terço da velocidade da luz. No novo estudo, os astrónomos determinaram que PDS 456, um buraco negro extremamente brilhante conhecido como quasar a mais de 2 mil milhões de anos-luz de distância, sustenta ventos que transportam mais energia a cada segundo do que aquela emitida por um bilião de sóis.

O telescópio NuSTAR da NASA, lançado em Junho de 2012, observou a porção de alta energia do espectro de luz em raios-X emitida pelo buraco negro supermassivo denominado PDS 456.
Crédito: NASA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"Sabemos agora que os ventos dos quasares contribuem significativamente para a perda de massa numa galáxia, que é o combustível para a formação estelar," explica o autor principal do estudo, Emanuele Nardini, da Universidade Keele na Inglaterra.

O NuSTAR e o XMM-Newton observaram simultaneamente PDS 456 em cinco ocasiões diferentes em 2013 e 2014. Os telescópios espaciais complementam-se um ao outro através da observação de diferentes partes do espectro de luz em raios-X: o XMM-Newton observa baixa energia e o NuSTAR alta energia.

As observações anteriores do XMM-Newton identificaram ventos soprando na nossa direção, mas não conseguiram determinar se estes sopravam em todas as direções. O XMM-Newton detetou átomos de ferro, que são transportados pelos ventos juntamente com outra matéria, apenas diretamente na frente do buraco negro, onde bloqueiam os raios-X. Combinando dados de raios-X mais energéticos de observações do NuSTAR com observações do XMM-Newton, os cientistas foram capazes de descobrir assinaturas do ferro espalhadas nos lados, provando que os ventos emanam do buraco negro não como um feixe, mas de uma forma quase esférica.

"Este é um grande exemplo da sinergia entre o XMM-Newton e o NuSTAR," afirma Norbert Schartel, cientista do projeto XMM-Newton na ESA. "A complementaridade entre estes dois observatórios de raios-X permite-nos revelar detalhes previamente escondidos sobre o lado poderoso do universo."

O telescópio XMM-Newton da ESA observou a porção de baixa energia do espectro de luz em raios-X emitida por PDS 456.
Crédito: ESA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Sabendo a forma e extensão dos ventos, os investigadores puderam, então, determinar a força dos ventos e o grau com que conseguem inibir a formação de novas estrelas.

Os astrónomos pensam que os buracos negros supermassivos e as suas galáxias hospedeiras evoluem juntos e regulam o crescimento de cada um. A evidência para tal vem de observações dos bojos centrais de galáxias - quanto mais massivo o bojo central, maior o buraco negro supermassivo.

Esta última descoberta demonstra que o buraco negro supermassivo e os seus ventos de alta velocidade afetam significativamente a galáxia hospedeira. À medida que o buraco negro cresce em tamanho, os seus ventos empurram para a galáxia enormes quantidades de matéria, o que em última análise interrompe a formação de novas estrelas.

Tendo em conta que PDS 456, por padrões cósmicos, está relativamente perto, é brilhante o suficiente para ser estudado em detalhe. Este buraco negro dá aos astrónomos um olhar único sobre uma era distante do nosso universo, há cerca de 10 mil milhões de anos, quando os buracos negros supermassivos e os seus ventos furiosos eram mais comuns e, possivelmente, quando formaram as galáxias que vemos hoje.

"Para um astrónomo, o estudo de PDS 456 é como se um paleontólogo estudasse um dinossauro vivo," comenta o coautor Daniel Stern do JPL da NASA. "Somos capazes de investigar a física destes sistemas importantes com um nível de detalhe não possível para aqueles encontrados a distâncias mais comuns, durante a 'Idade dos Quasares'."

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
ESA (comunicado de imprensa)
Universidade Keele
Science
Astronomy
SPACE.com
Space Daily
Astronomy Now
Popular Science
PHYSORG
National Geographic
BBC News
TIME
Forbes
Wired

Quasar:
Wikipedia

Buraco negro supermassivo:
Wikipedia

NuSTAR:
NASA
Caltech
Wikipedia

Observatório XMM-Newton:
ESA
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Palomar 12
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: ESA/HubbleNASA
 
Palomar 12 não nasceu aqui. As estrelas do enxame globular, identificado pela primeira vez no Palomar Sky Survey, são mais jovens do que as estrelas de outros enxames globulares que vagueiam pelo halo da nossa Via Láctea. A posição de Palomar 12 na nossa Galáxia e o seu movimento sugerem que o seu lar já foi a Galáxia Elíptica Anã de Sagitário, uma pequena galáxia satélite da Via Láctea. Perturbada por marés gravitacionais durante encontros próximos, esta pequena galáxia perdeu as suas estrelas para a maior Via Láctea. Agora parte do halo da Via Láctea, a captura de Palomar 12 provavelmente teve lugar há 1,7 mil milhões de anos atrás. Visto por trás de estrelas "espigadas" em primeiro plano nesta imagem nítida do Hubble, Palomar 12 estende-se por cerca de 60 anos-luz. Mesmo assim muito mais perto do que as fracas e difusas galáxias espalhadas por todo o campo de visão, está localizado a aproximadamente 60.000 anos-luz de distância na direção de constelação de Capricórnio. 
 

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