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SONDA PHOENIX PREPARA-SE PARA ATERRAR NO ÁRTICO MARCIANO
3 de Maio de 2008
 

A sonda da NASA com destino Marte, Phoenix, está a preparar-se para uma aterragem histórica perto do pólo norte, ainda este mês, para descobrir se a região já pôde ter suportado vida microbiana.

A Phoenix está a caminho para uma aterragem planeada no dia 25 de Maio no ártico marciano que, se tiver êxito, marcará a primeira aterragem motorizada desde que o pesado lander da NASA, a Viking 2, aterrou em 1976. Mas primeiro, espera-se que a sonda ligue os seus motores várias vezes durante as próximas semanas para refinar o seu percurso de voo.

"É assustador quão bem tem corrido," diz Barry Goldstein, gestor do projecto Phoenix no JPL da NASA em Pasadena, Califórnia, EUA. "O veículo tem-se portado lindamente."

A sonda Phoenix refinou o seu percurso no princípio de Abril e espera-se que ligue os seus motores em três manobras sucessivas com começo a 10 de Maio. A sonda tem viajado tão perfeitamente que uma das manobras pode nem ser necessária, diz Goldstein.

Lançada em Agosto de 2007, a Phoenix é um lander estacionário equipado com um braço robótico capaz de escavar a superfície marciana e recolher amostras de solo vizinho e de água gelada. O grupo de fornos montados na parte de cima e outros instrumentos químicos estão desenhados para determinar se o local de aterragem - uma planície marciana, uma região semelhante em latitude à Gronelândia ou a partes Norte do Alaska na Terra - pode já ter sido habitável para a vida primitiva.

"Estamos à procura de todos os ingredientes da vida," conta a vice-investigadora principal da Phoenix, Deborah Bass, do JPL.

A Phoenix também inclui uma estação meteorológica que estudará a atmosfera marciana, desenhada para providenciar actualizações diárias durante os três meses da missão. Os engenheiros do JPL vigiarão a descida e aterragem da sonda antes de transferirem as operações para o centro de controlo na Universidade do Arizona, em Tucson, durante o resto da missão que custou 420 milhões de dólares.

"Esta é uma área de Marte que estudei durante toda a minha carreira e mal posso esperar por ver as primeiras imagens," afirma Bass. "Ver aquele gelo, como será aquela tundra gelada... o que quer que possamos ver será espectacular porque nunca lá estivemos."

Ao contrário das mais recentes sondas a aterrar em Marte - os rovers gémeos da NASA, Spirit e Opportunity, e o inglês Beagle 2, que se perdeu - a Phoenix não irá usar airbags para almofadar a sua chegada à superfície marciana. Ao invés, transporta uma série de motores que controlarão a sua descida final, embora a sua aproximação marque a primeira aterragem motora desde que a sonda Mars Polar Lander da NASA embateu no pólo sul de Marte em Dezembro de 1999.

"Sempre mencionei o facto de sermos bastante resguardados e humildes na nossa aproximação com o que estamos a tentar fazer, por ser tão difícil," disse Golsdtein, acrescentando que os engenheiros identificaram e estudaram a maioria dos riscos da melhor maneira possível.

A equipa científica da Phoenix, liderada pelo investigador principal, Peter Smith, da Universidade do Arizona, tem-se ansiosamente preparado para a chegada da sonda, com uma série de simulações de treino para o dia da aterragem e para as operações da missão. A simulação mais recente, um ensaio da entrada e descida da Phoenix através da atmosfera marciana, foi marcada para Terça-feira.

"Neste ponto, sentimos que estamos em boa forma e que queremos avançar. Estamos preparados," disse Bass. "Esta equipa está desejosa de sujar as mãos... está na hora."

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Science News

Phoenix:
Página oficial
Wikipedia

 


Impressão de artista, legendada, da sonda Phoenix.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UA/Lockheed Martin
(clique na imagem para ver versão maior)


Impressão de artista da sonda Phoenix a viajar pelo espaço, antes de desenrolar as suas células solares.
Crédito: JPL
(clique na imagem para ver versão maior)


O local de aterragem planeado para o lander Phoenix situa-se numa latitude marciana semelhante às partes Norte do Alaska. É a região designada "D" nesta imagem global.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Univ. de Washington, Univ. St. Louis/Univ. do Arizona.
(clique na imagem para ver versão maior)

 
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