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  Astroboletim #1726  
  22/09 a 24/09/2020  
     
 
Efemérides

Dia 22/09: 266.º dia do calendário gregoriano.
História:
Em 1959, nascia Saul Perlmutter, astrofísico americano que ganhou em 2011 o Prémio Nobel da Física (juntamente com Brian P. Schmidt e Adam Riess) por fornecer evidências da aceleração da expansão do Universo.
Em 2001, numa passagem arriscada, a sonda da NASA Deep Space 1 navega com êxito pelo Cometa Borrelly, dando aos cientistas o melhor olhar de dentro do núcleo denso e gelado de pó e gás (à data).

Em 1993, termina a missão STS-51 do vaivém espacial Discovery.
Em 2011, cientistas do CERN anunciam a sua descoberta de neutrinos quebrando a velocidade da luz (que se sabe agora ter sido um erro devido a falhas nos seus equipamentos).
Observações: Termina o verão e começa o outono (para o Hemisfério Norte), pelas 14:31. É quando o Sol atravessa o equador rumando a sul durante a estação. O Sol nasce quase a este e põe-se quase a oeste, muito perto das 12 horas de diferença.
Por coincidência, por volta destes dias, Deneb toma o lugar de Vega como a estrela mais brilhante perto do zénite depois do anoitecer (para observadores a latitudes médias norte).
Ao anoitecer, procure Antares para baixo e para a direita da Lua Crescente. Estão baixos a sudoeste.
Eclipse de Calisto, entre as 18:35 e as 23:22.

Dia 23/09: 267.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1791, nascia Johann Franz Encke, astrónomo alemão que trabalhou no cálculo de períodos de cometas e asteroides, mediu a distância da Terra ao Sol e fez observações do planeta Saturno.
Em 1819, nascia Hippolyte Fizeau, físico francês conhecido por medir a velocidade da luz numa experiência com o seu nome
Em 1846, Neptuno é descoberto pelo astrónomo francês Urbain Jean Joseph Le Verrier e pelo astrónomo inglês John Couch Adams; a descoberta é verificada pelo astrónomo alemão Johann Galle.
Em 1999, a NASA anunciava ter perdido o contato com a Mars Climate Orbiter.

Observações: A Lua brilha a sul ao lusco-fusco. Para a sua esquerda encontram-se Júpiter e Saturno, como que apontando para o nosso satélite natural.
Ocultação de Io, entre as 23:32 e as 01:52 (já de dia 24).

Dia 24/09: 268.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1970, a primeira sonda não-tripulada, a soviética Luna 16, regressa da Lua com mais de um quilograma de material lunar.
Em 1990, é observada a periódica Grande Mancha Branca em Saturno.
Em 2014, a sonda indiana MOM (Mars Orbiter Mission) alcança órbita marciana.

Observações: Lua em Quarto Crescente, pelas 02:55.
A Lua está mais perto de Saturno e de Júpiter, em comparação com ontem.
Trânsito da sombra de Io, entre as 22:09 e as 00:31 (já de dia 25).

 
 
   
VLBA faz primeira medição direta da distância até um magnetar

Usando o VLBA (Very Long Baseline Array) da NSF (National Science Foundation), astrónomos fizeram a primeira medição geométrica direta da distância até um magnetar dentro da nossa Galáxia, a Via Láctea - uma medição que pode ajudar a determinar se os magnetares são as fontes das há muito misteriosas FRBs (Fast Radio Bursts, em português "rajadas rápidas de rádio").

Os magnetares são uma variedade de estrelas de neutrões - os remanescentes superdensos de estrelas massivas que explodiram como supernovas - com campos magnéticos extremamente fortes. Um campo magnético típico de um magnetar é um bilião de vezes mais forte do que o campo magnético da Terra, tornando os magnetares os objetos mais magnéticos do Universo. Podem emitir fortes rajadas de raios-X e raios-gama, e recentemente tornaram-se candidatos principais para as fontes de FRBs.

 
Impressão de artista de um magnetar - uma estrela de neutrões superdensa com um campo magnético extremamente forte. Nesta imagem, o magnetar está a emitir um surto de radiação.
Crédito: Sophia Dagnello, NRAO/AUI/NSF
 

Um magnetar chamado XTE J1810-197, descoberto em 2003, foi o primeiro de apenas seis destes objetos encontrados a emitir pulsos de rádio. Fê-lo de 2003 a 2008, depois cessou por uma década. Em dezembro de 2018, retomou a emissão de brilhantes pulsos de rádio.

Uma equipa de astrónomos usou o VLBA para observar regularmente XTE J1810-197 de janeiro a novembro de 2019, e novamente durante março e abril de 2020. Ao visualizarem o magnetar de lados opostos da órbita da Terra em torno do Sol, foram capazes de detetar uma ligeira mudança na sua posição aparente em relação a objetos de fundo muito mais distantes. Este efeito, chamado de paralaxe, permite que os astrónomos usem a geometria para calcular diretamente a distância ao objeto.

"Esta é a primeira medição de paralaxe para um magnetar, e mostra que está entre os magnetares mais próximos conhecidos - cerca de 8100 anos-luz - tornando-o um alvo principal para estudos futuros," disse Hao Ding, estudante da Universidade Swinburne de Tecnologia na Austrália.

No dia 28 de abril, um magnetar diferente, chamado SGR 1935+2154, emitiu um breve surto de rádio que foi o mais forte já registado na Via Láctea. Embora não seja tão forte quanto as FRBs vindas de outras galáxias, esta explosão sugeriu aos astrónomos que os magnetares podiam gerar FRBs.

As rajadas rápidas de rádio foram descobertas pela primeira vez em 2007. São muito energéticas e duram no máximo alguns milissegundos. A maioria veio de fora da Via Láctea. A sua origem permanece desconhecida, mas as suas características indicam que o ambiente extremo de um magnetar pode gerá-las.

 
Observando um objeto de lados opostos da órbita da Terra em torno do Sol, como ilustrado nesta impressão de artista, os astrónomos foram capazes de detetar a ligeira oscilação na posição aparente do objeto em relação a objetos de fundo muito mais distantes. Este efeito, chamado paralaxe, permite que os cientistas então usem geometria para calcular diretamente a distância ao objeto - neste caso um magnetar dentro da nossa própria Via Láctea. A ilustração não está à escala.
Crédito: Sophia Dagnello, NRAO/AUI/NSF
 

"Ter uma distância precisa até este magnetar significa que podemos calcular com precisão a força dos seus pulsos de rádio. Se emitir algo semelhante a uma FRB, saberemos quão forte é esse pulso," disse Adam Deller, também da Universidade Swinburne. "As FRBs variam na sua força, de modo que gostaríamos de saber se um pulso magnetar chega perto ou se sobrepõe à força das FRBs conhecidas", acrescentou.

"A chave para responder a esta questão será obter mais medições de distâncias para outros magnetares, para que possamos expandir a nossa amostra e obter mais dados. O VLBA é a ferramenta ideal para fazer isto," disse Walter Brisken, do NRAO (National Radio Astronomy Observatory).

Além disso, "sabemos que os pulsares, como o da famosa Nebulosa do Caranguejo, emitem 'pulsos gigantes', muito mais fortes do que os normais. A determinação das distâncias destes magnetares vai ajudar-nos a entender este fenómeno, e a aprender se talvez as FRBs sejam o exemplo mais extremo de pulsos gigantes," disse Ding.

O objetivo final é determinar o mecanismo exato que produz as rajadas rápidas de rádio, disseram os cientistas.

Ding, Deller, Brisken e colegas relataram os seus resultados na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

// NRAO (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Monthly Notices of the Royal Astronomical Society)
// Artigo científico (arXiv.org)

 


Saiba mais

XTE J1810-197:
Simbad

FRB ("Fast Radio Burst"):
Wikipedia
Catálogo de FRBs (Universidade Swinburne)

Magnetar:
Wikipedia
AstronomyOnline.org

VLBA:
NRAO
Wikipedia

 
   
Rochas antigas e estratificadas de Vénus apontam para origem vulcânica
 
Imagem simulada aérea de Tellus Tessera, uma das regiões de Vénus onde Byrne et al. identificam a presença de estratificação.
Crédito: Byrne et al., NASA (Magellan)
 

Uma equipa internacional de investigadores descobriu que alguns dos terrenos mais antigos de Vénus, conhecidos como "tesserae", têm camadas que parecem consistentes com atividade vulcânica. A descoberta pode fornecer informações sobre a enigmática história geológica do planeta.

As "tesserae" são regiões tectonicamente deformadas na superfície de Vénus, frequentemente mais elevadas do que a paisagem circundante. Compreendem cerca de 7% da superfície do planeta e são sempre a característica mais antiga das suas imediações, com mais ou menos 750 milhões de anos. Num novo estudo publicado na revista Geology, os investigadores mostram que uma parte significativa das "tesserae" têm estrias consistentes com camadas.

"Geralmente, há duas explicações para as 'tesserae' - ou são feitas de rochas vulcânicas ou são contrapartes da crosta continental da Terra," diz Paul Byrne, professor associado de ciência planetária da Universidade Estatal da Carolina do Norte e autor principal do estudo. "Mas as camadas que encontramos em algumas das 'tesserae' não são consistentes com a explicação da crosta continental."

A equipa analisou imagens da superfície de Vénus obtidas pela missão Magellan da NASA em 1989, que usou radar para fotografar 98% do planeta através da sua atmosfera densa. Embora os cientistas tenham estudado as 'tesserae' durante décadas, antes deste trabalho, a estratificação das 'tesserae' não foi reconhecida como generalizada. E, segundo Byrne, essa estratificação não seria possível se as 'tesserae' fossem porções da crosta continental.

"A crosta continental é composta principalmente de granito, uma rocha ígnea formada quando as placas tectónicas se movem e a água é subduzida da superfície," diz Byrne. "Mas o granito não forma camadas. Se houver crosta continental em Vénus, então é abaixo das camadas de rochas que vemos.

"Além da atividade vulcânica, a outra forma de fazer rochas em camadas é por meio de depósitos sedimentares, como arenito ou calcário. Não há um único lugar hoje em Vénus onde estes tipos de rochas possam formar-se. A superfície de Vénus é tão quente quanto um forno e a pressão é equivalente a 900 metros debaixo de água. Portanto, as evidências agora apontam para algumas porções das 'tesserae' sendo feitas de rochas vulcânicas em camadas, semelhantes às encontradas na Terra."

Byrne espera que o trabalho ajude a esclarecer mais sobre a complicada história geológica de Vénus.

"Embora os dados que temos agora apontem para as origens vulcânicas das 'tesserae', se um dia pudéssemos recolher amostras e descobrir que são rochas sedimentares, então teriam que ter sido formadas quando o clima era muito diferente - talvez até mesmo como o da Terra," diz Byrne.

"Vénus hoje é um inferno, mas não sabemos se foi sempre assim. Será que já foi como a Terra, mas sofreu erupções vulcânicas catastróficas que arruinaram o planeta? De momento não podemos dizer com certeza, mas o facto das 'tesserae' terem camadas restringe as potenciais origens desta rocha."

// Universidade da Carolina do Norte (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Geology)

 


Saiba mais

"Tesserae" de Vénus:
Wikipedia

Vénus:
CCVAlg - Astronomia 
Wikipedia

Sonda Magellan:
NASA
Wikipedia

 
   
Astrónomos capturam ventos estelares em detalhes sem precedentes

Astrónomos apresentaram uma explicação para as formas hipnotizantes das nebulosas planetárias. A descoberta é baseada num extraordinário conjunto de observações de ventos estelares em torno de estrelas envelhecidas.

Ao contrário do consenso comum, a equipa descobriu que os ventos estelares não são esféricos, mas têm um formato semelhante ao das nebulosas planetárias. A equipa conclui que a interação com uma estrela ou exoplaneta acompanhante molda tanto os ventos estelares quanto as nebulosas planetárias. Os resultados foram publicados na revista Science.

 
Esta galeria de imagens de ventos estelares em torno de estrelas velhas e frias mostra uma variedade de morfologias, incluindo discos, cones e espirais. A cor azul representa o material que vem na nossa direção; o vermelho é material que se move para longe de nós.
Crédito: L. Decin, ESO/ALMA
 

As estrelas moribundas incham e arrefecem para eventualmente se tornarem gigantes vermelhas. Produzem ventos estelares, fluxos de partículas que a estrela expele, o que faz com que percam massa. Tendo em conta que faltavam observações detalhadas, os astrónomos sempre assumiram que estes ventos eram esféricos, como as estrelas que rodeiam. À medida que a estrela evolui mais, ela aquece novamente e a radiação estelar faz com que as camadas ejetadas de material estelar em expansão brilhem, formando uma nebulosa planetária.

Durante séculos, os astrónomos estiveram no "escuro" no que toca à variedade extraordinária de formas coloridas das nebulosas planetárias que foram observadas. Todas as nebulosas parecem ter uma certa simetria, mas quase nunca são redondas. "O Sol - que antes do fim se tornará uma gigante vermelha - é redondo como uma bola de bilhar, por isso perguntámo-nos: como é que uma estrela pode produzir todas estas formas diferentes?" diz a autora Leen Decin (Universidade Católica de Leuven).

A sua equipa observou ventos estelares em torno de estrelas gigantes vermelhas frias com o observatório ALMA no Chile, o maior radiotelescópio do mundo. Pela primeira vez, reuniram uma coleção grande e detalhada de observações, cada uma feita usando exatamente o mesmo método. Isto foi crucial para poder comparar diretamente os dados e excluir vieses.

O que os astrónomos viram surpreendeu-os. "Notámos que estes ventos são tudo menos simétricos ou redondos," diz a professora Decin. "Alguns são bastante semelhantes em forma às nebulosas planetárias."

Companheiros

Os astrónomos podiam até identificar diferentes categorias de formas. "Alguns ventos estelares eram em forma de disco, outros continham espirais e, num terceiro grupo, identificámos cones." Esta é uma indicação clara de que as formas não foram criadas aleatoriamente. A equipa percebeu que outras estrelas de baixa massa, ou até mesmo planetas massivos nas proximidades da estrela moribunda, estavam a provocar os diferentes padrões. Estes companheiros são demasiado pequenos e ténues para detetar diretamente. "Assim como uma colher que usamos para misturar uma chávena de café com um pouco de leite pode criar um padrão em espiral, a companheira suga o material na sua direção enquanto gira em torno da estrela e esculpe o vento estelar," explica Decin.

A equipa colocou esta teoria em modelos e de facto: a forma dos ventos estelares pode ser explicada pelas companheiras que os rodeiam, e o ritmo no qual a estrela evoluída fria está a perder a sua massa devido ao vento estelar é um parâmetro importante. Decin: "Todas as nossas observações podem ser explicadas pelo facto de que as estrelas têm uma companheira".

Até agora, os cálculos sobre a evolução das estrelas baseavam-se na suposição de que estrelas envelhecidas como o Sol têm ventos estelares esféricos. "As nossas descobertas mudam muito. Uma vez que a complexidade dos ventos estelares não foi contabilizada no passado, qualquer estimativa anterior do ritmo de perda de massa de estrelas velhas pode estar errada até um factor de 10." A equipa está agora a fazer investigações adicionais para ver como isto pode impactar os cálculos de outras características cruciais da evolução estelar e galáctica.

 
O vento estelar de R Aquilae.
Crédito: L. Decin, ESO/ALMA
 

O futuro do Sol

O estudo também ajuda a imaginar o aspeto do Sol quando este morrer daqui a 7000 milhões de anos. "Júpiter ou mesmo Saturno - dado que têm uma massa tão grande - vão influenciar se o Sol passa os seus últimos milénios no coração de uma espiral, de uma borboleta ou de qualquer outra forma fascinante que vemos nas nebulosas planetárias de hoje," realça Decin. "Os nossos cálculos indicam que se formará uma fraca espiral no vento estelar do velho e moribundo Sol."

"Ficámos muito entusiasmados quando explorámos as primeiras imagens," diz o coautor Miguel Montargès da mesma universidade. "Cada estrela, que antes era apenas um número, tornou-se um indivíduo. Agora, para nós, têm uma identidade própria. Esta é a magia de ter observações de alta precisão: as estrelas deixam de ser apenas pontos."

O estudo faz parte do projeto ATOMIUM, que visa aprender mais sobre a física e sobre a química das estrelas velhas. "As estrelas frias e antigas são consideradas chatas, velhas e simples, mas agora provámos que não são: contam a história do que vem depois. Demorámos algum tempo para perceber que os ventos estelares podem ter a forma de pétalas de rosa (ver, por exemplo, o vento estelar de R Aquilae) mas, como disse Antoine de Saint-Exupéry disse no seu livro 'O Principezinho ': 'Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante'," conclui Decin.

// KU Leuven (comunicado de imprensa)
// ESO (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Science)
// Entrevista com a professora Leen Decin (KU Leuven via YouTube)

 


Saiba mais

Notícias relacionadas:
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Evolução de estrelas moribundas:
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Vento estelar:
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Nebulosas planetárias:
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Projeto ATOMIUM:
KU Leuven

ALMA:
Página principal
ALMA (NRAO)
ALMA (NAOJ)
ALMA (ESO)
Wikipedia

ESO:
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Wikipedia

 
   
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Álbum de fotografias - Arp 78: Galáxia Peculiar em Carneiro
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Bernard Miller
 
A peculiar galáxia espiral Arp 78 pode ser encontrada dentro dos limites da forte constelação de Carneiro, a cerca de 100 milhões de anos-luz para lá das estrelas e nebulosas da nossa Galáxia, a Via Láctea. Também conhecida como NGC 772, o universo-ilha tem mais de 100.000 anos-luz de diâmetro e ostenta um único braço espiral externo proeminente neste retrato cósmico detalhado. A sua galáxia companheira mais brilhante, a compacta NGC 770, encontra-se para cima e para a direita da espiral maior. A aparência difusa e elíptica de NGC 770 contrasta bem com uma estrela pontiaguda da Via Láctea, em primeiro plano, em tons amarelados correspondentes. Rastreando ao longo de extensas faixas de poeira e alinhada com jovens enxames de estrelas azuis, o grande braço espiral de Arp 78 é provavelmente devido às interações gravitacionais de marés. Ténues fluxos de material parecem ligar Arp 78 com as suas galáxias companheiras.
 
   
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