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DESCOBERTA ESTRELA COM MAIS DE 100 MASSAS SOLARES
9 de Junho de 2007
 

A estrela mais massiva do Universo conhecido foi agora confirmada e "pesada", anunciou um grupo de astrónomos durante a semana passada.

A descoberta desta estrela de mais de 100 massas solares foi anunciada pelo Professor Anthony Moffat durante a reunião anual da Canadian Astronomical Society que decorre na Royal Military College do Canadá, em Kingston, faltando, no entanto, a validade da descoberta ser confirmada por publicação numa revista com comissão arbitral.

A estrela que faz parte de um sistema binário, ultrapassa todas as estrelas conhecidas com uma massa de 114 massas solares.

Embora os astrónomos suspeitassem que pudesse haver estrelas com massas até às 15' massas solares, esta descoberta é de facto a primeira em que é quebrada a barreira das 100 massas solares. A anterior detentora do recorde possuía apenas uma massa de cerca de 83 massas solares.

A estrela recentemente pesada, faz parte do binário conhecido apenas pelo nome de A1, é a estrela quente mais brilhante do núcleo de um enxame estelar gigante, embora compacto, chamado NGC 3603, que se encontra a cerca de 20.000 anos-luz da Terra. A companheira desta estrela no sistema duplo tem uma massa de 84 massas solares.

Estas estrelas massivas foram pesadas pela inspecção das suas órbitas usando o Very Large Telescope (VLT) e combinando esses dados com os eclipses observados pelo Hubble Space Telescope (HST). A órbita do sistema duplo A1 apresenta um período de 3,7724 dias.

As estrelas têm um limite de 150 massas solares porque, acima disso, a pressão de radiação é superior à atracção gravitacional, o que faz com que a estrela se torne instável.

No Universo primordial, no entanto, deverão ter existido estrelas com massas até diversas centenas de massas solares porque nessa altura a pressão interna das estrelas não seria tão elevada devido à inexistência de elementos pesados, que apenas surgiram como resultado da fusão nuclear que ocorre no interior das estrelas.

Os astrónomos vivem a antecipação do momento em que conseguirão observar essas estrelas ultra-massivas de primeira geração, embora essa tarefa seja impressionantemente difícil dadas as distâncias a que essas estrelas se encontram, que serão de milhares de milhões de anos-luz.

Links:
Astronomy
SPACE.com

 
Exemplo de fotografia e respectiva legenda
Entre as duas outras estrelas quentes de brilho semelhante próximas de A1 no núcleo do NGC 3603, uma estrela chamada "C" é um sistema binário com um período de 8,92 dias. Embora as suas massas se pense venham a ser muito elevadas não se encontram para já disponíveis.

Crédito:
JPL/NASA/U Wash/U Illinois
(clique na imagem para ver com maior resolução)
 
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