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BETELGEUSE PREPARA-SE PARA COLISÃO
25 de Janeiro de 2013

 

Arcos múltiplos são revelados em torno de Betelgeuse, a supergigante vermelha mais próxima da Terra, nesta imagem do observatório espacial Herschel da ESA. A estrela e os seus escudos em forma de arco poderão colidir com uma "muralha" empoeirada daqui a 5000 anos.

Betelgeuse cavalga sobre o ombro da constelação de Orionte, o Caçador. Pode ser facilmente observada a olho nu no céu de Inverno do hemisfério Norte com tons de laranja-vermelho para cima e para a esquerda da famosa cintura de Orionte.

Com cerca de 1000 vezes o diâmetro do nosso Sol e 100.000 vezes mais brilhante, as impressionantes estatísticas de Betelgeuse têm um preço: esta estrela está provavelmente a caminho de uma espectacular explosão de supernova, tendo já inchado numa supergigante vermelha e expelido uma fracção significativa das suas camadas exteriores.

A nova imagem infravermelha do Herschel mostra como os ventos da estrela colidem com o meio interestelar em redor, criando uma onda de choque à medida que a estrela se move pelo espaço a uma velocidade que ronda os 30 km/s.

Uma série de arcos quebrados de poeira em frente da direcção do movimento da estrela são testemunho da história turbulenta da perda de massa.

Mais perto da estrela propriamente dita, um invólucro interior de material mostra uma estrutura assimétrica pronunciada. Grandes células convectivas na atmosfera exterior da estrela provavelmente resultaram em ejecções localizadas de detritos empoeirados em diferentes estágios do seu passado.

Uma estrutura linear intrigante pode também ser vista mais longe da estrela, para lá dos arcos de poeira. Embora algumas teorias anteriores tenham proposto que esta barra era o resultado de material expelido durante uma fase prévia da evolução estelar, a análise da nova imagem sugere que ou é um filamento linear ligado ao campo magnético da Galáxia, ou o limite de uma nuvem interestelar vizinha que está a ser iluminada por Betelgeuse.

Se a barra for um objecto completamente separado, então tendo em conta o movimento de Betelgeuse e dos seus arcos, e a separação entre estes e a barra, o arco mais externo irá colidir com a barra em apenas 5000 anos, com a estrela supergigante embatendo na barra aproximadamente 12.500 anos depois.

Links:

Notícias relacionadas:
ESA (comunicado de imprensa)
Artigo científico (formato PDF)
JPL/NASA
PHYSORG
Astronomy Now
Discovery News
redOrbit
UPI.com
Diário de Notícias
AstroPT

Betelgeuse:
Wikipedia

Observatório Espacial Herschel:
ESA (ciência e tecnologia)
ESA (centro científico)
ESA (página de operações)
NASA
Caltech
Wikipedia

 


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Imagem de Betelgeuse obtida pelo Herschel. A estrela está rodeada por um envelope de material na sua vizinhança imediata.
Crédito: ESA/Herschel/PACS/L. Decin et al
(clique na imagem para ver versão maior)

 
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