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Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve
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ASTROBOLETIM N.º 533
De 06/05 a 07/05/2009
 
 
 

Dia 06/05: 126.º dia do calendário gregoriano.
Observações: Olhe para cima e para a esquerda da Lua esta noite para encontrar Espiga, em Virgem. Mais para a direita da Lua encontra-se a constelação de Corvo. Bem, bem para a esquerda do nosso satélite natural, esta a mais brilhante Arcturo.

Dia 07/05: 127.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1973, era lançado o Observatório Espacial de raios-X Explorer 53.
Em 1992, era lançado pela primeira vez o Space Shuttle Endeavour (STS-49).

Em 1997, a sonda Galileo fazia o seu quarto "voo rasante" por Ganimedes.
Observações: Por volta das 22 horas, a brilhante Vega a Nordeste e a brilhante Capela a Noroeste, estarão exactamente à mesma altura. O momento deste balanço depende da sua localização na sua zona horária, especialmente quão para Este se encontra. Consegue determinar a hora exacta deste evento no seu local?

 
 
 
Alguns pássaros utilizam as estrelas para se orientarem durante a sua migração.
 
 
 
AIA 2009
 
 
  PODERIAM FLORES DESABROCHAR EM EUROPA?  
 

O físico e futurista Freeman Dyson diz que deveríamos pesquisar vida extraterrestre onde é mais fácil de a descobrir, mesmo se as condições aí não forem ideais para a vida como a conhecemos. Especificamente, diz que sondas poderiam partir em busca de flores - semelhantes àquelas encontradas nas regiões árticas da Terra - em luas geladas e cometas no Sistema Solar exterior.

"Eu diria que a estratégia da busca de vida no Universo devia ser a de procurar o que é detectável, não o que é provável," disse Sábado passado numa conferência em Cambridge, Massachusetts, EUA. "Nós temos uma tendência, entre os teóricos deste campo, de adivinhar o que é provável. De facto, as nossas hipóteses estão provavelmente erradas," disse Dyson. "Nunca tivémos tanta imaginação como a Natureza."

Ele afirma que as sondas deveriam procurar sinais de vida na lua gelada de Júpiter, Europa, dado que ela aí seria detectável. Europa, que se pensa ter um oceano de água líquida por baixo da sua concha gelada, há muito que é um alvo para os astrobiólogos, que suspeitam que o interior possa ser salubre para a vida. Mas procurar por baixo da superfície gelada da lua é difícil. As estimativas da espessura do gelo já têm variado entre menos de 1 km e mais de 100 km.

Esta flor do ártico e outras flores a altas-latitudes têm formas parabólicas para focar a luz solar nas partes reproductivas nos seus centros. O físico Freeman Dyson diz que tais plantas podem evoluír também noutros mundos.
Crédito: Ansgar Walk
(clique na imagem para ver versão maior)
 

A vida, no entanto, pode ser visível a partir de sondas em órbita, se habitasse em fendas no gelo de Europa, que ligassem a superfície ao interior, afirma Dyson. Tal vida poderia tomar a forma de flores com uma forma parabólica que se focasse na ténue luz solar caíndo sobre Europa, e sobre o interior da planta. As flores com tais formas existem em climas árticos aqui na Terra, onde as plantas evoluíram para maximizar a energia solar.

As flores de Europa poderiam ser detectáveis através de um fenómeno chamado retroreflexão, no qual a luz é reflectida de volta para a sua origem, acrescenta Dyson. Este efeito óptico é visto em luz reflectida a partir dos olhos dos animais, e é usada no desenho de sinais rodoviários, e também em espelhos deixados na Lua pelos astronautas das missões Apollo.

Embora os "girassóis" de Dyson possam desabrochar em Europa, podem até estar espalhadas por outros locais no Sistema Solar. "Podemos imaginar que uma vez que tenhamos flores alimentadas através das raízes, poderiam evoluír na direcção de ficarem independentes," disse Dyson.

Se as plantas se espalhassem para objectos mais distantes e pequenos dos dois reservatórios cometários do Sistema Solar, a cintura de Kuiper e a nuvem de Oort, poderiam estar menos sujeitas à gravidade e poderiam facilmente crescer em tamanho para maximizar a recolha solar, conclui Dyson.

Europa será uma das duas luas exploradas em profundidade por uma colaboração planeada entre a NASA e a ESA a começar em 2026, quando se espera que um par de sondas alcancem Júpiter.

Links:

Notícias relacionadas:
New Scientist
Universe Today

Europa:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

 
     
 
 
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  Título da imagem - Crédito: Quem fez a imagem  
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Quando em órbita de Saturno, não perca as deslumbrantes superimposições das luas e anéis. Uma destas pitorescas paisagens foi recentemente observada pela sonda Cassini, actualmente em órbita do Senhor dos Anéis. Em Abril de 2006, a Cassini capturou os anéis A e F em frente da lua nublada Titã. Perto dos anéis e aparecendo mesmo por cima de Titã está Epimeteu, uma lua que orbita mesmo do lado de fora do anel F. O espaço escuro no anel A tem o nome de Divisão de Encke, embora aí orbitem pequenos aglomerados de material e até a pequena lua Pan. A Cassini e observadores terrestres esperam o próximo equinócio saturniano, quando o plano dos anéis vai apontar directamente para o Sol. Espera-se que se tornem visíveis mais características e sombras dos anéis, e que estas possam providenciar pistas acerca da natureza das partículas anulares.

 


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