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BOLETIM ASTRONÓMICO - EDIÇÃO N.º 365
De 17/11 a 20/11/2007
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  NASCER-DA-TERRA, PELA KAGUYA
   


Esta imagem foi retirada de um vídeo tirado pela câmara HDTV a bordo da sonda Kaguya, a 7 de Novembro de 2007. Na imagem, a superfície da Lua é perto do pólo Norte, e podem ser observados na Terra a península Arábica e o Oceano Índico.
Crédito: JAXA/NHK
(clique na imagem para ver versão maior)

A equipa que desenvolveu e lançou a missão japonesa, Kaguya, em torno da Lua, mereceu todo o seu salário nesta foto - uma imagem da Terra em alta-definição, nascendo por cima do horizonte lunar. É tal como a tão conhecida imagem do nascer terrestre da Apollo - só que em alta-definição (para ver a imagem original em 1920x1080 pixeis, clique aqui ou na imagem).

Embora as pessoas tenham imaginado o que é que os astronautas veriam na superfície da Lua, na realidade não é possível. Dado que a Lua está trancada através das forças das marés com a Terra, mostra sempre a mesma face. Se estivéssemos na superfície da Lua, a Terra estaria sempre na mesma posição no céu a todos os momentos. Por isso, não poderíamos ver a Terra nascer na Lua.


O pôr-da-Terra, visto em órbita da Lua. Aqui, a superfície da Lua encontra-se perto do pólo Sul, e na Terra consegue-se observar o Continente Australiano (no centro e para baixo), o continente Asiático (canto inferior direito). Nesta imagem, o lado de cima da Terra é o Hemisfério Sul, e por isso a Austrália parece de cabeça para baixo.
Crédito: JAXA/NHK
(clique na imagem para ver versão maior)

Para capturar uma sequência deste género, teremos que estar numa nave espacial, em órbita da Lua, e olhando na direcção da Terra. Assim, à medida que a nave se posiciona correctamente, a Terra parecerá nascer por cima do horizonte. No fundo, é uma espécie de um truque. Mas mesmo assim - que imagem.

E que maneira de pôr tudo aqui na Terra em perspectiva. Tal como Carl Sagan dizia quando falava do "pálido ponto azul" da Terra capturado pela sonda Voyager 1 da NASA. Mas em vez de "ponto", é subsituir por "espectacular imagem HD da Terra".

Links:

Links relacionadas:
Comunicado de imprensa (JAXA)

Vìdeo do nascer-da-Terra
Vídeo do pôr-da-Terra

Kaguya:
Site oficial (JAXA)
Wikipedia

 
  PLANETAS ROCHOSOS PODEM HABITAR ENXAME ESTELAR VIZINHO
   

Foram descobertas provas da existência de planetas rochosos num dos mais famosos enxames estelares. Astrónomos avistaram uma espessa nuvem de poeira em torno de uma estrela no enxame aberto das Plêiades, ou "Sete Irmãs". Especulam que estes detritos tenham sido criados por colisões de embriões protoplanetários ou planetas "adultos."

"As nossas observações indicam que os planetas terrestres semelhantes aos do nosso Sistema Solar são provavelmente muito comuns," disse Benjamin Zuckerman, astrónomo da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, que esteve envolvido na descoberta. Os achados irão ser detalhados numa edição futura do Astrophysical Journal.


Impressão de artista do ambiente em torno de HD 23514, aquando da colisão de dois planetas.
Crédito: Lynette R. Cook, Observatório Gemini
(clique na imagem para ver versão maior)

Usando o Observatório Gemini e o Telescópio Espacial Spitzer da NASA, os cientistas descobriram que a poeira em torno de HD 23514, uma estrela em M45, ligeiramente mais massiva e brilhante que o nosso Sol, é centenas de milhares de vezes mais espessa que a do Sistema Solar.

Embora as estrelas muito jovens, com cerca de 10 milhões de anos ou menos, estejam regularmente envoltas em espessas nuvens de poeira, HD 23514 tem mais ou menos 100 milhões de anos, e sendo assim a sua poeira "primordial" já há muito que se deveria ter dissipado. Por isso, a poeira que os astrónomos observaram agora são possivelmente detritos de segunda-geração criados pela colisão de objectos maiores.

"No processo de criação de planetas rochosos terrestres, alguns objectos colidem e crescem para formar planetas, enquanto outros se despedaçam em poeira," diz o membro da equipa de estudo, Inseok Song do Caltech. "Estamos a ver essa poeira." A equipa calcula que os planetas terrestres ou embriões planetários nas Plêiades colidiram há poucas centenas de milhares de anos e talvez até mais recentemente. As partículas criadas durante as colisões podem, com o passar do tempo, coalescer para formar cometas, asteróides, ou até mesmo novos planetas.


Imagem a cores do enxame das Plêiades e da região vizinha, produzida por Inseokk Song do Centro Científico Spitzer. A imagem foi criada ao combinar imagens da banda B, R e I a partir de imagens individuais de segunda-geração do Digital Sky Survey em imagens com camadas azul, verde e vermelha, respectivamente. A seta aponta a localização de HD 23514.
Crédito: Inseok Song/Digital Sky Survey
(clique na imagem para ver versão maior)

As Plêiades são há muito conhecidas e observadas. Os Gregos deram-lhes o nome das "Sete Irmãs", pois são sete as quentes e azuis estrelas mais visíveis; os Aztecas do México e da América Central baseavam o seu calendário de acordo com as Plêiades; e o enxame é até mencionado na Bíblia, quando Deus pergunta a Job: "És tu que amarras os laços das Plêiades, ou desatas as ligações de Órion?" (Job 38:31).

As Plêiades na realidade são no total cerca de 1400 estrelas. A 400 anos-luz de distância na constelação do Touro, é um dos enxames abertos mais próximos da Terra.

Links:

Notícias relacionadas:
Observatório Gemini (comunicado de imprensa)
UCLA (comunicado de imprensa)
National Geographic
Wired
Science Daily
Reuters

Plêiades:
Wikipedia
SEDS

 
  ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS
       
  Foto  
Combustível de foguetões - Crédito: Dave Kodama
Esta linda imagem de Orionte mostra as jovens estrelas da constelação e as nuvens cósmicas de hidrogénio gasoso e poeira. Obtida com uma câmara de filmar que seguia as estrelas a 11 de Novembro, a exposição durou cerca de 40 minutos. Inclui a Grande Nebulosa de Orionte (perto do centro), uma corrente de nebulosas bem-conhecidas que se prolonga até às três estrelas da cintura de Orionte, e o grande arco semi-circular, conhecido como o Loop de Barnard, que parece terminar em baixo e para a direita, perto da supergigante e azulada Rigel. Inesperadamente, a imagem também registou uma nuvem brilhante e em forma de cometa, não comum naquela zona do céu. Também registada por outros observadores do céu, a misteriosa nuvem foi rapidamente reconhecida como uma libertação de combustível a partir de um foguetão usado para colocar um satélite em órbita geosíncrona. Ao reflectir a luz solar, a pluma de combustível começa a Oeste (direita) do campo estelar e expande-se para Oeste, à medida que diminui de claridade ao longo da exposição, criando o risco parecido com a cauda de um cometa.
Ver imagem em alta-resolução
 
  EFEMÉRIDES:  
 

Dia 17/11: 321.º dia do  calendário gregoriano.
História: Em 1970, a Luna 17 torna-se no primeiro veículo com rodas a aterrar na Lua.
Observações: Lua em Quarto Crescente, pelas 22:32.
A fraca chuva de meteoros, Leónidas, deverá atingir o seu pico esta noite, entre a meia-noite e o amanhecer de Domingo. Espere observar apenas 10 Leónidas por hora mesmo com condições ideiais.

Dia 18/11: 322.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1989 a NASA lança o COBE (Cosmic Background Explorer).

Os instrumentos a bordo estudaram toda a esfera celeste a cada seis meses. As operações terminaram a 23 de Dezembro de 1993. A partir de Janeiro de 1994, foi transferido para o Wallops e serviu como satélite de teste.
Em 1999, usando câmaras de vídeo, David Palmer, Brian Cudnick e Pedro Sada registam um impacto de uma Leónida na Lua. O evento torna-se no primeiro impacto cósmico lunar confirmado. O outro único impacto cósmico observado da Terra foi a colisão dos restos do Cometa Shoemaker-Levy 9 com Júpiter em 1994 (sem contar com outros criados artificialmente).
Observações: Logo após o pôr-do-sol observe ainda o Triângulo de Verão a pôr-se a Oeste, com Vega a ser a estrela mais brilhante do céu Ocidental. Mesmo para baixo, colado ao horizonte, encontra-se o planeta Júpiter.

Dia 19/11: 323.º dia do  calendário gregoriano.
História: Em 1969, a Apollo 12 faz a segunda aterragem humana na Lua.
Em 1999, a China lança a primeira missão Shenzhou não tripulada para órbita às 22:30 GMT, tornando-se na terceira nação da História a lançar um veículo capaz de transportar uma pessoa até ao espaço depois da antiga União Soviética e dos Estados Unidos.
Observações: Aproveite a noite para observar com uns binóculos o famoso enxame aberto das Plêiades (M45). Contém cerca de 500 membros visuais, com pelo menos seis das suas quentes estrelas de primeira magnitude visíveis a olho nu.

Dia 20/11: 324.º dia do  calendário gregoriano.
História: Em 1889 nasce Edwin Hubble, astrónomo americano.

O primeiro a identificar cefeidas em M31, provando a natureza extragaláctica das nebulosas espirais (galáxias). Apoiando-se sobre o trabalho de Carl Wirtz, e com os desvios de Slipher, Hubble estabelece a relação distância-velocidade das galáxias (Lei de Hubble) que demonstra a expansão do Universo.

 
 
  CURIOSIDADES:  
 
Três dos maiores asteróides são: 1 Ceres (com um diâmetro de cerca de 1,003 km), e 2 Pallas e 4 Vesta (diâmetros de cerca de 550 km). Apenas Vesta pode ver visto a olho nu.
 
 
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