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BUZZ ALDRIN DIZ QUE PIONEIROS MARCIANOS DEVERIAM LÁ FICAR PERMANENTEMENTE
25 de Outubro de 2008

 

De acordo com o astronauta Buzz Aldrin, os primeiros astronautas em Marte deveriam estar preparados para lá passar o resto das suas vidas, tal como os pioneiros europeus que viajaram para o continente americano.

O segundo homem a pisar a Lua disse que o Planeta Vermelho oferecia um potencial muito maior que o satélite da Terra como um local para habitação. Com o que parecem ser vastas reservas de água congelada, Marte "está mais próximo das condições terrestres, muito melhor que a Lua e que qualquer outro lugar," disse Aldrin, com 78 anos, numa visita a Paris na passada Terça-feira.

"É mais fácil subsistir e providenciar o suporte necessário para as pessoas lá do que na Lua." Buzz Aldrin, Neil Armstrong e Michael Collins demoraram 8 dias para alcançar a Lua -- a 380.000 quilómetros da Terra -- e regressar em Julho de 1969, a bordo da Apollo 11.

Ir a Marte, no entanto, é um projecto diferente. A distância entre o Planeta Vermelho e a Terra varia entre os 55 milhões de quilómetros e mais de 400 milhões de quilómetros. Mesmo na conjunção planetária mais favorável, isto significa que uma viagem de ida-e-volta a Marte demoraria cerca de ano e meio.

"É por isso que devíamos enviar pessoas para lá permanentemente," disse Aldrin. "Se não estamos disposto a fazê-lo, então acho que não o deveríamos fazer uma vez, ter enormes despesas e simplesmente parar." Perguntou: "Se nós vamos enviar para lá pessoas e assegurar a sua apropriada segurança, será que nos daríamos a todo esse trabalho só para os fazer regressar imediatamente, um ano, ou ano e meio depois?"

A NASA e a ESA estão a elaborar planos para uma missão tripulada a Marte que teria lugar por volta das décadas de 2030 ou 2040. Com base nas experiências adquiridas dos regressos planeados à Lua, a missão deveria contar com 6 a 12 pessoas, com sistemas de suporte à vida e outros instrumentos pré-posicionados para os astronautas na superfície marciana. Aldrin disse que à tripulação pioneira poderiam juntar-se outros, transformando-se numa colónia com cerca de 30 pessoas.

"Eles precisariam de viajar com a noção psicológica de que eram colonos pioneiros e que não poderiam regressar a casa durante um bom par de anos," afirmou. "Aos 30 anos, era-lhes dada essa oportunidade. Se aceitassem, então eram treinados, aos 35, eram enviados para Marte. Aos 65 anos, a tecnologia já podia ter avançado bastante. Podiam reformar-se lá, ou talvez pudessem regressar."

Muitos cientistas acreditam que enviar pessoas a Marte é um desperdício de dinheiro, em comparação com as missões não-tripuladas que fornecem mais dados científicos e salientam os riscos de stress psicológico e de danos no DNA devido às rápidas partículas sub-atómicas chamadas raios cósmicos.

Mesmo assim, Aldrin argumenta que dada a demora nas comunicações entre a Terra e Marte, faria sentido que os exploradores humanos pudessem fazer decisões rapidamente e no próprio local. E, acrescentou, uma ida a Marte providencia uma base racional dos voos tripulados, que foram desenhados para "fazer coisas inovadoras, novas, pioneiras."

Sobre esse tema, Aldrin disse que o vaivém espacial e que a Estação Espacial Internacional (ISS) foram uma decepção. O vaivém "não correspondeu ao que se esperava, nem a estação espacial," disse Aldrin.

Os Estados Unidos ficarão sem capacidade de voos tripulados durante aproximadamente cinco anos após a reforma do problemático vaivém espacial em 2010, enquanto a ISS, ainda em construção, pode custar até 100 mil milhões de dólares, de acordo com algumas estimativas.

Links:

Notícias relacionadas:
Universe Today
PHYSORG.com
Mars Daily
EETimes
AFP

Buzz Aldrin:
Página oficial
Wikipedia

Marte:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

 


Buzz Aldrin, o segundo ser humano a pisar solo lunar.
Crédito: NSS


Os astronautas e as suas naves precisariam de melhores materiais de protecção se uma missão a Marte se tornasse prática.
Crédito: NASA

 
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