DIA 21/05: 142.º DIA DO CALENDÁRIO GREGORIANO
NESTE DIA ACONTECEU...
Em 2010, a JAXA lança a sonda IKAROS de velas solares a bordo de um foguetão H-IIA, juntamente com a sonda Akatsuki.
A IKAROS passou por Vénus no final do mesmo ano. HOJE, NO COSMOS:
A um mês do verão (astronomicamente falando), a última estrela do Triângulo de Verão só sobe acima do horizonte a este pelas 23:00. É Altair, o canto inferior direito do Triângulo. Observe Altair a três ou quatro punhos à distância do braço esticado para baixo e para a direita de Vega.
A terceira estrela do Triângulo é Deneb, menos distante, mas para baixo e para a esquerda de Vega.
DIA 22/05: 143.º DIA DO CALENDÁRIO GREGORIANO
NESTE DIA ACONTECEU...
Em 1783, nascia William Sturgeon, físico inglês e inventor que fez os primeiros ímanes e inventou o primeiro motor elétrico inglês.
Em 1890, nascia Per Collinder, astrónomo sueco, conhecido pelo seu catálogo de enxames abertos, hoje em dia chamado Catálogo de Collinder.
Em 1969, o módulo lunar da Apollo 10 passava a 8,4 milhas náuticas (15,6 km) da superfície da Lua.
Em 1995, imagens captadas pelo Telescópio Espacial Hubble durante a travessia do plano dos anéis de Saturno levam à descoberta de uma nova lua. As travessias do plano dos anéis acontecem a cada 15 anos e historicamente têm dado aos astrónomos uma oportunidade para descobrir novos satélites que normalmente são ofuscados pelo brilho do sistema de anéis do planeta.
Em 2012, a SpaceX lança uma cápsula Dragon no topo de um foguetão Falcon 9, no primeiro voo comercial até à ISS. HOJE, NO COSMOS:
A Lua, que está quase Cheia, demora três ou quatro dias para atravessar a distância angular que separa Espiga e Antares. Esta noite conseguirá ver o nosso satélite natural para a direita da cabeça de três estrelas de Escorpião, com Antares para baixo e para a sua esquerda. Cubra a brilhante Lua com a ponta do dedo para ajudar a ver as estrelas.
DIA 23/05: 144.º DIA DO CALENDÁRIO GREGORIANO
NESTE DIA ACONTECEU...
Em 1958, o satélite Explorer 1 cessa transmissões. HOJE, NO COSMOS:
Lua Cheia, pelas 14:53.
Telescópio Webb deteta a fusão de buracos negros mais distante até à data
Esta imagem mostra o ambiente do sistema de galáxias ZS7 obtida pelo programa PRIMER (Public Release IMaging for Extragalactic Research) do JWST (PI: J. Dunlop), recorrendo ao instrumento NIRCam.
Uma nova investigação utilizando o instrumento NIRSpec do Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA/CSA determinou que o sistema é evidência de uma fusão, em curso, de duas galáxias e dos seus buracos negros massivos quando o Universo tinha apenas 740 milhões de anos. Esta é a deteção mais distante de uma fusão de buracos negros alguma vez obtida e a primeira vez que este fenómeno foi detetado tão cedo no Universo.
Crédito: ESA/Webb, NASA, CSA, J. Dunlop, D. Magee, P. G. Pérez-González, H. Übler, R. Maiolino, et. al
Uma equipa internacional de astrónomos utilizou o Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA/CSA para encontrar evidências de uma fusão, em curso, de duas galáxias e dos seus enormes buracos negros quando o Universo tinha apenas 740 milhões de anos. Esta é a deteção mais distante de uma fusão de buracos negros alguma vez obtida e a primeira vez que este fenómeno foi detetado tão cedo no Universo.
Os astrónomos já encontraram buracos negros supermassivos com massas milhões a milhares de milhões de vezes a do Sol na maioria das galáxias massivas do Universo local, incluindo na nossa Galáxia, a Via Láctea. É provável que estes buracos negros tenham tido um grande impacto na evolução das galáxias em que residem. No entanto, os cientistas ainda não compreendem totalmente como é que estes objetos se tornaram tão massivos. A descoberta de buracos negros gigantescos nos primeiros mil milhões de anos após o Big Bang indica que esse crescimento deve ter acontecido muito rapidamente e muito cedo. Agora, o Telescópio Espacial James Webb está a lançar nova luz sobre o crescimento dos buracos negros no Universo primitivo.
As novas observações do Webb forneceram evidências de uma fusão, em curso, de duas galáxias e dos seus buracos negros massivos quando o Universo tinha apenas 740 milhões de anos. O sistema é conhecido como ZS7.
Os buracos negros massivos que estão ativamente a acretar matéria têm características espetrográficas distintas que permitem aos astrónomos identificá-los. Para galáxias muito distantes, como as deste estudo, estas assinaturas são inacessíveis a partir do solo e só podem ser vistas com o Webb.
"Encontrámos evidências de gás muito denso com movimentos rápidos na vizinhança do buraco negro, bem como gás quente e altamente ionizado iluminado pela radiação energética tipicamente produzida pelos buracos negros nos seus episódios de acreção", explicou a autora principal Hannah Übler da Universidade de Cambridge no Reino Unido. "Graças à nitidez sem precedentes das suas capacidades de imagem, o Webb também permitiu à nossa equipa separar espacialmente os dois buracos negros."
Ampliações da imagem anterior para mostrar em mais detalhe o sistema de galáxias ZS7.
Na imagem obtida pelo instrumento NIRCam do Webb, a emissão de hidrogénio ionizado (Hβ) no sistema ZS7 é identificada pela região laranja e a emissão de oxigénio duplamente ionizado (OIII) é visível a vermelho escuro (ampliação da direita).
Crédito: ESA/Webb, NASA, CSA, J. Dunlop, D. Magee, P. G. Pérez-González, H. Übler, R. Maiolino, et. al
A equipa descobriu que um dos dois buracos negros tem uma massa 50 milhões de vezes superior à massa do Sol. "A massa do outro buraco negro é provavelmente semelhante, embora seja muito mais difícil de medir porque este segundo buraco negro está enterrado em gás denso", explicou Roberto Maiolino, membro da equipa, da Universidade de Cambridge e da UCL (University College London), no Reino Unido.
"As nossas descobertas sugerem que a fusão é uma via importante através da qual os buracos negros podem crescer rapidamente, mesmo na alvorada cósmica", explicou Hannah. "Juntamente com outras descobertas, pelo Webb, de buracos negros ativos e massivos no Universo distante, os nossos resultados mostram também que os buracos negros massivos têm estado a moldar a evolução das galáxias desde o início."
A equipa salienta que, quando os dois buracos negros se fundirem, irão também gerar ondas gravitacionais. Eventos como este serão detetáveis com a próxima geração de observatórios de ondas gravitacionais, como a missão LISA (Laser Interferometer Space Antenna), que foi recentemente aprovada pela ESA e será o primeiro observatório espacial dedicado ao estudo das ondas gravitacionais.
"Os resultados do Webb dizem-nos que os sistemas mais leves detetáveis pelo LISA devem ser muito mais frequentes do que se supunha anteriormente", partilhou a cientista principal do projeto LISA, Nora Luetzgendorf, da ESA, nos Países Baixos. "É muito provável que nos obrigue a ajustar os números de eventos que esperamos descobrir com o LISA nesta gama de massas. Esta é apenas a ponta do icebergue".
Esta descoberta foi feita a partir de observações efetuadas no âmbito do programa Galaxy Assembly with NIRSpec Integral Field Spectroscopy. A equipa recebeu recentemente tempo de observação no Ciclo 3 do Webb, para estudar em pormenor a relação entre os buracos negros massivos e as suas galáxias hospedeiras nos primeiros mil milhões de anos. Uma componente importante deste programa será a procura sistemática e a caracterização das fusões de buracos negros. Este esforço determinará o ritmo a que ocorrem as fusões de buracos negros nos primeiros tempos cósmicos, avaliará o papel das fusões no crescimento inicial dos buracos negros e a taxa a que são produzidas as ondas gravitacionais desde o início dos tempos.
Estes resultados foram publicados na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Astrofísicos descobrem um novo método para encontrar as primeiras estrelas
Esta impressão de artista mostra uma estrela gigante a ser despedaçada por um buraco negro. O gás da estrela é puxado para o disco de acreção do buraco negro. A lente gravitacional do buraco negro curva a luz do lado mais afastado do disco, fazendo com que pareça envolver-se à volta e sobre o buraco negro.
As estrelas da População III, as primeiras estrelas que se formaram, são estrelas compostas principalmente por hidrogénio e hélio. Pensa-se que eram muito maiores, mais quentes e mais massivas do que o nosso Sol. Usando o próximo Telescópio Espacial Roman da NASA, e fenómenos brilhantes e energéticos conhecidos como eventos de perturbação de marés, os astrónomos teorizam que seremos capazes de localizar dúzias destas estrelas.
Crédito: Ralf Crawford (STScI)
Um recente estudo realizado na Universidade de Hong Kong descobriu um novo método para detetar estrelas de primeira geração, conhecidas como estrelas da População III, que nunca foram detetadas diretamente. Estas potenciais descobertas acerca das estrelas da População III prometem desvendar os segredos da origem do Universo e proporcionar uma compreensão mais profunda da notável viagem desde o cosmos primordial até ao mundo que habitamos atualmente. Os resultados foram publicados na revista The Astrophysical Journal Letters.
Pouco depois do Big Bang ter dado início ao Universo, começaram a formar-se as primeiras estrelas, compostas principalmente por hidrogénio e hélio. As propriedades destas estrelas de primeira geração, População III, são muito diferentes das estrelas como o nosso Sol ou mesmo das que se estão a formar atualmente. Eram tremendamente quentes, gigantescas em tamanho e massa, mas de vida muito curta. As estrelas da População III são as primeiras "fábricas" a sintetizar a maior parte dos elementos mais pesados do que o hidrogénio e o hélio que nos rodeiam atualmente. São também muito importantes para a formação das gerações posteriores de estrelas e galáxias. No entanto, até agora não houve deteções diretas e convincentes de estrelas da População III, uma vez que estas estrelas formadas no início do Universo estão muito longe e são demasiado ténues para qualquer um dos nossos telescópios no solo ou no espaço.
Pela primeira vez, os cientistas da Universidade de Hong Kong descobriram um novo método para detetar estas primeiras estrelas no Universo primitivo. Um estudo recente, liderado pelo grupo de investigação da Professora Jane Lixin Dai, propôs que uma estrela da População III pode ser desfeita em pedaços pelas forças de maré caso entre na vizinhança de um buraco negro massivo. Num tal evento de perturbação de marés (com a sigla inglesa "TDE", "tidal disruption event"), o buraco negro banqueteia-se com os detritos estelares e produz clarões muito luminosos. Os investigadores estudaram o complexo processo físico envolvido e demonstraram que estes surtos podem brilhar através de milhares de milhões de anos-luz para chegar até nós hoje. Mais importante ainda, descobriram que as assinaturas únicas destas erupções de TDEs podem ser usadas para identificar a existência de estrelas da População III e obter informações sobre as suas propriedades.
"Como os fotões energéticos viajam uma distância muito grande, a escala de tempo da erupção será esticada devido à expansão do Universo. Estes surtos de TDEs aumentam e decaem durante um período de tempo muito longo, o que os distingue dos TDEs de estrelas do tipo solar no Universo próximo", disse a Professora Jane Dai, investigadora principal e autora correspondente do projeto. "Curiosamente, não só as escalas de tempo das explosões são alongadas, como também o seu comprimento de onda. A luz ótica e ultravioleta emitida pelo TDE será transferida para emissões infravermelhas quando atingir a Terra", acrescentou ainda a Dra. Rudrani Kar Chowdhury, bolseira de pós-doutoramento do Departamento de Física da Universidade de Hong Kong e primeira autora do artigo científico.
O que torna a descoberta mais excitante é o facto de duas missões emblemáticas da NASA, o Telescópio Espacial James Webb (JWST) e o futuro Telescópio Espacial Nancy Grace Roman, terem a capacidade de observar essas emissões infravermelhas a grandes distâncias. A professora Priya Natarajan, do Departamento de Astronomia e Física da Universidade de Yale e coautora do artigo, mencionou: "As capacidades únicas do Roman de poder observar simultaneamente uma grande área do céu e espreitar as profundezas do Universo primitivo fazem dele uma sonda promissora para detetar estas explosões de TDEs, o que, por sua vez, serviria como uma descoberta indireta das estrelas da População III". Janet Chang, estudante de doutoramento no Departamento de Física da Universidade de Hong Kong e coautora do artigo, acrescentou: "Esperamos que algumas dúzias destes eventos sejam detetados pelo Roman todos os anos, caso seja seguida a estratégia de observação correta." Com estas descobertas em mente, a próxima década apresenta um potencial significativo para a identificação destas fontes distintas, levando a revelações emocionantes sobre as estrelas da População III e desvendando os mistérios do início do Universo.
Cientistas ajudam a desvendar os primórdios cósmicos da vida
Ilustração da presença de moléculas aromáticas portadoras de azoto na atmosfera da lua de Saturno, Titã.
Crédito: Universidade do Hawaii em Mānoa
A maneira como a vida teve início na Terra permanece em grande parte desconhecida. No entanto, um grupo de cientistas da Universidade do Hawaii em Mānoa está a tentar mudar isso.
Num artigo científico recentemente publicado, investigadores do Departamento de Química dessa instituição de ensino descobriram como algumas moléculas cruciais se podem formar no espaço, o que poderá levar a desenvolvimentos significativos sobre a origem da vida.
As moléculas em questão são chamadas moléculas aromáticas portadoras de azoto, que são importantes em muitas áreas da química e da biologia. Servem como blocos de construção para uma vasta gama de compostos, incluindo produtos farmacêuticos, tintas, plásticos e produtos naturais. As moléculas aromáticas encontram-se também em biomoléculas importantes, como os aminoácidos, os ácidos nucleicos (ADN e ARN) e nas vitaminas.
Utilizando feixes moleculares, a equipa liderada pelo professor Ralf I. Kaiser recriou os ambientes da Nuvem Molecular de Touro (região densa de gás e poeira interestelar localizada na constelação de Touro, onde novas estrelas se estão ativamente a formar) e da atmosfera de Titã (assemelha-se às condições iniciais da Terra devido à sua composição rica em azoto e à presença de metano). Titã é a maior lua de Saturno.
Em combinação com cálculos de estrutura eletrónica efetuados pelo professor Alexander M. Mebel (Universidade Internacional da Flórida), juntamente com modelos interestelares (professor Xiaohu Li, Academia Chinesa de Ciências) e atmosféricos (professor Jean-Christophe Loison, Universidade de Bordéus), o pós-doutorando Zhenghai Yang conseguiu identificar unidades estruturais fundamentais de moléculas aromáticas (não relacionadas com o cheiro), o que fornece novos caminhos para compreender como os blocos de construção do ADN e do ARN se podem ter formado no espaço, reformulando as nossas ideias sobre a origem dos ingredientes da vida na Galáxia.
"O estudo sugere que as moléculas aromáticas portadoras de azoto - piridina, piridinil e isoquinolina - podem ter sido sintetizadas em ambientes que os cientistas estão a investigar devido às suas semelhanças com a Terra", disse Kaiser. "Compreender como estas moléculas se formam é vital para desvendar os mistérios das origens da vida. Descobertas como estas podem ter implicações futuras, incluindo aplicações práticas não só na biotecnologia e na biologia sintética, mas também nas ciências da combustão".
Como a NASA acompanhou a tempestade solar mais intensa das últimas décadas (via NASA)
Maio de 2024 já provou ser um mês particularmente tempestuoso para o nosso Sol. Durante a primeira semana de maio, uma barragem de grandes erupções solares e ejeções de massa coronal (EMCs) lançou nuvens de partículas carregadas e campos magnéticos em direção à Terra, criando a mais forte tempestade solar a atingir o nosso planeta em duas décadas - e possivelmente uma das mais fortes exibições de auroras registadas nos últimos 500 anos. Ler fonte
Álbum de fotografias "Timelapse" e Aurora Celeste Norte
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Chirag Upreti
Os graciosos arcos dos rastos estelares refletem a rotação diária do planeta Terra nesta colorida paisagem noturna. Para criar a composição em "timelapse" foram obtidas, no dia 12 de maio, exposições consecutivas com uma câmara fixa a um tripé a partir das margens do reservatório de Ashokan, na região de Catskills, em Nova Iorque, EUA. A Estrela Polar está perto do centro dos arcos. O rasto largo da Lua crescente está à esquerda, lançando um forte reflexo sobre as águas do reservatório. Com a intensa atividade solar a impulsionar as recentes tempestades geomagnéticas, a colorida aurora boreal, rara nesta região, brilha para baixo da Polar e do polo norte celeste.
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