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Edição n.º 779
23/08 a 25/08/2011
 
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EFEMÉRIDES

Dia 23/08: 235.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1962 estreia a série televisiva, "The Jetsons", uma produção da Hanna-Barbara que introduziu a uma geração um futuro com base na tecnologia. 

Em 1966, a Lunar Orbiter 1 tira a primeira fotografia da Terra a partir de órbita lunar. 
Em 2001, um fogo causa estragos na ordem dos 2,5 milhões de dólares ao Planetário Bishop em Brandenton, Flórida, EUA.  
Observações: Estamos ainda em Agosto, com o Verão a 2/3 do caminho - mas já o Grande Quadrado de Pégaso está baixo a Este após o anoitecer, balançado sobre um canto.

Dia 24/08: 236.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1492 Cristovão Colombo partia pela segunda vez para o Novo  Mundo.
Em 1852 era apresentado ao mundo o primeiro dirigível.

Em 1966, a Luna 11 era lançada de uma plataforma em órbita da Terra. Esta missão soviética tinha como objectivo estudar a composição química e anomalias gravitacionais da Lua
Em 2006, a União Astronómica Internacional (UAI) redefine o termo "planeta", e Plutão é a partir daí considerado um planeta anão
Observações: Um dos primeiros objectos de céu profundo de Verão que quem compra um telescópio aprende a encontrar é a Nebulosa do Anel, ou M57, devido à sua tão bem marcada posição em Lira. Mas já observou o outro objecto de Messier de Lira, o enxame globular M56?

Dia 25/08: 237.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1609, Galileu Galileidemonstra o seu primeiro telescópio aos legisladores de Veneza.
Em 1864 nascia Ole Romer, astrónomo dinamarquês que propôs a primeira determinação da velocidade da luz.
Em 1981, flyby da Voyager 2 por Saturno.
Em 1989, flyby da Voyager 2 por Neptuno
Em 2000, a revista Science anuncia descobertas a partir de dados do magnetómetro da sonda Galileu que providenciam as mais sólidas provas da existência de um oceano de água líquida salgada por baixo da superfície de uma das luas de JúpiterEuropa.

No mesmo ano, o Telescópio Espacial Hubble faz um censo de anãs castanhas galácticas. A câmara NICMOS do Hubble revela a baixa energia das anãs castanhas, estrelas que não têm massa suficiente para começar a fusão nuclear. 
Observações: À medida que amanhece, procure Marte para a esquerda da Lua fina.

 
CURIOSIDADES


O termo "Aurora Boreal" deriva da deusa romana do amanhecer, "Aurora" e do nome grego de um dos titãs, que representa o vento norte, com o nome de Boreas.

 
SOLO DE MARTE É MAIS ADEQUADO PARA A VIDA DO QUE SE PENSAVA

Um novo estudo sugere que o solo de Marte pode ser capaz de suportar vida melhor do que se pensava.

Os investigadores há muito que suspeitavam que a superfície marciana estava cheia de compostos oxidantes, o que dificultava a existência de moléculas complexas como os químicos orgânicos - os blocos de construção da vida como a conhecemos. Mas o novo estudo, que analisou dados recolhidos pela Phoenix da NASA, sugere que não é este o caso.

"Embora possa haver algumas pequenas quantidades de oxidantes no solo, o material bruto é na realidade bastante benigno," afirma Richard Quinn, autor principal do estudo que trabalha no Centro de Pesquisa Ames da NASA e no Instituto SETI em Mountain View, Califórnia, EUA. "É muito semelhante a solos moderados que encontramos cá na Terra."

Os astrobiólogos há muito que se interessam pela caracterização dos solos em Marte, para ajudar a determinar se a vida pode ou não ter-se desenvolvido no Planeta Vermelho.

Esta imagem mostra o painel solar da Phoenix e o seu braço robótico com uma amostra, obtida a 10 de Junho de 2008. A imagem foi obtida mesmo antes da amostra ser depositada no laboratório a bordo.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade do Arizona/Universidades A&M do Texas
 

A missão Phoenix da NASA, que custou 420 milhões de dólares, deu-nos muito que pensar no que toca a este assunto. Aterrou perto do pólo norte marciano no final de Maio de 2008, e recolheu uma variedade de observações ao longo dos cinco meses seguintes. A Phoenix é famosa por ter confirmado a existência de água gelada em Marte, mas também fez muitas medições interessantes do solo. Uma envolveu a acidez da poeira marciana, ou o seu nível de pH.

"Nós não fazíamos ideia de qual seria o pH," afirma Quinn. "Havia quem acreditasse que seria muito ácido." Mas apenas um mês passado depois da aterragem, a Phoenix descobre que a poeira no seu local era relativamente básica, com um pH que ronda os 7,7. A missão também detectou vários químicos que podiam servir como nutrientes para formas de vida, incluindo o magnésio, potássio e cloreto.

Estas descobertas intrigaram os cientistas, sugerindo que o solo marciano é talvez mais hospitaleiro à vida microbiana do que se pensava. E os novos resultados fornecem mais evidências nestas linhas. A Phoenix fez esta e outras descobertas usando o seu laboratório a bordo. Recolheu solo marciano e depositou-os em pequenas amostras com água trazida da Terra, que de seguida analisou.

Quinn e seus colegas estudaram os dados obtidos pela Phoenix em 2008, focando-se desta vez em medições do potencial de oxidação-redução dos solos marcianos. A oxidação refere-se à libertação de electrões. É um processo destrutivo que pode quebrar moléculas complexas como o ADN, que é a razão por que precisamos de antioxidantes como parte de uma dieta regular.

Os cientistas tinham razões para pensar que o solo marciano podia ser altamente oxidante, acrescenta Quinn. Em meados da década de 70, as sondas Viking misturaram compostos orgânicos com solo marciano, e os químicos pareceram decompor-se. A própria Phoenix detectou uma molécula chamada perclorato, que em várias condições pode ser um forte oxidante. Mas os novos resultados, anunciados o mês passado na revista Geophysical Research Letters, pintam uma imagem mais alegre do solo do Planeta Vermelho no que toca à habitabilidade.

"Quanto estudamos toda a composição do material, e medimos a reactividade global desse solo em solução, é comparável ao que se descobre em solos terrestres, solos da Terra," afirma Quinn. "Por isso segundo este ponto de vista, não é um ambiente extremo."

Os resultados não provam a existência de vida marciana, presente ou passada. No entanto, esta e outras descobertas - incluindo evidências obtidas pela câmara HiRISE (High Resolution Imaging Science Experiment) a bordo da Mars Reconnaissance Orbiter da NASA, de que água líquida pode ter percorrido mesmo por baixo da superfície marciana o ano passado - tornam os cientistas cada vez mais esperançosos.

"As evidências da equipa da HiRISE, de que possa haver fluxo sazonal de água nalguns locais, combinadas com esta medição que mostra que quando o solo está molhado, na realidade não são condições nada duras - são muito positivas em termos do potencial para a vida," conclui Quinn.

Links:

Notícias relacionadas:
SPACE.com

Phoenix:
Página oficial (Universidade do Arizona)
Página oficial (NASA)
Wikipedia

MRO:
Página oficial da NASA 
Página oficial do JPL
Wikipedia

Marte:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

 
TAMBÉM EM DESTAQUE
  Astrónomos descobrem gelo e possivelmente metano em Branca de Neve, um distante planeta anão (via Instituto de Tecnologia da Califórnia)
Astrónomos do Caltech descobriram que o planeta anão 2007 OR10 - com a alcunha de Branca de Neve - é um mundo gelado, com cerca de metade da sua superfície coberta em água gelada que no passado fluíu a partir de vulcões. Os novos achados também sugerem que o pequeno corpo côr-de-rosa pode estar coberto por uma fina camada de metano, os restos de uma atmosfera que está lentamente a ser perdida para o espaço. Ler fonte
 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Aurora por cima da Gronelândia
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Juan Carlos Casado (TWAN)
 
Este aurora vai de horizonte a horizonte. Durante a actual expedição Shelios para observar e aprender mais acerca das auroras boreais, o céu do fim-de-semana passado não desapontou. Após o pôr-do-Sol e graças a um cuidadoso planeamento fotográfico, a imagem acima foi obtida a partir do acampamento Qaleraliq da expedição, no Sul da Gronelândia. Visível pelo centro da aurora, e avistada só com um olho cuidadoso, está a constelação da Ursa Maior. O disco brilhante à direita é a Lua, enquanto Júpiter pode ser visto para a sua direita. A expedição Shelios tem duração prevista até ao fim de Agosto e inclui transmissões em directo de auroras.
 

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