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Edição n.º 1142
17/02 a 19/02/2015
 
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27/02/15 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
20:30 – 22:30 - Apresentação sobre tema de astronomia, seguida de observação astronómica noturna com telescópio (dependente de meteorologia favorável).
Público: Público em geral
Local: CCVAlg
Preço: 2€ - adultos, 1€ jovens/ estudantes/ reformados (crianças até 12 anos grátis)
Pré-inscrição: info@ccvalg.pt ou 289 890 922

 
EFEMÉRIDES

Dia 17/02: 48.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1600, o astrónomo Giordano Bruno é queimado vivo no Campo de' Fiori, Roma, por heresia.

Em 1723, nascia Tobias Mayer, astrónomo alemão, famoso pelos seus estudos da Lua.
Em 1740, nascia Horace-Bénédict de Saussure, astrónomo suiço, considerado o primeiro construtor bem-sucedido do forno solar
Em 1959, é lançado o Vanguard 2 - o primeiro satélite meteorológico a medir a distribuição das nuvens.
Em 1965, a sonda Ranger 8 é lançada com a missão de fotografar o Mar da Tranquilidade na Lua, em preparação para as missões tripuladas Apollo. Mare Tranquilitatis tornar-se-ia no local escolhido para a aterragem da Apollo 11
Em 1996, começa o Programa Discovery da NASA, à medida que a sonda NEAR Shoemaker é lançada na sua primeira missão de orbitar e aterrar num asteróide, 433 Eros.
Em 2004, Michael Brown, Chad Trujillo e David Rabinowitz descobrem 90482 Orcus, um objeto da Cintura de Kuiper, provavelmente um planeta anão.
Observações: Ocultação de Io, entre as 01:45 e as 04:07.
Eclipse de Io, entre as 02:00 e as 04:24.
Marte está apenas 2º para cima de Vénus a Oeste-Sudoeste e ao lusco-fusco. Vão permanecer pelo menos a esta distância durante os próximos nove dias.
Trânsito de Io, entre as 22:55 e as 01:17 (já de dia 18).
Trânsito da sombra de Io, entre as 23:12 e as 01:31 (já de dia 18).

Dia 18/02: 49.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1930, enquanto estudava fotografias tiradas em Janeiro, Clyde Tombaugh descobre Plutão.

Na altura foi designado como o nono planeta do Sistema Solar e o mais afastado. Desde aí, descobrimos também quão "não parecido com um planeta" realmente é. Finalmente, em 2006 deixa de ser planeta principal para passar a ser classificado como planeta anão.
Em 1977, fazia-se o voo inaugural do vaivém espacial Enterprise a partir do topo de um Boeing 747.
Em 2003, o cometa C/2002 V1 (NEAT) atinge o periélio, visto pela SOHO.
Observações: Trânsito de Europa, entre as 02:58 e as 05:58.
Ocultação de Calisto, entre as 02:08 e as 07:07.
Trânsito da sombra de Europa, entre as 03:33 e as 06:33.
Eclipse de Calisto, entre as 04:44 e as 09:54.
Ocultação de Io, entre as 20:12 e as 22:33.
Eclipse de Io, entre as 20:29 e as 22:51.
Lua Nova, pelas 23:48.

Dia 19/02: 50.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1473, nascia Nicolau Copérnico, conhecido como o fundador da Astronomia Moderna.

No ano de 1530, completa e anuncia ao mundo o seu grande trabalho "De Revolutionibus", que explica que a Terra roda sobre o seu próprio eixo uma vez por dia e viaja à volta do Sol anualmente.
Em 1924, Edwin Hubble escreve a Harlow Shapley: "Estará interessado em saber que encontrei uma variável Cefeida na Nebulosa de Andrómeda" (a atualmente conhecida «Galáxia de Andrómeda»). 
Em 2002, a sonda Mars Odyssey começava a mapear a superfície de Marte.
Observações: Trânsito de Io, entre as 17:22 e as 19:41.
Ocultação de Europa, entre as 21:15 e as 00:12 (já de dia 20).
Eclipse de Europa, entre as 21:55 e as 00:52 (já de dia 20).

 
CURIOSIDADES


Copérnico, no seu leito de morte, disse que a grande tristeza da sua vida foi nunca ter visto Mercúrio.

 
MISTERIOSA PLUMA MARCIANA CONFUNDE CIENTISTAS

Plumas vistas a alcançar grandes altitudes acima da superfície de Marte estão a causar um alvoroço entre os cientistas que estudam a atmosfera do Planeta Vermelho.

Em duas ocasiões separadas em março e abril de 2012, astrónomos amadores relataram características parecidas com plumas que se desenvolviam no planeta.

Observações de uma característica misteriosa parecida com uma pluma (marcada com a seta amarela) no limbo do Planeta Vermelho no dia 20 de Março de 2012. A observação foi feita pelo astrónomo W. Jaeschke. A imagem mostra o pólo norte em baixo e o pólo sul no topo.
Crédito: W. Jaeschke
 

As plumas foram vistas chegando a altitudes de mais de 250 km acima da mesma região de Marte em ambas as ocasiões. Em comparação, características semelhantes vistas no passado não ultrapassaram os 100 km.

"A cerca de 250 km, a divisão entre a atmosfera e o espaço exterior é muito fina, portanto as plumas relatadas são extremamente inesperadas," afirma Agustin Sanchez-Lavega da Universidade do País Basco, Espanha, autor principal do artigo que explica os resultados e publicado na revista Nature.

As características desenvolveram-se em menos de 10 horas, cobrindo uma área de até 1000 x 500 km e permaneceram visíveis durante cerca de 10 dias, mudando a estrutura de dia para dia.

A imagem de topo mostra a posição da misteriosa pluma de Marte, identificada dentro do círculo amarelo (sul no topo), bem como diferentes imagens que mostram a mudança de aspeto, obtidas por W. Jaeschke e D. Parker no dia 21 de março de 2012.
Crédito: W. Jaeschke e D. Parker
 

Nenhuma das sondas em órbita de Marte viu as características devido às geometrias de observação e condições de iluminação na altura.

No entanto, quando verificaram imagens de arquivo do Telescópio Espacial Hubble obtidas entre 1995 e 1999 e bases de dados de imagens amadoras entre 2001 e 2014, descobriram nuvens ocasionais no limbo de Marte, embora normalmente só até 100 km de altitude.

Mas um conjunto de imagens do Hubble obtidas a 17 de Maio de 1997 revelaram uma pluma anormalmente alta, semelhante ao observado por astrónomos amadores em 2012.

Os cientistas estão agora a trabalhar para determinar a natureza e causa das plumas usando dados do Hubble em combinação com imagens capturadas por amadores.

Uma curiosa característica parecida com uma pluma foi observada no dia 17 de maio de 1997 pelo Telescópio Espacial Hubble. É parecida com as características detetadas por astrónomos amadores em 2012, embora apareça noutra localização.
Crédito: JPL/NASA/STScI
 

"Uma ideia que discutimos é que as características são provocadas por uma nuvem refletiva de água gelada, dióxido de carbono gelado ou partículas de poeira, mas isso exigiria desvios excecionais dos modelos de circulação atmosférica para explicar a formação de nuvens em altitudes tão elevadas," afirma Agustin.

"Outra ideia é que estão relacionadas com emissões aurorais e de facto já foram observadas auroras nestes locais, ligadas a uma região conhecida à superfície onde existe uma grande anomalia no campo magnético da crosta," explica Antonio Garcia Munoz, investigador do ESTEC (European Space Research and Technology Centre) da ESA e coautor do estudo.

Ainda não se sabe a natureza e origem destas plumas marcianas de alta altitude. Mas os cientistas vão conseguir reunir mais informações após a chegada da TGO (ExoMars Trace Gas Orbiter) a Marte, com lançamento previsto para 2016.

Links:

Notícias relacionadas:
ESA (comunicado de imprensa)
Resumo do artigo científico (SAO/NASA ADS)
Nature
NewScientist
PHYSORG
Discovery News
POPULAR SCIENCE
BBC News
UPI

Marte:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

Telescópio Espacial Hubble:
Hubble, NASA 
ESA
STScI
SpaceTelescope.org
Base de dados do Arquivo Mikulski para Telescópios Espaciais

ExoMars Trace Gas Orbiter (TGO):
ESA
Wikipedia

 
KEPLER-432B - PLANETA DENSO E GIGANTE COM ESTAÇÕES EXTREMAS

Dois grupos de investigação de astrónomos da Universidade de Heidelberg descobriram, independentemente um do outro, um planeta raro. O corpo celeste, chamado Kepler-432b, é um dos planetas mais densos e maciços conhecidos até ao momento. As equipas, uma liderada por Mauricio Ortiz do Centro de Astronomia da Universidade de Heidelberg (ZAH) e a outra por Simona Ciceri do Instituto Max Planck para Astronomia (MPIA) em Heidelberg, relatam que o planeta tem seis vezes a massa de Júpiter mas aproximadamente o mesmo tamanho. A forma e tamanho da sua órbita são também invulgares para um planeta como Kepler-432b que orbita uma estrela gigante. Daqui a menos de 200 milhões de anos, esta "gigante vermelha" irá provavelmente engolir o planeta. Os resultados da investigação foram publicados na revista "Astronomy & Astrophysics".

Ilustração da órbita de Kepler-432b (linha interior a vermelho) em comparação com a órbita de Mercúrio em redor do Sol (linha exterior a laranja). O círculo vermelho no meio indica a posição da estrela que o planeta orbita. O tamanho da estrela é visto à escala, enquanto o tamanho do planeta foi ampliado dez vezes para propósitos de ilustração. A órbita de Kepler-432b é altamente alongada. Como consequência, a distância entre o planeta e a estrela, bem como a temperatura no planeta, mudam drasticamente durante uma única órbita.
Crédito: Dr. Sabine Reffert
 

"A maioria dos planetas conhecidos que se deslocam em torno de estrelas gigantes têm órbitas grandes e circulares. Com uma órbita pequena e altamente alongada, Kepler-432b é um verdadeiro 'rebelde' entre planetas do seu género," afirma o Dr. Davide Gandolfi do observatório estatal Königstuhl, parte do Centro para Astronomia. O Dr. Gandolfi é membro da equipa de pesquisa que descobriu o planeta. Ele explica que a estrela em torno da qual Kepler-432b orbita já esgotou o seu combustível nuclear no núcleo e está expandindo-se gradualmente. O seu raio é já quatro vezes maior do que o do nosso Sol e ficará ainda maior no futuro. Como a estrela tem um tom avermelhado, os astrónomos chamam-na de "gigante vermelha".

A órbita de Kepler-432b trá-lo incrivelmente perto da sua estrela-mãe e afasta-o bem mais que outros planetas do género, criando assim enormes diferenças de temperatura ao longo do ano do planeta, que corresponde a 52 dias terrestres. "Durante a estação de inverno, a temperatura em Kepler-432b ronda os 500 graus Celsius. Na curta estação de verão, pode aumentar até aos 1000 graus Celsius," afirma a Dra. Sabine Reffert do observatório estatal Königstuhl. Kepler-432b foi anteriormente identificado como um candidato a planeta em trânsito pela missão do satélite Kepler da NASA. A partir do ponto de vista da Terra, um planeta em trânsito passa em frente da sua estrela, diminuindo periodicamente a luz estelar recebida.

Ambos os grupos de investigação usaram o telescópio de 2,2 metros do Observatório de Calar Alto, na Andaluzia, Espanha, para recolher dados. O grupo do observatório estatal também observou Kepler-432b com o NOT (Nordic Optical Telescope) em La Palma, Ilhas Canárias. Assim sendo, foram capazes de adquirir as medições de alta precisão necessárias para determinar a massa do planeta. "A descoberta de Kepler-432b só foi possível graças à programação flexível do tempo de observação nos telescópios e ao excelente suporte fornecido pelos técnicos e operadores nos dois locais," enfatiza o Dr. Gandolfi.

"Os dias de Kepler-432b estão contados," acrescenta Mauricio Ortiz, estudante de doutoramento na Universidade de Heidelberg, que liderou um dos dois estudos sobre o planeta. "Em menos de 200 milhões de anos, Kepler-432b será engolido pela contínua expansão da estrela hospedeira. Esta pode ser a razão pela qual nós não encontramos outros planetas como Kepler-432b - astronomicamente falando, as suas vidas são extremamente curtas."

Links:

Notícias relacionadas:
Universidade de Heidelberg (comunicado de imprensa)
Instituto Max Planck para Astronomia (comunicado de imprensa)
Artigo científico (arXiv.org)
Artigo científico - 2 (arXiv.org)
Astronomy & Astrophysics
Astronomy & Astrophysics - 2
Universe Today
PHYSORG
ScienceDaily

Kepler-432b:
Missão Kepler (NASA)
Exoplanet.eu

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Lista de planetas (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

Observatório Calar Alto:
Página principal
Wikipedia

NOT (Nordic Optical Telescope):
Página principal
Wikipedia

Telescópio Espacial Kepler:
NASA (página oficial)
Arquivo de dados do Kepler
Descobertas planetárias do Kepler
Wikipedia

 
TAMBÉM EM DESTAQUE
  Passados dois anos, origem de meteoro russo permanece por descobrir (via Planetary Science Institute)
Dois anos após uma rocha de 20 metros ter colidido com a Terra e depois do meteoróide ter-se dramaticamente fragmentado na atmosfera por cima da região de Chelyabinsk, Rússia e ter ferido centenas de pessoas, ainda não se sabe qual o seu parente asteroidal. Ler fonte
 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - M106: Uma Galáxia Espiral com um Centro Estranho
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: NASAESO , NAOJ, Giovanni Paglioli; Montagem e processamento: R. Colombari e R. Gendler
 
O que está a acontecer no centro da galáxia espiral M106? Como a imagem mostra, M106 é um disco rodopiante de estrelas e gás cuja aparência é dominada por braços espirais azuis e, perto do núcleo, faixas vermelhas de poeira. O núcleo de M106 brilha intensamente no rádio e em raios-X - foram encontrados jatos gémeos com o comprimento da galáxia. Um brilho central invulgar torna M106 num dos exemplos mais próximos da classe Seyfert de galáxias, onde se pensa que grandes quantidades de gás brilhante estejam caindo na direção de um buraco negro maciço central. M106, também designada NGC 4258, está a cerca de 23,5 milhões de anos-luz de distância, estende-se por cerca de 60 mil anos-luz e pode ser vista com um pequeno telescópio na direção da constelação de Cães de Caça.
 

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