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Edição n.º 1025
03/01 a 06/01/2014
 
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ACTIVIDADES

31.01.14 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
20:30 – 23:00 - Apresentação sobre tema de astronomia, seguida de observação astronómica nocturna com telescópio.
Público: Público em geral, local: CCVAlg
Preço: 2€ - adultos, 1€ jovens/ estudantes/ reformados (crianças até 12 anos grátis)
Pré-inscrição: info@ccvalg.pt ou 289 890 922
Palestra sobre um tema de astronomia seguida de observação do céu noturno com telescópio (dependente de meteorologia favorável)

01.02.14 - DESCOBRINDO O SOL
15:00 – 16:00 (actividade incluída na visita ao centro; 1€ para participantes que não visitem o Centro – crianças até 12 anos grátis)
Observação do Sol em segurança para conhecer um pouco melhor alguns aspectos da nossa estrela. Público: Público em geral, local: CCVAlg

 
EFEMÉRIDES

Dia 03/01: 3.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1888, é usado pela primeira vez o telescópio refractor do Observatório Lick, com 91 cm em diâmetro. Era o maior telescópio do mundo na altura.
Em 1999, lançamento da sonda Mars Polar Lander e Deep Space 2.
Em 2000, flyby da sonda Galileu pela lua de JúpiterEuropa.

A sonda passou a uma altitude de 351 km.
Observações: Após o pôr-do-Sol, olhe para Vénus bem baixo a Oeste-Sudeste. A cada dia que passa, fica mais baixo. Quanto tempo mais consegue avistar a "estrela da tarde"? No dia 11 de Janeiro, alcança conjunção inferior, 5º para Norte do Sol.
Trânsito da sombra de Calisto, entre as 20:47 e as 00:45 (de dia 4).
Trânsito de Calisto, entre as 21:20 e as 01:08 (de dia 4).

Dia 04/01: 4.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1610, estes foram possivelmente os dias mais importantes da história da Astronomia.

Galileu Galilei aponta o seu telescópio ao céu e observa crateras e montanhas na Lua, manchas em movimento no Sol, quatro luas à volta de Júpiter, as fases de Vénus e as estrelas da Via Láctea.
Em 1958, o Sputnik 1 cai para a Terra a partir de órbita.
Em 1959, a Luna 1 torna-se na primeira sonda a chegar à vizinhança da Lua.
Em 2004, o rover Spirit da NASA aterra com sucesso em Marte.
Observações: Terra alcança o periélio, a uma distância de 0,98 UA do Sol.

Dia 05/01: 5.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1969, lançamento da sonda soviética Venera 5.

Chega a Vénus em 16 de Maio de 1969. Depois, antes de se fragmentar na atmosfera, a cápsula foi suspensa por um pára-quedas durante 53 minutos enquanto recolhia dados da atmosfera venusiana. A sonda também transportava um medalhão com os símbolos da antiga União Soviética.
Em 2005, Éris, o maior planeta anão conhecido do Sistema Solar, é descoberto pela equipa científica de Michael E. Brown,Chad Trujillo e David L. Rabinowitz, usando imagens obtidas originalmente a 21 de Outubro de 2003, no Observatório Palomar.
Observações: Oposição de Júpiter. É a melhor altura para o observar.
Pouco depois do anoitecer Sirius, a estrela mais brilhante de Cão Maior, nasce por baixo de Orionte, e Procyon, a estrela de Cão Menor, nasce um pouco para a direita e para baixo de Júpiter. Qual das duas se vê em primeiro lugar? É Procyon se se encontrar para norte da latitude 30º, e Sirius se estiver para Sul.

Dia 06/01: 6.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1912, o geofísico alemão Alfred Wegener apresenta pela primeira vez a sua teoria da deriva continental.

Observações: Trânsito de Io, entre as 21:37 e as 23:56.
Trânsito da sombra de Io, entre as 21:39 e as 23:56.

 
CURIOSIDADES


O Grupo Local de galáxias, a que a nossa Via Láctea pertence, contém mais de 54 galáxias, incluindo galáxias anãs. Tem um diâmetro de 3,1 megaparsecs. O próprio Grupo Local faz parte do Superenxame de Virgem.

 
HUBBLE VÊ SUPER-MUNDOS NUBLADOS

Cientistas usaram o Telescópio Espacial Hubble para caracterizar as atmosferas de dois dos tipos mais comuns de planetas na Via Láctea, descobrindo que ambos podem estar cobertos com nuvens.

Os planetas são GJ 436b, localizado a 36 anos-luz da Terra na direcção da constelação de Leão, e GJ 1214b, a 40 anos-luz na direcção da constelação de Ofiúco. Apesar dos inúmeros esforços, a natureza das atmosferas em torno destes planetas havia escapado caracterização definitiva até agora. Os investigadores descrevem o seu trabalho como um marco importante no caminho para caracterizar mundos tipo-Terra potencialmente habitáveis. Os resultados aparecem em artigos separados na edição de 2 de Janeiro da revista Nature.

Os dois planetas caem no intervalo intermédio de massa, entre planetas mais pequenos e rochosos como a Terra e gigantes gasosos como Júpiter. GJ 436b é caracterizado como um "Neptuno quente" porque está muito mais próximo da sua estrela do que o gelado Neptuno está do Sol. GJ 1214b é conhecido como uma "super-Terra" devido ao seu tamanho. Tanto GJ 436b como GJ 1214b foram observados em trânsito, ou seja, passando em frente das suas estrelas hospedeiras. Isto proporciona uma oportunidade para estudar estes planetas com mais detalhe porque a luz estelar é filtrada através das suas atmosferas.

Impressão de artista de um exoplaneta nublado.
Crédito: STScI
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Um dos artigos apresenta um estudo atmosférico de GJ 436b com base em observações de trânsito com o Hubble, lideradas por Heather Knutson do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, no estado americano da Califórnia. O espectro do Hubble não continha características nem revelava impressões digitais de qualquer natureza na atmosfera de GJ 436b.

"Ou este planeta tem uma camada de nuvens altas que obscurece a visão, ou tem uma atmosfera sem nuvens que é deficiente em hidrogénio, o que o torna muito diferente de Neptuno," afirma Knutson. "Em vez de hidrogénio, pode ter quantidades relativamente grandes de moléculas mais pesadas como vapor de água, monóxido de carbono e dióxido de carbono, o que comprime a atmosfera e torna difícil a detecção de quaisquer assinaturas químicas."

Observações semelhantes àquelas obtidas para GJ 436b já tinham sido adquiridas anteriormente para GJ 1214b. O primeiro espectro do planeta também era inexpressivo, mas indicava que a atmosfera de GJ 1214b era dominada por vapor de água ou hidrogénio, com nuvens de alta altitude.

Usando o Hubble, astrónomos liderados por Laura Kreidberg e Jacob Bean da Universidade de Chicago observaram GJ 1214b em mais detalhe. Descobriram o que consideram ser evidências definitivas de nuvens altas cobrindo o planeta e ocultando informações acerca da composição e comportamento da atmosfera inferior e superfície. Os novos espectros do Hubble também não revelaram assinaturas químicas na atmosfera de GJ 1214b, mas os dados eram tão precisos que foram capazes de descartar pela primeira vez composições atmosféricas limpas (sem nuvens) de vapor de água, metano, nitrogénio, monóxido de carbono ou dióxido de carbono.

GJ 1214b e GJ 436b em comparação com a Terra e Neptuno.
Crédito: NASA, ESA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"Ambos os planetas dizem-nos algo sobre a diversidade dos tipos de planetas que ocorrem fora do nosso Sistema Solar; neste caso descobrimos que podemos não conhecê-los tão bem quanto pensávamos," acrescenta Knutson. "Gostaríamos muito de determinar o tamanho a partir do qual estes planetas passam de mini-gigantes gasosos até algo mais parecido com um mundo de água ou uma versão gigante da Terra. Ambas as observações tentam, fundamentalmente, responder a esta pergunta."

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Artigo na Nature - GJ 436b (requer subscrição)
Artigo na Nature - GJ 1214b (requer subscrição)
Nature
PHYSORG
Space Daily
RT

GJ 436b:
Wikipedia
Exoplanet.eu

GJ 1214b:
Wikipedia
Exoplanet.eu

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Lista de planetas confirmados (Wikipedia)
Lista de planetas não confirmados (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

Telescópio Espacial Hubble:
Hubble, NASA 
ESA
STScI
SpaceTelescope.org
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Nebulosa Cabeça de Cavalo
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: John Chumack
 
A Nebulosa Cabeça de Cavalo é uma das nebulosas mais famosas do céu. É visível como a marca escura na nebulosa de emissão avermelhada, no centro da imagem acima. A cabeça de cavalo é escura porque é uma nuvem de poeira opaca, situada em frente da nebulosa de emissão. Tal como as nuvens na atmosfera da Terra, esta nuvem cósmica assumiu por acaso uma forma reconhecível. Com o passar dos milénios, os movimentos internos da nuvem alterarão a sua aparência. A cor vermelha da nebulosa de emissão é provocada por electrões que se recombinam com protões para formar átomos de hidrogénio. Também está visível na parte inferior esquerda da imagem uma nebulosa esverdeada de reflexão, que reflecte preferencialmente a luz azul de estrelas próximas.
 

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