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PHOENIX A CAMINHO DA ATERRAGEM EM MARTE
14 de Maio de 2008
 

De acordo com os cientistas da NASA, com apenas 12 dias de viagem até alcançar Marte, a sonda Phoenix da NASA está a funcionar bem e a caminho de se tornar na primeira missão a aterrar na frígida região ártica do Planeta Vermelho.

Uma manobra planeada para ajustar o percurso da Phoenix foi cancelado no passado Sábado devido à sonda já se encontrar na posição ideal para a aterragem de dia 25 de Maio, disse Barry Goldstein, gestor do projecto Phoenix no Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA em Pasadena, Califórnia, EUA. Está planeada outra manobra Sábado que vem.

A NASA também anunciou novas imagens do local de aterragem da Phoenix, localizado à latitude 68º Norte, longitude 233º Este, em Vastitas Borealis, as planícies árticas no Norte de Marte. Esta latitude corresponde ao Norte do Canadá, mesmo por baixo do mar Ártico, disse o investigador principal da Phoenix, Peter Smith, da Universidade do Arizona em Tucson.

Por baixo da camada superficial de poeira nestas planícies, situa-se uma camada de água gelada misturada com areia e poeira. Durante a sua missão de três meses, a Phoenix irá usar o seu braço robótico de 2.3 metros para recolher amostras deste gelo sujo e analisá-lo-á com os seus instrumentos científicos, para possivelmente esclarecer a história da água no ártico marciano e saber se o solo gelado pôde já suportar vida.

Nestas regiões polares, "há uma grande abundância de água," disse Smith. "Esperamos uma abundância tremenda de gelo no local de aterragem."

A Phoenix começa onde a sua azarada irmã mais velha, a Mars Polar Lander (MPL), terminou após ter falhado aterrar em segurança no pólo sul de Marte em 1999. Embora use quase a mesma estratégia de aterragem, a Phoenix contém instrumentos diferentes para explorar o planeta.

"A Phoenix é verdadeiramente um nome apropriado para este lander, pois nasceu a partir de dois falhanços em Marte," disse Ed Weiler, vice-administrador do Directorado de Missões Científicas da NASA.

A missão de 420 milhões de dólares foi lançada no passado mês de Agosto e já viajou cerca de 679 milhões de km para alcançar o nosso vizinho avermelhado. Falta-lhe actualmente cerca de 16 milhões de km antes de aterrar no ártico marciano.

Espera-se que a Phoenix aterre às 23:53 (hora GMT, 00:53 de dia 26 em Portugal) do dia 25 de Maio. Ao contrário dos seus primos com rodas Spirit e Opportunity (actualmente a explorar mais perto do equador de Marte), a Phoenix não irá usar airbags para aterrar. Usará, sim, um conjunto de motores que serão accionados em pulsos lentos para travar a sonda durante a sua descida, semelhante ao desenho da MPL.

O último uso com êxito deste modo de aterragem foi há 32 anos atrás com as sondas Viking da NASA nos anos 70.

Os cientistas da missão dizem que os problemas conhecidos com a MPL foram estudados e corrigidos, bem como vários outros problemas que os engenheiros mais tarde identificaram, embora afirmando cautelosamente que isso não exclui problemas imprevistos.

"Embora tenhamos corrigido todos os problemas da MPL, há que lembrar que existe sempre aquele elemento desconhecido," afirma Weiler.

Ray Arvidson, presidente do grupo de trabalho do local de aterragem da Phoenix, disse que a equipa na Universidade do Arizona, Tucson, a base das operações da nova sonda, testará os instrumentos minuciosamente nos críticos primeiros dias após a aterragem.

"Está tudo planeado," disse Arvidson, acrescentando que os cientistas e engenheiros da Phoenix têm-se preparado para um grande número de contingências após a aterragem.

Tais problemas poderão ter a ver com os instrumentos, falhas de energia e obsctáculos como uma rocha em frente do local onde irão situar-se os painéis solares (após a abertura) que darão energia à sonda ao longo da sua missão de três meses, até que o Sol se ponha no fim do Verão marciano.

"Os riscos irão certamente existir, mas as recompensas irão de certeza absoluta compensar," disse Doug McCuistion, director do Programa de Exploração de Marte. A riqueza potencial de informação sobre o solo marciano da missão Phoenix, a história do tempo em Marte, bem como o estado da água no clima actual do planeta mais que conpensam os riscos de outro falhanço, acrescenta.

As sondas da NASA, Mars Reconnaissance Orbiter e Mars Odyssey, foram reposicionadas para acompanhar a descida da Phoenix e para enviar as comunicações entre o lander e a Terra durante os seus "sete minutos de terror" há medida que cai pela atmosfera marciana, como os descreve Goldstein, e uma vez que a sonda aterre no planeta.

Links:

Notícias relacionadas:
JPL (NASA) - comunicado de imprensa)
Telegraph
Monsters & Critics
United Press International

Phoenix:
Página oficial
Wikipedia
Kit de aterragem (formato PDF)

Marte:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia
Marte e ESA (vídeo em formato Flash)
Procurar água nos locais certos (vídeo em formato Flash)

 


Impressão de artista da sonda Phoenix a viajar pelo espaço, antes de desenrolar as suas células solares.
Crédito: JPL
(clique na imagem para ver versão maior)


O local de aterragem escolhido para o lander é muito mais para Norte do que os locais onde sondas anteriores aterraram.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)


Este mapa de relevo sombreado mostra a topografia e os vários tipos de terreno codificados a cor na zona de aterragem da sonda e nos arredores.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade do Arizona


Impressão de artista, legendada, da sonda Phoenix.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UA/Lockheed Martin
(clique na imagem para ver versão maior)

 
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