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Edição n.º 1386
20/06 a 22/06/2017
 
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30/06/17 - DIA DO ASTEROIDE - OBSERVAÇÃO NOTURNA
20:30 - Palestra e sessão de observação às estrelas comemorativa do dia do asteroide. No dia em que se comemora o Dia Internacional do Asteroide, promovido pela ONU, o Centro Ciência Viva do Algarve promove uma palestra com observação astronómica noturna com telescópio para toda a Família (dependente de meteorologia favorável). Este evento encontra-se inserido na Noite Europeia dos Investigadores e é completamente gratuito mediante inscrição.
Local: CCVAlg
Pré-inscrição: siga este link
Telefone: 289 890 920
E-mail: info@ccvalg.pt

 
EFEMÉRIDES

Dia 20/06: 171.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1944, o foguetão V-2 torna-se no primeiro objeto artificial a atravessar o limite do espaço, a Linha de Kármán, com o lançamento V-177.
Em 1976, o módulo de aterragem da Viking 1 pousava em Marte.

Em 1990, era descoberto o asteroide Eureka.
Observações: Trânsito de Europa, entre as 00:27 e as 03:07.
Trânsito da sombra de Io, entre as 01:27 e as 03:41.
Caso acorde cedo, aproveite o início da manhã para observar, a este, a Lua Minguante. O ponto brilhante para a sua esquerda é o planeta Vénus.
Ocultação de Io, entre as 21:27 e as 23:44.
Eclipse de Io, entre as 22:42 e as 00:58 (já de dia 21).
Esta é a noite mais curta do ano para o hemisfério norte (20 para 21). O verão astronómico tem início às 05:24 (hora portuguesa) de dia 21.

Dia 21/06: 172.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1863, nascia Max Wolf, astrónomo alemão e pioneiro no campo da astrofotografia.
Em 2003, quase 20 anos depois da sua viagem ao espaço, Sally Ride entra para o Corredor da Fama dos Astronautas, tornando-se na primeira mulher a ser honrada por esta instituição. 

Em 2004, o SpaceShipOne torna-se no primeiro avião espacial privado a voar no espaço.
Em 2006, as recém-descobertas luas de Plutão são oficialmente denominadas Nix e Hydra.
Observações: Esta é a noite mais curta do ano para o hemisfério norte (20 para 21). O verão astronómico tem início às 05:24 (hora portuguesa) de dia 21.
Aproveite o início da manhã para observar a Lua, quase Nova, para baixo do planeta vénus a este.
Mercúrio na sua conjunção superior, pelas 15:08.
Ocultação de Europa, entre as 19:04 e as 21:41.
Trânsito da sombra de Io, entre as 19:56 e as 22:11.
Ocultação de Ganimedes, entre as 20:11 e as 23:05.
Eclipse de Europa, entre as 21:33 e as 00:05 (já de dia 22).

Dia 22/06: 173.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1633, a Congregação para a Doutrina da Fé, em Roma, força Galileu a retirar a sua visão que o Sol, não a Terra, era o centro do Universo.

Em 1675 era fundado o Observatório Real de Greenwich
Em 1978 James Christy, do Observatório Naval dos Estados Unidos em Flagstaff, Arizona, descobre o satélite de Plutão, Caronte, acerca do qual quase nada se sabia mais de uma década depois. Plutão foi também descoberto em Flagstaff (no Observatório Lowell) em 1930.
Observações: Eclipse de Ganimedes, entre as 01:17 e as 04:03.
Leão é uma constelação do final do inverno e da primavera. Mas ainda não desapareceu. Ao final do lusco-fusco, olhe para oeste, baixo, em busca de Régulo, a sua estrela mais brilhante e agora mais baixa: é o pé da figura de Leão. A "foice" de Leão prolonga-se para cima e para a direita de Régulo. O resto da figura da constelação de Leão estende-se quase três punhos à distância do braço esticado para cima e para a esquerda, e termina na estrela da cauda, Denébola, a estrela da constelação que está agora mais alta no céu. O Leão dirige-se para o horizonte a oeste.
Aproveite a noite para observar o enxame globular de Hércules, M13.

 
CURIOSIDADES


Sabia que a Estrela Polar é um sistema múltiplo? Mais: é também uma variável cefeida.

 
NASA DIVULGA CATÁLOGO DO KEPLER COM CENTENAS DE NOVOS CANDIDATOS A PLANETA
O telescópio espacial Kepler da NASA identificou 219 novos candidatos a planeta, 10 dos quais são de tamanho quase terrestre e orbitam na zona habitável da sua estrela.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

A equipa do telescópio espacial Kepler da NASA lançou um novo catálogo de candidatos a planeta que introduz 219 entradas, 10 dos quais são de tamanho quase terrestre e orbitam na zona habitável da sua estrela, que é a gama de distâncias, em redor de uma estrela, onde a água líquida pode existir à superfície de um planeta rochoso.

Esta é a versão mais compreensiva e detalhada do catálogo de candidatos a exoplaneta, isto é, planetas para lá do nosso Sistema Solar, dos primeiros quatro anos de dados do Kepler. É também o catálogo final da zona de observação original do telescópio, na direção da constelação de Cisne.

Com a divulgação deste catálogo, derivado de dados publicamente disponíveis no Arquivo de Exoplanetas da NASA, existem agora 4034 candidatos a planeta identificados pelo Kepler. Destes, 2335 foram confirmados como exoplanetas. Dos cerca de 50 exoplanetas do tamanho da Terra em órbita na zona habitável, detetados pelo Kepler, mais de 30 já foram confirmados.

Além disso, os resultados do Kepler sugerem dois agrupamentos de tamanho distinto para planetas pequenos. Ambos os resultados têm implicações significativas para a procura da vida. O catálogo final do Kepler servirá de base para mais estudos a fim de determinar a prevalência e demografia dos planetas na Galáxia, enquanto a descoberta de duas populações planetárias distintas mostra que cerca de metade dos planetas conhecidos ou não têm superfície, ou esta encontra-se por baixo de uma atmosfera profunda e esmagadora - um ambiente inóspito à vida.

"O conjunto de dados do Kepler é singular, pois é o único que contém uma população desses análogos da Terra - planetas com aproximadamente o mesmo tamanho e órbita que a Terra," comenta Mario Perez, cientista do programa Kepler na Divisão de Astrofísica do Diretorado de Missões Científicas da NASA. "A compreensão da sua frequência na Galáxia ajudará a informar o design das futuras missões da NASA com o intuito de fotografar diretamente outra Terra."

O telescópio espacial Kepler caça planetas através da deteção da minúscula queda de brilho estelar que ocorre quando um planeta passa à sua frente, evento que chamamos de trânsito.

Esta é a oitava versão do catálogo de candidatos do Kepler, reunida através do reprocessamento de todo o conjunto de dados das observações do Kepler durante os primeiros quatro anos da sua missão principal. Estes dados vão permitir com que os cientistas determinem quais as populações planetárias - desde corpos rochosos do tamanho da Terra, até gigantes gasosos do tamanho de Júpiter - que constituem a demografia planetária da Via Láctea.

Para garantir que muitos dos planetas eram encontrados, a equipa introduziu os seus próprios sinais de um trânsito exoplanetário simulado no conjunto de dados e determinou quantos foram identificados corretamente como planetas. Então, adicionaram dados que pareciam vir de um planeta, mas que eram na realidade sinais falsos, e verificaram com que frequência a análise os confundia com estes candidatos a planeta. Este esforço indicou-lhes quais os tipos de planetas contados a mais e quais os contados a menos pelos métodos de processamento de dados da equipa do Kepler.

"Este catálogo cuidadosamente medido é a base para responder diretamente a uma das questões mais cativantes da astronomia - quantos planetas como a Terra existem na nossa Galáxia?" explica Susan Thompson, cientista do Kepler para o Instituto SETI em Mountain View, no estado norte-americano da Califórnia, autora principal do estudo do catálogo.

Um grupo de investigação aproveitou os dados do Kepler para fazer medições precisas de milhares de planetas, revelando dois grupos distintos de planetas pequenos. A equipa descobriu uma divisão clara nos tamanhos dos planetas rochosos, do tamanho da Terra, e planetas gasosos mais pequenos que Neptuno. Foram encontrados poucos planetas entre estes agrupamentos.

Este diagrama ilustra como os planetas são "montados" e agrupados em duas classes distintas. Em primeiro lugar, os núcleos rochosos de planetas são formados a partir de bocados mais pequenos. Então, a gravidade dos planetas atrai hidrogénio e hélio. Finalmente, os planetas são "cozidos" pela luz estelar e perdem algum gás. Num determinado limite de massa, os planetas retêm o gás e tornam-se mini-Neptunos gasosos; abaixo desse limite, os planetas perdem todo o seu gás, tornando-se super-Terras rochosas.
Crédito: NASA/Kepler/Caltech (R. Hurt)
(clique na imagem para ver versão maior)

 

Usando o Observatório W. M. Keck no Hawaii, o grupo mediu os tamanhos de 1300 estrelas no campo de visão do Kepler a fim de determinar, com grande precisão, o raio de 2000 planetas.

"Nós gostamos de equiparar esta classificação planetária ao método que os biólogos utilizam para identificar uma nova espécie animal," realça Benjamin Fulton, doutorado da Universidade do Hawaii em Manoa, autor principal do segundo estudo. "A descoberta de dois grupos distintos de exoplanetas é como descobrir que os mamíferos e os lagartos compõem ramos distintos de uma árvore genealógica."

Parece que a natureza geralmente forma planetas rochosos até mais ou menos 75% maiores do que a Terra. Por razões que os cientistas ainda não entendem, cerca de metade desses planetas pegam numa pequena quantidade de hidrogénio e hélio, o que aumenta dramaticamente o seu tamanho, permitindo-os "pular a lacuna" e juntar-se à população mais próxima do tamanho de Neptuno.

A nave Kepler continua a fazer observações em novas zonas do céu durante a sua missão prolongada, em busca de exoplanetas e a estudar uma variedade de objetos astronómicos interessantes, desde distantes enxames estelares até objetos como o sistema de sete planetas parecidos com a Terra, TRAPPIST-1, aqui mais perto de casa.

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Caltech (comunicado de imprensa)
SPACE.com
PHYSORG
spaceref
Gizmodo

Planetas extrasolares:
Wikipedia
NASA Exoplanet Arquive
Lista de planetas (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares

Telescópio Espacial Kepler:
NASA (página oficial)
K2 (NASA
Arquivo de dados do Kepler
Descobertas planetárias do Kepler
Wikipedia

Observatório W. M. Keck:
Página oficial
Wikipedia

 
NUVEM CAOTICAMENTE MAGNETIZADA NÃO É LUGAR PARA CONSTRUIR UMA ESTRELA. OU É?

Durante décadas, os cientistas pensavam que as linhas do campo magnético em torno de uma estrela em formação eram extremamente poderosas e ordenadas, deformando-se somente sob extrema força e a uma grande distância da estrela nascente.

Agora, uma equipa de astrónomos usando o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) descobriu um campo magnético fraco e descontroladamente desorganizado surpreendentemente perto de uma protoestrela emergente. Estas observações sugerem que o impacto dos campos magnéticos na formação de estrelas é mais complexo do que se pensava.

Os investigadores usaram o ALMA para mapear o campo magnético surpreendentemente desorganizado ao redor de uma jovem protoestrela chamada Ser-emb 8, localizada a cerca de 1400 anos-luz de distância na região de formação estelar de Serpente. Estas novas observações são as mais sensíveis já feitas do campo magnético em pequena escala que inunda a região em redor de uma jovem estrela em formação. Também fornecem importantes informações sobre a formação de estrelas de baixa massa como o nosso próprio Sol.

Impressão de artista das linhas do campo magnético muito perto de uma jovem protoestrela emergente.
Crédito: NRAO/AUI/NSF; D. Berry
(clique na imagem para ver versão maior)

 

As observações anteriores, com outros telescópios, já haviam confirmado que os campos magnéticos em redor de algumas protoestrelas jovens têm uma forma de "ampulheta" clássica - a marca de um forte campo magnético - que começa perto da protoestrela e se estende muitos anos-luz para a nuvem molecular circundante.

"Até agora, não sabíamos se todas as estrelas eram formadas em regiões controladas por fortes campos magnéticos. Usando o ALMA, encontrámos a nossa resposta," comenta Charles L. H. 'Chat' Hull, astrónomo do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica em Cambridge, no estado norte-americano de Massachusetts, autor principal de um artigo publicado na revista The Astrophysical Journal Letters. "Podemos agora estudar os campos magnéticos em nuvens de formação estelar desde a mais ampla das escalas até à própria estrela nascente. Isto é emocionante porque poderá significar que as estrelas podem emergir a partir de uma maior gama de condições do que pensávamos."

O ALMA é capaz de estudar os campos magnéticos, em pequenas escalas, no interior de regiões de formação estelar através do mapeamento da polarização da luz emitida por grãos de poeira que se alinharam com o campo magnético.

A textura representa a orientação do campo magnético na região em redor da protoestrela Ser-emb 8, medido pelo ALMA. A região cinzenta é a emissão milimétrica da poeira.
Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO); P. Mocz, C. Hull, CfA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Comparando a estrutura do campo magnético nas observações com simulações de computador, em várias escalas de tamanho, os astrónomos ganharam informações importantes sobre os estágios iniciais da formação estelar magnetizada. As simulações - que se estendem desde umas relativamente próximas 140 UA da protoestrela (cerca de 4 vezes a distância entre o Sol e Plutão) até 17 anos-luz - foram realizadas pelos astrónomos Philip Mocz e Blakesley Burkhart, também do mesmo instituto e coautores do artigo.

No caso de Ser-emb 8, os astrónomos pensam ter capturado "em flagrante" o campo magnético original em torno da protoestrela, antes do fluxo de material da estrela poder apagar a assinatura pristina do campo magnético na nuvem molecular circundante, realça Mocz.

"As nossas observações mostram que a importância do campo magnético na formação estelar pode variar muito de estrela para estrela," concluiu Hull. "Esta protoestrela parece ter sido formada num ambiente fracamente magnetizado dominado por turbulência, enquanto observações anteriores mostram claramente fontes formadas em ambientes fortemente magnetizados. Os estudos futuros irão revelar quão comum é cada cenário."

Links:

Notícia relacionada:
Observatório ALMA (comunicado de imprensa)
NRAO (comunicado de imprensa)
Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica (comunicado de imprensa)
Artigo científico (arXiv.org)
The Astrophysical Journal Letters
PHYSORG

Formação estelar:
Wikipedia

ALMA:
Página principal
ALMA (NRAO)
ALMA (NAOJ)
ALMA (ESO)
Wikipedia

ESO:
Página oficial
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - IC 418: A Nebulosa do Espirógrafo
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: NASAESA, e Equipa de Arquivo do Hubble (STScI/AURA); Reconhecimento: R. Sahai (JPL) et al.
 
O que está a criar a estranha textura de IC 418? Com o nome de Nebulosa do Espirógrafo devido à sua semelhança com desenhos de uma ferramenta de desenho cíclico, esta nebulosa planetária mostra padrões ainda não bem compreendidos. Talvez estejam relacionados com os ventos caóticos oriundos da estrela variável central, que muda o seu brilho, imprevisivelmente, em apenas poucas horas. Em contraste, as evidências indicam que há apenas alguns milhões de anos atrás, IC 418 era provavelmente uma estrela parecida com o Sol. Há apenas uns milhares de anos, IC 418 tornou-se provavelmente numa gigante vermelha comum. Desde que gastou todo o seu combustível nuclear, as camadas exteriores começaram a expandir-se deixando para trás o núcleo quente, destinado a tornar-se numa anã branca, visível no centro da imagem. A luz do núcleo central excita os átomos na nebulosa, o que a faz brilhar. IC 418 situa-se a cerca de 2.000 anos-luz de distância e mede 0,3 anos-luz de diâmetro. Esta imagem em cores falsas foi captada pelo Telescópio Espacial Hubble revela os detalhes invulgares.
 

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