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  Astroboletim #1833  
  01/10 a 04/10/2021  
     
 
Efemérides

Dia 01/10: 274.º dia do calendário gregoriano.
História:
Em 1958, era criada a NASA para suceder à NACA

Em 1962, entra em operação o radiotelescópio de 91 metros do NRAO. Este telescópio, que colapsou subitamente no dia 15 de novembro de 1988, era o segundo maior do mundo.
Observações: Vega é a estrela mais brilhante a oeste do zénite após o anoitecer. Vire-se para oeste e olhe para a direita de Vega, cerca de 14º (punho e meio à distância do braço esticado), em busca de Eltanin, o nariz da constelação de Dragão. O resto da ténue constelação de Dragão fica um pouco para trás. Dragão está sempre a olhar para Vega enquanto giram pelo céu.
As estrelas da própria constelação de Vega, Lira - ténues em comparação - estendem-se 7º para a sua esquerda.

Dia 02/10: 275.º dia do calendário gregoriano.
História: Lançamento da Explorer 14.

Observações: Antes do amanhecer, olhe para baixo da Lua, cerca de um punho à distância do braço esticado, para encontrar Régulo, a pata dianteira de Leão, que já começa a fazer a sua aparição.

Dia 03/10: 276.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1815, cai um meteorito em Chassigny, França. Foi o primeiro meteorito a ser identificado como sendo de Marte.
Em 1942, era lançado da Alemanha o primeiro foguete V-2/A-4, que se tornaria também no primeiro artefacto humano a atingir o espaço.

Em 1962, era lançada de Cabo Canaveral a missão Mercury 8.
Em 1985, o vaivém Atlantis fazia a sua viagem inaugural
Em 2005, ocorreu o último eclipse anular de Sol visível em Portugal.
Observações: Se repetir a mesma observação de ontem, poderá ver que a Lua está hoje bem mais perto de Régulo. Que a Lua perfaz uma curva íntima com Algieba (para a esquerda) e com Régulo (para a direita).

Dia 04/10: 277.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1582, o Papa Gregório XIII implementa o Calendário Gregoriano. Na Itália, Polónia, em Portugal e em Espanha, o dia 4 de outubro é seguido diretamente pelo dia 15 de outubro.
Em 1957, era lançado o Sputnik 1, o primeiro satélite artifical.

Tinha começado a "corrida espacial".
Em 1959, lançamento da Luna 3 (missão soviética de "flyby" pela Lua).
Em 2004, a SpaceShipOne ganha o prémio Ansari X, de voo espacial privado, ao ser a primeira nave privada a viajar no espaço.
Observações: Durante a noite, olhe logo acima do horizonte a nordeste - bem para baixo da alta Cassiopeia - em busca da brilhante Capella. A hora a que Capella nasce, e quão alta a pode encontrar, depende da latitude do observador. Quanto mais para norte estiver o observador, mais cedo e mais alta.
Vega é a estrela mais brilhante muito alta a oeste, e Arcturo começa a ficar muito baixa a oeste-noroeste. A estrela mais brilhante no vasto espaço que as separa, a cerca de um-terço do caminho entre Arcturo e Vega, está Alphecca, de magnitude 2,2 - a jóia da Coroa Boreal. Alphecca é um binário eclipsante de 17 dias, mas (tal como a maioria das estrelas variáveis!) as suas quedas de brilho são demasiado fracas para o olho ver eficazmente.

 
 
   
Investigando o potencial para vida em torno das estrelas mais pequenas da Galáxia

Quando o telescópio mais poderoso do mundo for lançado ainda este ano, os cientistas vão descobrir se planetas do tamanho da Terra na nossa "vizinhança solar" têm um pré-requisito fundamental para a vida - uma atmosfera.

Estes planetas orbitam uma anã M, o tipo estelar mais comum e pequeno da Galáxia. Os cientistas atualmente não sabem quão comuns são os planetas semelhantes à Terra, em torno deste tipo de estrelas, que têm características que os tornariam habitáveis.

"Como ponto de partida, é importante saber se planetas pequenos e rochosos, em órbita de anãs M, têm atmosferas", disse Daria Pidhorodetska, estudante de doutoramento no Departamento de Ciências da Terra e Planetárias da Universidade da Califórnia em Riverside. "Se assim for, abre a nossa busca por vida para lá do Sistema Solar."

 
Ilustração do Telescópio Espacial Hubble, sucessor do Telescópio Espacial Hubble.
Crédito: NASA
 

Para ajudar a preencher esta lacuna no nosso conhecimento, Pidhorodetska e a sua equipa estudaram se o Telescópio Espacial James Webb, com lançamento para breve, ou se o Telescópio Espacial Hubble, atualmente em órbita, são capazes de detetar atmosferas nesses planetas. Também modelaram os tipos de ambientes prováveis de serem encontrados, se existem e como podem ser distinguidos uns dos outros. O estudo foi aceite para publicação na revista The Astronomical Journal.

O estudo inclui os coautores Edward Schwieterman e Stephen Kane da mesma universidade, bem como cientistas da Universidade Johns Hopkins, do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA, da Universidade de Cornell e da Universidade de Chicago.

A estrela no centro do estudo é uma anã M chamada L 98-59, que tem apenas 8% da massa do nosso Sol. Embora pequena, está a apenas 35 anos-luz da Terra. O seu brilho e proximidade relativa tornam-na um alvo ideal para observação.

Pouco depois de se formarem, as anãs M passam por uma fase na qual podem brilhar duas ordens de magnitude mais do que o normal. A forte radiação ultravioleta durante esta fase tem o potencial de secar os seus planetas em órbita, evaporando qualquer água da superfície e destruindo muitos gases na atmosfera.

"Queríamos saber se a ablação estava completa no caso dos dois planetas rochosos, ou se esses mundos terrestres eram capazes de reabastecer as suas atmosferas," acrescentou Pidhorodetska.

Os investigadores modelaram quatro cenários atmosféricos diferentes: um em que os mundos L 98-59 são dominados por água, um em que a atmosfera é composta principalmente de hidrogénio, uma atmosfera de dióxido de carbono semelhante a Vénus e outro em que o hidrogénio na atmosfera escapou para o espaço, deixando para trás apenas oxigénio e ozono.

 
Impressão de artista de uma estrela anã M, com três exoplanetas em órbita. Cerca de 75% de todas as estrelas são anãs vermelhas mais frias.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
 

Eles descobriram que os dois telescópios poderiam fornecer informações complementares usando observações de trânsito, que medem uma queda na luz que ocorre quando um planeta passa em frente da sua estrela. Os planetas L 98-59 estão muito mais próximos da sua estrela do que a Terra está do Sol. As suas órbitas têm durações inferiores a uma semana, o que torna as observações de trânsito pelo telescópio mais rápidas e económicas do que a observação de outros sistemas nos quais os planetas estão mais distantes das suas estrelas.

"Seriam necessários apenas alguns trânsitos com o Hubble para detetar ou descartar uma atmosfera dominada por hidrogénio ou vapor de água," disse Schwieterman. "Com apenas 20 trânsitos, o Webb permitir-nos-ia caracterizar gases em atmosferas ricas em dióxido de carbono ou dominadas por oxigénio."

Dos quatro cenários atmosféricos que os cientistas consideraram, Pidhorodetska disse que o da atmosfera seca e dominada por oxigénio é o mais provável.

"A quantidade de radiação que estes planetas estão a receber àquelas distâncias da estrela é intensa," realçou.

Embora possam não ter atmosferas propícias à vida, estes planetas podem fornecer um importante vislumbre do que pode acontecer à Terra mediante diferentes condições, e do que pode ser possível em mundos semelhantes à terra noutras partes da Galáxia.

O sistema L 98-59 só foi descoberto em 2019, e Pidhorodetska disse que está ansiosa por obter mais informações quando o Webb for lançado no final deste ano.

"Estamos prestes a revelar os segredos de um sistema estelar que esteve oculto até muito recentemente," concluiu Pidhorodetska.

// Universidade da Califórnia em Riverside (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (The Astronomical Journal)
// Artigo científico (arXiv.org)

 


Saiba mais

CCVAlg - Astronomia:
02/07/2019 - TESS encontra o seu exoplaneta mais pequeno até agora

L 98-59:
Wikipedia
Simbad
L 98-59b (NASA)
L 98-59b (Exoplanet.eu)
L 98-59c (NASA)
L 98-59c (Exoplanet.eu)
L 98-59d (NASA)
L 98-59d (Exoplanet.eu)

Exoplanetas:
Wikipedia
Lista de planetas (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
NASA
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares

JWST (Telescópio Espacial James Webb):
NASA
STScI
STScI (website para o público)
ESA
Wikipedia
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Telescópio Espacial Hubble:
Hubble, NASA 
ESA
Hubblesite
STScI
SpaceTelescope.org
Base de dados do Arquivo Mikulski para Telescópios Espaciais

 
   
Hubble mostra que os ventos na periferia da Grande Mancha Vermelha de Júpiter estão a acelerar

Tal como a velocidade de um piloto de carro de corrida, os ventos na "faixa" mais externa da Grande Mancha Vermelha de Júpiter estão a acelerar - uma descoberta apenas possível graças ao Telescópio Espacial Hubble, que monitoriza o planeta há mais de uma década.

Os investigadores que analisaram os regulares "relatórios de tempestade" do Hubble descobriram que a velocidade média do vento dentro da orla da tempestade, conhecida como anel de alta velocidade, aumentou até 8% de 2009 a 2020. Em contraste, os ventos perto da região mais interna da mancha vermelha movem-se significativamente mais devagar, como alguém que conduz preguiçosamente numa tarde ensolarada de domingo.

As nuvens carmesins da enorme tempestade giram no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio, a velocidades que excedem 643 km/h - e o vórtice é maior do que a própria Terra. A mancha vermelha é lendária em parte porque os humanos a observam, no mínimo, há mais de 150 anos.

 
Ao analisarem imagens obtidas pelo Hubble de 2009 a 2020, os investigadores descobriram que a velocidade média do vento nos limites da Grande Mancha Vermelha, assinalada pelo círculo verde exterior, aumentaram até 8% de 2009 a 2020 e excedem 643 km/h. Em contraste, as velocidades perto da região mais interna da tempestade, assinalada pelo anel mais interior, são significativamente mais lentas. Ambas têm uma direção oposta à dos ponteiros do relógio.
Crédito: NASA, ESA, Michael H. Wong (UC Berkeley)
 

"Quando inicialmente vi os resultados, perguntei, 'Isto faz sentido? Nunca ninguém tinha visto isto antes," disse Michael Wong da Universidade da Califórnia, em Berkeley, que liderou a análise. "Mas isto é algo que apenas o Hubble pode fazer. A longevidade do Hubble e as suas observações continuadas tornam esta revelação possível."

Usamos satélites em órbita da Terra e aviões para rastrear as grandes tempestades do nosso planeta em tempo real. "Como não temos nenhum avião caçador de tempestades em Júpiter, não podemos medir continuamente os ventos," explicou Amy Simon do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, no estado norte-americano de Maryland, que contribuiu para a investigação. "O Hubble é o único telescópio que tem o tipo de cobertura temporal e resolução espacial que pode capturar os ventos de Júpiter com este detalhe."

A mudança nas velocidades do vento que os cientistas mediram com o Hubble totaliza menos de 2,6 km/h por cada ano terrestre. "Estamos a falar de uma mudança tão pequena que, se não tivéssemos onze anos de dados do Hubble, não conseguíamos perceber que tinha acontecido," disse Simon. "Com o Hubble, temos a precisão de que precisamos para detetar uma tendência." A monitorização contínua do Hubble permite que os investigadores revisitem e analisem os seus dados com muita precisão à medida que vão acrescentando informações. As características mais pequenas que o Hubble consegue revelar na tempestade têm apenas quase 170 km de diâmetro.

"Descobrimos que a velocidade média do vento na Grande Mancha Vermelha aumentou ligeiramente ao longo da última década," acrescentou Wong. "Temos um exemplo em que a nossa análise do mapa de vento bidimensional encontrou mudanças abruptas em 2017, quando houve uma grande tempestade convectiva nas proximidades."

Para melhor analisar a abundância de dados do Hubble, Wong fez uma nova abordagem na sua análise de dados. Usou um software para rastrear dezenas a centenas de milhares de vetores de vento (direções e velocidades) de cada vez que Júpiter era observado pelo Hubble. "Deu-me um conjunto muito mais consistente de medições de velocidade," explicou Wong. "Também executei uma grande quantidade de testes estatísticos para confirmar se era justificado chamar a isto um aumento da velocidade do vento. E é."

O que é que significa este aumento de velocidade? "Isso é difícil de diagnosticar, dado que o Hubble não consegue ver muito bem a base da tempestade. Qualquer coisa abaixo do topo das nuvens é invisível nos dados," explicou Wong. "Mas é um dado interessante que nos pode ajudar a entender o que está a alimentar a Grande Mancha Vermelha e como está a manter a energia." Ainda há muito trabalho a ser feito para a entender totalmente.

 
A imagem mais recente de Júpiter obtida pelo Hubble foi capturada no dia 25 de agosto de 2020, quando o planeta estava a 653 milhões de quilómetros da Terra. A visão nítida do Hubble está a fornecer aos investigadores relatórios meteorológicos atualizados da turbulenta atmosfera do planeta gigante, incluindo uma nova e incrível tempestade, prima da Grande Mancha Vermelha. A imagem também mostra a lua gelada Europa.
Crédito: NASA, ESA, A. Simon (Centro de Voo Espacial Goddard), M. H. Wong (Universidade da Califórnia em Berkeley) e equipa OPAL
 

A astronomia dedica-se ao estudo continuado das tempestades do "rei" do Sistema Solar desde a década de 1870. A Grande Mancha Vermelha é uma ressurgência de material do interior de Júpiter. Vista de lado, a tempestade teria uma estrutura em forma de bolo de casamento, com nuvens mais altas no centro caindo em cascata para as suas camadas na orla. Nas observações que abrangem mais de um século, os astrónomos notaram que está a diminuir de tamanho e a tornar-se mais circular do que oval. O diâmetro atual totaliza 16.000 km, o que significa que a Terra ainda consegue caber dentro dela.

Além de observar esta lendária tempestade de longa duração, os investigadores observaram tempestades noutros planetas, incluindo Neptuno, onde tendem a percorrer a atmosfera do planeta e a desaparecer em apenas alguns anos. Investigações como esta ajudam os cientistas não apenas a aprender mais sobre os planetas individuais, mas também a tirar conclusões sobre a física subjacente que conduz e mantém as tempestades dos planetas.

A maioria dos dados que apoiam esta investigação veio do programa OPAL (Outer Planets Atmospheres Legacy) do Hubble, que fornece visualizações globais anuais dos planetas exteriores e que permitem aos astrónomos procurar mudanças nas tempestades, ventos e nuvens.

// NASA (comunicado de imprensa)
// ESA/Hubble (comunicado de imprensa)
// Hubblesite (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Geophysical Research Letters)
// Hubble observa mudanças na Grande Mancha Vermelha de Júpiter (NASA Goddard via YouTube)
// Os ventos da Grande Mancha Vermelha de Júpiter (Hubble via YouTube)

 


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Grande Mancha Vermelha (Wikipedia)

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Missão Lucy da NASA prepara-se para viajar até aos asteroides troianos

A NASA testou as funções da Lucy, a primeira nave espacial da agência a estudar os asteroides troianos de Júpiter, abasteceu-a de combustível e está a embalá-la numa cápsula para lançamento no sábado, dia 16 de outubro.

Com nomes de personagens da mitologia grega, estes asteroides circundam o Sol em dois enxames, um grupo que lidera à frente de Júpiter na sua órbita, o outro seguindo por trás. Lucy será a primeira nave espacial a visitar estes asteroides. Ao estudá-los de perto, os cientistas esperam melhorar as suas teorias de como os planetas do Sistema Solar se formaram há 4,5 mil milhões de anos e porque acabaram na sua configuração atual.

 
Impressão de artista da nave espacial Lucy voando pelo binário Pátroclo-Menoetius. A Lucy será a primeira missão a explorar os asteroides troianos de Júpiter - remanescentes antigos do Sistema Solar exterior capturados na órbita do planeta gigante.
Crédito: Centro de Voo Espacial Goddard da NASA/CIL/Adriana Gutierrez
 

"Com a Lucy, vamos a oito asteroides nunca antes vistos ao longo de 12 anos," disse Tom Statler, cientista do projeto Lucy na sede da NASA em Washington. "Esta é uma oportunidade fantástica de descoberta, à medida que investigamos o passado distante do nosso Sistema Solar."

Seguindo todos os protocolos da pandemia, os membros da equipa da Lucy passaram as últimas oito semanas no Centro Espacial Kennedy da NASA no estado norte-americano da Flórida, preparando a nave espacial para o voo. Os engenheiros testaram os sistemas mecânicos, elétricos e térmicos da nave e praticaram a execução da sequência de lançamento a partir dos centros de operações da missão Kennedy e da Lockheed Martin Space em Littleton, Colorado. No início de agosto, os engenheiros instalaram a antena de alto ganho da sonda, a sua segunda característica mais proeminente - depois dos enormes painéis solares - que permitirá com que a sonda comunique com a Terra.

 
O estágio Centaur da United Launch Alliance (ULA) para a missão Lucy da NASA é içado por guindaste para a Instalação de Integração Vertical perto do Complexo de Lançamento Espacial 41 na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral na Flórida, quinta-feira, 16 de setembro de 2021. A sonda Lucy tem lançamento previsto para dia 16 de outubro, no foguetão Atlas V 401 da ULA a partir da plataforma 41. Ao longo da sua missão de 12 anos, a Lucy vai explorar um número recorde de asteroides, voando por um asteroide na cintura principal e por sete troianos. Além disso, o percurso da Lucy fará com que volte à Terra três vezes para assistências gravitacionais, tornando-a a primeira espaçonave a regressar à vizinhança da Terra vinda do Sistema Solar exterior.
Crédito: NASA/Kim Shiflett
 

No dia 18 de setembro, os engenheiros de propulsão terminaram de encher os tanques da Lucy com aproximadamente 725 kg de hidrazina líquida e oxigénio líquido, que compõem 40% da massa da sonda. O combustível será usado em manobras precisas que vão impulsionar a Lucy para os seus asteroides, enquanto os painéis solares - cada um com a largura de um autocarro escolar - irão recarregar as baterias que dão energia aos instrumentos da espaçonave.

A sonda Lucy será colocada dentro das duas metades da carenagem do veículo de lançamento, que se fechará em torno dela como uma concha. Depois do encapsulamento, a equipa da Lucy será capaz de comunicar eletricamente com ela por meio de um "cordão umbilical".

Ainda no início de outubro, a nave espacial encapsulada será transportada para a instalação de veículos na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, onde será "acoplada" ao foguetão Atlas V 401 da United Launch Alliance. O foguetão levará a Lucy para fora da atmosfera da Terra para dar início à longa jornada até aos asteroides troianos.

Poucos dias antes do lançamento, os engenheiros irão ligar a nave Lucy em preparação para a missão. Este processo levará cerca de 20 minutos.

"A sonda ficará na configuração de lançamento e a equipa de engenharia irá monitorizar continuamente a sua saúde e estado para garantir que a Lucy fique pronta para a descolagem," disse Jessica Lounsbury, engenheira de sistemas do projeto Lucy em Goddard. "E então chega o dia do lançamento."

A primeira tentativa de lançamento da Lucy está programada para as 10:34 (hora portuguesa) de 16 de outubro. Nesse dia, a equipa será "chamada às estações" pelas 06:00 (hora portuguesa), quando todos devem chegar ao controlo da missão e às outras estações a fim de monitorizar a nave e executar todos os procedimentos de contagem regressiva de lançamento. Se o mau tempo ou qualquer outro problema proibirem um lançamento naquele dia, a equipa terá oportunidades de lançamento adicionais a partir do dia seguinte.

// NASA (comunicado de imprensa)

 


Saiba mais

Asteroides troianos:
Wikipedia

Missão Lucy:
NASA
Wikipedia

 
   
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  "Confusão exoplanetária" pode atrasar a exploração de planetas parecidos com a Terra (via Universidade de Cornell)
No que toca a fotografar diretamente exoplanetas parecidos com a Terra em órbita de estrelas distantes, ver não é sempre crer. Um novo estudo descobriu que os telescópios de próxima geração, que serão usados para observar exoplanetas, podem confundir planetas parecidos com a Terra com outros tipos de planetas no mesmo sistema solar. Ler fonte
     
  Frota marciana da NASA faz "intervalo" nas comunicações (via NASA)
A NASA vai parar o envio de comandos às suas missões em Marte, ao longo das próximas semanas, enquanto a Terra e o Planeta Vermelho estão em lados opostos do Sol. Este período, chamado conjunção solar de Marte, ocorre a cada dois anos. Em 2021, esse período de intervalo vai ocorrer entre 2 e 16 de outubro, mais dia menos dia, consoante a missão. Ler fonte
 
   
Álbum de fotografias - As Nuvens de Hidrogénio de M33
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Luca Fornaciari
 
A linda galáxia espiral M33 parece ter mais do que a sua parte justa de hidrogénio gasoso e brilhante. Membro proeminente do Grupo Local de galáxias, M33 também é conhecida como a Galáxia do Triângulo e fica a apenas 3 milhões de anos-luz de distância. Espalhando-se ao longo de braços espirais soltos que serpenteiam em direção ao núcleo, as regiões gigantes HII de M33 são alguns dos maiores berçários estelares conhecidos, locais de formação de estrelas muito massivas, mas de vida curta. A intensa radiação ultravioleta das estrelas massivas luminosas ioniza o gás hidrogénio circundante e, por fim, produz o brilho vermelho característico. Para destacar as regiões HII nesta imagem telescópica, dados de banda larga usados para produzir uma vista colorida da galáxia foram combinados com dados de banda estreita registados por um filtro hidrogénio-alfa, transmitindo a luz da mais forte linha de emissão do hidrogénio. As ampliações de regiões HII catalogadas aparecem nas inserções das barras laterais. Use o número de referência individual para encontrar a sua posição na Galáxia do Triângulo. Por exemplo, a gigante região HII NGC 604 está identificada numa inserção à direita e aparece na posição número 15. Corresponde aproximadamente à posição das 4 horas neste retrato de M33.
 
   
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