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  Arquivo | CCVAlg - Astronomia
Com o apoio do Centro Ciência de Tavira
   
 
 
  Astroboletim #1926  
  23/08 a 25/08/2022  
     
 
Astronomia no Verão pelo Centro Ciência Viva de Tavira

Observação noturna do céu em Tavira
Local: Forte do Rato
30/08/2022, 21:00 - Data esgotada - lista de espera

Observação da Lua em Tavira
(não é necessário inscrição)
Local: Praça da República
06/09/2022, 21:00

 
Astronomia no Verão pelo Centro Ciência Viva do Algarve

Observação astronómica junto ao moinho de maré da Quinta de Marim (Olhão)
30/08/2022, 20:00 - Data esgotada - lista de espera

Lua durante o dia no Centro Náutico da Praia de Faro
(não é necessário inscrição)
Data:
02/09/2022
Horários: 17:30, 17:45, 18:00, 18:15 e 18:45

Lua durante o dia no Parque Municipal de Loulé
(não é necessário inscrição)
Data:
03/09/2022
Horários: 17:30, 17:45, 18:00, 18:15 e 18:45

Programa em atualização
Consulte sempre a página das atividades para informações mais detalhadas como o itinerário, ponto de encontro, coordenadas GPS, etc., e para fazer a sua inscrição caso seja obrigatória.
Todas as atividades estão dependentes de condições meteorológicas favoráveis.
Não dispensa a consulta do FAQ no site da Ciência Viva no Verão

 
     
 
Efemérides

Dia 23/08: 235.º dia do calendário gregoriano.
História:
Em 1962 estreia a série televisiva, "The Jetsons", uma produção da Hanna-Barbara que introduziu a uma geração um futuro com base na tecnologia. 
Em 1966, a Lunar Orbiter 1 tira a primeira fotografia da Terra a partir de órbita lunar. 
Em 1993, a sonda Galileu descobre uma lua, mais tarde chamada Dactyl, em torno de 243 Ida, a primeira lua conhecida em torno de um asteroide.

Observações: À medida que o verão progride e Arcturo desce no céu a oeste, a figura de "papagaio-de-papel" de Boieiro que "nasce" a partir de Arcturo inclina-se para a direita. O "papagaio-de-papel" é estreito, ligeiramente dobrado e com a sua parte superior inclinada para a direita, com 23º de tamanho: cerca de dois punhos à distância do braço esticado. Arcturo corresponde à sua ponta inferior, onde se liga o fio à cauda do "papagaio-de-papel".
Para a direita de Boieiro, a noroeste, a Ursa Maior situa-se na diagonal.

Dia 24/08: 236.º dia do calendário gregoriano.
História:
Em 1492 Cristovão Colombo partia pela segunda vez para o Novo  Mundo.
Em 1966, a Luna 11 era lançada de uma plataforma em órbita da Terra.

Esta missão soviética tinha como objetivo estudar a composição química e anomalias gravitacionais da Lua
Em 2006, a União Astronómica Internacional (UAI) redefine o termo "planeta", e Plutão é a partir daí considerado um planeta anão.
Observações: Procure a brilhante Vega, a Estrela de Verão, passando pelo zénite logo após se tornar completamente noite (caso viva a latitudes médias norte). Vega passa exatamente pelo zénite se estiver à latitude 39º N.

Dia 25/08: 237.º dia do calendário gregoriano.
História:
Em 1609, Galileu Galilei demonstra o seu primeiro telescópio aos legisladores de Veneza.
Em 1864 nascia Ole Romer, astrónomo dinamarquês que propôs a primeira determinação da velocidade da luz.
Em 1981, flyby da Voyager 2 por Saturno.
Em 1989, flyby da Voyager 2 por Neptuno
Em 2000, a revista Science anuncia descobertas a partir de dados do magnetómetro da sonda Galileu que fornecem, à data, as mais sólidas provas da existência de um oceano de água líquida salgada por baixo da superfície de uma das luas de JúpiterEuropa.

No mesmo ano, o Telescópio Espacial Hubble faz um censo de anãs castanhas galácticas. A câmara NICMOS do Hubble revela a baixa energia das anãs castanhas, estrelas que não têm massa suficiente para começar a fusão nuclear.
Em 2012, a sonda Voyager 1 torna-se no primeiro objeto feito pelo Homem a entrar no espaço interestelar.
Observações: Aproveite os momentos antes do nascer-do-Sol e ao amanhecer para observar, perto do horizonte a este, a fina Lua, quase Nova, e o planeta Vénus para baixo. É um bom momento fotográfico.
O evento repete-se amanhã, ao amanhecer de dia 26, mas a Lua está ainda mais fina e desta vez para a esquerda do planeta Vénus.

 
 
   
NASA identifica regiões candidatas para o regresso dos humanos à Lua

À medida que a NASA se prepara para enviar astronautas de volta à Lua no programa Artemis, a agência espacial identificou 13 regiões candidatas à alunagem perto do polo sul do nosso satélite natural. Cada região contém múltiplos locais potenciais de pouso para a missão Artemis III, que será a primeira das missões Artemis a colocar uma tripulação à superfície, incluindo a primeira mulher na Lua.

"A seleção destas regiões significa que estamos um salto gigantesco mais próximo do regresso dos humanos à Lua pela primeira vez desde o programa Apollo", disse Mark Kirasich, administrador adjunto associado da Divisão de Desenvolvimento da Campanha Artemis na sede da NASA em Washington. "Quando o fizermos, será diferente de qualquer missão que tenha surgido antes: os astronautas vão aventurar-se em áreas escuras anteriormente inexploradas pelos humanos e lançam as bases para futuras estadias de longo prazo".

 
Apresentação das 13 regiões candidatas à alunagem da missão Artemis III. Cada região tem aproximadamente 15x15 quilómetros. Um local de alunagem é um sítio, dentro dessas regiões, com um raio aproximado de 100 metros.
Crédito: NASA
 

A NASA identificou as seguintes regiões candidatas para uma alunagem da Artemis III:

  • Faustini Rim A;
  • Peak Near Shackleton;
  • Connecting Ridge;
  • Connecting Ridge Extension;
  • de Gerlache Rim 1;
  • de Gerlache Rim 2;
  • de Gerlache-Kocher Massif;
  • Haworth;
  • Malapert Massif;
  • Leibnitz Beta Plateau;
  • Nobile Rim 1;
  • Nobile Rim 2;
  • Amundsen Rim.

Cada uma destas regiões está localizada a seis graus de latitude no polo sul lunar e, coletivamente, contêm diversas características geológicas. Juntas, as regiões fornecem opções de alunagem para todas as potenciais oportunidades de lançamento da Artemis III. Os locais de pouso estão fortemente ligados ao calendário da janela de lançamento, pelo que múltiplas regiões asseguram flexibilidade para um lançamento ao longo do ano.

Para selecionar as regiões, uma equipa de cientistas e engenheiros de toda a agência espacial avaliou a área perto do polo sul lunar usando dados da LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter) da NASA e décadas de publicações e descobertas científicas lunares. Além de considerar a possibilidade de janelas de lançamento, a equipa avaliou as regiões com base na sua capacidade de acomodar uma alunagem segura, usando critérios que incluem a inclinação do terreno, a facilidade de comunicação com a Terra e as condições de iluminação. Para determinar a acessibilidade, a equipa também considerou as capacidades combinadas do foguetão SLS (Space Launch System), da nave espacial Orion e do sistema de aterragem humana Starship fornecido pela SpaceX.

Todas as regiões consideradas são cientificamente significativas devido à sua proximidade com o polo sul lunar, que é uma área que contém regiões permanentemente à sombra ricas em recursos e em terremos inexplorados por humanos.

 
O foguetão SLS (Space Launch System) da NASA com a nave espacial Orion a bordo, visto no topo de um lançador móvel na plataforma de lançamento 39B, quarta-feira, 17 de agosto de 2022, depois de ter sido colocado na plataforma de lançamento no Centro Espacial Kennedy da NASA, na Flórida.
A missão Artemis I da NASA é o primeiro teste integrado dos sistemas de exploração de espaço profundo da agência: a nave espacial Orion, o foguetão SLS e os sistemas terrestres de apoio.
Este primeiro teste de voo não tripulado tem lançamento previsto para 29 de agosto.
Crédito: NASA
 

"Vários dos locais propostos dentro das regiões estão localizados entre algumas das partes mais antigas da Lua e, juntamente com as regiões permanentemente à sombra, proporcionam a oportunidade de aprender mais sobre a história da Lua através de materiais lunares previamente não estudados", disse Sarah Noble, líder científica do programa Artemis para a Divisão de Ciência Planetária da NASA.

A equipa de análise pesou outros critérios de alunagem com objetivos científicos específicos da missão Artemis III, incluindo o objetivo de pousar perto o suficiente de uma região permanentemente à sombra para permitir à tripulação realizar um passeio lunar, limitando ao mesmo tempo a perturbação da alunagem. Isto permitirá à tripulação recolher amostras e realizar análises científicas numa área não comprometida, produzindo informações importantes sobre a profundidade, distribuição e composição da água gelada que foi confirmada no polo sul da Lua.

A equipa identificou regiões que podem cumprir o objetivo do passeio lunar assegurando a proximidade a regiões permanentemente à sombra, e também tiveram em conta outras condições de iluminação. Todas as 13 regiões contêm locais que proporcionam acesso contínuo à luz solar durante um período de 6,5 dias - a duração planeada da estadia da missão Artemis III à superfície. O acesso à luz solar é crítico para uma estadia prolongada na Lua, porque proporciona uma fonte de energia e minimiza as variações de temperatura.

"O desenvolvimento de um plano para explorar o Sistema Solar significa aprender a utilizar os recursos que estão à nossa disposição e ao mesmo tempo preservar a sua integridade científica", disse Jacob Bleacher, cientista chefe de exploração da NASA. "A água gelada lunar é valiosa de uma perspetiva científica e também como recurso, porque dela podemos extrair oxigénio e hidrogénio para sistemas de suporte de vida e combustível".

A NASA vai discutir as 13 regiões com as mais vastas comunidades científicas e de engenharia através de conferências e workshops para solicitar contributos sobre os méritos de cada região. Este feedback irá informar a seleção de locais no futuro, e a NASA poderá identificar regiões adicionais para consideração. A agência espacial vai continuar a trabalhar com a SpaceX para confirmar as capacidades de aterragem da nave espacial Starship e para avaliar as opções em conformidade.

A NASA vai selecionar locais dentro das regiões, para a Artemis III, depois de identificar as datas de lançamento da missão, que ditam as trajetórias de transferência e as condições ambientais à superfície.

Através do programa Artemis, a NASA vai fazer pousar a primeira mulher e a primeira pessoa afro-americana na Lua, abrindo caminho para uma presença lunar sustentável a longo prazo e servindo como pedra angular para futuras missões tripuladas a Marte.

// NASA (comunicado de imprensa)
// Regiões candidatas à alunagem da Artemis III (NASA Goddard via YouTube)

 


Saiba mais

Programa Artemis:
NASA
Wikipedia
Artemis I (NASA)
Artemis I (Wikipedia)
Artemis II (NASA)
Artemis II (Wikipedia)
Artemis III (NASA)
Artemis III (Wikipedia)
Sistema de Aterragem Humana Starship (Wikipedia)
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Lua:
CCVAlg - Astronomia
Wikipedia
Água lunar (Wikipedia)

LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter):
NASA
Wikipedia

 
   
Imagem mais nítida de sempre da estrela mais massiva conhecida no Universo

Aproveitando as capacidades do telescópio Gemini South de 8,1 metros no Chile, que faz parte do Observatório Internacional Gemini operado pelo NOIRLab da NSF (National Science Foundation), os astrónomos obtiveram a imagem mais nítida de sempre da estrela R136a1, a estrela mais massiva conhecida no Universo. A sua investigação, liderada pelo astrónomo Venu M. Kalari do NOIRLab, desafia a nossa compreensão das estrelas mais massivas e sugere que elas podem não ser tão massivas como se pensava anteriormente.

 
Aninhada no centro da Nebulosa da Tarântula, na Grande Nuvem de Magalhães, está a maior estrela até agora descoberta. Com a ajuda do instrumento Zorro e o poder do telescópio Gemini South de 8,1 metros no Chile, os astrónomos produziram a imagem mais nítida de sempre desta estrela. Esta nova imagem desafia a nossa compreensão das estrelas mais massivas e sugere que elas podem não ser tão massivas como se pensava anteriormente.
Crédito: Observatório Internacional Gemini/NOIRLab/NSF/AURA;
reconhecimento - processamento de imagem: T.A. Rector (Universidade do Alaska em Anchorage/NOIRLab da NSF), M. Zamani (NOIRLab da NSF) e D. de Martin (NOIRLab da NSF)
 

Os astrónomos ainda não compreendem totalmente como as estrelas mais massivas são formadas - aquelas com mais de 100 vezes a massa do Sol. Uma peça particularmente desafiante deste puzzle é a obtenção de observações destas gigantes, que tipicamente habitam nos corações densamente povoados de enxames envoltos em poeira. As estrelas gigantes também "vivem e morrem depressa", queimando as suas reservas de combustível em apenas alguns milhões de anos. Em comparação, o nosso Sol está quase a meio da sua vida de 10 mil milhões de anos. A combinação de estrelas densamente agrupadas, vidas relativamente curtas e grandes distâncias astronómicas, torna a distinção individual de estrelas gigantes em enxames um desafio técnico assustador.

Ao empurrar as capacidades do instrumento Zorro no telescópio Gemini South, os astrónomos obtiveram a imagem mais nítida de sempre de R136a1 - a estrela mais massiva conhecida. Esta estrela colossal faz parte do enxame estelar R136, situado a cerca de 160.000 anos-luz da Terra, no centro da Nebulosa da Tarântula, na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã companheira da Via Láctea.

Observações anteriores sugeriram que R136a1 tinha uma massa algures entre 250 a 320 vezes a massa do Sol. As novas observações Zorro, contudo, indicam que esta estrela gigante pode ter apenas 170 a 230 vezes a massa do Sol. Mesmo como esta estimativa mais baixa, R136a1 ainda se qualifica como a estrela mais massiva conhecida.

Os astrónomos são capazes de estimar a massa de uma estrela comparando o seu brilho e temperatura observados com as previsões teóricas. A imagem mais nítida do instrumento Zorro permitiu ao astrónomo Venu M. Kalari e colegas separarem mais precisamente o brilho de R136a1 das suas companheiras estelares próximas, o que levou a uma estimativa mais baixa do seu brilho e, portanto, da sua massa.

"Os nossos resultados mostram-nos que a estrela mais massiva que conhecemos atualmente não é tão massiva como tínhamos pensado anteriormente", explicou Kalari, autor principal do artigo científico que anuncia este resultado. "Isto sugere que o limite superior das massas estelares pode ser menor do que se pensava anteriormente".

Este resultado também tem implicações para a origem dos elementos mais pesados do que o hélio no Universo. Estes elementos são criados durante a morte cataclísmica e explosiva de estrelas com mais de 150 vezes a massa do Sol, em eventos a que os astrónomos referem como supernovas de instabilidade de par. Se R136a1 for menos massiva do que se pensava anteriormente, o mesmo pode ser verdade para outras estrelas massivas e, consequentemente, as supernovas de instabilidade de par podem ser mais raras do que se esperava.

 
Esta comparação mostra a nitidez e clareza excecionais do instrumento Zorro no Telescópio Gemini South de 8,1 metros no Chile (esquerda) quando comparado com uma imagem anterior tirada com o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA (direita). A nova imagem do Gemini South permitiu aos astrónomos distinguir claramente a estrela R136a1 das suas companheiras estelares próximas, fornecendo os dados necessários para revelar que - embora ainda a estrela mais massiva conhecida no Universo - é menos massiva do que se pensava anteriormente.
Crédito: Observatório Internacional Gemini/NOIRLab/NSF/AURA;
reconhecimento - processamento de imagem: T.A. Rector (Universidade do Alaska em Anchorage/NOIRLab da NSF), M. Zamani (NOIRLab da NSF) e D. de Martin (NOIRLab da NSF); Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA
 

O enxame de estrelas que hospeda R136a1 foi anteriormente observado por astrónomos que utilizavam o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA e uma variedade de telescópios terrestres, mas nenhum destes telescópios conseguia obter imagens suficientemente detalhadas para discernir todos os membros estelares individuais do enxame próximo.

O instrumento Zorro do Gemini South conseguiu ultrapassar a resolução de observações anteriores utilizando uma técnica conhecida como "speckle imaging", que permite aos astrónomos ultrapassar grande parte do efeito de desfoque da atmosfera da Terra. Ao tirar muitas milhares de imagens de curta exposição de um objeto brilhante e ao processar cuidadosamente os dados, é possível cancelar quase toda a desfocagem atmosférica. Esta abordagem, bem como a utilização de ótica adaptativa, pode aumentar drasticamente a resolução dos telescópios terrestres, tal como demonstrado pelas novas e nítidas observações de R136a1 pela equipa do instrumento Zorro.

"Este resultado mostra que, dadas as condições certas, um telescópio de 8,1 metros empurrado para os seus limites pode rivalizar não só com o Telescópio Espacial Hubble quando se trata de resolução angular, mas também com o Telescópio Espacial James Webb", comentou Ricardo Salinas, coautor do artigo científico e cientista do instrumento Zorro. "Esta observação empurra o limite do que é considerado possível utilizando a técnica de 'imaging speckle'".

"Começámos este trabalho como uma observação exploratória para ver quão bem o Zorro podia observar este tipo de objetos", concluiu Kalari. "Embora exijamos cautela na interpretação dos nossos resultados, as nossas observações indicam que as estrelas mais massivas podem não ser tão massivas como outrora se pensava".

O Zorro e o seu gémeo idêntico 'Alopeke são instrumentos de imagem montados nos telescópios Gemini South e North, respetivamente. Os seus nomes são as palavras havaianas e espanholas para "raposa" e representam as localizações respetivas dos telescópios em Maunakea, Hawaii, e em Cerro Pachón no Chile. Estes instrumentos fazem parte do Programa de Instrumentos Visitantes do Observatório Gemini, que permite nova ciência ao acomodar instrumentos inovadores e ao permitir uma investigação excitante.

"O Gemini South continua a melhorar a nossa compreensão do Universo, transformando a astronomia tal como a conhecemos. Esta descoberta é mais um exemplo dos feitos científicos que podemos realizar quando combinamos colaboração internacional, infraestruturas de classe mundial e uma excelente equipa", disse Martin Still, oficial do programa Gemini da NSF.

// NOIRLab (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (arXiv.org)
// Cosmoview Ep. 51: Imagem mais nítida de sempre da estrela mais massiva conhecida no Universo (NOIRLabAstro via YouTube)

 


Saiba mais

CCVAlg - Astronomia:
23/07/2010 - As estrelas tornaram-se maiores

R136a1:
Wikipedia

R136:
Wikipedia

Lista das estrelas mais massivas:
Wikipedia

Observatório Gemini:
Página principal
Wikipedia

 
   
Olhando para dentro de uma estrela de neutrões - novo modelo vai melhorar as informações recolhidas das ondas gravitacionais

As oscilações nas estrelas de neutrões binárias, antes de se fundirem, podem ter grandes implicações para as informações que os cientistas recolhem a partir da deteção de ondas gravitacionais.

Investigadores da Universidade de Birmingham demonstraram a forma como estas vibrações únicas, provocadas pelas interações entre os campos de maré das duas estrelas à medida que se aproximam, afetam as observações das ondas gravitacionais. O estudo foi publicado na revista Physical Review Letters.

A tomada em consideração destes movimentos poderá fazer uma enorme diferença na nossa compreensão dos dados obtidos pelos instrumentos Advanced LIGO e Virgo, construídos para detetar ondas gravitacionais - ondulações no espaço-tempo - produzidas pela fusão de buracos negros e estrelas de neutrões.

 
Uma fusão entre duas estrelas de neutrões.
Crédito: Centro de Voo Espacial Goddard da NASA/Laboratório CI
 

Os investigadores pretendem ter um novo modelo pronto para a próxima campanha de observação do Advanced Ligo e modelos ainda mais avançados para a próxima geração de instrumentos do Advanced Ligo, chamada A+, que deverão começar a sua primeira campanha de observação em 2025.

Desde que as primeiras ondas gravitacionais foram detetadas pela Colaboração Científica LIGO e pela Colaboração Virgo em 2016, os cientistas têm-se concentrado em fazer avançar a sua compreensão das colisões massivas que produzem estes sinais, incluindo a física de uma estrela de neutrões a densidades supra nucleares.

O Dr. Geraint Pratten, do Instituto de Astronomia de Ondas Gravitacionais da Universidade de Birmingham, é o autor principal do artigo. Ele disse: "Os cientistas conseguem agora obter muitas informações cruciais sobre as estrelas de neutrões a partir das últimas deteções de ondas gravitacionais. Detalhes como a relação entre a massa da estrela e o seu raio, por exemplo, fornecem uma visão crucial da física fundamental por detrás das estrelas de neutrões. Se negligenciarmos estes efeitos adicionais, a nossa compreensão da estrutura das estrelas de neutrões como um todo pode tornar-se profundamente enviesada".

A Dra. Patricia Schmidt, coautor do artigo e professora associada no mesmo instituto, acrescentou: "Estes aperfeiçoamentos são realmente importantes. Dentro de estrelas de neutrões individuais podemos começar a compreender o que se passa no interior do núcleo da estrela, onde a matéria existe a temperaturas e densidades que não podemos replicar em experiências laboratoriais. A este ponto, podemos começar a ver átomos a interagir uns com os outros de formas que ainda não vimos - o que pode exigir novas leis da física".

Os aperfeiçoamentos concebidos pela equipa representam a última contribuição da Universidade de Birmingham para o programa Advanced LIGO. Os investigadores têm estado profundamente envolvidos na conceção e desenvolvimento dos detetores desde as primeiras fases do programa. Olhando para o futuro, a estudante de doutoramento Natalie Williams já está a progredir no trabalho de cálculos para refinar e calibrar ainda mais os novos modelos.

// Universidade de Birmingham (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Physical Review Letters)
// Artigo científico (arXiv.org)

 


Saiba mais

Estrelas de neutrões:
Wikipedia
Universidade de Maryland

Ondas gravitacionais:
GraceDB (Gravitational Wave Candidate Event Database)
Wikipedia
Astronomia de ondas gravitacionais - Wikipedia
Ondas gravitacionais: como distorcem o espaço - Universe Today
Detetores: como funcionam - Universe Today
As fontes de ondas gravitacionais - Universe Today
O que é uma onda gravitacional (YouTube)

LIGO:
Página oficial
Caltech
Advanced LIGO
Wikipedia

Virgo:
EGO
Wikipedia

 
   
Também em destaque
  Mistério resolvido: o monóxido de carbono em falta estava escondido no gelo (via Centro para Astrofísica | Harvard & Smithsonian)
Os astrónomos observam frequentemente o monóxido de carbono em berçários planetários. O composto é ultra-brilhante e extremamente comum em discos protoplanetários - regiões de poeira e gás onde os planetas se formam em torno de estrelas jovens - tornando-o um alvo para os cientistas. Mas ao longo da última década, algo não tem feito sentido no que concerne às observações de monóxido de carbono: falta muito monóxido de carbono nas observações de discos, caso as previsões atuais dos astrónomos sobre a sua abundância estiverem corretas. Ler fonte
 
   
Álbum de fotografias - Poeira Estelar e Caudas Cometárias
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Rolando Ligustri (Projeto CARACAST)
 
Em direção à sua maior aproximação do Sol, ou periélio, no dia 19 de dezembro, o cometa C/2017 K2 (PanSTARRS) continua a ser uma visão para os observadores telescópicos enquanto navega os céus do planeta Terra na direção da constelação de Escorpião. O cometa ostenta, atualmente, uma cabeleira esverdeada, uma longa cauda esbranquiçada de poeira e uma curta cauda de iões nesta imagem de céu profundo obtida no dia 18 de agosto. O campo de visão, com 2x3 graus, inclui parte da nebulosa poeirenta IC 4592, que reflete luz estelar azul. Também conhecida como a Nebulosa da Cabeça de Cavalo Azul, IC 4592 está a cerca de 400 anos-luz de distância enquanto o cometa está a pouco menos de 17 minutos-luz. Visto primeiro a uma distância bem para lá da órbita de Saturno, C/2017 K2 está na sua viagem inaugural ao Sistema Solar interior, um visitante pristino da remota nuvem de Oort.
 
   
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