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Edição n.º 851
01/05 a 03/05/2012
 
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EFEMÉRIDES

Dia 01/05: 122.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1930, o planeta anão Plutão recebe o seu nome oficial.
Em 1949, Gerard Kuiper descobria Nereida.

É o segundo satélite de Neptuno a ser descoberto, e o terceiro maior dos satélites conhecidos deste planeta.
Observações: A Lua forma a parte de baixo de um triângulo com Marte para cima e para a direita, e Denébola (a estrela da cauda de Leão) para a esquerda.

Dia 02/05: 123.º dia do calendário gregoriano.
Observações: Esta é a altura do ano em que Gémeos estão de pé a Oeste ao anoitecer. A estrelas das suas cabeças, Pollux e Castor estão quase na horizontal (dependendo da latitude). Mais para baixo e para a esquerda brilha Procyon. Para baixo e para a direita está Capella. Mas o verdadeiro espectáculo é Vénus este ano.

Dia 03/05: 124.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1715, durante um eclipse na Inglaterra, Edmond Halley é o primeiro a registar o fenómeno mais tarde conhecido por Contas de Baily (há quem diga que Francis Baily foi o primeiro a notar estes efeitos mais tarde em 1836, daí o seu nome).

Também observa vermelhas e brilhantes proeminências e a assimetria este-oeste na coroa, a que atribui a uma atmosfera na Lua ou no Sol.
Observações: Saturno e Espiga estão para baixo e para a esquerda da Lua. Mesmo por baixo e um para a direita do nosso satélite, está a constelação de Corvo.

 
CURIOSIDADES


Uma supernova é um fenómeno em que são libertadas quantidades imensas de energia. Durante a fase mais intensa a luminosidade da supernova é da ordem de grandeza da emissão de todas as estrelas da Via Láctea juntas!

 
ESTRELAS EXPULSAS DA VIA LÁCTEA DESCOBERTAS NO ESPAÇO INTERGALÁCTICO

É muito difícil expulsar uma estrela da Galáxia.

De facto, o mecanismo principal que os astrónomos propuseram para que uma estrela alcance o impulso de mais de 3,3 milhões de quilómetros por hora requer uma passagem próxima pelo buraco negro supermassivo no núcleo da Via Láctea.

Impressão de artista de um buraco negro supermassivo.
Crédito: NASA, JPL
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Até agora os astrónomos descobriram 16 destas estrelas "hipervelozes". Embora viajem rápido o suficiente para eventualmente escapar o domínio gravitacional da Galáxia, foram descobertas enquanto ainda estavam dentro da mesma.

Agora, astrónomas da Universidade de Vanderbilt, no estado americano do Tennessee, escrevem, na edição de Maio da revista Astronomical Journal, que identificaram um grupo de mais de 675 estrelas nos arredores da Via Láctea que afirmam serem estrelas "hipervelozes" expelidas do núcleo galáctico. Seleccionaram estas estrelas com base na sua localização no espaço intergaláctico entre a Via Láctea e a vizinha Galáxia de Andrómeda e devido à peculiar cor avermelhada.

"Estas estrelas realmente destacam-se. São estrelas gigantes vermelhas com alta metalicidade, o que lhes dá uma cor invulgar," afirma a professora Kelly Holley-Bockelmann, que liderou o estudo em conjunto com a estudante Lauren Palladino. Na astronomia e cosmologia, "metalicidade" é uma medida da proporção de elementos químicos (além do hidrogénio e hélio) que uma estrela contém. Neste caso, uma alta metalicidade é uma assinatura que indica uma origem galáctica interior: estrelas mais velhas e estrelas da periferia galáctica tendem a ter metalicidades mais baixas.

As investigadoras identificaram estas candidatas ao analisar milhões de estrelas catalogadas no SDSS (Sloan Digital Sky Survey).

"Descobrimos que estas estrelas fugitivas devem estar para lá da Galáxia, mas ainda ninguém as tinhas observado. Então decidimos tentar," afirma Holley-Bockelmann, que estuda o comportamento do buraco negro no centro da Via Láctea.

Uma estrela fugitiva expelida da Galáxia ao "meter-se" com o buraco negro central da Via Láctea.
Crédito: Michael Smelzer/Universidade de Vanderbilt
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Os astrónomos já descobriram evidências de buracos negros gigantes nos centros de muitas galáxias. Estimam que o buraco negro central da Via Láctea tenha uma massa de quatro milhões de massas solares. Calculam que o campo gravitacional em redor de tal buraco negro supermassivo é forte o suficiente para acelerar estrelas até hipervelocidades.

O cenário típico envolve um par binário de estrelas apanhadas nas garras do buraco negro. À medida que uma das estrelas espirala na direcção do buraco negro, a sua companheira é expelida para fora a velocidades tremendas. Um segundo cenário tem lugar durante períodos em que o buraco negro central está num processo de ingerir outro buraco negro mais pequeno. Qualquer estrela que se aventure demasiado perto do par pode também receber uma expulsão hiperveloz.

Estrelas gigantes vermelhas são o estágio final na evolução de estrelas amarelas e pequenas como o nosso Sol. Por isso, as estrelas na galeria fugitiva de Holley-Bockelmann devem ter sido estrelas pequenas como o Sol quando se "meteram" com o buraco negro central. À medida que viajavam para fora, continuaram a envelhecer até que chegaram à fase de gigante vermelha. Mesmo viajando a hipervelocidades, demorariam cerca de 10 milhões de anos a viajar desde o núcleo até ao limite espiral, a 50 mil de anos-luz de distância.

"O estudo destas estrelas fugitivas pode fornecer-nos novos dados acerca da história e evolução da Via Láctea," afirma Holley-Bockelmann. O próximo passo das investigadoras é determinar se qualquer uma das estrelas candidatas é uma invulgar anã castanho-avermelhada em vez de gigantes vermelhas. Dado que as anãs castanhas produzem muito menos luz do que as gigantes vermelhas, teriam que estar muito mais perto para parecerem brilhantes.

Links:

Notícias relacionadas:
Universidade de Vanderbilt (comunicado de imprensa)
Artigo científico (requer subscrição)
PHYSORG

Via Láctea:
Wikipedia
SEDS
Buraco negro central (Wikipedia)

Gigantes vermelhas:
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Júpiter e as Luas da Terra
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Stefan Seip (TWAN)
 
O planeta Terra tem muitas luas. A sua maior lua artifical, a Estação Espacial Internacional (ISS), passa disparada por esta bonita paisagem celeste, com nuvens no pano da frente, em frente à luz do pôr-do-Sol. Capturada a partir de Estugarda, Alemanha, no passado dia 22 de Abril, a imagem também inclui o maior satélite natural da Terra 1,5 dias após a sua fase Nova. Mesmo por baixo e para a esquerda do jovem Crescente está Júpiter, outro brilhante farol celeste pairando perto do horizonte Oeste ao lusco-fusco. Por breves momentos, da perspectiva do fotógrafo, Júpiter e estas luas da Terra formaram uma conjunção tripla incrivelmente íntima. Claro, Júpiter tem também muitas luas. De facto, uma inspecção mais detalhada da foto revela pequenos pontos de luz perto do planeta brilhante, que são os grandes satélites naturais de Júpiter conhecidos como as luas Galileanas.
 

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