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Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve
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ASTROBOLETIM N.º 563
De 22/07 a 23/07/2009
 
 
 
 

Dia 22/07: 203.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1962, a Mariner 1 voa erraticamente durante vários minutos após o lançamento acabando por ter que ser destruída.

Observações: Eclipse total do Sol, para partes da India ao amanhecer, China mais para a manhã, e Oceano Pacífico Oeste durante o dia. O eclipse é parcial numa área muito maior: desde a Sibéria até ao Cazaquistão, pelo Sudeste Asiático e Indonésia.
Lua nova, pelas 3:35.

Dia 23/07: 204.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1972, os Estados Unidos lançavam o satélite LandSat 1.

Em 1995, é descoberto o Cometa Hale-Bopp e torna-se visível a olho nu quase um ano depois.
Observações: A Lua, muito fina, encontra-se muito baixa a Oeste após o pôr-do-Sol. Por cima brilha Régulo, que diz adeus pelo resto do ano. Saturno brilha mais cima e para a esquerda da Lua.

 
 
 
Um fotão pode demorar até um milhão de anos desde o momento em que é produzido no núcleo duma estrela até que chega à superfície da mesma.
 
 
 
AIA 2009
 
 
  LRO OBSERVA LOCAIS DE ATERRAGEM DAS APOLLO  
 

A sonda Lunar Reconaissance Orbiter, ou LRO, enviou as suas primeiras imagens dos locais de aterragem das missões Apollo. As imagens mostram os estágios de descida dos módulos lunares das Apollo, na superfície da Lua, e longas sombras a partir de um Sol baixo no horizonte, que tornam os locais dos módulos evidentes.

A Câmara da Lunar Reconaissance Orbiter, ou LROC, foi capaz de capturar imagens de cinco das seis Apollo. O que resta da Apollo 12 será fotografado nas próximas semanas.

O satélite alcançou órbita lunar no dia 23 de Junho e capturou as imagens das Apollo entre 11 e 15 de Julho. Embora se esperasse que a LRO fosse capaz de resolver os restos das missões Apollo, estas primeiras imagens vêm antes da sonda alcançar a sua órbita final para mapeamento. As futuras imagens da LROC, destes locais, terão duas ou três vezes mais resolução.

 
Módulo lunar da Apollo 11, o Eagle. Comprimento da imagem: 282 metros
(clique na imagem para ver versão maior)
  Módulo lunar da Apollo 15, o Falcon. Comprimento da imagem:384 metros
(clique na imagem para ver versão maior)
     
 
Módulo lunar da Apollo 16, o Orion. Comprimento da imagem:256 metros
(clique na imagem para ver versão maior)
  Módulo lunar da Apollo 17, o Challenger. Comprimento da imagem:359 metros
(clique na imagem para ver versão maior)
     
Módulo lunar da Apollo 14, o Antares. Comprimento da imagem:538 metros
(clique na imagem para ver versão maior)
     
 

"A equipa da LROC ansiosamente esperava cada imagem," afirmou Mark Robinson, investigador principal da LROC, da Universidade Estatal do Arizona. "Nós estávamos muito interessados em obter as primeiras imagens dos estágios de descida do módulo lunar apenas pela excitação -- e para ver se as câmaras estavam bem focadas. De facto, as imagens são fantásticas e o foco também."

Embora estas fotos forneçam uma lembrança da exploração passada da NASA, o objectivo principal da LRO é pavimentar o caminho futuro. Ao enviar detalhadas informações sobre a Lua, a missão irá ajudar a NASA a identificar locais seguros de aterragem para exploradores futuros, a localizar potenciais recursos, a descrever o ambiente da radiação lunar e a demonstrar novas tecnologias.

"Não só estas imagens revelam os grandes feitos das Apollo, também nos mostram que a exploração lunar continua," disse Richard Vondrak, do Centro Aeroespacial Goddard da NASA em Greenbelt, Maryland, EUA, cientista do projecto LRO. "Elas demonstram como a LRO vai ser usada para identificar os melhores destinos para as próximas viagens à Lua."

A actual órbita elíptica da sonda resultou em resoluções ligeiramente diferentes para cada local, mas todas foram aproximadamente a 1,2 metros por pixel. Dado que a base do estágio de descida mede cerca de 3,6 metros em diâmetro, as próprias relíquias das Apollo preenchem uma área de aproximadamente nove pixeis. No entanto, porque o Sol estava baixo no horizonte quando as imagens foram obtidas, até mesmo ligeiras variações na topografia criam longas sombras. A um pouco mais que 3 metros acima da superfície, cada estágio de descida cria uma distinta sombra que preenche cerca de 20 pixeis.

Esta fotografia mostra o astronauta Buzz Aldrin, da Apollo 11, em frente do módulo lunar. A imagem ajuda a providencial uma sensação de escala, em comparação com as imagens da LRO, acima.
Crédito: NASA/Neil Armstrong
(clique na imagem para ver versão maior)
 

A imagem do local de aterragem da Apollo 14 teve condições de luz particularmente desejáveis, que permitiu a observação de mais detalhes. O ALSEP (Apollo Lunar Surface Experiment Package), um conjunto de instrumentos científicos colocado pelos astronautas no local de aterragem, é discernível, tal como os ténues traços entre o módulo e o conjunto de instrumentos, as pegadas dos astronautas.

Lançada a 18 de Junho, a LRO tranporta sete instrumentos científicos, todos os quais estão actualmente a ser calibrados e a ser testados antes que a sonda alcance a sua órbita principal. O instrumento LROC é constituído por três câmaras -- duas câmaras de campo estreito de alta-resolução e uma câmara de campo largo de baixa-resolução. A LRO alcançará a sua órbita principal em Agosto, uma órbita quase-circular a cerca de 50 km por cima da superfície lunar.

Links:

Programa Apollo:
NASA
Wikipedia
Especial Apollo 11 da NASA

Lunar Reconnaissance Orbiter:
NASA
Wikipedia

Lua:
Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve
Wikipedia

 
     
 
 
  OBJECTO COLIDIU COM JÚPITER  
 

Cientistas descobriram provas que outro objecto bombardeou Júpiter, exactamente 15 anos após os primeiros impactos pelo cometa Shoemaker-Levy 9.

Imagem amadora de Júpiter. A mancha escura no topo do planeta é o local de impacto.
Crédito: Anthony Wesley
 

Seguindo uma dica dada por um astrónomo amador, Anthony Wesley da Austrália, que uma nova "cicatriz" escura tinha subitamente aparecido em Júpiter, na manhã de 20 de Julho, cientistas do JPL da NASA em Pasadena, Califórnia, usando o Telescópio Infravermelho em Mauna Kea, Hawaii, recolheram evidências que indicavam um impacto.

As novas imagens no infravermelho mostram que o provável ponto de impacto foi perto da região polar sul, com uma "cicatriz" visivelmente escura e subida de partículas na atmosfera superior detectadas em comprimentos de onda perto do infravermelho, e um aquecimento da troposfera superior com emissões extra de amónia em comprimentos de onda no meio do infravermelho.

"Tivémos muita sorte em observar Júpiter na altura certa e no lado certo de Júpiter, para observar o evento. Não o podíamos ter planeado melhor," disse Glenn Orton, cientista do JPL.

Orton e sua equipa de astrónomos começaram os trabalhos e não têm parado de seguir o planeta. Estão a descarregar dados e a trabalhar para obter mais tempo de observação, neste e noutros telescópios.

Esta imagem mostra um grande impacto perto do pólo sul de Júpiter, a 20 de Julho de 2009.
Crédito: NASA/JPL/Infrared Telescope Facility
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Esta imagem foi tirada a 1,65 microns, um comprimento de onda sensível à luz solar reflectida da atmosfera superior de Júpiter, e mostra tanto o centro brilhante da mancha, como os seus detritos para o seu Noroeste (cima e esquerda).

"Pode ter sido o impacto de um cometa, mas não sabemos ainda com certeza," disse Orton. "É incrível, ter acontecido tão perto do aniversário do Shoemaker-Levy 9 e do aniversário da Apollo 11."

O Shoemaker-Levy 9 foi um cometa que foi visto a quebrar-se em muitos fragmentos, antes destes terem colidido com Júpiter em 1994.

Leigh Fletcher, um pós-doutorado da NASA e do JPL, que trabalhou com Orton durante estas últimas observações, afirmou: "dada a raridade destes eventos, é extremamente excitante estar envolvido nestas observações. Estas foram as mais excitantes observações que vi durante os meus cinco anos a observar os planetas exteriores!"

Links:

Notícias relacionadas:
JPL/NASA (comunicado de imprensa)
SPACE.com
Sky & Telescope
Universe Today
Universe Today - 2
Science Daily
Discover
PHYSORG.com
New Scientist
The Register
CNN
Discovery Channel

Júpiter:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

 
     
 
     
  A Nebulosa Cabeça de Cavalo - Crédito: Nigel Sharp (NOAO), KPNO, AURA, NSF  
  Foto  
  (clique na imagem para ver versão maior)  
     
 

A Nebulosa Cabeça de Cavalo em Orionte, é uma das mais famosas nebulosas do céu, faz parte de uma grande nuvem molecular escura. Também conhecida como Barnard 33, a sua invulgar forma foi descoberta numa chapa fotográfica no final do século XIX. O brilho vermelho deriva do hidrogénio gasoso, predominantemente por trás da nebulosa, ionizado pela brilhante estrela vizinha Sigma Orionis. Uma nebulosa de reflexão azul, chamada NGC 2023, rodeia a brilhante estrela perto do canto inferior esquerdo. A escuridão da Nebulosa Cabeça de Cavalo é provocada maioritariamente por poeira espessa, embora as partes mais baixas do pescoço de Cabeça de Cavalo façam uma sombra para a esquerda. Correntes de gás deixando a nebulosa são alimentados por um forte campo magnético. As brilhantes manchas na base da Nebulosa Cabeça de Cavalo são jovens estrelas ainda no seu processo de formação. A luz demora cerca de 1500 anos até chegar à Terra. A imagem foi obtida com o telescópio de 0,9 metros do Observatório Nacional de Kitt Peak.

 


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