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Edição n.º 754
27/05 a 30/05/2011
 
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EFEMÉRIDES

Dia 27/05: 147.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1999, lançamento da missão STS-96 do vaivém Discovery.

Observações: Com o Verão a menos de um mês, o grande Triângulo de Verão começa a aparecer a Este. A sua estrela mais alta e mais brilhante, Vega, é fácil de observar. Procure mais para baixo e para a esquerda de Vega, a cerca de dois ou três punhos à distância de um braço esticado, Deneb, a estrela mais brilhante dessa área. Para baixo e para a direita de Vega está Altair, a última das três estrelas do Triângulo de Verão a nascer (por volta das 22 horas).

Dia 28/05: 148.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 585 AC, ocorre um eclipse solar, como previsto pelo filósofo e cientista grego Tales de Mileto, durante o qual Aliates IIenfrenta Cyaxares na Batalha de Halys ou Batalha do Eclipse, o que leva a uma trégua. Esta é uma das datas mais importantes, a partir da qual outras datas podem ser calculadas.
Em 1959, lançamento dos dois macacos Able & Baker. Passaram 16 minutos a viajar a uma altitude de 580 km. 
Em 1971 era lançada a Mars 3 (USSR).

A 2 de Dezembro do mesmo ano, alcançou Marte mas o lander enviou apenas 20 segundos de dados.
Em 1998, o asteróide 1998 KY26 era descoberto por Tom Gehrels. Usando observações por radar, a velocidade de rotação deste asteróide foi estimada em 10,7 minutos!
Em 2002, a Mars Odyssey descobre sinais de imensos depósitos de gelo no planeta Marte.  
Observações: Antes do nascer-do-Sol de amanhã, procure a Lua, já fina, situada por cima de Júpiter. Use binóculos para observar o grupo planetária para a sua esquerda e para baixo.

Dia 29/05: 149.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1919, um eclipse solar total foi observado por dois diferentes grupos de astrónomos tentando confirmar a Teoria da Relatividade Geral de Einstein, medindo se o Sol distorcia as posições aparentes das estrelas das Híades.
Em 1974 era lançada a Luna 22 (USSR).

Em 1999, o vaivém Discoverycompleta a sua primeira atracagem com a Estação Espacial Internacional.  
Observações: Perto da meia-noite, já a constelação de Hércules está alta o suficiente para permitir uma boa observação telescópica do seu famoso enxame globular, M13.

Dia 30/05: 150.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1966, lançamento da Surveyor 1, a primeira sonda sonda americana a aterrar em segurança na Lua

Em 1971 era lançada a Mariner 9. A 13 de Novembro alcança a órbita de Marte. Envia 6.900 imagens. 
Observações: A Ursa Maior inclinou a sua "pega" por cima da frigideira (olhe para Noroeste após o anoitecer e quase para cima), por isso é uma boa altura para ver os asterismos e galáxias na vizinhança da "pega".

 
CURIOSIDADES


O objecto natural com a mais rápida rotação do Sistema Solar é o asteróide vizinho da Terra, 2008 HJ. Completa uma volta em torno de si próprio em apenas 42,7 segundos!

 
MISSÃO DO ROVER SPIRIT CHEGA AO FIM

A NASA terminou as actividades operacionais planeadas para o rover Spirit e mudou o projecto de exploração para a operação de um único rover, focado no gémeo do Spirit, o ainda activo Opportunity.

Isto marca a conclusão de uma das missões de exploração interplanetárias mais bem-sucedidas de sempre.

O Spirit comunicou pela última vez no dia 22 de Março de 2010, à medida que o inverno marciano se aproximava e a fonte de energia solar do rover decrescia. O rover operou durante mais de seis anos após ter aterrado em Janeiro de 2004 e estava desenhado para uma missão de apenas três meses. A NASA tentou entrar em contacto com o rover durante os últimos meses, assim que a energia solar disponível ao rover foi suficiente, durante a primavera de Marte. Uma série de novas tentativas terminaram esta semana, desenhadas para várias combinações possíveis de condições recuperáveis.

Em memória do rover Spirit, 2004-2010.
Crédito: NASA
 

"O nosso trabalho era desgastar estes rovers com exploração, para não deixar capacidades inutilizadas na superfície de Marte, e para o Spirit, fizemos mesmo isso," afirma o gestor do projecto dos rovers, John Callas do JPL da NASA em Pasadena, Califórnia, EUA.

O Spirit percorreu 7,73 km, mais de 12 vezes a distância prevista para a missão. Os seus passeios englobam a passagem por uma planície em ordem a alcançar distantes montes que pareciam meros solavancos no horizonte a partir do local de aterragem; a subida de encostas até 30º de inclinação, e o Spirit até se tornou no primeiro robot a subir um monte noutro planeta; e percorreu quase um quilómetro mesmo com a roda dianteira da frente imóvel (desde 2006). O rover enviou de volta para a Terra mais de 124.000 imagens. Desbastou a superfície de 15 alvos rochosos e "poliu" outros 92 com um pincel, com o objectivo de prepará-los para inspecção com espectrómetros e com uma câmara microscópica.

"O que é realmente importante é não só o tempo que o Spirit durou e quão longe foi, mas também que descobertas científicas alcançou," afirma Callas.

Um dos grandes achados veio, ironicamente, do arrastar da roda direita da frente, enquanto viajava em marcha atrás em 2007. Essa roda escavou solo branco e brilhante. Os instrumentos APXS (Alpha Particle X-ray Spectrometer) e Mini-TES (Miniature Thermal Emission Spectrometer) revelaram que o material brilhante era sílica quase pura.

"A descoberta inesperada de sílica concentrada feita pelo Spirit foi um dos achados mais importantes de qualquer rover," afirma Steve Squyres da Universidade de Cornell, em Ithaca, Nova Iorque, investigador principal do Spirit e do Opportunity. "Mostrou que no passado existiram fontes termais ou saídas de vapor no local de aterragem do Spirit, que podem ter proporcionado condições favoráveis para a vida microbiana."

O solo rico em sílica encontra-se perto de um planalto chamado de Home Plate, que era para ser o destino principal do Spirit após a subida histórica do monte Husband. "O que o Spirit nos mostrou em Home Plate, era que o Marte primitivo pode ter sido um local violento, com água e rocha quente interagindo para fazer o que só poderiam ser descritas como espectaculares explosões vulcânicas. Era um mundo dramaticamente diferente do frio e seco que vemos hoje," afirma Squyres.

Este tesouro de dados obtidos pelo Spirit pode ainda revelar mais descobertas científicas no futuro. Anos de análises obtidas pelo instrumento APXS do rover, pelo Mini-TES e pelo espectrómetro Moessbauer, foram o foco de um trabalho, no ano passado, que indicava que um afloramento no monte Husband continha uma alta concentração de carbonatos. Isto é prova de um antigo ambiente molhado, não-acídico, que poderá ter sido favorável à vida microbiana.

"O que para mim é mais avassalador acerca da missão do Spirit é quão extensos são os seus feitos," afirma Squyres. "O que inicialmente pensámos ser uma simples experiência geológica em Marte, acabou por tornar-se na primeira real expedição à superfície de outro planeta. O Spirit explorou exactamente como o teríamos feito caso lá estivéssemos, observou um monte distante, subiu esse monte, mostrou-nos a vista do cume. E todos nós cá na Terra pudemos fazer parte da sua aventura."

Links:

Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
04/01/2011 - Odisseia marciana: rovers celebram sete anos em Marte
03/08/2010 - NASA prepara fãs do rover Spirit para o pior
29/01/2010 - NASA abandona tentativas de fuga para rover marciano preso

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
National Geographic
Universe Today
Science
PHYSORG.com
Mars Daily
Spaceflight Now
Discovery News
Discover
BBC News
Reuters
UPI.com
Público
Exame Informática
iOnline
tvnet

Rovers marcianos da NASA:
Página oficial
Wikipedia

Marte:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

 
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ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - A Subida do Vaivém Espacial
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: NASA
 
O que é aquilo subindo pelas nuvens? O vaivém espacial. Se espreitasse pela janela de um avião, no local e hora ideais, durante a semana passada, podia ter observado algo muito raro -- o lançamento do vaivém Endeavour para órbita terrestre. As imagens do vaivém e da sua pluma foram rapidamente difundidas pela internet pouco tempo depois do seu lançamento final. A imagem acima foi capturada a partir de um avião de treino da NASA. Obtida bem acima das nuvens, a imagem pode juntar-se a outras similares, da mesma pluma, mas obtidas abaixo das nuvens. Gases quentes e brilhantes, expelidos pelos motores, são visíveis perto do vaivém, bem como a longa pluma de fumo. A sombra da pluma aparece na base das nuvens, indicando a direcção do Sol. O vaivém Endeavour está actualmente acoplado com a Estação Espacial Internacional (ISS) e tem regresso à Terra previsto para a semana que vem.
 

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