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Edição n.º 1111
31/10 a 03/11/2014
 
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28/11/14 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
20:30 – 22:30 - Apresentação sobre tema de astronomia, seguida de observação astronómica nocturna com telescópio (dependente de meteorologia favorável).
Público: Público em geral
Local: CCVAlg
Preço: 2€ - adultos, 1€ jovens/ estudantes/ reformados (crianças até 12 anos grátis)
Pré-inscrição: info@ccvalg.pt ou 289 890 922

 
EFEMÉRIDES

Dia 31/10: 304.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 2000, lançamento da Soyuz TM-31, transportando a primeira tripulação residente da Estação Espacial Internacional.

Observações: Lua em Quarto Crescente, pelas 02:48.
Durante a Noite das Bruxas, a Lua em Quarto Crescente brilha a Sul. Encontra-se entre Altair para cima e para a direita, e Fomalhaut, para baixo e para a sua esquerda.

Dia 01/11: 305.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1963, é inaugurado oficialmente o Observatório de Arecibo em Porto Rico, o maior radiotelescópio já construído.

Observações: Ocultação de Io, entre as 04:18 e as 06:40.
Trânsito da sombra de Ganimedes, entre as 05:33 e as 09:19.
Maior elongação Oeste de Mercúrio, pelas 11:29.
Ao cair da noite, procure Fomalhaut mesmo quase para cima da Lua. Vega é a estrela mais brilhante alta a Oeste-Noroeste. Capella, também brilhante, nasce a Nordeste.

Dia 02/11: 306.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1885, nascimento de Harlow Shapley, pioneiro americano na determinação da distância das estrelasenxames e do centro da Via Láctea

Corajosamente e correctamente afirmava que os enxames globulares encontravam-se à volta da Galáxia, e que esta era muito maior do que inicialmente se pensava, centrada a milhares de anos-luz na direcção de Sagitário. Foi director do Observatório de Harvard durante muitos anos.
Em 1917, inauguração do telescópio de 100 polegadas do Monte Wilson.
Em 2000, chegava à ISS a primeira tripulação residente, a bordo da Soyuz TM-31. A ISS tem sido tripulada continuamente desde aí.
Observações: Trânsito da sombra de Io, entre as 00:23 e as 02:42.
Trânsito de Io, entre as 01:37 e as 03:59.
Fomalhaut, a "estrela de Outono", chega à sua altitude máxima no céu a Sul por volta das 20:30. O lado Oeste do Grande Quadrado de Pégaso, bem acima, quase que aponta exactamente na sua direcção. Consegue observar o resto da ténue constelação de Peixe Austral?

Dia 03/11: 307.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1957, primeira forma de vida e morte terrestre no espaço: a cadela Laika é lançada a bordo do soviético Sputnik 2 e morre depois de uma semana em órbita.

Em 1973 era lançada a Mariner 10. Chegou a Vénus a 5 de Fevereiro de 1974, maior aproximação a 5700 km. Devolveu imagens do topo das nuvens venusianas. A 29 de Março de 1974, torna-se na primeira sonda a alcançar Mercúrio.
Observações: A meio da noite, Capela brilha a Nordeste. Para a sua direita, a Este, está o pequeno enxame das Plêiades - e por baixo de M45 está a alaranjada Aldebarã.

 
CURIOSIDADES


A Cassini é a maior e mais complexa sonda interplanetária até à data.

 
HUBBLE OBSERVA "LUZ FANTASMA" DE GALÁXIAS MORTAS

O Telescópio Hubble da NASA/ESA detectou o brilho ténue e fantasmagórico de estrelas expelidas de galáxias antigas que foram gravitacionalmente rasgadas há vários milhares de milhões de anos atrás. O caos aconteceu a 4 mil milhões de anos-luz de distância, dentro de uma grande colecção de quase 500 galáxias apelidada de "Enxame de Pandora", também conhecido como Abell 2744.

As estrelas espalhadas já não estão vinculadas a qualquer uma galáxia, derivam livremente entre galáxias no enxame. Ao observar a luz destas estrelas "órfãs", os astrónomos do Hubble reuniram provas forenses que sugerem que até seis galáxias foram rasgadas em pedaços dentro do enxame ao longo de 6 mil milhões de anos.

O gigantesco enxame galáctico Abell 2744, também chamado de Enxame de Pandora, fica com uma parecença fantasmagórica quando a luz estelar total é artificialmente colorida em azul nesta imagem do Hubble.
Crédito: NASA/ESA/IAC/Equipa do HFF, STScI
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Os modelos computacionais da dinâmica gravitacional entre galáxias num enxame sugerem que galáxias tão grandes como a nossa Via Láctea são as prováveis candidatas à origem das estrelas. As galáxias condenadas teriam sido despedaçadas se mergulhadas através do centro de um aglomerado galáctico onde as forças gravitacionais de maré são mais fortes. Os astrónomos há muito que teorizam que a luz destas estrelas espalhadas podia ser detectável após a desagregação destas galáxias. No entanto, o brilho previsto das estrelas no "intra-enxame" é muito ténue e foi, portanto, um desafio para identificar.

"Os dados do Hubble que revelaram a luz fantasmagórica são passos importantes para a compreensão da evolução dos enxames de galáxias," afirma Ignacio Trujillo, do Instituto de Astrofísica das Canárias, em Santa de Cruz de Tenerife, Espanha. "Também é incrivelmente importante porque encontrámos o brilho usando as capacidades únicas do Hubble."

A equipa estima que a luz combinada de aproximadamente 200 milhões de estrelas marginalizadas contribui com aproximadamente 10% do brilho do enxame."

"Os resultados estão de acordo com o que foi previsto acontecer dentro de gigantescos aglomerados de galáxias," afirma Mireia Montes, também do mesmo instituto, autora principal do artigo publicado na edição de 1 de Outubro da revista The Astrophysical Journal.

Porque estas estrelas extremamente ténues são mais brilhantes nos comprimentos de onda do infravermelho próximo, a equipa enfatizou que este tipo de observação só poderia ser alcançado com a sensibilidade infravermelha do Hubble para radiação extraordinariamente ténue.

As medições do Hubble determinaram que as estrelas "fantasmas" são ricas em elementos mais pesados como o oxigénio, o carbono e o azoto. Isto significa que as estrelas espalhadas devem ser estrelas de segunda ou terceira geração enriquecidas com os elementos fabricados nos corações de estrelas de primeira geração do Universo. As galáxias espirais - como as que se acredita terem sido dilaceradas - podem sustentar a formação de estrelas quimicamente enriquecidas.

Com uma massa superior a 4 biliões de sóis, Abell 2744 é um dos alvos do programa Frontier Fields. Este ambicioso esforço de três anos junta o Hubble com outros Grandes Observatórios da NASA para observar enxames galácticos e ajudar os astrónomos a estudar o Universo remoto. Os enxames de galáxias são tão massivos que a sua gravidade desvia a luz que passa através deles, ampliando, aumentando e distorcendo a luz num fenómeno chamado lente gravitacional. Os astrónomos exploram esta propriedade do espaço e usam os enxames como uma lupa para ampliar as imagens de galáxias ainda mais distantes que de outra forma seriam demasiado fracas para observação.

A equipa de Montes usou dados do Hubble para examinar o ambiente do próprio enxame. Existem outros cinco enxames no programa Frontier Fields, e a equipa planeia procurar a misteriosa "luz fantasma" também nesses aglomerados.

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Instituto de Astrofísica das Canárias (comunicado de imprensa)
Artigo científico (formato PDF)
The Astrophysical Journal
Sky & Telescope
PHYSORG
SPACE.com
Astronomy Now
(e) Science News

Abell 2744:
Wikipedia

Telescópio Espacial Hubble:
Hubble, NASA 
ESA
STScI
SpaceTelescope.org
Base de dados do Arquivo Mikulski para Telescópios Espaciais

Programa "Frontier Fields" do Hubble:
STScI
Arquivo Mikulski para Telescópios Espaciais
Blog

 
DESCOBERTA UMA "CORDA DE SALVAMENTO" PARA A FORMAÇÃO DE PLANETAS NUM SISTEMA BINÁRIO DE ESTRELAS
Esta impressão artística mostra o gás e poeira em torno do sistema binário GG Tauri-A. Com o auxílio do ALMA, os investigadores detectaram gás na região entre os dois discos deste sistema estelar. Este fenómeno poderá permitir a formação de planetas no ambiente gravitacionalmente perturbado do binário. Metade das estrelas do tipo solar nascem em sistemas binários e, por isso, esta descoberta tem consequências importantes na procura de exoplanetas.
Crédito: ESO/L. Calçada
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Com o auxílio do ALMA os astrónomos detectaram, pela primeira vez, uma corrente de gás que flui desde um disco externo massivo até ao interior de um sistema binário de estrelas. Esta configuração, nunca observada até agora, pode ser responsável por manter um segundo disco de formação planetária, mais pequeno, que, de outro modo, teria desaparecido completamente há muito tempo. Metade das estrelas do tipo solar nascem em sistemas binários e, por isso, esta descoberta tem consequências importantes na procura de exoplanetas. Estes resultados foram publicados na revista Nature a 30 de outubro de 2014.

Um grupo de investigação liderado por Anne Dutrey do Laboratório de Astrofísica de Bordeaux, em França, e CNRS, utilizaram o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) para observar a distribuição de gás e poeira num sistema estelar múltiplo chamado GG Tau-A. Este objecto tem apenas alguns milhões de anos de idade e situa-se a cerca de 450 anos-luz de distância da Terra na constelação do Touro.

Tal como uma roda dentro de outra roda, GG Tau-A contém um disco exterior maior, que circunda todo o sistema, e um disco interior mais pequeno que se situa em torno da estrela central. Este segundo disco tem uma massa equivalente à de Júpiter e a sua presença tem constituído um mistério para os astrónomos, uma vez que este objecto se encontra a perder matéria para a estrela central a uma taxa tal que deveria já ter-se esgotado completamente há muito tempo atrás.

Ao observar estas estruturas com o auxílio do ALMA, a equipa descobriu nodos de gás na região que se situa entre os dois discos. As novas observações sugerem que existe material que está a ser transferido do disco exterior para o disco interior, criando uma espécie de corda de salvamento entre os dois.

"Embora em simulações de computador já se tivesse previsto matéria a fluir na região entre os dois discos, é a primeira vez que tal fenómeno é efetivamente observado. O facto de termos detectado estes nodos de matéria, indica-nos que o material se desloca entre os dois discos, permitindo que um se alimente do outro," explica Dutrey. "Estas observações demonstram que o material do disco exterior consegue sustentar o disco interior durante muito tempo, facto este que tem consequências importantes na potencial formação planetária do sistema."

Os planetas nascem da matéria que sobra da formação da estrela. Trata-se de um processo lento, o que significa que a presença de um disco que se mantenha durante muito tempo é um pré-requisito para a formação de planetas. Se o processo de "alimentação" do disco interior agora observado pelo ALMA ocorrer noutros sistemas estelares múltiplos, esta descoberta aponta-nos para um vasto número de novas localizações potenciais para encontrar planetas no futuro.

A primeira fase da procura de exoplanetas foi dirigida a estrelas individuais, como o Sol. Mais recentemente mostrou-se que uma grande fração de planetas gigantes orbitam sistemas binários de estrelas. Agora, os investigadores começaram a investigar a possibilidade de planetas orbitarem estrelas individuais inseridas em sistemas estelares múltiplos. Esta nova descoberta apoia a possível existência de tais planetas, fornecendo aos "caçadores" de exoplanetas novos campos por explorar.

Emmanuel Di Folco, co-autor do artigo científico que descreve estes resultados, conclui: "Quase metade das estrelas do tipo solar nasceram em sistemas binários, o que significa que acabámos de descobrir um mecanismo para sustentar a formação planetária que pode ser aplicado a um número significativo de estrelas da Via Láctea. As nossas observações são um enorme passo em frente na verdadeira compreensão da formação planetária."

Links:

Notícias relacionadas:
ESO (comunicado de imprensa)
Artigo científico (formato PDF)
Nature
Astronomy
Universe Today
SPACE.com
redOrbit
PHYSORG
science 2.0
EarthSky
AstroPT

Discos protoplanetários:
Wikipedia

ALMA:
Página principal
ALMA (NRAO)
ALMA (NAOJ)
ALMA (ESO)
Wikipedia

ESO:
Página oficial
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Um Espectro no Véu Oriental
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Ken Crawford (Observatório Rancho Del Sol)
 
Formas assustadoras e rostos de terror marcam estes dias de "Halloween". Também assombram esta paisagem cósmica da componente oriental da Nebulosa do Véu. A Nebulosa do Véu propriamente dita é um grande remanescente de supernova, uma nuvem de detritos em expansão da explosão e morte de uma estrela massiva. Embora o Véu tenha mais ou menos uma forma circular e corresponda a quase 3 graus no céu na direcção da constelação de Cisne, esta secção oriental do Véu cobre apenas 1/2 grau, aproximadamente o tamanho aparente da Lua. Isto traduz-se em 12 anos-luz à distância estimada do Véu, uns tranquilizadores 1400 anos-luz da Terra. Nesta composição registada através de filtros de banda larga e estreita, a emissão dos átomos de hidrogénio no remanescente tem tons avermelhados e a emissão dos átomos de oxigénio tem tons de azul e verde. Claro, na componente ocidental do Véu encontra-se outra aparição sazonal, a Vassoura da Bruxa.
 

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