Problemas ao ver este email? Consulte a versão web.

Edição n.º 824
27/01 a 30/01/2012
 
Siga-nos:      
 
EFEMÉRIDES

Dia 27/01: 27.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1593, começa no Vaticano o julgamento de Giordano Bruno, que durou sete anos.
Em 1967, os astronautas da Apollo 1 - Virgil (Gus) Grissom, Edward H. White II e Roger B. Chaffee - morrem num incêndio na plataforma de lançamento, durante um teste da Apollo 204 (AS-204), que era para ser a primeira missão tripulada à Lua, com lançamento a 21 de Fevereiro de 1967.

Observações: Agora que a Lua se encontra por cima de Vénus, assim que se começam a ver as estrelas, olhe a uma distância similar para a direita do nosso satélite e encontrará a estrela de baixo do Grande Quadrado de Pégaso. Encontra-se apoiado por um canto.

Dia 28/01: 28.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1611, nascia Johannes Hevelius, que seria o primeiro astrónomo a observar as fases de Mercúrio.

Morreria neste mesmo dia em 1687, quando fazia 76 anos. 
Em 1613, Galileu observa pela primeira vez o planeta Neptuno, confundindo-o com uma estrela 233 anos antes da sua descoberta
Em 1986, o Space Shuttle Challenger explode 73 segundos depois de descolar. A tripulação inteira morre: Francis Scobee, Michael Smith, Judith Resnik, Ellison Onizuka, Ronald McNair, Gregory Jarvis e Sharon Christa McAuliffe.

Observações: Esta noite, olhe para a direita da Lua e encontrará um outro canto do Grande Quadrado de Pégaso: o seu canto mais à esquerda. A quase o dobro da distância mas para cima e para a esquerda do nosso satélites, está Júpiter.

Dia 29/01: 29.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1986 ocorreu o incidente Height 611 em que uma bola de fogo terá sido vista pela população inteira de uma povoação, tendo desaparecido de seguida.

Observações: A partir das 22:50 e até se pôr, observe telescopicamente a sombra de Io passar pela atmosfera de Júpiter.

Dia 30/01: 30.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1964, era lançada a sonda Ranger 6 pela NASA.

A sua missão era filmar televisivamente a Lua até se despenhar sobre ela.
Em 1996, era descoberto o Cometa Hyakutake pelo astrónomo amador japonês Yuji Hyakutake
Observações: Júpiter encontra-se para baixo e para a esquerda da Lua.

 
CURIOSIDADES


A Terra vista da Lua tem um diâmetro aparente de quatro diâmetros solares.

 
KEPLER ANUNCIA 11 SISTEMAS PLANETÁRIOS COM 26 PLANETAS

A missão Kepler da NASA descobriu 11 novos sistemas planetários contendo 26 planetas confirmados. Estas descobertas quase que duplicam o número de planetas verificados pelo Kepler e triplicam o número de estrelas que se sabe terem mais que um planeta que transita, ou passa em frente, da sua estrela-mãe. Tais sistemas vão ajudar os astrónomos a melhor compreender como é que os planetas se formam.

Os planetas orbitam perto das suas estrelas e variam de tamanhos entre 1,5 vezes o raio da Terra e maiores que Júpiter. Quinze deles têm tamanhos entre o da Terra e de Neptuno, e serão precisas mais observações para determinar quais são rochosos como a Terra e quais têm espessas atmosferas como Neptuno. Os planetas orbitam as suas estrelas uma vez entre cada 6 a 143 dias. Todos estão mais perto da sua estrela do que Vénus está do nosso Sol.

"Antes da missão Kepler, conhecíamos aproximadamente 500 exoplanetas no total," afirma Doug Hudgins, cientista do programa Kepler na sede da NASA em Washington, EUA. "Agora, em apenas dois anos a olhar para uma única zona do céu não muito maior que um punho à distância de um braço esticado, o Kepler descobriu mais de 60 planetas e mais de 2300 candidatos a planeta. Isto diz-nos que a nossa Galáxia está possivelmente recheada de planetas de todos os tamanhos e órbitas."

Diagrama que mostra os planetas e seus tamanhos dos sistemas recém-confirmados.
Crédito: NASA, Ames/Jason Steffen, Centro Fermilab para Astrofísica de Partículas
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O Kepler identifica candidatos a planeta ao medir repetidamente a diminuição no brilho de mais de 150.000 estrelas em ordem a detectar quando um planeta passa em frente da estrela. Esta passagem provoca uma pequena "sombra" na direcção da Terra e do observatório Kepler.

"A confirmação de que a pequena diminuição no brilho de uma estrela é devida à passagem de um planeta, requer observações adicionais e análises demoradas," afirma Eric Ford, professor associado de astronomia da Universidade da Flórida e autor principal do artigo que confirma Kepler-23 e Kepler-24. "Verificámos estes planetas usando novas técnicas que dramaticamente aceleraram a descoberta."

Cada dos novos sistemas planetários confirmados contém entre dois e cinco planetas que transitam espaçadamente a sua estrela. Em sistemas planetários mais fechados, a força gravítica dos planetas uns sobre os outros faz com que um planeta acelere e outro trave ao longo da sua órbita. A aceleração faz com que o período orbital de cada planeta mude. O Kepler detecta este efeito ao medir as mudanças, as Variações Temporais de Trânsito (VTTs).

Os sistemas planetários com VTTs podem ser verificados sem necessitar muitas observações terrestres, acelerando a confirmação de candidatos a planeta. A técnica de detecção de VTTs também aumenta a capacidade do Kepler em confirmar sistemas planetários em torno de estrelas mais distantes e ténues.

Esta imagem mostra as órbitas dos planetas nos sistemas com planetas múltiplos recém-confirmados pelo Kepler.
Crédito: NASA, Ames/Dan Fabrycky, Universidade da Califórnia
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"Ao cronometrar com precisão quando cada planeta transita a sua estrela, o Kepler detectou o puxo gravitacional dos planetas uns sobre os outros, suportando o caso para dez recém-anunciados sistemas planetários," afirma Dan Fabrycky, membro do Hubble da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, e autor principal do artigo que confirma Kepler-29, 30, 31 e 32."

Cinco dos sistemas (Kepler-25, Kepler-27, Kepler-30, Kepler-31 e Kepler-33) contêm um par de planetas onde o planeta mais interior orbita a estrela duas vezes durante cada órbita do planeta mais exterior. Quatro dos sistemas (Kepler-23, Kepler-24, Kepler 28 e Kepler-32) contêm um par onde o planeta mais exterior orbita duas vezes por cada três órbitas do planeta mais interior.

"Estas configurações ajudam a ampliar as interacções gravíticas entre os planetas", salienta Jason Steffen, pós-doutorado de Brinson no Centro Fermilab para Astrofísica de Partículas em Batavia, no estado americano do Illinois, e autor principal do estudo que confirma Kepler-25, 26, 27 e 28.

O sistema com o maior número de planetas entre estas descoberta é Kepler-33, uma estrela mais velha e mais massiva que o Sol. Kepler-33 tem cinco planetas, com tamanhos que variam entre 1,5 e 5 vezes o da Terra, todos localizados mais perto da estrela do que, comparativamente, qualquer outro planeta está do Sol.

As propriedades de uma estrela fornecem pistas para a detecção planetária. A diminuição no brilho da estrela e a duração de um trânsito planetário, combinados com as propriedades da sua estrela-mãe, apresentam uma assinatura reconhecível. Quando os astrónomos detectam candidatos a planeta que exibem assinaturas semelhantes em torno da mesma estrela, a probabilidade de qualquer um destes candidatos ser um falso positivo é muito baixa.

"O método usado para verificar os planetas de Kepler-33 mostra que a confiança global de candidatos do Kepler a sistemas múltiplos é muito alta," afirma Jack Lissauer, cientista planetário do Centro de Pesquisa Ames da NASA em Moffett Field, Califórnia, e autor principal do artigo que confirma Kepler-33. "Esta é uma validação por multiplicidade."

Links:

Artigos científicos das descobertas:
Kepler-29, 30, 31 e 32 (formato PDF)
Kepler-25, 26, 27 e 28 (formato PDF)
Kepler-23 e 24 (formato PDF)
Kepler-33 (formato PDF)

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Universidade da Flórida
SPACE.com
Universe Today
PHYSORG.com
COSMOS
Spaceflight Now
Discovery News
Reuters
AFP
TSF
AstroPT

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Wikipedia (lista)
Wikipedia (lista de extremos)
Catálogo de planetas extrasolares vizinhos (PDF)
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

Telescópio Espacial Kepler:
NASA (página oficial)
Arquivo de dados do Kepler
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - NGC 4449: Corrente Estelade de Galáxia Anã
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: R Jay Gabany (Obs. Blackbird), Suplemento: Subaru/Suprime-Cam (NAOJ), Colaboração: David Martinez-Delgado (MPIA, IAC), et al.
 
A uns meros 12,5 milhões de anos-luz da Terra, a galáxia anã irregular NGC 4449 situa-se dentro dos confins da constelação de Cães de Caça. Com aproximadamente o tamanho da nossa galáxia satélite, a Grande Nuvem de Magalhães, NGC 4449 está a passar por um intenso episódio de formação estelar, com base nas observações de jovens enxames estelares azuis, regiões de formação estelar rosadas e nuvens de poeira obscurecente neste retrato colorido. Também detém a condecoração de ser a primeira galáxia anã com uma corrente estelar identificada, tenuemente vista para baixo e para a direita. Ao ver a imagem de maior resolução também poderá ver uma imagem mais pequena da corrente tornada em estrelas gigantes vermelhas. A corrente de estrelas representa os restos de uma galáxia satélite ainda mais pequena, perturbada por forças gravíticas e destinada a fundir-se com NGC 4449. Com relativamente poucas estrelas, pensa-se que pequenas galáxias como esta possuam grandes halos de matéria escura. Mas dado que a matéria escura interage gravitacionalmente, estas observações proporcionam uma hipótese de examinar o importante papel da matéria escura nas fusões galácticas. A interacção é provavelmente responsável pelo veloz ritmo de formação estelar de NGC 4449 e fornece detalhes íntimos acerca de como pequenas galáxias se formam com o passar do tempo.
 

Arquivo | Feed RSS | CCVAlg.pt | CCVAlg - Facebook | CCVAlg - Twitter | Remover da lista

Os conteúdos das hiperligações encontram-se na sua esmagadora maioria em Inglês. Para o boletim chegar sempre à sua caixa de correio, adicione astronomia@ccvalg.pt à sua lista de contactos. Este boletim tem apenas um carácter informativo. Por favor, não responda a este email. Contém propriedades HTML - para vê-lo na sua devida forma, certifique-se que o seu cliente suporta este tipo de mensagem, ou utilize software próprio, como o Outlook, o Windows Live Mail ou o Thunderbird.

Recebeu esta mensagem por estar inscrito na newsletter do Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve. Se não a deseja receber ou se a recebe em duplicado, faça a devida alteração clicando aqui ou contactando-nos.

Esta mensagem do Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve destina-se unicamente a informar e não pode ser considerada SPAM, porque tem incluído contacto e instruções para a remoção da nossa lista de email (art. 22.º do Decreto-lei n.º 7/2004, de 7 de Janeiro).

2011 - Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve.