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Edição n.º 831
21/02 a 23/02/2012
 
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EFEMÉRIDES

Dia 21/02: 52.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1901 é observada a primeira brilhante nova do século XX.

É também a primeira a ser estudada espectralmente e fotometricamente, atingindo uma magnitude de 0,2 a 23 de Fevereiro. O astrónomo amador T. D. Anderson foi o seu primeiro observador. Durante o declínio do brilho, mais ou menos 100 dias, este flutuou com um período de 4 dias e uma amplitude de magnitude e meia.
Em 1972, a sonda soviética Luna 20 aterra na Lua.
Observações: Lua Nova, pelas 22:36.

Dia 22/02: 53.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1632 era publicado o "Diálogo sobre os dois grandes sistemas do mundo", de Galileu.
Em 1799 nascia F.W.A. Argelander

Compilador de catálogos estelares, estudou as estrelas variáveis e criou a primeira organização astronómica internacional.
Em 1995, o cosmonauta Valeryiv Polyakov regressa à Terra depois de quebrar o recorde do maior tempo passado na estação espacial Mir: 438 dias.
Em 1995, o asteróide 1995CR passa a 7,2 milhões de quilómetros da Terra.
Em 1996, lançamento da missão STS-76 do vaivém Atlantis. O seu objectivo era acoplar com a Mir, e transferir Shannon Lucid, que se torna na primeira mulher a fazer parte da tripulação de uma estação espacial.
Observações: Poderá já conhecer o bonito enxame M41, visível com binóculos para Sul de Sirius. Mas conhece M50? Siga a linha de Sirius até à ponta do nariz de Cão Maior (Theta Canis Majoris), continue exactamente na mesma direcção e encontrará o enxame. Tem magnitude 5,9, mais ténue que M41 com magnitude 4,5. No mesmo campo de M50 está outro enxame mais ténue: NGC 2343. É um bocado mais difícil de avistar, a magnitude 6,7.

Dia 23/02: 54.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1950, descoberta do asteróide (29075) 1950 DA. Foi observado durante 17 dias e depois diminuiu de brilho até não poder ser visto durante meio século. No fim do ano 2000 (31 de Dezembro), um objecto foi reconhecido como sendo o há muito perdido 1950 DA. Observações do objecto descrevem a rocha como tendo 1,1 km de diâmetro e uma rotação de 2,1 horas, a rocha com o período de rotação mais rápido já encontrada no nosso Sistema Solar.
Em 1987, supernova na Grande Nuvem de Magalhães visível a olho nu, resultado de uma explosão da supergigante azul Sanduleak 69. Conhecida como SN1987A, foi a primeira supernova "próxima" dos últimos três séculos.
SN1987A. Crédito: HST
Em 1999, conjunção de Júpiter com Vénus. As conjunções não são eventos raros. Mas as conjunções planetárias são raramente tão próximas e VénusJúpiter são os objectos astronómicos mais brilhantes do céu, a seguir ao Sol e à Lua (no geral, o terceiro é agora a ISS).
Observações: Nesta altura do ano, Orionte situa-se na sua posição mais alta a Sul após o pôr-do-Sol. A sua estrela de topo à esquerda é a laranja-avermelhada Betelgeuse. Forma o Triângulo de Inverno (quase equilátero) com Procyon para a esquerda e a branca Sirius por baixo das duas.

 
CURIOSIDADES


A Lua vista da Terra tem o mesmo diâmetro aparente que o Sol. A Terra vista da Lua tem quatro vezes o diâmetro aparente do Sol.

 
SONDA REVELA ACTIVIDADE GEOLÓGICA RECENTE NA LUA

Novas imagens da sonda LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter) da NASA mostram que a crosta da Lua está a ser esticada, formando vales minúsculos em áreas muito pequenas da superfície lunar. Os cientistas teorizam que esta actividade geológica ocorreu há menos de 50 milhões de anos atrás, o que é considerado recente em comparação com a idade da Lua, mais de 4,5 mil milhões de anos.

Uma equipa de investigadores que analisavam imagens de alta-resolução obtidas pela câmara da LRO observou trincheiras pequenas e estreitas tipicamente com um comprimento muito maior do que a sua largura. Isto indica que a crosta lunar está a ser separada nestes locais. Estes vales lineares, conhecidos como "graben" ou fossas tectónicas, formam-se quando a crosta da Lua é esticada, quebra-se e desce ao longo da fronteira entre duas falhas. Um punhado destes sistemas graben foi descoberto na superfície lunar.

"Nós pensamos que a Lua está num estado geral de contracção global devido ao arrefecimento de um interior ainda quente," afirma Thomas Watters do Centro para Estudos Terrestres e Planetários do Museu Nacional do Ar e do Espaço em Washington, EUA, e autor principal de um artigo acerca desta pesquisa que será publicado na edição de Março da revista Nature Geoscience. "O graben diz-nos que as forças que encolhem a Lua foram superadas em vários locais por forças que a puxam. Isto significa que as forças de contracção na Lua não podem ser muito grandes, caso contrário os graben podiam nem sequer ter-se formado."

Esta imagem mostra a maior fossa tectónica descoberta nas terras altas do lado oculto da Lua. Mede cerca de 500 metros de comprimento e imagens obtidas pela LRO indicam que têm quase 20 metros de profundidade.
Crédito: NASA/Goddard/Universidade Estatal do Arizona/Instituto Smithsonian
(clique na imagem para versão maior)
 

A fraca contracção sugere que a Lua, ao contrário dos planetas terrestres, não derreteu completamente nos estágios iniciais da sua evolução. Ao invés, as observações suportam uma visão alternativa de que apenas o exterior da Lua derreteu inicialmente, formando um oceano de rocha derretida.

Em Agosto de 2010, a equipa usou imagens da LRO com o objectivo de identificar sinais físicos de contracção na superfície lunar, sob a forma de penhascos com a forma de lóbulos. Estas escarpas são prova de que a Lua encolheu globalmente no passado geológico recente e pode muito bem estar a encolher ainda hoje. A equipa viu estas escarpas distribuídas amplamente pela Lua e conclui que estava a encolher à medida que o interior arrefecia lentamente.

Com base no tamanho das escarpas, estima-se que a distância entre o centro da Lua e a sua superfície tenha diminuído aproximadamente 91 metros. Estas fossas tectónicas foram uma descoberta inesperada e as imagens providenciam evidências contraditórias de que as regiões da crosta lunar estão também sendo separadas.

Pensa-se que os graben se formem quando a crosta lunar é esticada e puxada. Isto faz com que os materiais superficiais se quebrem ao longo de duas falhas paralelas. O terreno entre as duas falhas gémeas cai formando um vale.
Crédito: Universidade Estatal do Arizona/Instituto Smithsonian
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"Este afastamento diz-nos que a Lua ainda está activa," afirma Richard Vondrak, cientista do projecto LRO no Centro Aeroespacial Goddard da NASA, no estado americano do Maryland. "A LRO proporciona-nos um olhar detalhado deste processo."

À medida que a missão LRO progride, os cientistas terão uma melhor imagem de quão comuns são estas fossas jovens e que outros géneros de características tectónicas estão por explorar. Os sistemas de graben que a equipa descobriu podem ajudar os cientistas a refinar o estado do stress na crosta lunar.

"Foi uma grande surpresa quando avistámos graben nas terras altas do lado oculto da Lua," afirma o co-autor Mark Robinson da Escola de Exploração da Terra e do Espaço na Universidade Estatal do Arizona, investigador principal da sonda. "Apontámos imediatamente para a área com o intuito de obter imagens stereo de alta-resolução para que pudéssemos criar uma vista tridimensional das fossas. É excitante descobrir algo totalmente inesperado e apenas metade da superfície lunar foi já observada em alta-resolução. Há ainda muito da Lua por explorar."

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Nature Geoscience (requer subscrição)
Vídeo (YouTube/Goddard)
Universe Today
PHYSORG.com
UPI.com

Graben:
Wikipedia

Lua:
Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve 
Wikipedia

Lunar Reconnaissance Orbiter:
Página oficial
NASA
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Galáxia Espiral Barrada NGC 1073
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: NASAESATelescópio Espacial Hubble
 
Muitas galáxias espirais têm barras nos seus centros. Pensa-se que mesmo até a nossa própria Via Láctea tenha uma modesta barra central. A proeminente galáxia espiral barrada NGC 1073, na imagem acima, foi capturada em espectacular detalhe nesta imagem recentemente anunciada e capturada pelo Telescópio Espacial Hubble. São visíveis correntes de poeira filamentar, jovens enxames de estrelas azuis e brilhantes, nebulosas avermelhadas da emissão de hidrogénio gasoso brilhante, uma longa e brilhante barra de estrelas no centro, e um núcleo activo brilhante que provavelmente contém um buraco negro supermassivo. A luz demora cerca de 55 milhões de anos a chegar-nos desde NGC 1073, que tem um diâmetro de mais ou menos 80.000 anos-luz. NGC 1073 pode ser observada com um telescópio de tamanho médio na direcção da constelação de Baleia. Por sorte, a imagem não só capturou o brilhante sistema estelar, rico em raios-X, IXO 5, visível perto do canto superior esquerdo e provavelmente interno à espiral barrada, como também três quasares muito mais distantes.
 

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