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CIENTISTAS AJUDAM A DESCOBRIR COMO A ÁGUA É REGENERADA NOS ASTEROIDES
11 de outubro de 2019

 


Impressão de artista de um asteroide a passar perto da Terra.

 

Os cientistas descobriram como as moléculas de água podem ser regeneradas nos asteroides que se deslocam pelo espaço, num avanço emocionante que pode estender-se a outros corpos como a Lua.

Publicada na revista Nature Astronomy, a nova investigação mostra que a água pode ser reabastecida à superfície dos asteroides caso o vento solar e os impactos de meteoroides se juntem a temperaturas muito baixas.

A principal autora australiana, a Dra. Katarina Mijkovic, do Centro de Ciência e Tecnologia Espacial da Universidade Curtin, disse que pesquisa provou que dois componentes do clima espacial - eletrões e choque térmico - são necessários para manter o abastecimento de moléculas de água nos asteroides, em vez de apenas um, como se pensava anteriormente.

"Este processo complexo para regenerar moléculas de água à superfície também pode ser um mecanismo possível para reabastecer o suprimento de água noutros corpos sem atmosfera como a Lua," disse a Dra Miljkovic.

"O resultado desta investigação tem implicações potencialmente significativas porque todos sabemos que a disponibilidade de água no Sistema Solar é um elemento extremamente importante para a habitabilidade no espaço."

O projeto financiado pela NASA viu a equipa pegar num pedaço do meteorito Murchison, que caiu na Austrália há 50 anos, e simular as condições climáticas de uma cintura de asteroides dentro de uma máquina especialmente construída que imita as condições à superfície de um asteroide.

A equipa então usou eletrões energizados para simular ventos solares e lasers para imitar pequenos meteoroides que atingiam o asteroide, enquanto monitorizava os níveis das moléculas de água à superfície.

Os impactos de meteoroides deram início à reação, e depois o vento solar atingiu a superfície, deixando os átomos de oxigénio e hidrogénio unidos, criando água.

O papel da Dra Miljkovic como especialista em impactos, foi o de validar o uso da ablação laser como substituto do bombardeamento de micrometeoroides.

O artigo foi coescrito por investigadores da Universidade do Hawaii em Mānoa e da Universidade Estatal da Califórnia em San Marcos.

 


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// Universidade de Curtin (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Nature Astronomy)

 
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