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Três potenciais super-Terras em torno de uma estrela próxima
28 de junho de 2024
 

Impressão artística do sistema planetário HD48948 que se encontra a uma distância de 55 anos-luz da Terra. A nave espacial Voyager 1, à sua velocidade atual, levaria quase um milhão de anos para alcançar HD48948.
Crédito: Soumita Samanta
 
     
 
 
 

Os astrónomos descobriram três potenciais "super-Terras" em órbita de uma estrela anã laranja relativamente próxima. Esta descoberta inovadora foi feita por uma equipa internacional de investigadores liderada pela Dra. Shweta Dalal da Universidade de Exeter, Inglaterra.

Os exoplanetas estão a orbitar a estrela HD 48498, localizada a cerca de 55 anos-luz da Terra. Estes planetas completam uma órbita em torno da sua estrela hospedeira a cada 7, 38 e 151 dias terrestres, respetivamente. Nomeadamente, o candidato mais externo a exoplaneta reside na zona habitável da sua estrela hospedeira, onde as condições poderiam permitir a existência de água líquida sem esta ferver ou congelar. Esta região é considerada ideal para potencialmente suportar vida.

Os investigadores sublinham a importância desta descoberta, referindo que esta estrela laranja é algo semelhante ao nosso Sol e representa o sistema planetário mais próximo com uma Super-Terra na zona habitável em torno de uma estrela parecida com o Sol.

O estudo que detalha estas descobertas foi publicado no passado dia 24 de junho na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

A Dra. Dalal afirmou: "A descoberta desta Super-Terra, na zona habitável em torno de uma estrela cor de laranja, é um passo excitante na nossa busca por planetas habitáveis em torno de estrelas do tipo solar."

Estas potenciais super-Terras, planetas com uma massa superior à da Terra mas significativamente inferior à dos gigantes gelados do Sistema Solar, Úrano e Neptuno, foram identificadas através do programa HARPS-N Rocky Planet Search. Ao longo de uma década, a equipa recolheu cerca de 190 medições altamente precisas de velocidade radial usando o espetrógrafo HARPS-N montado no TNG (Telescopio Nazionale Galileo) de 3,58 metros no Observatório Roque de los Muchachos em La Palma, Canárias.

As medições da velocidade radial, que acompanham os movimentos subtis da estrela causados pelos planetas em órbita, são cruciais para estas descobertas. Ao analisar o espetro da luz estelar, os investigadores podem determinar se esta se está a mover na nossa direção (desvio para o azul) ou para longe de nós (desvio para o vermelho). Para garantir a precisão das suas descobertas, a equipa utilizou várias metodologias e análises comparativas.

A investigação revelou três candidatos planetários com massas mínimas que variam entre 5 e 11 vezes a da Terra. A equipa sugere que a proximidade da estrela, combinada com a órbita favorável do planeta mais exterior, faz deste sistema um alvo promissor para futuras imagens diretas de alto contraste e estudos espetroscópicos de alta resolução.

A Dra. Dalal acrescentou: "Esta descoberta realça a importância da monitorização a longo prazo e de técnicas avançadas para desvendar os segredos de sistemas estelares distantes. Estamos ansiosos por continuar as nossas observações e procurar outros planetas no sistema".

Esta descoberta abre novas portas para a compreensão dos sistemas planetários e do potencial da vida para além do nosso Sistema Solar.

// Universidade de Exeter (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Monthly Notices of the Royal Astronomical Society)

 


Quer saber mais?

Exoplanetas:
Wikipedia
Lista de planetas (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de exoplanetas mais próximos (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Lista de exoplanetas candidatos a albergar água líquida (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
NASA
Exoplanet.eu

TNG (Telescopio Nazionale Galileo):
INAF
Wikipedia
HARPS-N (INAF)

 
   
 
 
 
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