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Edição n.º 903
30/10 a 01/11/2012
 
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EFEMÉRIDES

Dia 30/10: 304.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1985, o vaivém espacial Challenger é lançado naSTS-61-A, a sua última missão bem sucedida.

Observações: A "estrela de Verão", Vega, é ainda a estrela mais brilhante a Oeste durante as noites de Outono. Deneb está mais alta. E para a esquerda de Vega está Altair, a terceira estrela do Triângulo de Verão.

Dia 31/10: 305.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1998 era lançada a sonda Deep Space 1 na sua missão de estudo de asteróides/cometas.

Em 2000, lançamento da Soyuz TM-31, transportando a primeira tripulação residente da Estação Espacial Internacional. A ISS tem sido tripulada continuamente desde aí.
Observações: A Lua do Dia Das Bruxas nasce no final do lusco-fusco. Por cima estão as Plêiades. Assim que sobe mais um pouco, Aldebarã brilha para baixo e o brilhante planeta Júpiter brilha para a esquerda.

Dia 01/11: 306.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1962, as comunicações com a sonda soviética Mars 1 falham.
Em 1963, é inaugurado oficialmente o Observatório de Arecibo em Porto Rico, o maior radiotelescópio já construído.

Em 1977, Charles Kowal descobre Chiron, o primeiro de uma população de pequenos objectos gelados, conhecida como a Nuvem de Oort e a Cintura de Kuiper, que reside no Sistema Solar exterior.
Observações: A partir das 01:20 (de 31 para 1) e até por volta das 03:30, é possível observar telescopicamente a sombra de Io passar por cima da atmosfera de Júpiter.
A "estrela" brilhante perto da Lua esta noite é Júpiter. Embora pareçam próximas uma da outra, Júpiter está 1500 vezes mais distante. Aldebarã, para a sua direita, está 930.000 vezes mais distante que Júpiter!

 
CURIOSIDADES


As Nuvens de Magalhães são conhecidas desde a Antiguidade. A primeira menção preservada da Grande Nuvem de Magalhães foi feita pelo astrónomo persa Al Sufi em 964, no seu "Livro de Estrelas Fixas".

 
ASTRÓNOMOS DESCOBREM CRIME DE PROPORÇÕES GALÁCTICAS

De acordo com os astrónomos, uma das galáxias mais próximas da Via Láctea é uma ladra estelar.

Novas simulações sugerem que a Grande Nuvem de Magalhães (GNM) arrancou uma corrente de estrelas da sua vizinha, a Pequena Nuvem de Magalhães (PNM), quando as duas galáxias colidiram há 300 milhões de anos atrás.

Os astrónomos descobriram este crime galáctico durante pesquisas na GNM por evidências de enormes objectos de halo compacto (MACHOs, ou "massive compact halo objects"). Os cientistas não compreendem totalmente a natureza destes objectos, e estavam investigando se poderiam ser um importante componente da matéria escura no Universo.

À medida que a Via Láctea nasce por cima do horizonte no ESO, as suas galáxias companheiras também ficam visíveis à esquerda.
Crédito: ESO/Y. Beletsky
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Para a sua investigação, os astrónomos viraram-se para as microlentes gravitacionais, já que a matéria escura não pode ser vista directamente. Com esta técnica, os cientistas observam o que acontece quando um corpo gigantesco está situado em frente de um objecto mais distante a partir do ponto de vista da Terra. O corpo massivo curva e amplia a luz a partir do objecto mais distante como uma lente, e as características da luz resultante podem fornecer informações sobre o corpo causando a curvatura.

Mas os cientistas disseram que o número de eventos de microlentes registados por várias equipas era pequeno demais para explicar a matéria escura, descartando a possibilidade de que a matéria escura está contida nestes objectos. No entanto, existem mais eventos de microlente do que o esperado com base no número conhecido de estrelas na Via Láctea.

Os astrónomos disseram que a explicação mais provável para estes eventos foi uma sequência inédita de estrelas roubadas a partir da PNM pela GNM durante uma colisão galáctica. Pensa-se que a massa das estrelas de primeiro plano provoque o efeito de lente gravitacional das estrelas roubadas.

"Em vez dos objectos de halo compacto, uma corrente de estrelas removidas da PNM é responsável pelos eventos de microlente. Podemos dizer que descobrimos um crime de proporções galácticas," afirma Avi Loeb do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica.

"Ao reconstruir a cena, descobrimos que a GNM e a PNM colidiram violentamente há centenas de milhões de anos atrás. Foi aí que a GNM retirou as estrelas," afirma Loeb.

Os investigadores estão agora à procura de mais provas destas estrelas roubadas numa ponte de gás que liga as Nuvens de Magalhães. O estudo foi publicado online na revista Monthly Notices da Sociedade Astronómica Real.

Links:

Notícias relacionadas:
CfA (comunicado de imprensa)
Artigo científico (formato PDF)
Universe Today
SPACE.com
redOrbit

Nuvens de Magalhães:
Pequena Nuvem de Magalhães (Wikipedia)
Grande Nuvem de Magalhães (Wikipedia)

MACHOs:
Wikipedia

Microlentes gravitacionais:
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - M45: O Enxame Estelar das Plêiades
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: NASA/ESA/AURA/Caltech
 
Talvez o mais famoso enxame estelar do céu, as Plêiades podem ser observadas sem binóculos até mesmo das profundezas de uma cidade poluída pela luz. Também conhecidas como Sete Irmãs e M45, este enxame é um dos enxames abertos mais brilhantes e próximos da Terra. M45 contém mais de 3000 estrelas, encontra-se a cerca de 400 anos-luz de distância e mede apenas 13 anos-luz em diâmetro. É tão famosa que até um conhecido telescópio e uma companhia de automóveis "pediu emprestado" o seu nome. São bem evidentes na fotografia as nebulosas de reflexão que rodeiam as estrelas mais brilhantes do enxame. Aí Também se descobriram anãs castanhas, ténues e de pequena massa.
 

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