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Edição n.º 820
13/01 a 16/01/2012
 
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EFEMÉRIDES

Dia 13/01: 13.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1610, Galileu Galilei descobria a quarta lua de Júpiter, Calisto.

Em 1993, lançamento da missão STS-54 do vaivém espacial Endeavour, o seu terceiro voo.
Em 2000, foram descobertos buracos negros solitários à deriva na Galáxia.
Observações: Por volta das 23 horas, já Marte brilha para a esquerda da Lua, baixos a Este.

Dia 14/01: 14.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 2005 aterrava em Titã a sonda Huygens

Observações: A partir das 22:20 e até cerca da 00:40, é possível observar telescopicamente a sombra de Europa passar pela atmosfera de Júpiter. Por esta altura, é também visível a Grande Mancha Vermelha.

Dia 15/01: 15.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1969, a União Soviética lançava a Soyuz 5.

Em 2005, uma intensa proeminência solar liberta raios-X por todo o Sistema Solar. No mesmo dia, a sonda SMART-1 da ESA descobre elementos como o cálcio, alumínio, sílica, ferro e outros elementos à superfície da Lua.
Observações: A partir das 19:00 e até cerca das 21:00, é possível observar telescopicamente a sombra de Io passar pela atmosfera de Júpiter.

Dia 16/01: 16.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1969, as naves Soyuz 4 e Soyuz 5 levam a cabo o primeiro acoplamento de naves em órbita, a primeira transferência de tripulação de um veículo para outro, e única vez que tal transferência envolveu um passeio espacial.
Em 2003 a nave Columbia arrancava para a missão STS-107, que seria a sua última.

O Columbia acabaria por desintegrar-se 16 dias depois, durante a sua reentrada na atmosfera da Terra. 
Observações: Lua em Quarto Minguante, pelas 09:08.
O brilhante Sirius nasce a Este-Sudeste (por baixo de Orionte) durante o anoitecer. Quando é que o conseguirá ver? Cada noite nasce 4 minutos mais cedo. Sendo tão brilhante, Sirius regularmente pisca em cores vívidas quando está baixo - com uns binóculos é especialmente bem visível.

 
CURIOSIDADES


Copérnico no seu leito de morte disse que a grande tristeza da sua vida foi nunca ver Mercúrio.

 
KEPLER DESCOBRE OS TRÊS EXOPLANETAS MAIS PEQUENOS ATÉ AGORA

Astrónomos que usavam dados da missão Kepler da NASA descobriram os três exoplanetas mais pequenos até agora detectados para lá do Sistema Solar. Os planetas orbitam uma única estrela, chamada KOI-961, e têm 0,78, 0,73 e 0,57 vezes o raio da Terra. O mais pequeno tem aproximadamente o tamanho de Marte.

Pensa-se que todos os três planetas sejam rochosos como a Terra e orbitem perto da sua estrela-mãe. Isto torna-os demasiado quentes para estarem na zona habitável do sistema estelar, que é a região onde a água pode existir à superfície. Dos mais de 700 planetas já confirmados em órbita de outras estrelas -- chamados de exoplanetas ou planetas extra-solares -- apenas um punhado deles se sabe serem rochosos.

"Os astrónomos estão apenas a começar a confirmar milhares de candidatos a planeta descobertos pelo Kepler," afirma Doug Hudgins, cientista do programa Kepler na sede da NASA em Washington, EUA. "Descobrir um tão pequeno quanto Marte é um feito incrível, e reforça a ideia de que existem muitos planetas rochosos espalhados pela Via Láctea."

Esta impressão de artista ilustra KOI-961.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O Kepler pesquisa continuamente por planetas ao monitorizar mais de 150.000 estrelas, em busca de diminuições tantalizantes no seu brilho provocadas pelos trânsitos de planetas (quando passam em frente da estrela, da perspectiva do Sistema Solar). São necessários pelo menos três trânsitos para verificar um sinal como planeta. Seguidamente são feitas observações com telescópios terrestres para confirmar as descobertas.

A descoberta mais recente vem de uma equipa liderada por astrónomos do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena, EUA. A equipa usou dados da missão Kepler, que estão disponíveis para o público em geral, bem como observações subsequentes com o Observatório Palomar, perto de San Diego, e com o Observatório W. M. Keck no Mauna Kea, Hawaii. As suas medições reviram dramaticamente os tamanhos dos planetas, a partir do que estava originalmente estimado.

Os três planetas estão muito perto da sua estrela, e demoram menos de dois dias a orbitá-la. KOI-961 é uma anã vermelha com um-sexto do diâmetro do nosso Sol, o que a torna apenas 70% maior que Júpiter.

Este diagrama compara ilustrações dos exoplanetas mais conhecidos, em comparação com a Terra e Marte.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"Este é o sistema solar mais pequeno já descoberto até agora," afirma John Johnson, investigador principal da pesquisa do Instituto de Ciências Exoplanetárias da NASA no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena. "É na realidade mais semelhante em escala a Júpiter e às suas luas, do que qualquer outro sistema planetário. A descoberta é mais uma prova da diversidade de sistemas planetários na nossa Galáxia."

As anãs vermelhas são o tipo mais comum de estrela na nossa Via Láctea. A descoberta de três planetas rochosos em torno de uma anã vermelha sugere que a Galáxia pode estar repleta de planetas rochosos similares.

"Estes tipos de sistemas podem ser ubíquos no Universo," afirma Phil Muirhead, autor principal do novo estudo do Caltech. "É uma altura verdadeiramente excitante para os caçadores de exoplanetas."

Esta imagem compara o sistema planetário de KOI-961 com Júpiter e os seus quatro maiores satélites.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

A descoberta segue um conjunto de marcos recentes da missão Kepler. Em Dezembro de 2011, cientistas anunciaram a confirmação do primeiro planeta na zona habitável de uma estrela tipo-Sol: um planeta 2,4 vezes maior que a Terra denominado Kepler-22b. Dias depois, a equipa anunciou a descoberta dos primeiros planetas tipo-Terra em órbita de uma estrela tipo-Sol para lá do nosso Sistema Solar, denominados Kepler-20e e Kepler-20f.

Para esta última descoberta, a equipa obteve os tamanhos dos três planetas apelidados de KOI-961.01, KOI-961.02 e KOI-961-03 com a ajuda da bem estudada estrela gémea de KOI-961, a Estrela de Barnard. Ao melhor compreender a estrela KOI-961, melhor puderam determinar o tamanho dos planetas que provocavam as diminuições no brilho estelar. Em adição às observações do Kepler e das medições com telescópios terrestres, a equipa usou técnicas de modelagem para confirmar as descobertas dos planetas.

Antes destes planetas confirmados, apenas outros seis tinham sido confirmados usando os dados públicos do Kepler.

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Artigo científico (formato PDF)
Science
New Scientist
SPACE.com
Sky & Telescope
Astronomy Now Online
PHYSORG.com
Spaceflight Now
Scientific American
Universe Today
Nature
Wired
National Geographic
Discover Magazine
Discovery News
Diário de Notícias
Astro-PT
Observatório Astronómico de Santana - Açores

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Wikipedia (lista)
Wikipedia (lista de extremos)
Catálogo de planetas extrasolares vizinhos (PDF)
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

KOI-961:
Exoplanet.eu

Anãs vermelhas:
Wikipedia

Telescópio Espacial Kepler:
NASA (página oficial)
Arquivo de dados do Kepler
Wikipedia

 
TAMBÉM EM DESTAQUE
  População de planetas é numerosa (via ESO)
Uma equipa internacional, que inclui três astrónomos do Observatório Europeu do Sul (ESO), utilizou a técnica de microlente gravitacional para determinar quão comuns são os planetas na Via Láctea. Após uma busca que durou seis anos e onde se observaram milhões de estrelas, a equipa concluiu que os planetas em torno de estrelas são a regra e não a excepção. Os resultados serão publicados na revista Nature a 12 de Janeiro de 2012. Ler fonte
 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Título da imagem
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Chris Cook (CookPhoto.com)
 
A estrela perto do topo é tão brilhante que se torna por vezes complicado observar a galáxia para baixo. Na imagem, tanto a estrela, Régulo, como a galáxia, Leo I, podem ser encontradas a um grau entre si na direcção da constelação de Leão. Régulo faz parte de um sistema estelar múltiplo, com uma companheira muito próxima visível para baixo e para a esquerda da jovem estrela na sua sequência principal. Leo I é uma galáxia anã esferoidal no Grupo Local dominado pela nossa Via Láctea e por M31. Pensa-se que Leo I seja a mais distante das várias pequenas galáxias conhecidas que orbitam a nossa Via Láctea. Régulo está localizada a cerca de 75 anos-luz de distância, em constraste com Leo I, que está a mais ou menos 800.000 anos-luz de distância.
 

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