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  Arquivo | CCVAlg - Astronomia
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  Astroboletim #1576  
  16/04 a 18/04/2019  
     
 
Efemérides

Dia 16/04: 106.º dia do calendário gregoriano.
História:
Em 1495 nascia Petrus Apianus, humanista alemão, conhecido pelos seus trabalhos na matemática, astronomia e cartografia.
Em 1972, os Estados Unidos lançavam a Apollo 16 para a Lua, a décima missão tripulada do programa Apollo, a quinta e a penúltima a aterrar no nosso satélite natural.

Observações: Arcturo sobe alto a este por estas noites. A igualmente brilhante Capella desce a noroeste. Estão praticamente à mesma altura acima do horizonte algures entre as 21:30 e as 22:30. Consegue determinar a hora exata?

Dia 17/04: 107.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1598 nascia Giovanni Battista Riccioli, astrónomo italiano e padre jesuíta que estudou extensivamente a Lua e foi a primeira pessoa a medir a aceleração de um corpo em queda livre. Também introduziu a nomenclatura lunar atual.
Em 1967, lançamento da Surveyor 3, a segunda missão do programa Surveyor a aterrar suavemente na Lua. 
Em 1970, após dias de aflição, a Apollo 13 regressava sã e salva à Terra.

Em 2014, o telescópio Kepler confirma a descoberta do primeiro planeta do tamanho da Terra na zona habitável de outra estrela.
Observações: Vega, a brilhante "Estrela de Verão", nasce a nordeste algum tempo depois do anoitecer. Para onde deve olhar exatamente? Aviste a Ursa Maior, bem alta a nordeste. Procure Mizar, na curva da "pega da frigideira". Se conseguir avistar a ténue e pequena companheira de Mizar, Alcor (binóculos ajudam), desenhe uma linha a partir de Mizar, passando por Alcor, até ao horizonte. É aí que Vega faz a sua aparição.

Dia 18/04: 108.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1955, falecia Albert Einstein.

Em 2000, uma equipa de cientistas do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica usa o Observatório de raios-X Chandra durante 7,5 horas para obter imagens do espectro de um buraco negro estelar na direção da constelação de Ursa Maior. 
Observações: Esta noite, a Lua, quase Cheia, brilha entre Espiga para baixo e para a sua direita, e a mais brilhante Arcturo quase quatro vezes mais distante para cima e para a esquerda da Lua.

 
     
 
Curiosidades


Investigadores que esperam interpretar mais eficazmente dados da deteção de ondas gravitacionais, geradas pela colisão de buracos negros binários, estão a pedir ajuda ao público em geral. Tal como os programas SETI@home e Einstein@Home, o BlackHoles@Home vai utilizar os computadores de voluntários para ajudar a comunidade científica a desvendar os segredos destes eventos cataclísmicos.

 
 
   
Assim começa um Clube de Astronomia!
 
 

O Centro Ciência Viva do Algarve vai iniciar um Clube de Astronomia para jovens e adultos com curiosidade inata pela astronomia!

Este será o primeiro encontro de lançamento do AstroClube. Venha conhecer-nos a nós, as nossas atividades, as nossas formações e aprender como a observação por um telescópio permite à pessoa comum realizar a descoberta do astrónomo!

O AstroClube irá recriar passos científicos de astrónomos de outros séculos, embora usando as acessíveis tecnologias deste século, para saber como eles o fizeram. Sob a orientação do AstroClube, usará a Astronomia e as observações como um laboratório para a descoberta. Uma simples fotografia bonita feita com a sua máquina fotográfica através do nosso telescópio pode revelar vários conhecimentos de várias épocas! Vamos falar de geometria, distâncias, tempo, movimento, formas, sombras, luz, cores, materiais, peso, gravidade, etc...

Este evento apresentará o AstroClube do CCVAlg. Será ainda complementado com um programa de atividades a anunciar brevemente, para uma tarde experimental bem recheada. Assim, o programa está ainda sujeito a alterações.

Dia 20 de abril, no Centro Ciência Viva do Algarve e na açoteia:

  • 15:15 - recepção de participantes e observação solar;
  • 15:30 - anuncio oficial do AstroClube;
  • 16:00 - intervalo e observação solar;
  • 16:15 - apresentação sobre asteroides e observação (Rui Gonçalves, do Inst. Politécnico Tomar);
  • 17:00 - discussão, bollinhos e encerramento;
  • 17:30 - fim.

Programa em atualização. Mais informações serão disponibilizadas brevemente.

Inscreva-se gratuitamente pelo email info@ccvalg.pt para reservarmos lugar para si.

 
   
Curiosity "prova" primeira amostra em "unidade argilosa"
 
A Mastcam a bordo do rover Curiosity capturou este conjunto de imagens antes e depois de ter perfurado uma rocha apelidada "Aberlady", no dia 6 de abril (2370.º dia marciano, ou sol, da missão). A rocha e outras próximas parecem ter-se movido quando a broca foi retirada. Esta foi a primeira vez que o Curiosity perfurou a tão ansiada "unidade argilosa".
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS
 

Os cientistas que trabalham com o rover Curiosity da NASA estão empolgados por explorar uma região chamada "unidade argilosa" até desde antes do lançamento do rover. Agora, o veículo finalmente "provou" a sua primeira amostra desta parte do Monte Sharp. O Curiosity perfurou um pedaço de rocha apelidado de "Aberlady" no sábado, dia 6 de abril (o 2370.º dia marciano, ou sol, da missão) e entregou a amostra ao seu laboratório interno de mineralogia no dia 10 de abril (sol 2374).

A broca do rover perfurou facilmente a rocha, ao contrário de alguns dos alvos mais duros que enfrentou nas proximidades de Vera Rubin Ridge. Foi um alvo tão mole, na verdade, que a broca não precisou de usar a sua técnica de percussão, útil para capturar amostras rochosas mais duras. Esta foi a primeira amostra da missão obtida usando apenas a rotação da broca.

"O Curiosity está na 'estrada' há quase sete anos," disse Jim Erickson, gerente do projeto do Curiosity no JPL da NASA em Pasadena, no estado norte-americano da Califórnia. "A perfuração, finalmente, da unidade argilosa, é um marco importante na nossa jornada Monte Sharp acima."

 
A Mastcam do Curiosity capturou este mosaico enquanto explorava a "unidade argilosa" no dia 3 de fevereiro de 2019 (sol 2309). Esta paisagem inclui a formação rochosa "Knockfarril Hill" (centro à direita) e o limite do cume Vera Rubin, que percorre o topo da cena.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
 

Os cientistas estão ansiosos por analisar a amostra em busca de vestígios de minerais de argila, porque estes formam-se geralmente em água. A sonda MRO (Mars Reconnaissance Orbiter) da NASA espiou um forte "sinal" argiloso aqui muito antes do Curiosity pousar em 2012. A identificação desse sinal podia ajudar a equipa de cientistas a entender se uma era marciana mais húmida moldou esta camada do Monte Sharp, a montanha com 5 quilómetros de altura que o Curiosity tem vindo a escalar.

O Curiosity descobriu minerais argilosos durante toda a sua viagem. Estas rochas formaram-se como sedimentos fluviais instalados em lagos antigos há quase 3,5 mil milhões de anos. Tal como acontece noutros lugares em Marte, os lagos eventualmente secaram.

 
Colinas e vales esculpidos entre um cume e penhascos mais alto no Monte Sharp, quase parecem ondas. A Mastcam do rover Curiosity capturou este mosaico enquanto explorava a unidade argilosa no dia 23 de janeiro de 2019 (sol 2299).
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS
 

O sinal de argila, visto do espaço, trouxe aqui o rover, mas a região claramente tem várias outras histórias para contar. Agora que o Curiosity está a investigar esta área, os cientistas podem olhar em volta como turistas geológicos, encontrando uma paisagem antiga e nova. Existem vários tipos de rocha e areia, incluindo ondulações ativas de areia que mudaram no ano passado. Seixos estão espalhados por toda a parte - estão a sofrer erosão do leito local? Vários pontos de referência atraentes, como o "Monte Knockfarril", também se destacam.

"Cada camada desta montanha é uma peça do quebra-cabeças," disse Ashwin Vasavada, gerente do Projeto Curiosity no JPL. "Cada uma contém pistas para uma era diferente da história marciana. Estamos entusiasmados por ver o que esta primeira amostra nos diz sobre o antigo ambiente, especialmente sobre a água."

A amostra Aberlady dará à equipa um ponto de partida para pensar sobre a unidade argilosa. Eles planeiam perfurar várias vezes ao longo do próximo ano. Isto vai ajudar a entender o que torna esta região diferente do cume por trás e de uma área com um sinal de sulfato mais alto na montanha.

// NASA/JPL (comunicado de imprensa)

 


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Marte:
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Rover Curiosity (MSL):
NASA
NASA - 2 
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Hubble espreita aglomerado cósmico azul
 
Imagem do enxame M3, obtida pelo Telescópio Espacial Hubble.
Crédito: ESA/Hubble & NASA, G. Piotto et al.
 

Os enxames globulares são objetos inerentemente belos, mas o alvo desta imagem do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, Messier 3, é frequentemente reconhecido como um dos mais esplêndidos de todos.

Contendo, incrivelmente, meio milhão de estrelas, este aglomerado cósmico com 8 mil milhões de anos é um dos mais brilhantes e maiores enxames globulares já descobertos. No entanto, o que torna Messier 3 ainda mais especial é a sua população invulgarmente grande de estrelas variáveis - estrelas cujo brilho flutua ao longo do tempo. Continuam a ser descobertas, até hoje, novas estrelas variáveis neste ninho estelar, mas até agora conhecemos 274, o maior número encontrado, de longe, em qualquer enxame globular. Pelo menos 170 delas são de uma variedade especial chamada variáveis RR Lyrae, que pulsam com um período diretamente relacionado com o seu brilho intrínseco. Se os astrónomos souberem quão brilhante uma estrela realmente é, com base na sua massa e classificação, e souberem quão brilhante parece ser do nosso ponto de vista da Terra, podem determinar a sua distância. Por esta razão, as estrelas RR Lyrae são conhecidas como "velas padrão" - objetos de luminosidade conhecida cuja distância e posição podem ser usadas para ajudar a entender mais sobre as vastas distâncias celestes e sobre a escala do cosmos.

Messier 3 também contém um número relativamente elevado das chamadas "blue stragglers", estrelas retardatárias azuis, que podem ser claramente vistas nesta imagem do Hubble. Estas são estrelas azuis de sequência principal que parecem ser jovens porque são mais azuis e luminosas do que as outras estrelas do grupo. Dado que se pensa que todas as estrelas nos enxames globulares nasceram juntas e, portanto, têm aproximadamente a mesma idade, só uma diferença na massa pode dar a essas estrelas uma cor diferente. Uma estrela vermelha e antiga pode parecer mais azul quando adquire mais massa, por exemplo, removendo-a de uma estrela próxima. A massa extra transforma-a numa estrela mais azul, o que nos faz pensar que é mais nova do que realmente é.

// NASA (comunicado de imprensa)

 


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Notícias relacionadas:
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Messier 3:
SEDS
Wikipedia

Catálogo de Messier:
NASA (Hubble)
Wikipedia

Variáveis RR Lyrae:
Wikipedia

"Blue stragglers" (estrelas retardatárias azuis):
Wikipedia

Telescópio Espacial Hubble:
Hubble, NASA 
ESA
STScI
SpaceTelescope.org
Base de dados do Arquivo Mikulski para Telescópios Espaciais

 
   
Também em destaque
  Astrónomos obtêm primeira imagem a alta resolução de enorme região de formação estelar da Via Láctea (via Universidade Estatal do Iowa)
São as primeiras observações, no rádio, de nuvens moleculares no interior de uma região de formação estelar situada nas partes externas da Via Láctea. De nome CTB 102, está a mais ou menos 14.000 anos-luz da Terra. Está classificada como uma região HII, o que significa que contém nuvens de hidrogénio ionizado. E, devido à sua distância e à poeira e gás no caminho, tem sido difícil de estudar. Ler fonte
 
   
Álbum de fotografias - Rigil Kentaurus e Sandqvist 169
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Roberto Colombari
 
Rigil Kentaurus é a estrela brilhante perto do topo desta ampla paisagem estelar do hemisfério sul. Claro, é provavelmente mais conhecida como Alpha Centauri, o sistema estelar mais próximo do Sol. Por baixo estende-se um complexo de nebulosas escuras. As nuvens de poeira interestelar incluem as nuvens 169 e 172 do catálogo Sandqvist em silhueta contra os ricos campos estelares ao longo do sul da Via Láctea. Rigil Kent está a uns meros 4,37 anos-luz de distância, mas as nebulosas escuras e empoeiradas ficam na orla da nuvem molecular de formação estelar Circinus-Oeste, a cerca de 2500 anos-luz. O amplo campo de visão abrange mais de 12 graus (24 luas cheias) no céu do hemisfério sul.
 
   
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