26/08 - Castro Marim, a partir das 21:30, no parque de estacionamento do Agrupamento de Escolas de Castro Marim (atividade realizada pelo CCVTavira)
Atividades astronómicas planeadas para o restante mês de setembro:
01/09 - Tavira, a partir das 21:30, junto ao Forte do Rato (atividade realizada pelo CCVTavira)
(obrigatório utilizar equipamento de proteção individual - máscara ou viseira - e seguir as instruções de higienização e distanciamento social; número limitado de presenças nas atividades seguindo as atuais regras de segurança da DGS; todas as atividades estão dependentes de condições meteorológicas favoráveis; consulte cada uma das atividades para obter mais informações e para fazer a sua inscrição obrigatória)
Efemérides
Dia 18/08: 231.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1814 nascia Anders Jonas Angström, físico sueco e um dos fundadores da ciência da espectroscopia.
Em 1868, Pierre Janssen em conjunto com Norman Lockyer observam pela primeira vez hélio no espectro do Sol.
Em 1985 era lançado o Suisei, a segunda missão japonesa a estudar o cometa Halley.
Detetou água cometária, monóxido de carbono e iões de dióxido de carbono. Observações: À medida que o mês de agosto procede e as noites começam a ficar mais frescas, o Grande Quadrado de Pégaso eleva-se a este, apoiado num canto. As suas estrelas são apenas de magnitude 2 e 3, e o punho do observador, à distância do braço esticado, cabe no seu interior. Para baixo, Marte nasce cerca das 23 horas.
A partir do canto esquerdo do Grande Quadrado desloca-se a linha principal da constelação de Andrómeda: três estrelas (incluindo o canto) tão brilhantes quanto aquelas que formam o Quadrado de Pégaso. A linha estende-se para a esquerda e um pouco para baixo.
Dia 19/08: 232.º dia do calendário gregoriano. História: Em 1646 nascia John Flamsteed, astrónomo inglês, o primeiro Astrónomo Real. Catalogou mais de 3000 estrelas.
Em 1924 nascia Willard Boyle, físico canadiano que recebeu o prémio Nobel da Física pela invenção do CCD.
Em 1960, os cães espaciais russos Belka ("Esquilo") e Strelka ("Flecha") começaram a orbitar a Terra a bordo do satélite Korabl-Sputnik-2.
Iam também na missão 40 ratos brancos, 2 ratazanas e diversas qualidades de plantas. No dia seguinte todos foram recuperados em perfeitas condições.
Em 1964, lançamento do Syncom 3, o primeiro satélite de comunicações geoestacionário.
Em 1997, lançamento do Agila 2, a partir de Xichang, China. Foi o primeiro satélite de comunicações das Filipinas. Observações: Lua Nova, pelas 03:42.
Ocultação de Europa, entre as 20:43 e as 23:37.
Eclipse de Europa, entre as 22:22 e as 01:20 (já de dia 20).
Ocultação de Calisto, entre as 22:36 e as 02:57 (já de dia 20).
Dia 20/08: 233.º dia do calendário gregoriano. História: Em 1719, nascia Christian Mayer, astrónomo checo, pioneiro no estudo das estrelas binárias.
Em 1975, a NASA lança a sonda Viking 1 para Marte.
Em 1977, a NASA lança a sonda Voyager 2.
As viagens das Voyager até Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno abriram uma nova era de investigações no reino dos gigantes gasosos do nosso Sistema Solar. A missão primária teve a duração de cinco anos e explorou Júpiter e Saturno. No entanto, graças ao sucesso desta fase, os gestores do projeto no JPL enviaram a sonda para Úrano e Neptuno juntamente com um plano para 30 anos que desenharam. Após 40 anos, ainda se encontra em operação científica e a comunicar diariamente com a Terra.
Em 1999, o Telescópio Espacial de Raios-X Chandra, lançado a 23 de julho de 1999, revela características ainda não observadas nos remanescentes de três explosões de supernovas. Observações: À medida que o verão progride e Arcturo desce no céu a oeste, a figura de "papagaio-de-papel" de Boieiro que "nasce" a partir de Arcturo inclina-se para a direita. O "papagaio-de-papel" é estreito, ligeiramente dobrado e com a sua parte superior inclinada para a direita, com 23º de tamanho: cerca de dois punhos à distância do braço esticado. Arcturo corresponde à sua ponta inferior, onde se liga o fio à cauda do "papagaio-de-papel".
Para a direita de Boieiro, a noroeste, a Ursa Maior situa-se na diagonal.
Curiosidades
Magnitude absoluta é a magnitude que qualquer objeto teria se fosse colocado exatamente a 10 parsecs (32,6 anos-luz) de distância do observador.
Hubble ajuda a resolver o mistério do escurecimento de Betelgeuse
Novas observações do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA sugerem que o escurecimento inesperado da estrela supergigante Betelgeuse foi provavelmente provocado por uma imensa quantidade de material quente ejetado para o espaço, formando uma nuvem de poeira que bloqueou a luz estelar proveniente da superfície de Betelgeuse.
Betelgeuse é uma estrela supergigante vermelha envelhecida que aumentou de tamanho como resultado de mudanças evolutivas complexas nos processos de fusão nuclear no seu núcleo. A estrela é tão grande que se substituíssemos o Sol no centro do nosso Sistema Solar, a sua superfície externa estender-se-ia para lá da órbita de Júpiter. O fenómeno sem precedentes do grande escurecimento de Betelgeuse, eventualmente percetível até mesmo a olho nu, começou em outubro de 2019. Em meados de fevereiro de 2020, o brilho desta estrela monstruosa tinha caído por mais de um factor de três.
Novas observações do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA sugerem que o escurecimento inesperado da estrela supergigante Betelgeuse foi provavelmente provocado por uma imensa quantidade de material quente ejetado para o espaço, formando uma nuvem de poeira que bloqueou a luz estelar proveniente da superfície de Betelgeuse.
Esta impressão de artista foi criada usando uma imagem de Betelgeuse obtida no final de 2019, obtida com o instrumento SPHERE acoplado ao VLT (Very Large Telescope) do ESO.
Crédito: ESO, ESA/Hubble, M. Kornmesser
Este escurecimento repentino confundiu os astrónomos, que procuraram desenvolver teorias para explicar a mudança abrupta. Graças às novas observações do Hubble, uma equipa de investigadores sugere agora que se formou uma nuvem de poeira quando o plasma superquente foi libertado de uma ressurgência de uma grande célula de convecção na superfície da estrela e passou pela atmosfera quente para as camadas externas mais frias, onde arrefeceu e formou poeira. A nuvem resultante bloqueou a luz de aproximadamente um-quarto da superfície da estrela, começando no final de 2019. Em abril de 2020, a estrela havia regressado ao seu brilho normal.
Vários meses de observações espectroscópicas no ultravioleta de Betelgeuse pelo Hubble, começando em janeiro de 2019, produziram uma linha temporal perspicaz que levou ao escurecimento da estrela. Estas observações forneceram novas e importantes pistas para o mecanismo por trás da queda de brilho. O Hubble viu um material denso e aquecido movendo-se pela atmosfera da estrela em setembro, outubro e novembro de 2019. Então, em dezembro, vários telescópios terrestres observaram a estrela a diminuir de brilho no seu hemisfério sul.
"Com o Hubble, vimos o material à medida que deixava a superfície visível da estrela e se movia pela atmosfera, antes de formar poeira que fez a estrela parecer ficar mais escura," disse Andrea Dupree, diretora associada do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica. "Pudemos ver o efeito de uma região densa e quente, na parte sudeste da estrela, movendo-se para fora."
"Este material era duas a quatro vezes mais luminoso do que o brilho normal da estrela," continuou. "E então, cerca de um mês depois, o hemisfério sul de Betelgeuse escureceu visivelmente à medida que estrela ficava mais fraca. Pensamos que é possível que uma nuvem escura tenha resultado do fluxo que o Hubble detetou. Apenas o Hubble nos dá esta evidência do que levou ao escurecimento."
Esta ilustração com quatro paineis mostra como a região sul da estrela supergigante vermelha Betelgeuse pode ter subitamente ficado menos brilhante durante vários meses durante o final de 2019 e o início de 2020. Nos primeiros dois paineis, como visto no ultravioleta pelo Hubble, uma bolha quente e brilhante de plasma é ejetado da emergência de uma grande célula de convecção na superfície da estrela. No terceiro painel, o fluxo de gás expelido expande-se rapidamente para fora. Arrefece para formar uma nuvem enorme e obscurante de grãos de poeira. O último painel revela a enorme nuvem de poeira a bloquear a luz (a partir da perspetiva da Terra) de um-quarto da superfície estelar.
Crédito: NASA, ESA e E. Wheatley (STScI)
A equipa começou a usar o Hubble no início do ano passado para analisar a estrela massiva. As suas observações fazem parte de um estudo do Hubble de três anos para monitorizar variações na atmosfera externa da estrela. A sensibilidade do telescópio à radiação ultravioleta permitiu aos investigadores analisar as camadas acima da superfície da estrela, que são tão quentes que emitem principalmente na região ultravioleta do espectro e não são vistas no visível. Estas camadas são aquecidas parcialmente pelas turbulentas células de convecção da estrela que borbulham para a superfície.
"A resolução espacial de uma superfície estelar só é possível em casos favoráveis e apenas com o melhor equipamento disponível," disse Klaus Strassmeier, do Instituto Leibniz para Astrofísica em Potsdam, Alemanha. "Nesse sentido, Betelgeuse e o Hubble foram feitos um para o outro."
Os espectros do Hubble, obtidos no início e no final de 2019 e em 2020, sondaram a atmosfera externa da estrela medindo linhas espectrais do magnésio ionizado. De setembro a novembro de 2019, os investigadores mediram material que passava da superfície da estrela para a sua atmosfera externa. Este material quente e denso continuou a viajar além da superfície visível de Betelgeuse, alcançando milhões de quilómetros da estrela. A essa distância, o material arrefeceu o suficiente para formar poeira, disseram os cientistas.
Esta interpretação é consistente com as observações no ultravioleta do Hubble em fevereiro de 2020, que mostraram que o comportamento da atmosfera externa da estrela voltou ao normal, embora no visível ainda estava mais ténue.
Esta é a primeira imagem direta de uma estrela que não o Sol, obtida com o Telescópio Espacial Hubble. Chamada Alpha Orionis, ou Betelgeuse, é uma estrela supergigante vermelha que marca o ombro da constelação de inverno de Orionte, o Caçador.
A imagem do Hubble revela uma enorme atmosfera ultravioleta com uma misteriosa mancha quente na superfície do monstro estelar. A enorme mancha brilhante, que tem muitas centenas de vezes o diâmetro do Sol, é pelo menos 2000 K mais quente do que a superfície da estrela.
Crédito: Andrea Dupree (Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica), Ronald Gilliland (STScI), NASA e ESA
Embora Dupree não saiba a causa do surto, pensa que foi auxiliado pelo ciclo de pulsação da estrela, que continuou normalmente durante o evento, conforme registado por observações no visível. Strassmeier usou um telescópio automatizado do Instituto Leibniz para Astrofísica chamado STELLA (STELLar Activity) para medir as mudanças na velocidade do gás na superfície da estrela à medida que subia e descia durante o ciclo de pulsação. A estrela estava a expandir-se no seu ciclo ao mesmo tempo que a célula convectiva ressurgia. A pulsação ondulando para fora de Betelgeuse pode ter ajudado a impulsionar o plasma que fluía pela atmosfera.
A supergigante vermelha está destinada a terminar a sua vida numa explosão de supernova e alguns astrónomos acham que o escurecimento repentino pode ser um evento pré-supernova. A estrela está relativamente perto, a cerca de 725 anos-luz de distância, de modo que o evento de escurecimento teria acontecido por volta do ano 1300, já que a sua luz está agora a alcançar a Terra.
Dupree e seus colaboradores terão outra chance de observar a estrela com o Hubble no final de agosto ou início de setembro. De momento, Betelgeuse encontra-se no céu diurno, demasiado perto do Sol para observações com o Hubble.
"Supernova de anã negra": físico calcula quando terá lugar a última supernova do Universo
Impressão de artista de uma anã castanha escura, que pode ter um aspeto idêntico às anãs negras que se prevê formarem-se no futuro distante.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
O fim do Universo como o conhecemos não chegará com um "bang". A maioria das estrelas desaparecerá muito, muito lentamente, à medida que as suas temperaturas chegam a zero.
"Será um local um pouco triste, solitário e frio," disse o físico teórico Matt Caplan, que acrescentou que ninguém estará por perto para testemunhar esta longa despedida que ocorrerá num futuro muito distante. A maioria dos cientistas pensa que, quando o Universo chegar ao fim, tudo ficará escuro. "É conhecido como 'morte do calor', onde o Universo será composto principalmente por buracos negros e estrelas queimadas," disse Caplan, que imaginou uma imagem ligeiramente diferente quando calculou como algumas destas estrelas mortas podem mudar ao longo dos éones.
Pontuando a escuridão, poderão existir "fogos de artifício" silenciosos - explosões de remanescentes estelares que não eram suposto explodir. Um novo trabalho teórico por Caplan, professor assistente de física na Universidade Estatal de Illinois, EUA, descobriu que muitas anãs brancas podem explodir como supernovas num futuro distante, muito depois de tudo o resto no Universo ter morrido e ter ficado calmo.
No Universo atual, a morte dramática de estrelas massivas em explosões de supernova ocorre quando reações nucleares internas produzem ferro no núcleo. O ferro não pode ser queimado pelas estrelas - acumula-se como um veneno, desencadeando o colapso da estrela e criando uma supernova. Mas as estrelas mais pequenas tendem a morrer com um pouco mais de dignidade, encolhendo e tornando-se anãs brancas no final das suas vidas.
"Estrelas com menos de 10 vezes a massa do Sol não têm gravidade ou densidade para produzir ferro nos seus núcleos da mesma forma que as estrelas massivas, de modo que não podem explodir agora como uma supernova," realçou Caplan. "À medida que as anãs brancas arrefecem nos próximos biliões de anos, ficarão mais escuras, eventualmente congelam e tornam-se estrelas 'anãs negras' que já não brilham." Tal como as anãs brancas de hoje, serão constituídas principalmente de elementos leves como carbono e oxigénio e terão o tamanho da Terra, mas conter quase a mesma massa do Sol, as suas "entranhas" comprimidas a densidades milhões de vezes maiores do que qualquer coisa na Terra.
Mas só porque são frias não significa que as reações nucleares parem. "As estrelas brilham por causa da fusão termonuclear - são quentes o suficiente para esmagar pequenos núcleos juntos e formar núcleos maiores, o que liberta energia. As anãs brancas são cinzas, estão queimadas, mas as reações de fusão ainda podem acontecer por causa do tunelamento quântico, só que muito mais lentamente," disse Caplan. "A fusão ocorre, mesmo a temperatura zero, só demora muito tempo." Ele observou que esta é a chave para transformar anãs negras em ferro e desencadear uma supernova.
O novo trabalho de Caplan, aceite para publicação na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, calcula quanto tempo essas reações nucleares levam para produzir ferro e quanto ferro as anãs negras de tamanhos diferentes precisam para explodir. Ele chama às suas explosões teóricas "supernovas de anãs negras" e calcula que a primeira terá lugar daqui a aproximadamente 101100 anos. "Em anos, é como dizer a palavra 'bilião' quase cem vezes. Se o escrevêssemos, ocuparia a maior parte de uma página. É assustadoramente longe no futuro."
Claro, nem todas as anãs negras vão explodir. "Apenas as anãs negras mais massivas, com cerca de 1,2 a 1,4 vezes a massa do Sol, vão explodir." Ainda assim, isso significa que até 1% de todas as estrelas que existem hoje, cerca de mil triliões, podem morrer desta maneira. Quanto ao resto, permanecerão anãs negras. "Mesmo com reações nucleares muito lentas, o nosso Sol ainda não tem massa suficiente para explodir numa supernova, mesmo num futuro muito distante. Nem que transformássemos todo o Sol em ferro."
Caplan calcula que as anãs negras mais massivas vão explodir primeiro, seguidas por estrelas progressivamente menos massivas, até que não existam mais estrelas para explodir após cerca de 1032.000 anos. Neste ponto, o Universo pode ficar realmente morto e silencioso. "É difícil imaginar algo a surgir depois disso, as supernovas de anãs negras podem ser a última coisa interessante a acontecer no Universo. Podem ser as últimas supernovas de todos os tempos." Quando as primeiras anãs negras explodirem, o Universo já estará irreconhecível. "As galáxias ter-se-ão dispersado, os buracos negros evaporado e a expansão do Universo terá separado todos os objetos remanescentes para tão longe que nenhum verá qualquer dos outros explodir. Nem será fisicamente possível a luz viajar para tão longe."
Mesmo que nunca nada, nem ninguém consiga alguma vez ver uma supernova de anã negra, Caplan não parece preocupado. "Eu tornei-me físico por uma razão. Eu queria pensar sobre as grandes questões - porque é que o Universo existe, e como vai terminar?" Quando questionado sobre a próxima grande questão, Caplan respondeu: "Talvez possamos tentar simular uma supernova de anã negra. Se não as podemos ver no céu, então pelo menos podemos vê-las através de um computador."
Como as estrelas se formam nas galáxias mais pequenas
A galáxia anã da Fénix recebe o seu nome da constelação do hemisfério sul onde está localizada. A anã da Fénix é única no sentido de que não pode ser classificada de acordo com o esquema normal das galáxias anãs; embora a sua forma a rotule como uma galáxia anã esferoidal - que não contêm gás suficiente para produzir novas estrelas - estudos mostraram que a galáxia tem uma nuvem de gás associada nas proximidades, sugerindo formação estelar recente, e uma população de estrelas azuis jovens, apesar da sua massa extremamente baixa.
Crédito: ESO
A questão de como as pequenas galáxias anãs sustentaram a formação de novas estrelas ao longo do Universo há muito tempo que confunde os astrónomos de todo o planeta. Agora, uma equipa de investigação internacional descobriu que pequenas galáxias dormentes podem acumular gás lentamente ao longo de muitos milhares de milhões de anos. Quando este gás repentinamente entra em colapso sob o seu próprio peso, podem surgir novas estrelas. O novo trabalho foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Existem cerca de 2 biliões (2x1012) de galáxias no nosso Universo e, enquanto a nossa própria Galáxia, a Via Láctea, contém entre 200 e 400 mil milhões de estrelas, as galáxias pequenas contêm apenas dezenas de milhares a alguns milhares de milhões. O modo como as estrelas se formam nestas galáxias minúsculas está envolto em mistério.
Agora, uma equipa de investigação da Universidade de Lund, Suécia, estabeleceu que as galáxias anãs são capazes de permanecer dormentes durante vários milhares de milhões de anos antes de começar a formar estrelas novamente.
"Estima-se que estas galáxias anãs pararam de formar estrelas há cerca de 12 mil milhões de anos. O nosso estudo mostra que isto pode ser uma paragem temporária," diz Martin Rey, astrofísico da Universidade de Lund e líder do estudo.
Por meio de simulações de computador de alta resolução, os investigadores demonstram que a formação de estrelas em galáxias anãs termina como resultado do aquecimento e ionização da luz forte de estrelas recém-nascidas por todo o Universo. As explosões das chamadas anãs brancas - estrelas pequenas e ténues produzidas do núcleo que permanece quando estrelas de tamanho normal morrem - contribuem ainda mais na prevenção do processo de formação estelar em galáxias anãs.
"As nossas simulações mostram que as galáxias anãs são capazes de acumular combustível na forma de gás, que eventualmente se condensa e dá origem a estrelas. Isto explica a formação estelar observada em galáxias anãs ténues, que há muito intriga os astrónomos," explica Rey.
As simulações de computador usadas pelos investigadores no estudo são extremamente demoradas: cada simulação leva até dois meses e requer o equivalente a 40 portáteis operando 24 horas por dia. O trabalho continua com o desenvolvimento de métodos para explicar melhor os processos por trás da formação de estrelas nas galáxias mais pequenas do nosso Universo.
"Ao aprofundar a nossa compreensão sobre este assunto, ganhamos novos conhecimentos sobre a modelagem de processos astrofísicos, como explosões de estrelas, bem como o aquecimento e arrefecimento de gás cósmico. Além disso, estão em andamento trabalhos adicionais para prever quantas destas anãs formadoras de estrelas existem no nosso Universo, e quantas podem ser descobertas por telescópios astronómicos," conclui Rey.
Simulação de colisões com asteroide revela a sua "psique" de metal (via Laboratório Nacional de Los Alamos)
Novos modelos 2D e 3D de impactos no asteroide Psique, um dos maiores asteroides da cintura de asteroides entre Marte e Júpiter, indicam que é provavelmente metálico e poroso em termos de composição, algo parecido a um monte de entrulho cósmico. Este conhecimento será crucial para a próxima missão da NASA a um asteroide, Psyche: Journey to a Metal World, com lançamento previsto para 2022. Ler fonte
Álbum de fotografias - NGC 5189: Uma Nebulosa Planetária Invulgarmente Complexa
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: NASA, ESA, Hubble, HLA; Reprocessamento e Direitos de Autor: Jesús M. Vargas
Porque é que esta nebulosa é tão complexa? Quando uma estrela como o nosso Sol está a morrer, liberta as suas camadas exteriores, geralmente numa forma mais ou menos simples. Às vezes, esta forma é uma esfera, às vezes um lóbulo duplo e às vezes um anel ou uma hélice. No entanto, no caso da nebulosa planetária NGC 5189, além de ter uma forma geral parecida à letra "Z" (a imagem em destaque está invertida horizontalmente e, portanto, aparece como um "S"), não surgiu aqui nenhuma estrutura simples. Para ajudar a descobrir o porquê, o Telescópio Espacial Hubble observou NGC 5189 em grande detalhe. Descobertas anteriores indicaram a existência de várias épocas de libertação de material, incluindo uma recente que criou um toro brilhante, mas distorcido, que percorre horizontalmente no centro da imagem. Os resultados do Hubble parecem consistentes com a hipótese de que a estrela moribunda faz parte de um sistema binário com um eixo de simetria em precessão. NGC 5189 abrange aproximadamente 3 anos-luz e está situada a mais ou menos 3000 anos-luz de distância na direção da constelação do hemisfério sul da Mosca.
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