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PLANETAS ROCHOSOS PODEM HABITAR ENXAME ESTELAR VIZINHO
17 de Novembro de 2007
 

Foram descobertas provas da existência de planetas rochosos num dos mais famosos enxames estelares. Astrónomos avistaram uma espessa nuvem de poeira em torno de uma estrela no enxame aberto das Plêiades, ou "Sete Irmãs". Especulam que estes detritos tenham sido criados por colisões de embriões protoplanetários ou planetas "adultos."

"As nossas observações indicam que os planetas terrestres semelhantes aos do nosso Sistema Solar são provavelmente muito comuns," disse Benjamin Zuckerman, astrónomo da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, que esteve envolvido na descoberta. Os achados irão ser detalhados numa edição futura do Astrophysical Journal.

Usando o Observatório Gemini e o Telescópio Espacial Spitzer da NASA, os cientistas descobriram que a poeira em torno de HD 23514, uma estrela em M45, ligeiramente mais massiva e brilhante que o nosso Sol, é centenas de milhares de vezes mais espessa que a do Sistema Solar.

Embora as estrelas muito jovens, com cerca de 10 milhões de anos ou menos, estejam regularmente envoltas em espessas nuvens de poeira, HD 23514 tem mais ou menos 100 milhões de anos, e sendo assim a sua poeira "primordial" já há muito que se deveria ter dissipado. Por isso, a poeira que os astrónomos observaram agora são possivelmente detritos de segunda-geração criados pela colisão de objectos maiores.

"No processo de criação de planetas rochosos terrestres, alguns objectos colidem e crescem para formar planetas, enquanto outros se despedaçam em poeira," diz o membro da equipa de estudo, Inseok Song do Caltech. "Estamos a ver essa poeira." A equipa calcula que os planetas terrestres ou embriões planetários nas Plêiades colidiram há poucas centenas de milhares de anos e talvez até mais recentemente. As partículas criadas durante as colisões podem, com o passar do tempo, coalescer para formar cometas, asteróides, ou até mesmo novos planetas.

As Plêiades são há muito conhecidas e observadas. Os Gregos deram-lhes o nome das "Sete Irmãs", pois são sete as quentes e azuis estrelas mais visíveis; os Aztecas do México e da América Central baseavam o seu calendário de acordo com as Plêiades; e o enxame é até mencionado na Bíblia, quando Deus pergunta a Job: "És tu que amarras os laços das Plêiades, ou desatas as ligações de Órion?" (Job 38:31).

As Plêiades na realidade são no total cerca de 1400 estrelas. A 400 anos-luz de distância na constelação do Touro, é um dos enxames abertos mais próximos da Terra.

Links:

Notícias relacionadas:
Observatório Gemini (comunicado de imprensa)
UCLA (comunicado de imprensa)
National Geographic
Wired
Science Daily
Reuters

Plêiades:
Wikipedia
SEDS

 


Impressão de artista do ambiente em torno de HD 23514, aquando da colisão de dois planetas.
Crédito: Lynette R. Cook, Observatório Gemini
(clique na imagem para ver versão maior)


Imagem a cores do enxame das Plêiades e da região vizinha, produzida por Inseokk Song do Centro Científico Spitzer. A imagem foi criada ao combinar imagens da banda B, R e I a partir de imagens individuais de segunda-geração do Digital Sky Survey em imagens com camadas azul, verde e vermelha, respectivamente. A seta aponta a localização de HD 23514.
Crédito: Inseok Song/Digital Sky Survey
(clique na imagem para ver versão maior)

 
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