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ESTUDO DESCOBRE QUE ÁGUA EM MARTE NÃO É TÃO GLOBAL QUANTO SE PENSAVA
15 de dezembro de 2020

 


A investigadora Rachel Slank trabalha com a câmara de Marte da Universidade do Arkansas.
Crédito: Whit Pruitt, Universidade do Arkansas

 

De acordo com um novo estudo por investigadores do Centro para Ciências Espaciais e Planetárias da Universidade do Arkansas, EUA, a água em Marte, na forma de salmouras, pode não estar tão espalhada pelo planeta como se pensava.

Os cientistas combinaram dados sobre as taxas de evaporação da salmoura, recolhidas por meio de experiências na câmara de simulação de Marte do centro, com um modelo de circulação do clima global do planeta para criar mapas de onde as salmouras são mais prováveis de existirem.

As salmouras são misturas de água e sais mais resistentes à ebulição, ao congelamento e à evaporação do que a água pura. A sua descoberta tem implicações para onde os cientistas vão procurar vida passada ou presente em Marte e onde os humanos que eventualmente viajarem para o planeta podem procurar água.

Os cientistas levaram em consideração todas as principais mudanças de fase dos líquidos - congelamento, ebulição e evaporação - em vez de apenas uma única fase, como costumava ser a abordagem no passado, disse Vincent Chevrier, professor associado e autor principal de um estudo publicado na revista The Planetary Science Journal.

"O trabalho examina todas as propriedades ao mesmo tempo, em vez de uma de cada vez," disse Chevrier. "Então construímos mapas levando em consideração todos estes processos simultaneamente."

Isto indica que estudos anteriores podem ter sobrestimado quanto tempo as salmouras permanecem à superfície, na fria, fina e árida atmosfera marciana, disse Chevrier. "A conclusão mais importante é que, se não juntarmos todos estes processos, sobrestimamos sempre a estabilidade das salmouras. Esta é a realidade da situação."

As condições favoráveis para as salmouras estáveis à superfície do planeta são mais prováveis de estar presentes a latitudes médias a altas do norte e em grandes crateras de impacto no hemisfério sul, disse. No subsolo raso, as salmouras podem estar presentes perto do equador.

Na melhor das hipóteses, as salmouras podem estar presentes até 12 horas por dia. "Em nenhum lugar existe salmoura estável durante um dia inteiro em Marte," disse.

 


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// Universidade do Arkansas (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (The Planetary Science Journal)

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CCVAlg - Astronomia
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Água em Marte (Wikipedia)

 
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