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Edição n.º 930
01/02 a 04/02/2013
 
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EFEMÉRIDES

Dia 01/02: 32.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1999, voo rasante n.º 19 da sonda Galileu por Europa.
Em 2003, o vaivém espacial Columbia desintegra-se durante a sua reentrada na atmosfera terrestre, matando os sete astronautas a bordo: Rick D. Husband, William C. McCool, Michael P. Anderson, Ilan Ramon, Kalpana Chawla, David M. Brown e Laurel Clark. 

Observações: Assim que seja visível, aponte o seu telescópio para Júpiter e conseguirá ver a sombra de Europa por cima da atmosfera do planeta.
A partir das 22:15, Io desaparece por trás de Júpiter. Surge do outro lado do planeta e por trás da sua sombra pelas 01:40 (de dia 2).
O asterismo (padrão estelar informal) mais conhecido por estas noites é o Hexágono de Inverno ou Círculo de Inverno. Preenche o céu a Este e Sul. Comece com a brilhante Sirius. Seguindo na direcção dos ponteiros do relógio, passe por Procyon, depois Pollux e Castor, depois Menkalinen e Capella por cima, até Aldebarã (ofuscado pelo brilho de Júpiter esta estação!), até Rigel, e de volta a Sirius.

Dia 02/02: 33.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1964, a sonda norte-americana Ranger 4 chegava à Lua. 
Montagem da Ranger 4 (Crédito: NASA)
Observações: A partir das 19:25, Io passa em frente de Júpiter. A sua sombra torna-se visível pelas 20:40. O satélite reaparece no outro lado do planeta às 21:35, e a sombra desaparece pelas 22:50.

Dia 03/02: 34.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1966, a sonda soviética Luna 9, não tripulada, faz a primeira aterragem assistida com motores na Lua, e, por isso, a primeira em qualquer outro corpo planetário que não a Terra.

Em 1984, lançamento da missão STS-41-B do vaivém espacial Challenger.
Em 1995, a astronauta Eileen Collins torna-se na primeira mulher a pilotar o vaivém espacial na missão STS-63, a partir do Centro Espacial Kennedy na Flórida, EUA.
Observações: A Lua encontra-se para a direita de Saturno, a cerca de 4º. Ambos nascem por volta das 00:40 (noite de 2 para 3). Ambos estão o mais alto a Sul por volta das 6 da manhã.
Lua em Quarto Minguante, pelas 13:56.

Dia 04/02: 35.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1906 nascia Clyde Tombaugh, famoso pela descoberta, em 1930, de Plutão

Também descobriu muitos asteróides.
Em 1932 era descoberto o asteróide 1239 Queteleta por Eugène Joseph Delporte.
Em 1934 era descoberto o asteróide 2824 Franke por Karl Wilhelm Reinmuth
Em 1967, a Lunar Orbiter 3 é lançada a partir de Cabo Canaveral, com o objectivo de descobrir locais de aterragem para as Surveyor e Apollo
Observações: Ganimedes desaparece por trás de Júpiter pelas 19:30. Reaparece no outro lado do planeta pelas 21:50.

 
CURIOSIDADES


A Rússia teve a sua própria versão do vaivém espacial, com o nome de "Buran".

 
ESTRELAS PODEM SER MÃES EM IDADE AVANÇADA

Usando as capacidades únicas do Observatório Espacial Herschel da ESA, os astrónomos 'pesaram' com precisão o disco de uma estrela, encontrando ainda massa suficiente para gerar 50 planetas com o tamanho de Júpiter, vários milhões de anos após a maioria das outras estrelas já terem dado à luz.

Os discos proto-planetários contêm todos os ingredientes para a construção de planetas. São compostos principalmente de hidrogénio molecular gasoso e frio, que é altamente transparente e essencialmente invisível.

Normalmente, é muito mais fácil medir a emissão de 'contaminantes', tais como a pequena fracção de poeira misturada no gás, ou outros constituintes gasosos, para fazer estimativas da massa total do disco.

Esta impressão de artista ilustra o disco de formação planetária em torno de TW Hydrae, localizado a apenas 176 anos-luz de distância na direcção da constelação da Hidra.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

No passado, esta técnica tem acarretado incertezas significativas nas estimativas da massa do hidrogénio molecular, mas graças às capacidades infravermelhas e à sensibilidade do Herschel, os astrónomos aplicaram um método novo e mais preciso, usando um parente próximo do hidrogénio molecular chamado deutereto de hidrogénio, ou hidrogénio molecular 'pesado'.

Como a proporção do hidrogénio gasoso molecular 'normal' e 'pesado' é extremamente bem conhecida a partir de medições na nossa vizinhança solar local, esta abordagem fornece um meio de 'pesar' a massa total do disco de uma estrela com dez vezes mais precisão do que a conseguida anteriormente.

Usando esta técnica, foi detectada uma massa substancial de gás num disco em redor de TW Hydrae, uma estrela jovem a apenas 176 anos-luz na direcção da constelação de Hidra.

"Nós não esperávamos encontrar tanto gás em torno desta estrela com 10 milhões de anos," afirma o professor Edwin Bergin da Universidade do Michigan, EUA, autor principal do estudo publicado na revista Nature.

"Esta estrela tem significativamente mais massa do que a necessária para fazer o nosso próprio Sistema Solar e podia até construir um sistema muito mais exótico com planetas mais massivos que Júpiter."

A observação deste disco massivo em torno de TW Hydrae é incomum para estrelas desta idade porque em apenas alguns milhões de anos, a maioria do material ou é normalmente incorporado na estrela central ou em planetas gigantes, ou é afastado pelo seu forte vento estelar.

Esta ilustração mostra um disco planetário que pesa o equivalente a 50 planetas com a massa de Júpiter.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"Com uma massa mais refinada, podemos aprender mais sobre este sistema em termos do seu potencial para albergar planetas e a disponibilidade de ingredientes que podem ser capazes de suportar um planeta com vida," acrescenta o professor Bergin.

De facto, num estudo separado do Herschel, os cientistas já haviam identificado TW Hydrae como uma estrela com um disco que contém água suficiente para encher o equivalente a vários milhares de oceanos da Terra.

O novo método de 'pesagem' de um disco significa que o volume de materiais disponíveis - incluindo água - pode ter sido subestimado, neste sistema e noutros.

Uma reavaliação das massas dos discos em torno de outras estrelas de diferentes idades irá fornecer mais detalhes sobre o processo de formação de planetas.

"Poderão haver resultados diferentes no que toca à formação planetária para sistemas de idades diferentes," afirma o Professor Thomas Henning, do Instituto Max Planck para Astronomia, na Alemanha, co-autor do estudo.

"Assim como as idades em que as pessoas têm filhos variam, TW Hydrae parece estar à beira desse intervalo para estrelas, mostrando que este sistema em particular pode precisar de mais tempo para formar planetas - que a estrela pode ser mãe já em idade avançada."

"A detecção do hidrogénio molecular pesado foi possível graças às novas capacidades de observação do Herschel, proporcionando este salto em frente na pesagem do disco em torno desta estrela," acrescenta Göran Pilbratt, cientista do projecto Herschel da ESA.

Links:

Notícias relacionadas:
ESA (comunicado de imprensa)
NASA (comunicado de imprensa)
Nature (requer subscrição)
PHYSORG
SPACE.com
Astronomy
redOrbit
Discovery News

Discos protoplanetários:
Wikipedia

Observatório Espacial Herschel:
ESA (ciência e tecnologia)
ESA (centro científico)
ESA (página de operações)
NASA
Caltech
Wikipedia

 
CIENTISTAS DESENVOLVEM MODELO PARA IDENTIFICAR ZONAS HABITÁVEIS EM TORNO DAS ESTRELAS

Os cientistas que estudam a Via Láctea em busca de planetas que poderiam passar o teste definitivo de sustentação de formas de vida com base em água têm que descobrir se esses planetas caem no que é conhecido como zona habitável. Um novo estudo vai ajudar os cientistas nesta pesquisa.

Usando os mais recentes dados, uma equipa do Departamento de Geociências da Universidade Estatal da Pennsylvania, EUA, desenvolveu um modelo actualizado para determinar se os planetas descobertos situam-se ou não dentro da zona habitável - onde poderiam ser capazes de ter água líquida à superfície e, portanto, albergar vida. O trabalho, descrito num artigo aceite para publicação na revista Astrophysical Journal, baseia-se num modelo anterior construído por James Kasting, professor de Geociências da mesma Universidade, e oferece um cálculo mais preciso das zonas habitáveis em torno das estrelas.

Ao comparar as novas estimativas com o modelo anterior, a equipa descobriu que as zonas habitáveis estão na realidade mais distantes das estrelas do que se pensava anteriormente. "Isto tem implicações para a descoberta de planetas com vida," afirma Ravi Kumar Kopparapu, investigador pós-doutorado e o autor principal do estudo.

Este gráfico mostra as distâncias das zonas habitáveis em torno de várias tipos de estrelas. Alguns dos planetas extrasolares conhecidos que se pensa estarem na zona habitável da sua estrela também estão aqui representados. Nesta escala, a distância Terra-Sol é 1 UA, aproximadamente 150 milhões de quilómetros.
Crédito: Chester Herman
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Para o artigo, Kopparapu e o estudante Ramses Ramirez usaram bases de dados actualizadas da absorção de gases de efeito de estufa (HITRAN e HITEMP). As bases de dados têm informações mais precisas sobre a água e o dióxido de carbono do que o que estava anteriormente disponível e permitiu com que a equipa construísse novas estimativas do pioneiro modelo Kasting criado há 20 anos atrás para outras estrelas.

Usando esses dados e os supercomputadores da Universidade Penn e da Universidade de Washington, a equipa foi capaz de calcular zonas habitáveis em torno de outras estrelas. No modelo anterior, a água e o dióxido de carbono não eram absorvidos tão fortemente, por isso os planetas tinham que estar mais perto da estrela na zona habitável.

O novo modelo já descobriu que alguns planetas extrasolares, que se acreditava estarem nas zonas habitáveis podem, facto, não estar. Pode também ajudar os cientistas com pesquisas já em andamento. Por exemplo, o modelo pode ser usado para determinar se os planetas descobertos pela missão Kepler da NASA estão dentro da zona habitável das suas estrelas-mãe. A missão Kepler já descobriu mais de 2000 potenciais sistemas que podem ser investigados.

Embora a Terra pareça estar situada no limite da zona habitável no novo modelo, este não tem em conta o importante papel das nuvens, que reflectem a radiação oriunda do espaço e estabilizam o clima.

Links:

Notícias relacionadas:
Universidade da Pennsylvania (comunicado de imprensa)
Artigo científico (formato PDF)
PHYSORG
New Scientist
SPACE.com
UPI.com

Zona habitável:
Wikipedia
Calculadora de zonas habitáveis

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Wikipedia (lista)
Wikipedia (lista de extremos)
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - NGC 4372 e Nebulosa Escura
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Ivan Eder
 
Esta deliciosa nebulosa escura deambula pelos céus do Hemisfério Sul, um alvo tentador para binóculos na constelação da Mosca. A nuvem de poeira cósmica é aqui vista contra ricos campos estelares a Sul da proeminente Nebulosa Saco de Carvão e da constelação do Cruzeiro do Sul. Estendendo-se por cerca de 3 graus nesta cena, a nebulosa escura parece pontuada na sua ponta Sul (canto inferior esquerdo) pelo enxame globular NGC 4372. Claro, NGC 4372 percorre o halo da nossa Via Láctea, um objecto de fundo a cerca de 20.00 anos-luz de distância e só por acaso no campo de visão da nebulosa. A silhueta bem definida e escura da nebulosa pertence à Nuvem Molecular da Mosca. Está a cerca de 700 anos-luz de distância e mede mais de 30 anos-luz de comprimento.
 

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