Top thingy left
 
BRILHANTE EXPLOSÃO NA LUA
21 de Maio de 2013

 

A Lua tem um novo buraco na sua superfície, graças a uma pedra que colidiu em Março, criando a maior explosão que os cientistas já viram na Lua desde que começaram a monitorizá-la.

O meteorito caiu no dia 17 de Março, batendo na superfície lunar a uns estonteantes 90.000 km/h e criando uma nova cratera com 20 metros de largura. O acidente provocou um flash brilhante de luz que teria sido visível a qualquer pessoa que olhava à vista desarmada para a Lua naquele momento.

"No dia 17 de Março de 2013, um pequeno objecto rochoso atingiu a superfície lunar no Mare Imbrium (latim para 'Mar de Chuvas')," afirma Bill Cooke num comunicado do Gabinete Ambiental de Meteoróides da NASA. "Explodiu com um flash quase 10 vezes tão brilhante como qualquer evento lunar já antes visto."

Os astrónomos da NASA monitorizam a Lua em busca de impactos há já oito anos, e nunca tinham visto nada tão poderoso.

Os cientistas não viram o impacto ocorrer em tempo real. Só quando Ron Suggs, analista do Centro Aeroespacial Marshall em Huntsville, Alabama, EUA, analisou um vídeo do evento registado por um dos telescópios de 14 polegadas do programa de monitorização, este foi descoberto.

"Saltou-me logo à vista, era muito brilhante," afirma Suggs.

Os cientistas deduziram que a rocha media entre 0,3 e 0,4 metros e pesava cerca de 40 kg. A explosão criada foi equivalente a 5 toneladas de TNT.

Quando os pesquisadores estudaram os seus registos de Março, descobriram que o meteoro lunar não deve ter sido um evento isolado.

"Na noite de 17 de Março, as câmaras de todo o céu da NASA e da Universidade de Ontário Oeste registaram um número invulgar de meteoros penetrantes aqui na Terra," afirma Cooke. "Estas bolas de fogo viajavam em órbitas quase idênticas entre a Terra e a cintura de asteróides."

Embora a atmosfera da Terra proteja a superfície destes meteoros, a Lua não tem esta sorte. A falta de uma atmosfera expõe-a a todas as rochas, e o programa de monitorização da NASA já avistou mais de 300 impactos desde 2005.

Parte da motivação do programa é a eventual intenção de enviar astronautas de volta à Lua. Quando lá chegarem, têm que saber a frequência de impactos na superfície, e se certas partes do ano, coincidindo com a passagem da Lua por zonas mais "movimentadas" do Sistema Solar, representam perigo.

"Nós estaremos atentos a sinais de novos impactos no ano que vem quando o sistema Terra-Lua passar pela mesma região do espaço," afirma Cooke. "Entretanto, a nossa análise do evento de 17 de Março continua."

Os cientistas também esperam usar a sonda LRO (Lunar reconnaissance Orbiter) da NASA para fotografar o local de impacto e aprender mais sobre o impacto.

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
ScienceAtNASA (via YouTube)
SPACE.com
Astronomy
redOrbit
PHYSORG
National Geographic
Discovery News
UPI.com

Programa de Monitorização Lunar:
NASA

Lua:
Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve 
Wikipedia

Lunar Reconnaissance Orbiter:
Página oficial
NASA
Wikipedia


comments powered by Disqus

 


Estas imagens em cores falsas extraídas do vídeo original a preto e branco mostram a explosão em progresso. No seu pico, o flash foi tão brilhante quanto uma estrela de magnitude 4.
Crédito: NASA
(clique na imagem para ver versão maior)


O programa de monitorização lunar da NASA detectou centenas de impactos. O mais brilhante, detectado a 17 de Março, em Mare Imbrium, está marcado pelo quadrado vermelho.
Crédito: NASA
(clique na imagem para ver versão maior)

 
Top Thingy Right