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  Arquivo | CCVAlg - Astronomia
Com o apoio do Centro Ciência de Tavira
   
 
  Astroboletim #1796  
  25/05 a 27/05/2021  
     
 
 

Dia de Portugal e... dos Eclipses

Temos à porta um eclipse solar, que é o pretexto para desvendarmos alguns dos mistérios e curiosidades destes alinhamentos espaciais!

Realizadas mensalmente, estas sessões tentam focar num tema de relevância à data da atividade, devido a algum acontecimento astronómico ou oportunidade de observação, ou alguma notícia recente de astronomia que motive a atividade. A observação noturna está obviamente sempre dependente do hemisfério celeste observável, bem como das condições meteorológicas ou ambientais disponíveis.

Lotação máxima de 5 pessoas
Preço: 4€ Adultos / 2€ Jovens / grátis membros do AstroClube

Data: 8 de junho de 2021
Hora: 21:00 horas

INSCRIÇÃO OBRIGATÓRIA - seguir este link
Telefone: 289 890 920
E-mail: info@ccvalg.pt

 
     
 
Efemérides

Dia 25/05: 145.º dia do calendário gregoriano.
História:
Em 240 AC, primeira passagem registada do Cometa Halley pelo seu periélio.
Em 1961, o presidente americano John F. Kennedy anuncia perante uma sessão do Congresso o seu objetivo de "colocar um homem na Lua" antes do fim da década. 
Em 1966, lançamento do Explorer 32.

Em 1997, a sonda Galileu passa pela lua joviana Calisto a uma distância de apenas 415 km!
Em 2008, o "lander" Phoenix aterra na região Vastitas Borealis de Marte para procurar ambientes favoráveis à água e à vida microbiana. 
Em 2012, a nave Dragon torna-se na primeira nave comercial a atracar com a Estação Espacial Internacional.
Observações: A Lua, praticamente Cheia, está situada entre as constelações de Balança e Escorpião.

Dia 26/05: 146.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1951, nascia Sally Ride, a primeira mulher americana no espaço.
Em 1969, a Apollo 10 regressa à Terra após oito dias, durante os quais foram testados todos os componentes necessários para a primeira aterragem lunar.

Observações: Lua Cheia, pelas 12:14. É uma super-Lua, o que significa que o nosso satélite natural está perto do perigeu e um pouco mais perto da Terra do que o normal. Na verdade, é a maior super-Lua de 2021 (apenas por pouco).

Dia 27/05: 147.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1999, lançamento da missão STS-96 do vaivém Discovery.

Observações: Um dia depois da sua fase Cheia, a Lua encontra-se para a esquerda de Antares depois do anoitecer. Antares é a estrela mais brilhante e colorida da secção superior de Escorpião.

 
 
   
ALMA descobre galáxia espiral mais antiga

Ao analisarem dados obtidos com o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), investigadores encontraram uma galáxia com morfologia espiral no Universo, apenas 1,4 mil milhões de anos após o Big Bang. Esta é a galáxia mais antiga do seu tipo já observada. A descoberta de uma galáxia com uma estrutura espiral num estágio tão inicial é uma pista essencial para resolver as questões clássicas da astronomia: "Como e quando é que as galáxias espirais se formam?"

 
Imagem ALMA da galáxia BRI 1335-0417 há 12,4 mil milhões de anos. O ALMA detetou emissões de iões de carbono na galáxia. Os braços espirais são visíveis em ambos os lados da área brilhante e compacta no centro da galáxia.
Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO), T. Tsukui e S. Iguchi
 

"Eu estava animado porque nunca tinha visto evidências tão claras de um disco em rotação, de uma estrutura em espiral, e de uma estrutura de massa centralizada numa galáxia distante em qualquer literatura anterior," diz Takafumi Tsukui, estudante da SOKENDAI e autor principal do artigo científico publicado na revista Science. "A qualidade dos dados do ALMA era tão boa que consegui ver tantos detalhes que pensei que fosse uma galáxia próxima."

A Via Láctea, onde vivemos, é uma galáxia espiral. As galáxias espirais são objetos fundamentais no Universo, correspondendo a até 70% do número total de galáxias. No entanto, estudos mostraram que a proporção de galáxias espirais diminui rapidamente quando olhamos para trás na história do Universo. Então, quando é que as galáxias espirais se formaram?

Tsukui e o seu supervisor Satoru Iguchi, professor da SOKENDAI e do NAOJ (National Astronomical Observatory of Japan), notaram uma galáxia chamada BRI 1335-0417 no Arquivo Científico do ALMA. A galáxia existia há 12,4 mil milhões de anos e continha uma grande quantidade de poeira que obscurece a luz das estrelas, tornando difícil o seu estudo detalhado no visível. Por outro lado, o ALMA pode detetar emissões de rádio de iões de carbono na galáxia, permitindo que os astrónomos investiguem o que está a acontecer na galáxia.

Os cientistas descobriram uma estrutura espiral que se estende por cerca de 15.000 anos-luz a partir do centro da galáxia: um-terço do tamanho da Via Láctea. A massa total estimada de estrelas e matéria interestelar em BRI 1335-0417 é quase idêntica à da Via Láctea.

"Dado que BRI 1335-0417 é um objeto muito distante, podemos não ser capazes de ver a verdadeira borda da galáxia nesta observação," comenta Tsukui. "Para uma galáxia que existia no início do Universo, BRI 1335-0417 era gigante."

Então a questão é: como é que esta estrutura espiral distinta se formou apenas 1,4 mil milhões de anos após o Big Bang? Os investigadores consideraram várias causas possíveis e sugeriram que podia ser devida a uma interação com uma pequena galáxia. BRI 1335-0417 está a formar ativamente estrelas, e os cientistas descobriram que o gás na parte externa da galáxia é gravitacionalmente instável, o que leva à formação estelar. É provável que esta situação ocorra quando uma grande quantidade de gás é fornecida de fora, possivelmente devido a colisões com galáxias mais pequenas.

O destino de BRI 1335-0417 também está envolto em mistério. Pensa-se que as galáxias que contêm grandes quantidades de poeira e produzem ativamente estrelas no Universo antigo sejam os antepassados das galáxias elípticas gigantes no Universo atual. Nesse caso, BRI 1335-0417 mudará a sua forma de galáxia de disco para elíptica no futuro. Ou, ao contrário da visão convencional, a galáxia poderá permanecer uma galáxia espiral durante muito tempo. BRI 1335-0417 desempenhará um papel essencial no estudo da evolução das formas galácticas ao longo da extensa história do Universo.

"O nosso Sistema Solar está alojado num dos braços espirais da Via Láctea," explica Iguchi. "O rastreamento das raízes da estrutura espiral vai dar-nos pistas sobre o ambiente em que o Sistema Solar nasceu. Espero que esta investigação avance ainda mais a nossa compreensão da história da formação das galáxias."

// Observatório ALMA (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Science)
// Formação de uma galáxia espiral (Projeto 4D2U via YouTube)

 


Saiba mais

CCVAlg - Astronomia:
20/07/2012 - Descoberta a galáxia espiral mais antiga [detentora anterior do recorde]

Galáxias espirais:
CCVAlg - Astronomia
Wikipedia

ALMA:
Página principal
ALMA (NRAO)
ALMA (NAOJ)
ALMA (ESO)
Wikipedia

 
   
Cientistas analisam dados da primeira imagem de um buraco negro

Físicos teóricos da Universidade de Frankfurt analisaram dados do buraco negro M87* como parte da colaboração EHT (Event Horizon Telescope) para testar a teoria da relatividade geral de Albert Einstein. Segundo os testes, o tamanho e a sombra de M87* está em excelente concordância como sendo de um buraco negro na relatividade geral, mas define restrições nas propriedades dos buracos negros noutras teorias. Em 2019, a colaboração EHT publicou a primeira imagem de um buraco negro localizado no centro da galáxia M87.

 
Tamanhos do horizonte de eventos para diferentes teorias da gravidade. Todos estes buracos negros provocam sombras escuras que são distinguíveis umas das outras pelo tamanho, mas apenas aquelas que caem na banda cinzenta são compatíveis com as medições de M87 de 2017 pelo EHT e, na imagem, o representado a vermelho, em baixo, é demasiado pequeno para ser um modelo viável para M87.
Crédito: Prashant Kocherlakota, Luciano Rezzolla (Universidade de Frankfurt e Colaboração EHT/ Fiks Film 2021)
 

Tal como apontado pela primeira vez pelo astrónomo Karl Schwarzschild, os buracos negros dobram o espaço-tempo a um grau extremo devido à sua extraordinária concentração de massa, e aquecem tanto a matéria na sua vizinhança que esta começa a brilhar. O físico da Nova Zelândia Roy Kerr mostrou que a rotação pode mudar o tamanho do buraco negro e a geometria dos seus arredores. A "borda" de um buraco negro é conhecida como horizonte de eventos, o limite em torno da concentração de massa além do qual a luz e a matéria não podem escapar e que torna o buraco negro, "negro". Os buracos negros, prevê a teoria, podem ser descritos por um punhado de propriedades: massa, rotação e uma variedade de possíveis cargas.

Além dos buracos negros previstos pela teoria da relatividade geral de Einstein, pode-se considerar aqueles inspirados nas teorias das cordas, que descrevem a matéria e todas as partículas como modos de minúsculas cordas vibrantes. As teorias de buracos negros inspiradas nas cordas preveem a existência de um campo adicional na descrição da física fundamental, o que leva a modificações observáveis nos tamanhos dos buracos negros, bem como na curvatura na sua vizinhança.

Os físicos Dr. Prashant Kocherlakota e professor Luciano Rezzolla do Instituto de Física Teórica da Universidade de Frankfurt investigaram agora pela primeira vez como as diferentes teorias encaixam com os dados observacionais do buraco negro M87* no centro da galáxia Messier 87. A imagem de M87*, captada em 2019 pela colaboração EHT (Event Horizon Telescope), foi a primeira prova experimental da existência real de buracos negros após a medição de ondas gravitacionais em 2015.

O resultado destas investigações: os dados de M87* estão em excelente concordância com as teorias baseadas em Einstein e, em certa medida, com as teorias baseadas nas cordas. O Dr. Prashant Kocherlakota explica: "Com os dados registados pela colaboração EHT, agora podemos testar diferentes teorias da física com imagens de buracos negros. Atualmente, não podemos rejeitar estas teorias ao descrever o tamanho da sombra de M87*, mas os nossos cálculos restringem o intervalo de validade destes modelos de buracos negros."

O professor Luciano Rezzolla acrescenta: "A ideia de buracos negros para nós, físicos teóricos, é ao mesmo tempo fonte de preocupação e de inspiração. Embora ainda lutemos com algumas das consequências dos buracos negros - como o horizonte de eventos ou a singularidade - parecemos sempre ansiosos por encontrar novas soluções para os buracos negros também noutras teorias. Portanto, é muito importante obter resultados como os nossos, que determinam o que é plausível e o que não é. Este foi um primeiro passo importante e as nossas restrições serão aprimoradas à medida que novas observações forem feitas."

Na colaboração EHT, telescópios de todo o mundo são interligados para formar um telescópio gigante virtual com uma antena do tamanho da própria Terra. Com a precisão deste telescópio, um jornal em Nova Iorque podia ser lido em Berlim.

// Colaboração EHT (comunicado de imprensa)
// Universidade de Frankfurt (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Physical Review D)
// Artigo científico (arXiv.org)
// Restringindo modelos de buracos negros com as observações do EHT (BlackHoleCam via YouTube)

 


Saiba mais

CCVAlg - Astronomia:
25/09/2020 - O anel em torno do buraco negro cintila
23/04/2019 - Como os cientistas capturaram a primeira imagem de um buraco negro
12/04/2019 - Astrónomos obtêm primeira imagem de um buraco negro
25/01/2019 - Levantando o véu do buraco negro no coração da nossa Galáxia
16/10/2018 - Qual é o aspeto de um buraco negro? 
31/03/2017 - Os astrónomos vão tentar fotografar a região mais próxima do buraco negro da Via Láctea

M87*:
Wikipedia

Buraco negro supermassivo:
Wikipedia

Teoria da relatividade geral:
Wikipedia

Teoria das cordas:
Wikipedia

EHT (Event Horizon Telescope):
Página principal
Wikipedia

 
   
Os sais podem ser uma peça importante do puzzle orgânico de Marte

Uma equipa da NASA descobriu que provavelmente existem sais orgânicos em Marte. Como fragmentos de cerâmica antiga, estes sais são os remanescentes químicos de compostos orgânicos, como aqueles detetados anteriormente pelo rover Curiosity da NASA. Compostos e sais orgânicos em Marte podem ter sido formados por processos geológicos ou podem ser remanescentes de vida microbiana antiga.

Além de acrescentar mais evidências à ideia de que já houve matéria orgânica em Marte, a deteção direta de sais orgânicos também apoiaria a habitabilidade marciana dos dias modernos, visto que na Terra alguns organismos podem usar sais orgânicos, como oxalatos e acetatos, como energia.

 
Olhando para trás, para uma duna que o rover Curiosity da NASA atravessou, imagem esta obtida pelo instrumento Mastcam do rover no dia 9 de fevereiro de 2014, ou o 538.º dia marciano, ou sol, da sua missão. Para efeitos de escala, a distância entre as marcas paralelas das rodas é de aproximadamente 2,7 metros. A duna tem 1 metro de altura.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS
 

"Se determinarmos que existem sais orgânicos concentrados algures em Marte, vamos querer investigar mais detalhadamente estas regiões e, idealmente, perfurar mais fundo abaixo da superfície, onde a matéria orgânica pode estar melhor preservada," disse James M. T. Lewis, geoquímico orgânico que liderou esta investigação, publicada dia 30 de março na revista Journal of Geophysical Research: Planets. Lewis trabalha no Centro de Voo Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, no estado norte-americano de Maryland.

As experiências laboratoriais de Lewis e a análise de dados do SAM (Sample Analysis at Mars), um laboratório de química portátil dentro da barriga do Curiosity, apontam indiretamente para a presença de sais orgânicos. Mas a sua identificação direta em Marte é difícil de fazer com instrumentos como o SAM, que aquece o solo e as rochas marcianas para libertar gases que revelam a composição destas amostras. O desafio é que o aquecimento de sais orgânicos produz apenas gases simples que poderiam ser libertados por outros ingredientes no solo marciano.

No entanto, Lewis e a sua equipa propõem que outro instrumento do Curiosity, o CheMin (Chemistry and Mineralogy), que usa uma técnica diferente para examinar o solo marciano, poderia detetar certos sais orgânicos se estiverem presentes em quantidades suficientes. Até agora, o CheMin não detetou sais orgânicos.

Encontrar moléculas orgânicas, ou os seus remanescentes de sal orgânico, é essencial na busca da NASA por vida noutros mundos. Mas esta é uma tarefa desafiadora à superfície de Marte, onde milhares de milhões de anos de radiação apagaram ou fragmentaram a matéria orgânica. Como um arqueólogo que desenterra pedaços de cerâmica, o Curiosity recolhe solo e rochas marcianas, que podem conter pequenos pedaços de compostos orgânicos, e depois o SAM e outros instrumentos identificam a sua estrutura química.

Usando dados que o Curiosity transmite para a Terra, cientistas como Lewis e a sua equipa tentam juntar estas peças partidas do puzzle orgânico. O seu objetivo é inferir a que tipo de moléculas maiores podem ter pertencido e o que essas moléculas podem revelar sobre o ambiente antigo e biologia potencial de Marte.

"Estamos a tentar desvendar milhares de milhões de anos de química orgânica," disse Lewis, "e nesse registo orgânico pode estar o prémio final: evidências de que já existiu vida no Planeta Vermelho."

Embora alguns especialistas tenham previsto durante décadas que compostos orgânicos antigos estão preservados em Marte, foram necessárias experiências do SAM do rover Curiosity para confirmar isto. Por exemplo, em 2018, a astrobióloga Jennifer L. Eigenbrode, de Goddard, liderou uma equipa internacional de cientistas da missão Curiosity que relatou a deteção de uma miríade de moléculas contendo um elemento essencial da vida como a conhecemos: carbono. Os cientistas identificam a maioria das moléculas que contêm carbono como "orgânicas".

"O facto de haver matéria orgânica preservada em rochas com 3 mil milhões de anos, e de nós a termos encontrado à superfície, é um sinal muito promissor de que poderemos obter mais informações de amostras melhor preservadas abaixo da superfície," disse Eigenbrode. Ela trabalhou com Lewis neste novo estudo.

Analisando sais orgânicos no laboratório

Há décadas atrás, os cientistas previram que os compostos orgânicos em Marte poderiam estar a decompor-se em sais. Estes sais, argumentaram, teriam mais probabilidade de persistir à superfície marciana do que moléculas grandes e complexas, como as que estão associadas ao funcionamento dos seres vivos.

Se houvessem sais orgânicos presentes nas amostras de Marte, Lewis e a sua equipa quereriam então descobrir como o aquecimento no forno do SAM podia afetar os tipos de gases libertados. O SAM funciona aquecendo amostras a mais de 1000º C. O calor quebra as moléculas, libertando algumas como gases. Diferentes moléculas libertam diferentes gases a temperaturas específicas; portanto, ao observar quais as temperaturas que libertam determinados gases, os cientistas podem inferir a composição da amostra.

"Ao aquecer amostras marcianas, podem acontecer muitas interações entre minerais e matéria orgânica que dificultam a obtenção de conclusões das nossas experiências, de modo que o trabalho que estamos a fazer é tentar separar estas interações para que os cientistas que fazem análises em Marte possam usar estas informações," disse Lewis.

Lewis analisou uma variedade de sais orgânicos misturados com um pó de sílica inerte para replicar uma rocha marciana. Também investigou o impacto da adição de percloratos às misturas de sílica. Os percloratos são sais que contêm cloro e oxigénio e são comuns em Marte. Os cientistas há muito que se preocupam com a possibilidade de interferirem em experiências que procuram indícios de matéria orgânica.

De facto, os investigadores descobriram que os percloratos interferiram com as suas experiências e descobriram em que medida. Mas também descobriram que os resultados recolhidos de amostras contendo percloratos combinavam melhor com os dados do SAM do que quando os percloratos estavam ausentes, aumentando a probabilidade de que sais orgânicos estão presentes em Marte.

Além disso, Lewis e a sua equipa relataram que os sais orgânicos podem ser detetados pelo instrumento CheMin do Curiosity. Para determinar a composição de uma amostra, o CheMin dispara raios-X e mede o ângulo a que os raios-X são difratados em direção ao detetor.

As equipas do SAM e do CheMin do Curiosity vão continuar a procurar sinais de sais orgânicos enquanto o rover se desloca para uma nova região no Monte Sharp, situado na Cratera Gale.

Em breve, os cientistas também terão uma oportunidade de estudar o solo melhor preservado abaixo da superfície marciana. O futuro rover ExoMars da ESA, equipado para perfurar até 2 metros, vai transportar um instrumento construído pelo Centro Goddard que analisará a química destas camadas mais profundas de Marte. O rover Perseverance da NASA não tem um instrumento que possa detetar sais orgânicos, mas está a recolher amostras para um futuro envio à Terra, onde os cientistas podem usar máquinas sofisticadas de laboratório para procurar compostos orgânicos.

// NASA (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Journal of Geophysical Research: Planets)
// Espectrómetro de massa: dissecando moléculas (NASA via YouTube)
// Antigo material orgânico descoberto em Marte (NASA Goddard via YouTube)

 


Saiba mais

Rover Curiosity:
NASA
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Marte:
CCVAlg - Astronomia
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Também em destaque
  Hubble rastreia FRBs a braços de galáxias espirais (via NASA)
Os FRBs (Fast Radio Burts) são eventos extraordinários que geram tanta energia num milésimo de segundo quanto o Sol num ano. Porque são tão rápidos, os investigadores têm tido problemas a rastrear a sua origem e a determinar que tipo de objeto os produz. Com o Hubble, astrónomos rastrearam a localização de cinco breves FRBs aos braços espirais de cinco galáxias distantes. Ler fonte
 
   
Álbum de fotografias - Cadeia de Markarian
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Ginge Anvik
 
Perto do coração do Enxame Galáctico de Virgem, a espetacular corrente de galáxias conhecida como Cadeia de Markarian estica-se neste campo de visão telescópico. Ancorada em baixo pelas proeminentes galáxias lenticulares M84 (baixo) e M86, pode seguir a cadeia para cima e para a direita. Perto do centro pode avistar as galáxias em interação NGC 4438 e NGC 4435, conhecidas por alguns como os Olhos de Markarian. Com o seu centro estimado a 50 milhões de anos-luz de distância, o próprio Enxame de Virgem é o enxame de galáxias mais próximo. Com até cerca de 2000 membros, tem uma influência gravitacional percetível no nosso próprio Grupo Local de galáxias. Dentro do Enxame de Virgem, pelo menos sete galáxias na Cadeia de Markarian parecem mover-se de forma coerente, embora outras possam parecer fazer parte da cadeia por acaso.
 
   
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