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Edição n.º 767
12/07 a 14/07/2011
 
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EFEMÉRIDES

Dia 12/07: 193.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1988 era lançada a sonda soviética Phobos 2.

Após o envio de dados da sonda, esta perdeu-se em Janeiro de 1989.
Em 1999, maior aproximação do cometa Tempel 2 pela Terra (0,654 UA).
Observações: Parabéns, Neptuno! Hoje Neptuno completa exactamente uma órbita em torno do Sol desde que foi descoberto em 1846. Nunca mais um grande planeta do Sistema Solar terá falhado em completar uma órbita completa desde que foi descoberto. Tente localizar Neptuno com os seus binóculos ou telescópio (a magnitude 7,9), usando este mapa.

Dia 13/07: 194.º dia do calendário gregoriano.
Observações: Olhe para baixo da Lua esta noite e encontrará o Bule de Chá de Sagitário.

Dia 14/07: 195.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1965 era realizado o primeiro voo rasante de Marte, pela sonda Mariner 4.
Em 2000, o Observatório Chandra observa raios-X do oxigénio e azoto do Cometa C/1999 S4.

Isto mostra que os raios-X emitidos de cometas são produzidos por colisões de iões que se movimentam na direcção oposta à do Sol (vento solar), em conjunto com o gás do cometa.
Observações: A Via Láctea encontra-se já alta no início da noite, o que significa que chegou a altura de observar muitas nebulosas e enxames.

 
CURIOSIDADES


Uma anã branca de massa solar teria aproximadamente o diâmetro da Terra.

 
3552 DON QUIXOTE... PODE DEIXAR O NOSSO SISTEMA SOLAR
Nesta impressão de artista, uma fina cintura de asteróides preenchida com rochas e detritos de poeira, orbitam uma estrela muito parecida ao nosso Sol.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
 

"Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és..." Neste caso é o asteróide 3552 Don Quixote - um dos mais bem conhecidos asteróides que deambula perto da Terra. O seu nome pode ser bem famoso, mas sabia que pode ter origem cometária? Pode muito bem ser um dos cometas da família de Júpiter, à espera da sua vez para ser expulso do nosso próprio Sistema Solar.

O asteróide 3552 Don Quixote foi descoberto por Paul Wild a 26 de Setembro de 1983, e fez recentemente parte de um estudo onde foi virtualmente clonado cem vezes em asteróides hipotéticos para melhor compreender a evolução orbital de corpos do seu género. Normalmente assume-se que NEAs (Near Earth Asteroids) como o Don Quixote podem ter-se desenvolvido a partir de um corpo planetário entre Marte e Júpiter, onde tiveram uma formação violenta devido à gravidade do planeta. A partir daí os detritos rochosos assumiram posições nos pontos de libração - outros tornando-se asteróides Troianos e outros a Cintura de Asteróides Principal. No entanto, as teorias actuais apontam para evidências que corpos como 3552 possam ter sido pequenos aglomerados da nebulosa solar, incapazes de se formarem em algo maior devido à influência de Júpiter. Tal como nos modelos passados, estes asteróides colidiram inúmeras vezes devido à perturbação planetária para se tornarem no que são hoje e para ficarem onde se encontram hoje.

"Os números, massas de protoplanetas e o tempo necessário para a criação de um protoplaneta dependem fortemente das condições iniciais do disco. A elasticidade da colisão não afecta significativamente o crescimento planetesimal ao longo do tempo. A maioria dos asteróides movem-se entre Marte e Júpiter e as colisões ocorrem frequentemente," afirma Suryadi Siregar. "Estas destruições por colisão ocorrem tão amiúde durante a vida do Sistema Solar, que praticamente todos os asteróides que vemos hoje são fragmentos dos seus corpos originais. Alguns podem ser encontrados em zonas instáveis como os hiatos de Kirkwood, a partir do qual se tornaram nas fontes dos asteróides Apollo-Amor-Aten (AAAs). Este grupo é a referência principal na classificação dos NEA."

O que torna Don Quixote, bem... um pouco diferente? Neste caso o seu albedo e assinatura espectral. As suas características físicas não encaixam muito bem com o nosso conhecimento actual dos núcleos cometários, bem como a sua evolução orbital em comparação com o movimento do nosso Sistema Solar. Fisicamente é um asteróide, mas dinamicamente, é um cometa... Um corpo em busca de uma colisão a grande escala. Através do uso de modelos teóricos, o estudo descobriu que uma percentagem de clones do Quixote irá eventualmente juntar-se ao Sol, mas com um pouco de sorte, o asteróide 3552 pode escapar de um destino escaldante.

De acordo com o astrofísico planetário Suryadi Siregar: "O asteróide 3552 Don Quixote é um claro exemplo da complexidade do movimento que pode ser exibido por corpos puramente gravitacionais no Sistema Solar. Todos os planetas têm papéis fundamentais na evolução de 3552 Don Quixote. Este asteróide também serve como exemplo do comportamento caótico que pode fazer com que se movam para fora, até mesmo escapando do Sistema Solar."

Links:

Notícias relacionadas:
Artigo científico (formato PDF)
Universe Today
PHYSORG.com

3552 Don Quixote:
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Via Láctea
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: John P. Gleason, Celestial Images
 
A maioria das estrelas brilhantes na nossa Via Láctea residem num disco. Dado que o nosso Sol também aí reside, estas estrelas aparecem-nos como uma banda difusa que circula o céu. O panorama acima, da banda norte do disco da Via Láctea, cobre 90 graus e é um mosaico criado digitalmente a partir de várias exposições independentes. São visíveis muitas estrelas brilhantes, correntes de poeira escura, nebulosas de emissão, nebulosas de reflexão e enxames estelares. Além desta matéria que conseguimos observar, os astrónomos suspeitam que possa existir ainda mais matéria "escura", não observável.
 

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