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Edição n.º 790
30/09 a 03/10/2011
 
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EFEMÉRIDES

Dia 30/09: 273.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1880, Henry Draper tira a primeira fotografia da Nebulosa de Orion.

A exploração de M42 é ainda feita a partir de fotos do HST
Em 1999, aproximação máxima da Terra pelo asteróide 1992 SK (0,479 UA). 
Observações: Por volta das 3:30 da manhã, observe Marte bem baixo a Este. Com binóculos ou telescópio, conseguirá ver que se encontra muito perto do enxame M44 em Caranguejo.

Dia 01/10: 274.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1958, era criada a NASA para suceder à NACA

Observações: Ao anoitecer, procure pela Lua Crescente a Sudoeste. Consegue ver Antares piscando uns quantos graus para baixo?

Dia 02/10: 275.º dia do calendário gregoriano.
Observações: Aproveite a noite para observar Júpiter e os seus satélites galileanos, a partir das 22 horas, baixo a Este.

Dia 03/10: 276.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1942, era lançado da Alemanha o primeiro foguete V-2/A-4, que se tornaria também no primeiro artefacto humano a atingir o espaço.

Em 1962, era lançada de Cabo Canaveral a missão Mercúrio 8.
Em 1985, o vaivém Atlantis fazia a sua viagem inaugural. 
Em 2005, ocorreu o último eclipse anular de Sol visível em Portugal.
Observações: Pouco depois do anoitecer nesta altura do ano, cinco constelações formam uma linha que desce do zénite até ao horizonte a Oeste-Noroeste. Perto do zénite está a estrela Deneb: a cauda do Cisne. A seguir temos Lira com a brilhante Vega, depois o ténue Hércules, a pequena Coroa Boreal e finalmente o grande Boieiro com a brilhante estrela Arcturo baixa a Oeste-Noroeste.

 
CURIOSIDADES


Vénus é o planeta do Sistema Solar com o dia mais longo (243 dias). De facto, o dia venusiano dura mais que o seu ano, que dura 224,7 dias.

 
MISSÃO WISE DESCOBRE QUE TERRA ESTÁ RODEADA POR MENOS ASTERÓIDES PERIGOSOS DO QUE SE PENSAVA

Novas observações pelo observatório WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) mostram que há significativamente menos asteróides de tamanho médio, vizinhos da Terra, do que se pensava. As descobertas também indicam que a NASA descobriu mais de 90% dos maiores asteróides vizinhos da Terra, alcançando o objectivo acordado com o Congresso americano em 1998.

Os astrónomos estimam agora que existam aproximadamente 19.500 -- não 35.000 -- asteróides de tamanho médio vizinhos da Terra. Os cientistas afirmam que esta melhor compreensão da população indica que o perigo para a Terra parece ser mais pequeno do que se pensava. No entanto, a maioria destes asteróides de tamanho médio permanece por descobrir. Será necessária mais pesquisa para determinar se menos objectos de tamanho médio (entre 100 e 1000 metros de diâmetro) também significa menos asteróides potencialmente perigosos - aqueles que passam perto da Terra.

Os resultados vêm do censo mais detalhado até à data de asteróides vizinhos da Terra, rochas espaciais que orbitam até 195 milhões de quilómetros do Sol, a vizinhança orbital da Terra. O WISE observou radiação infravermelha desses asteróides entre tamanho médio e grande. O projecto de estudo, chamado NEOWISE, é a porção caçadora de asteróides da missão WISE. Os resultados do estudo aparecem na revista Astrophysical Journal.

As observações do NEOWISE indicam a existência de aproximadamente 40% menos asteróides vizinhos da Terra com mais de 100 metros. Os quatro planetas interiores estão a verde, com o Sol no centro. Cada ponto vermelho representa um asteróide. Os tamanhos dos objectos não estão à escala.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"O NEOWISE permitiu-nos olhar com mais atenção para uma amostra mais representativa dos números de asteróides vizinhos da Terra e fazer melhores estimativas acerca do seu universo populacional," afirma Amy Mainzer, autora principal do novo estudo e investigadora do projecto NEOWISE no JPL da NASA em Pasadena, Califórnia, EUA. "É como os censos das populações, onde recolhemos dados de uma amostra para retirar conclusões acerca da totalidade de um país."

O WISE estudou a totalidade do céu duas vezes no infravermelho entre Janeiro de 2010 e Fevereiro de 2011, continuamente capturando imagens de tudo, desde galáxias distantes até asteróides vizinhos da Terra e cometas. O NEOWISE observou mais de 100 mil asteróides na cintura principal entre Marte e Júpiter, em adição a pelo menos 585 asteróides vizinhos da Terra.

O WISE capturou uma amostra mais precisa da população de asteróides do que estudos no visível porque os seus detectores infravermelhos podem ver tanto objectos escuros como claros. É difícil para telescópios ópticos ver as poucas quantidades de luz reflectidas por asteróides escuros. Os telescópios infravermelhos conseguem detectar o calor de um objecto, que está dependente do tamanho e não das suas propriedades reflectivas.

Embora os dados do WISE revelem apenas um pequeno declínio nos números estimados para os maiores asteróides vizinhos da Terra, com mais de 1 quilómetro, mostram que 93% da população estimada foi já descoberta. Estes grandes asteróides têm aproximadamente o tamanho de montanhas pequenas e teriam consequências globais se atingissem a Terra. Os novos dados revêm os números totais de aproximadamente 1000 para 981, dos quais 911 já foram descobertos. Nenhum deles representa um perigo para a Terra durante os próximos séculos. Acredita-se que todos os asteróides com aproximadamente 10 km, do tamanho do asteróide que matou os dinossauros, foram já descobertos.

Este gráfico mostram como os dados do WISE levaram a revisões na população estimada de asteróides vizinhos da Terra.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"O risco de um asteróide muito grande atingir a Terra antes que seja descoberto foi substancialmente reduzido," afirma Tim Spahr, director do Centro de Planetas Menores no Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica em Cambridge, Massachusetts.

A situação é diferente para os asteróides de tamanho médio, que podem destruir uma área metropolitana se atingissem o local errado. Os resultados do NEOWISE descobriram um maior declínio na população estimada para estes corpos do que a observada nos asteróides maiores. Até agora, foram descobertos e estão a ser seguidos mais de 5200 asteróides vizinhos da Terra com mais de 100 metros, restando por descobrir um número estimado em mais de 15000. Em adição, os cientistas estimam que existam mais de um milhão de pequenos asteróides vizinhos da Terra, que podem provocar estragos caso colidissem com a Terra.

"O NEOWSISE é apenas o mais recente trunfo à disposição da NASA para encontrar os vizinhos mais próximos da Terra," afirma Lindley Johnson, executivo do programa NEOO (Near Earth Object Observation) na sede da NASA em Washington. "Os resultados complementam os esforços observacionais terrestres dos últimos 12 anos, que continuam a vigiar estes objectos e até a descobrir mais."

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
CfA (comunicado de imprensa)
Vídeo (NASA)
Nature
SPACE.com
PHYSORG.com
UPI.com

Asteróides:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
SEDS
NASA
Wikipedia

Projecto de pesquisa de objectos próximo da Terra:
NEAT
NASA
Wikipedia

WISE:
Wikipedia
NEOWISE (NASA)
U. Berkeley

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Campo-largo em redor da Nebulosa do Casulo
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Tony Hallas
 
Neste rico campo estelar que se prolonga por uns 3 graus, dentro da constelação de Cisne, o olho é atraído para a Nebulosa do Casulo. Uma região de formação estelar compacta, o casulo cósmico pontua um longo trilho de nuvens de poeira interestelar escuras. Catalogada como IC 5146, a nebulosa mede quase 15 anos-luz de diâmetro, localizada a uns 4000 anos-luz de distância. Tal como as outras regiões de formação estelar, brilha no vermelho devido ao hidrogénio gasoso excitado por estrelas jovens e quentes, e luz estelar azulada reflectida no limite de uma nuvem molecular. De facto, a estrela brilhante perto do centro da nebulosa tem provavelmente poucas centenas de milhar de anos, e alimenta o brilho nebular à medida que escava um buraco na nuvem molecular de poeira e gás. Mas os longos filamentos de poeira que aparecem escuros nesta imagem óptica estão eles próprios a esconder estrelas no processo de formação, observadas no infravermelho.
 

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