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Edição n.º 1274
24/05 a 26/05/2016
 
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10/05/16 a 01/06/16 - ROSETTA NO RASTO DO COMETA
Nesta exposição temporária, poderá ficar a saber mais sobre os cometas, acompanhando a viagem da sonda Rosetta e do módulo Philae desde o seu lançamento em 2004 até à aproximação ao cometa em 2014, com o objetivo de investigar in loco o cometa 67 P Churyumov-Gerasimenko. A exposição aborda ainda conceitos relativos a outros astros como meteoros, asteroides e a sua importância no Sistema Solar. A exposição é composta por painéis interativos, um jogo multimédia e um modelo do cometa impresso em 3D a partir de dados reais adquiridos pela sonda desde a sua aproximação a 6 de Agosto de 2014. Esta exposição foi produzida pela Cité de l´espace, membro do grupo para o Espaço do Ecsite, a que o Centro Ciência Viva do Algarve também pertence.
Local: CCVAlg
Preço: Gratuito com a compra da entrada no centro
Telefone: 289 890 922
E-mail: info@ccvalg.pt

 

27/05/16 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
21:00 - Este evento inclui uma apresentação sobre o tema - “O tamanho do Sistema Solar”, seguido de observação astronómica noturna com telescópio (dependente de meteorologia favorável).
Local: CCVAlg
Preço: 2€ - adultos, 1€ jovens (crianças até 12 anos grátis)
Pré-inscrição: siga este link
Telefone: 289 890 922
E-mail: info@ccvalg.pt

 
EFEMÉRIDES

Dia 24/05: 145.º dia do calendário gregoriano.
História: Morre em 1543 Nicolau Copérnico, famoso astrónomo, autor do livro "Das revoluções dos Mundos Celestes".

Adiou a publicação da sua teoria por uns 30 anos; a primeira obra completa foi imprimida umas poucas horas antes da sua morte. Foi colocada na sua cama, para que pudesse tê-la a seu lado. Mas nessa altura já a sua mente delirava e não pôde comentar o prefácio anónimo do livro, que dizia aos leitores que o conteúdo do livro poderia não ser verdadeiro, ou até mesmo provável. Nunca se soube com certeza se autorizou aquele prefácio, ou se realmente acreditava no seu sistema.
Em 1686, nascia Daniel Gabriel Fahrenheit, físico e engenheiro alemão, famoso por inventar o termómetro de mercúrio e por desenvolver uma escala de temperatura, agora com o seu nome.
Em 1962, projeto Mercury: o astronauta americano Scott Carpenter orbita a Terra três vezes na cápsula espacial Aurora 7.
Observações: Eclipse de Io, entre as 01:15 e as 03:34.
Trânsito da sombra de Io, netre as 22:25 e as 00:42 (já de dia 25).

Dia 25/05: 146.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 240 AC, primeira passagem registada do Cometa Halley pelo seu periélio.
Em 1961, o presidente americano John F. Kennedy anuncia perante uma sessão do Congresso o seu objetivo de "colocar um homem na Lua" antes do fim da década. 
Em 1966, lançamento do Explorer 32.

Em 1997, a sonda Galileu passa pela lua joviana Calisto a uma distância de apenas 415 km!
Em 2008, o "lander" Phoenix aterra na região Vastitas Borealis de Marte para procurar ambientes favoráveis à água e à vida microbiana. 
Em 2012, a nave Dragon torna-se na primeira nave comercial a atracar com a Estação Espacial Internacional
Observações: O enorme Arco da Primavera desce cada vez a oeste. Ao lusco-fusco, o par do topo, Pollux e Castor, ainda estão altos a oeste-noroeste. Procure a extremidade esquerda do Arco, Procyon, a cerca de dois punhos à distância do braço esticado para baixo e para a esquerda de Pollux. Mais para baixo e para a direita de Castor, está a outra extremidade do Arco: a pequena Menkalinan e depois a brilhante Capella.
Eclipse de Io, entre as 19:42 e as 22:04.

Dia 26/05: 147.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1951, nascia Sally Ride, a primeira mulher americana no espaço.
Em 1969, a Apollo 10 regressa à Terra após oito dias, durante os quais foram testados todos os componentes necessários para a primeira aterragem lunar.

Observações: Com o verão a menos de um mês (astronomicamente falando), a última estrela do Triângulo de Verão nasce a este pelas 22:30. É Altair, o canto inferior direito do Triângulo. O seu vértice mais alto e brilhante é Vega. O terceiro é Deneb, brilhante para baixo e para a esquerda de Vega.
Eclipse de Europa, entre as 23:05 e as 02:00 (já de dia 27).

 
CURIOSIDADES


Das dezenas de milhares de meteoritos descobertos na Terra (mais de 61.000), 170 foram identificados como tendo origem o planeta Marte. Pensa-se que estes meteoritos sejam de Marte devido à sua composição isotópica e geológica, que é semelhante às rochas e aos gases atmosféricos analisados pelas missões em Marte.

 
SERÁ QUE AS MISTERIOSAS PLUMAS DE MARTE SÃO PROVOCADAS PELO CLIMA ESPACIAL?

Exemplos de observações terrestres da misteriosa pluma observada no dia 21 de março de 2012 (canto superior direito) e observações do vento solar pela Mars Express durante março e abril de 2012 (canto inferior direito).
Os gráficos à esquerda representam a região visível da Terra na época (verde), o lado noturno de Marte (cinzento) e o magnetismo crustal da superfície (cores de fundo e escala). A caixa branca indica a área onde a pluma foi observada. Em conjunto, estes gráficos mostram que as observações terrestres feitas durante o dia marciano, ao longo do terminador do amanhecer, enquanto as observações da sonda foram feitas ao longo do terminador do anoitecer, cerca de meio-"dia" marciano mais tarde.
No gráfico de baixo está a zona coberta pela Mars Express durante um período de recolha de dados no dia 20 de março.
O gráfico no canto inferior direito mostra várias propriedades medidas pela Mars Express, incluindo a densidade dos protões do vento solar (topo), velocidade (segunda linha), e pressão dinâmica (terceira linha). Os picos marcados pela linha azul horizontal indicam o aumento nas propriedades do vento solar como resultado do impacto da ejeção de massa coronal. As deteções positivas são marcadas a vermelho, as não-deteções a preto (o tamanho do símbolo indica a qualidade avaliada da observação).
Crédito: imagens visuais - D. Parker (grande imagem de Marte e inserção de baixo) e W. Jawesche (inserção de topo); todos os outros gráficos, cortesia de D. Andrews
(clique na imagem para ver versão maior)

 

Cientistas da Mars Express dizem que as misteriosas nuvens a alta altitude, que apareceram de repente na atmosfera marciana já por diversas ocasiões, podem estar ligadas ao clima espacial.

Astrónomos amadores, usando telescópios cá na Terra, foram os primeiros a relatar uma pluma invulgar em 2012 que alcançou grandes altitudes acima da superfície de Marte - cerca de 250 km. A característica desenvolveu-se em menos de 10 horas, cobrindo uma área com até 1000x500 km e permaneceu visível durante mais ou menos 10 dias.

A altitude extrema representa uma espécie de problema no que respeita à explicação das características: é muito mais acima do que as típicas nuvens de dióxido de carbono congelado, que se pensa serem capazes de se formar na atmosfera. Com efeito, esta grande altitude corresponde à ionosfera, onde a atmosfera interage diretamente com o vento solar incidente composto por partículas atómicas carregadas eletricamente.

A especulação quanto à sua causa incluiu circunstâncias atmosféricas excecionais, emissões aurorais, associações com anomalias locais da crosta ou um impacto de meteorito, mas até agora não era possível identificar a origem.

Infelizmente, as sondas em órbita de Marte não estavam na posição certa para ver a pluma de 2012, mas os cientistas observaram agora medições de plasma e do vento solar recolhidas pela Mars Express durante essa altura. Eles encontraram evidências de uma grande "ejeção de massa coronal" (ou EMC), oriunda do Sol, atingindo a atmosfera marciana no lugar certo e por volta da hora certa.

"As nossas observações de plasma dizem-nos que havia um evento de clima espacial grande o suficiente para impactar Marte e aumentar a fuga de plasma da atmosfera do planeta," afirma David Andrews do Instituto Sueco de Física Espacial e o autor principal do artigo que apresenta os resultados da Mars Express.

Observações de uma característica misteriosa parecida com uma pluma (marcada com a seta amarela) no limbo do Planeta Vermelho no dia 20 de março de 2012. A observação foi feita pelo astrónomo W. Jaeschke. A imagem mostra o polo norte em baixo e o polo sul no topo.
Crédito: W. Jaeschke
 

"Mas nós não fomos capazes de ver quaisquer assinaturas na ionosfera que possamos atribuir categoricamente à presença desta pluma. Um dos problemas é que a pluma foi vista no limite dia-noite, por cima de uma região conhecida por ter fortes campos magnéticos crustais, onde sabemos que a ionosfera é geralmente muito perturbada, por isso, a procura de assinaturas 'extra' é bastante complexa."

Além do mais, os cientistas analisaram as hipóteses destes dois eventos relativamente raros - uma EMC grande e veloz colidir com Marte, e a pluma misteriosa - ocorrerem ao mesmo tempo. Eles pesquisaram nos arquivos eventos semelhantes, mas são raros.

Por exemplo, o Telescópio Espacial Hubble observou uma pluma alta similar em maio de 1997, ao mesmo tempo que uma EMC atingia a Terra. Apesar dessa EMC ter sido amplamente estudada, não existem informações obtidas por sondas marcianas para avaliar a escala do seu impacto no Planeta Vermelho.

Da mesma forma, foram detetadas EMCs em Marte sem relatos de qualquer pluma associada, embora as mudanças na distância e visibilidade do planeta a partir da Terra tornem difíceis a obtenção de boas imagens terrestres em todos os momentos. "Ainda não sabemos que física está aqui em jogo, mas dada a altitude da pluma, pensamos que as interações de plasma devem ser importantes," acrescenta David.

"Uma ideia é que uma EMC veloz provoca uma perturbação significativa na ionosfera, fazendo com que a poeira e os grãos de gelo que residem a altas altitudes na atmosfera superior sejam empurradas pelo plasma ionosférico e pelos campos magnéticos, elevados de seguida para altitudes ainda maiores por carga elétrica. Isto pode levar a um efeito de pluma que é significativo o suficiente para ser detetado da Terra pelos astrónomos."

"Os responsáveis podem ser vários processos, mas se estas plumas são realmente alimentadas por perturbações do clima espacial, isto acrescenta um ângulo importante no nosso conhecimento de como Marte pode ter perdido grande parte da sua atmosfera no passado, passando de um mundo quente e húmido para o planeta frio, seco e poeirento que é hoje," comenta Dmitri Titov, cientista do projeto Mars Express.

"A pluma também enfatiza o potencial científico do acompanhamento contínuo de Marte, tanto por orbitadores como por observatórios terrestres. Em particular, vamos agora usar a webcam da Mars Express para uma cobertura mais frequente do planeta."

Links:

Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
17/05/2015 - Misteriosa pluma marciana confunde cientistas

Notícias relacionadas:
ESA (comunicado de imprensa)
Artigo científico (arXiv.org)
New Scientist

Marte:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

Mars Express: 
ESA 
Wikipedia

 
EVIDÊNCIAS DE ANTIGOS TSUNAMIS EM MARTE REVELAM POTENCIAL PARA A VIDA

A forma geológica do que já foram linhas costeiras nas planícies norte de Marte convence os cientistas de que dois grandes meteoritos - que atingiram o planeta com milhões de anos de diferença - desencadearam um par de mega-tsunamis. Estas ondas gigantescas marcaram para sempre a paisagem marciana e produziram evidências de oceanos frios e salgados, conducentes à manutenção da vida.

"Há cerca de 3,4 mil milhões de anos, um grande impacto de meteorito despoletou a primeira onda de tsunami. Esta onda era composta por água líquida. Formou canais generalizados que transportaram a água de volta para o oceano," afirma Alberto Fairén, cientista visitante de Cornell e investigador principal do Centro de Astrobiologia de Madrid.

Fairén, o autor principal Alexis Rodriguez do Instituto de Ciência Planetária e outros 12 cientistas, publicaram o seu trabalho na Scientific Reports de 19 de maio, uma publicação da revista Nature.

A região Valle Marineris em Marte, onde Alberto Fairén e outros astrónomos examinaram linhas costeiras afetadas por tsunamis criados por impactos de meteoritos.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Os cientistas descobriram evidências de outro grande impacto de meteorito, que desencadeou uma segunda onda de tsunami. Nos milhões de anos entre os dois impactos e os seus mega-tsunamis associados, Marte passou por uma fria mudança climática, a água transformou-se em gelo. Fairén disse: "O nível do mar recuou desde a sua linha costeira original para formar uma segunda linha costeira, porque o clima tornou-se significativamente mais frio."

O segundo tsunami formou lóbulos arredondados de gelo. "Estes lóbulos congelaram no solo à medida que atingiam o seu ponto máximo de extensão e o gelo nunca mais voltou para o oceano - o que implica que o oceano estava, pelo menos, parcialmente congelado na altura," explica. "O nosso estudo fornece evidências bastante sólidas para a existência de oceanos muito frios no passado de Marte. É muito difícil imaginar praias californianas no passado de Marte, mas tente imaginar os Grandes Lagos num inverno particularmente frio e longo; essa poderá ser uma imagem mais exata da água que formava mares e oceanos."

Estes lóbulos gelados mantiveram as suas fronteiras bem definidas e as suas formas relacionadas com o fluxo, comenta Fairén, sugerindo que o antigo oceano gelado era salgado. "As águas salgadas e frias podem oferecer refúgio a vida em ambientes extremos, pois os sais ajudam a manter a água líquida... se a vida já existiu em Marte, estes lóbulos gelados do tsunami são excelentes candidatos para a procura de bioassinaturas," conclui.

Links:

Notícias relacionadas:
Universidade Cornell (comunicado de imprensa)
Scientific Reports (Nature)
Nature
Science
Astronomy
Universe Today
SPACE.com
Astronomy Now
redOrbit
(e) Science News
PHYSORG
Scientific American
New Scientist
Popular Science
ScienceDaily
Popular Mechanics
National Geographic
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AstroPT

Marte:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

 
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ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - A Nebulosa de Orionte no Visível e no Infravermelho
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Infravermelho - NASATelescópio Espacial Spitzer; Visível - Oliver CzernetzObs. Siding Spring
 
A Grande Nebulosa de Orionte é um lugar colorido. Visível a olho nu, aparece como uma pequena mancha difusa na direção da constelação de Orionte. As imagens de longa exposição e em vários comprimentos de onda, como esta, mostram, no entanto, a Nebulosa de Orionte como um "bairro" movimentado de estrelas jovens, gás quente e poeira escura. Esta composição digital mostra não apenas três cores no visível, como também quatro cores no infravermelho, estas últimas obtidas pelo Telescópio Espacial Spitzer da NASA. O poder por trás de grande parte da Nebulosa de Orionte (M42) é o Trapézio - quatro das estrelas mais brilhantes da nebulosa. Muitas das estruturas filamentares aqui visíveis são na realidade ondas de choque - frentes onde o material veloz se encontra com gás lento. A Nebulosa de Orionte estende-se por cerca de 40 anos-luz e está localizada a aproximadamente 1500 anos-luz no mesmo braço espiral da Via Láctea que o Sol.
 

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