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DEEP IMPACT BUSCA SEGREDOS DOS COMETAS
10 de Junho de 2005
 

Nas culturas antigas, acreditava-se que os cometas eram demónios ou mensageiros divinos e eram encarados como presságios de tragédia ou desastres. Comparados com as estrelas cuja posição era conhecida e com os planetas cuja posição era previsível, os cometas eram caprichosos e erráticos. A sua existência contradizia a ideia que o Universo era um local limpo e ordenado, como era tão apregoado na Antiguidade.

A sociedade moderna mudou radicalmente esta perspectiva. Em vez de serem arautos da desgraça, muitos cientistas acreditam que são uma fonte de vida, pois transportam com eles água e substâncias orgânicas.

As ideias sobre a composição dos cometas também se têm alterado ao longo das últimas décadas. Na década de 50 os cometas eram encarados como bolas de neve sujas. Cada vez mais os cientistas pensam que serão mais compostos de poeiras e menos compostos de água gelada.

"Os cometas são considerados como bolas de lama geladas compostas por gelos exóticos, poeiras e partículas rochosas," explicou Donald Yeomans, director do Programa Near Earth Objects da NASA e co-investigador da missão Deep Impact desta agência. Entre os compostos químicos de um cometa, estarão o dióxido de carbono gelado, amónia gelada e metano sólido.

A 4 de Julho a missão Deep Impact mission despenhará uma sonda no cometa Tempel 1, um cometa com a forma de uma batata que foi descoberto em 1867 e é considerado como sendo representativo da maioria dos cometas. O impacto criará uma cratera do tamanho de um estádio de futebol e fornecerá informação inestimável sobre o interior de um cometa.

Os cometas são considerados restos inalterados da origem do Sistema Solar tendo a composição química do sistema original, sendo por isso consideradas cápsulas congeladas no tempo, que permitem conhecer melhor a origem do sistema.

"Se desejamos conhecer melhor o Sistema Solar temos que estudar os cometas ," disse Yeomans.

Os cientistas esperam perceber completmente a diferença entre os cometas e asteróides e também de que é composto o cometa Tempel 1 e consequentemente os outros cometas. Será poroso como um monte de areia? Será sólido como um cubo de gelo?

"A beleza desta missão é que não sabemos o que esperar," disse Yeomans. "Mas aconteça o que acontecer, aprenderemos qualquer coisa ."

Links:

A Ciência da Missão Deep Impact :
http://deepimpact.jpl.nasa.gov/science/index.html


A 69 dias do impacto a sonda Deep Impact fotografou o seu objectivo, o cometa Tempel 1, a partir de uma distância de 39.7 milhões de quilómetros.
Crédito: JPL , NASA
(clique na imagem para ver versão maior)
 
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