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Edição n.º 1338
03/01 a 05/01/2017
 
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27/01/17 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
19:30 - Este evento inclui uma apresentação sobre um tema de astronomia, seguida de observação astronómica noturna com telescópio (dependente de meteorologia favorável).
Local: CCVAlg
Preço: 2€
Pré-inscrição: siga este link
Telefone: 289 890 920
E-mail: info@ccvalg.pt

 
EFEMÉRIDES

Dia 03/01: 3.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1888, é usado pela primeira vez o telescópio refrator do Observatório Lick, com 91 cm em diâmetro. Era o maior telescópio do mundo na altura.
Em 1986, Stephen Synott (da equipa da Voyager 2) descobria as luas de ÚranoJulieta e Pórcia
Em 1999, lançamento da sonda Mars Polar Lander e da Deep Space 2.
Em 2000, "flyby" da sonda Galileu pela lua de JúpiterEuropa.

A sonda passou a uma altitude de 351 km.
Observações: A Lua encontra-se para cima e para a esquerda de Marte e Vénus durante e após o lusco-fusco.

Dia 04/01: 4.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1610, os dias entre 4 e 15 de janeiro foram possivelmente os mais importantes da história da Astronomia.

Galileu Galilei aponta o seu telescópio ao céu e observa crateras e montanhas na Lua, manchas em movimento no Sol, quatro luas à volta de Júpiter, as fases de Vénus e as estrelas da Via Láctea.
Em 1958, o Sputnik 1 cai para a Terra a partir de órbita.
Em 1959, a Luna 1 torna-se na primeira sonda a chegar à vizinhança da Lua.
Em 2004, o rover Spirit da NASA aterra com sucesso em Marte.
Observações: Trânsito da sombra de Europa, entre as 01:00 e as 03:40.
Trânsito de Europa, entre as 03:27 e as 06:02.
Durante esta altura do ano, às primeiras horas da noite, o Grande Quadrado de Pégaso está apoiado num só canto, bem alto a oeste. A vasta região das constelações de Andrómeda-Pégaso vai desde perto do zénite (pé de Andrómeda), desce pelo Grande Quadrado (corpo de Pégaso) até razoavelmente baixo a oeste (nariz de Pégaso).

Dia 05/01: 5.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1969, lançamento da sonda soviética Venera 5.

Chega a Vénus no dia 16 de maio de 1969. Antes de se fragmentar na atmosfera, a cápsula foi suspensa por um pára-quedas durante 53 minutos enquanto recolhia dados da atmosfera venusiana. A sonda também transportava um medalhão com os símbolos da antiga União Soviética.
Em 2005, Éris, o mais massivo planeta anão conhecido do Sistema Solar, é descoberto pela equipa científica de Michael E. BrownChad Trujillo e David L. Rabinowitz, usando imagens obtidas originalmente a 21 de outubro de 2003, no Observatório Palomar.
Observações:Lua em Quarto Crescente, pelas 19:47. Esta noite, olhe para a direita da Lua à procura do Grande Quadrado de Pégaso. Uma linha diagonal através dois cantos do Quadrado aponta até à Lua.
Orionte está bem alto a este-sudeste após o cair da noite, a sua Cintura de três estrelas quase na vertical. A Cintura aponta, para cima, na direção de Aldebarã e, ainda mais alto, para as Plêiades. Na outra direção, aponta para onde Sirius vai nascer por volta das 19:00, reluzindo furiosamente.

 
CURIOSIDADES


Apenas um asteroide, Vesta, que tem uma superfície relativamente refletiva, é normalmente visível a olho nu. Mas apenas sob céus escuros (sem poluição luminosa) e em posição favorável.

 
NEOWISE DA NASA ESPIA UM COMETA, TALVEZ DOIS
Impressão de artista de 2016 WF9 à medida que passa pela órbita de Júpiter em direção ao Sistema Solar interior.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

A missão NEOWISE da NASA descobriu recentemente alguns objetos celestes que viajam pela nossa vizinhança, incluindo um que tolda a linha entre asteroide e cometa. Outro - definitivamente um cometa - pode ser visto com binóculos esta semana.

Um objeto chamado 2016 WF9 foi detetado pelo projeto NEOWISE no dia 27 de novembro de 2016. Está numa órbita que o leva num passeio panorâmico do nosso Sistema Solar. Na sua maior distância ao Sol, aproxima-se da órbita de Júpiter. Ao longo de 4,9 anos terrestres, viaja para o interior, passando pela cintura de asteroides e pela órbita de Marte até que atinge o seu ponto orbital mais próximo do Sol dentro da órbita da Terra. Depois, dirige-se de volta para o Sistema Solar exterior. Objetos nestes tipos de órbitas têm múltiplas origens possíveis; poderá ter sido um cometa, ou poderá ter-se desviado de uma população de objetos escuros na cintura principal de asteroides.

2016 WF9 aproximar-se-á da órbita da Terra no dia 26 de fevereiro de 2017. A uma distância de quase 51 milhões de quilómetros, esta passagem não o trará particularmente perto. A trajetória de 2016 WF9 é bem compreendida e o objeto não é uma ameaça à Terra num futuro previsível.

Um objeto diferente, descoberto pelo NEOWISE um mês antes, é mais claramente um cometa, libertando poeira à medida que se aproxima do Sol. Este cometa, C/2016 U1 NEOWISE, "tem uma boa chance de se tornar visível através de um bom par de binóculos, embora não possamos ter certeza porque o brilho de um cometa é notoriamente imprevisível," afirma Paul Chodas, gestor do Centro de Estudos NEO (Near-Earth Object) da NASA no JPL em Pasadena, no estado norte-americano da Califórnia.

Visto a partir do hemisfério norte durante a primeira semana de 2017, o cometa C/2016 U1 NEOWISE estará no céu a sudeste pouco antes do amanhecer. Move-se mais para sul com o passar dos dias e alcançará o seu ponto mais próximo do Sol, dentro da órbita de Mercúrio, no dia 14 de janeiro, antes de regressar aos confins do Sistema Solar exterior para uma órbita de milhares de anos. Embora seja visível para os observadores na Terra, também não é considerado uma ameaça para o nosso planeta.

O NEOWISE é a porção de caça a asteroides e cometas da missão WISE (Wide-Field Infrared Survey Explorer). Depois de descobrir mais de 34.000 asteroides durante a sua missão original, o NEOWISE acordou de hibernação no mês de dezembro de 2013 para procurar e aprender mais sobre asteroides e cometas que podem representar um perigo de impacto para a Terra. Caso 2016 WF9 venha a ser um cometa, será o 10.º descoberto desde a sua reativação. Se for um asteroide, será o 100.º descoberto desde a sua reativação.

O que os cientistas do NEOWISE realmente sabem é que 2016 WF9 é relativamente grande: entre 0,5 e 1 km de diâmetro.

É também um pouco escuro, refletindo uma baixa percentagem de luz que cai sobre a sua superfície. Este corpo assemelha-se com um cometa no que toca à refletividade e órbita, mas parece não possuir a característica nuvem de poeira e gás que define um cometa.

"2016 WF9 poderá ter origens cometárias," afirma James "Gerbs" Bauer, investigador principal adjunto no JPL. "Este objeto exemplifica que a fronteira entre asteroides e cometas é difusa; talvez com o tempo este objeto tenha perdido a maioria das substâncias voláteis que permanecem à superfície ou mesmo por baixo."

Os NEOs (Near-Earth objects - em português, objetos próximos da Terra) absorvem a maior parte da luz que cai sobre eles e reemitem essa energia em comprimentos de onda infravermelhos. Isto permite com que os detetores infravermelhos do NEOWISE estudem tanto NEOs escuros como claros com uma nitidez e sensibilidade quase iguais.

"Estes são objetos bastante escuros," afirma Joseph Masiero, membro da equipa do NEOWISE. "Pense no asfalto novo das ruas; estes objetos parecem-se com carvão, em alguns casos são ainda mais escuros que isso."

Os dados do NEOWISE têm sido usados para medir o tamanho de cada objeto próximo da Terra que observa. Trinta e um asteroides que o NEOWISE descobriu passam a cerca de 20 distâncias lunares da órbita da Terra, e 19 têm mais de 140 metros em diâmetro, mas refletem menos de 10% da luz que incide sobre eles.

O WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) completou o seu sétimo ano no espaço, depois de ter sido lançado no dia 14 de dezembro de 2009.

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
SPACE.com
Universe Today
Space Daily
PHYSORG
UPI

2016 WF9:
Wikipedia
Centro de Planetas Menores da UAI

C/2016 U1 NEOWISE:
Wikipedia
The Sky Live
Centro de Planetas Menores da UAI

WISE:
Wikipedia
Arquivo de dados do WISE
Arquivo de dados de NEOs do NEOWISE
NEOWISE (NASA)
IRSA
U. Berkeley
Lista de artigos "peer-reviewed" da missão NEOWISE

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - O Regresso do Cometa 45P
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Fritz Helmut Hemmerich
 
Um velho cometa voltou ao Sistema Solar interior. Não só é o Cometa 45P/Honda–Mrkos–Pajdušáková fisicamente antigo, como foi descoberto há 13 órbitas atrás, em 1948. O Cometa 45P passa a maior parte do seu tempo perto da órbita de Júpiter e aproximou-se do Sol pela última vez em 2011. No entanto, ao longo dos últimos meses o novo mergulho do Cometa 45P, em direção ao Sol, fê-lo aumentar de brilho consideravelmente. Há três dias atrás, o cometa passou o ponto orbital mais próximo do Sol. O cometa é atualmente visível com binóculos mesmo por cima do horizonte a oeste-sudoeste após o pôr-do-Sol, não muito longe do muito mais brilhante planeta Vénus. Esta imagem do Cometa 45P foi captada a semana passada e aqui ostenta uma longa cauda iónica com estrutura impressionante. O Cometa 45P vai passar relativamente perto da Terra no início do próximo mês.
 

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