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Edição n.º 756
03/06 a 06/06/2011
 
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EFEMÉRIDES

Dia 03/06: 154.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1965 era lançada a Gemini 4, a primeira missão espacial tripulada com uma duração de vários dias.

Neste mesmo dia Edward White andou no exterior de uma nave espacial pela primeira vez num passeio que durou 21 minutos. 
Observações: Olhe para Oeste depois do pôr-do-Sol e aviste a Lua, bem para baixo das estrelas Pollux e Castor.

Dia 04/06: 155.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 781 a.C. era registado pela primeira vez um eclipse solar total na China. 

Em 1769, um trânsito de Vénus é seguido cinco horas depois de um eclipse solar total, o intervalo de tempo mais curto para tais eventos na História.
Observações: Ao lusco-fusco, tente avistar novamente a Lua e as estrelas Pollux e Castor. Nota alguma diferença na posição da Lua?

Dia 05/06: 156.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1783 os irmãos Montgolfier elevavam-se pela primeira vez no ar a bordo do seu balão de ar quente. 

Em 1995, é criado pela primeira vez um concentrado Bose-Einstein.
Observações: E hoje? Onde está a Lua relativamente às estrelas Pollux e Castor?

Dia 06/06: 157.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1971 era lançada a Soyuz 11.

Observações: Olhe para Noreste após o anoitecer e procure bem a Ursa Maior, apoiada na sua "pega". Consegue ver a pequena estrela Alcor, perto de Mizar, a estrela do meio da "pega"? Uma linha de Mizar, passando por Alcor, aponta sempre para Vega.

 
CURIOSIDADES


No equador somos cerca de 3% mais leves do que nos pólos, devido à força centrífuga da rotação da Terra.

 
ORGANISMOS EM MINAS DE OURO PODEM TAMBÉM VIVER EM MARTE

"É como encontrar Moby Dick no Lago Ontario," afirma Tullis Onstott acerca dos seus vermes nemátodos, que a sua equipa da Universidade de Princeton descobriu vivendo nas profundezas da Terra, especificamente na África do Sul.

Os pequenos seres - com apenas 500 micrómetros de comprimento - foram encontrados a profundezas que variam entre os 900 metros e os 3,6 quilómetros, em três minas de ouro da bacia Witwatersrand perto de Joanesburgo. Este é um achado surpreendente dado que os organismos multicelulares normalmente vivem perto da superfície da Terra - até cerca de 10 metros, estima Onstott.

As criaturas parecem viver em água que se encontra entre as rochas das minas, podem tolerar temperaturas até 43º C e alimentar-se de bactérias. A datação por carbono da água onde vivem sugere que os organismos vivem nestas profundidades há 3.000-12.000 anos.

Será este o aspecto de um marciano subterrâneo?
Crédito: Universidade de Ghent, Bélgica - Gaetan Borgonie
 

"Vida tão complexa como esta, conseguir sobreviver por si própria durante um período de tempo tão longo, completamente isolada de tudo - desde luz solar, até química superfícial - é realmente inacreditável," afirma Caleb Scharf do Centro de Astrobiologia de Columbia em Nova Iorque, EUA.

Onstott acrescenta que ninguém estava à espera de encontrar organismos multicelulares a viver em água nestas fracturas rochosas. Os microbiólogos estão ainda a estudar e a tentar compreender como é que até mesmo organismos unicelulares conseguem sobreviver a estas profundidades. "A falta de oxigénio, a temperatura e a sua alimentação, são grandes entraves," salienta.

"Tínhamos a noção que só podia haver certos tipos de organismos em certos ambientes," afirma Scharf. "Mas isto não é verdade. Existem organismos mais complexos nestes ambientes bizarros."

Se formas de vida complexas são capazes de sobreviver em fracturas rochosas bem dentro da Terra, isto levanta a possibilidade que podem também sobreviver em ambientes similares em Marte.

Carl Pilcher, director do Instituto de Astrobiologia da NASA em Moffett Field, Califórnia, realça que Onstott tinha previamente descoberto bactérias vivendo a 2,8 km de profundidade, completamente isoladas de todos os outros ecossistemas na Terra. O organismo recebe a sua energia do decaimento radioactivo de elementos nas rochas. "A importância destes achados é que podemos imaginar um ecossistema na subsuperfície de um planeta que não tem uma atmosfera fotossintética, como Marte," afirma.

Até agora, pensava-se que tal ecossistema podia ser constituído por apenas bactérias. Mas as novas descobertas de Onstott mudaram completamente esse pensamento. "Alargou o campo de trabalho científico para um animal," afirma Pilcher.

"Estes nemátodos são muito parecidos com micróbios. Por isso agora podemos imaginar animais [pequenos o suficiente para caberem em pequenas fracturas rochosas] que podem coexistir com ecossistemas microbiais alimentados pela radioactividade."

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Notícias relacionadas:
Nature (requer subscrição)
PHYSORG.com
Nature News
National Geographic
COSMOS
Discover
Discovery News
The Scientist

Nemátodos:
Universidade de Nebraska-Lincoln
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - O Céu Estrelado do Endeavour
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Expedição 28 da ISSSTS-134NASA
 
Esta imagem nocturna mas luminosa do vaivém espacial Endeavour, acoplado pela última vez com a Estação Espacial Internacional, foi capturada a 28 de Maio. Orbitando 350 km por cima do planeta Terra, o compartimento de carga do Endeavour encontra-se iluminado à medida que viaja pela sombra da Terra a cerca de 43.500 km/h. No topo da foto, os apêndices articulados do braço robótico Dextre da estação aparecem em silhueta. O movimento durante a longa exposição produz rastos no fundo iluminado das cidades terretres. Após completar uma missão com a duração de 16 dias, o Endeavour fez a sua última aterragem no Centro Espacial Kennedy durante as primeiras horas do dia 1 de Junho.
 

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