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HERSCHEL E PLANCK LANÇADOS COM SUCESSO
18 de Maio de 2009

 

As missões espaciais Herschel e Planck foram lançadas conjuntamente com sucesso, a partir do Espaçoporto europeu em Kourou, na Guiana Francesa. O foguete Ariane V que transportou as naves foi impecável, com a trajectória do foguete a ter uma correspondência exacta com o voo previsto. Os dois observatórios espaciais foram separados e lançados individualmente a partir do veículo lançador em diferentes direcções, com uma separação de cerca de quatro minutos, depois de serem correctamente orientados para ocupar as suas órbitas altamente elípticas. Apenas 40 minutos após a descolagem, o observatório Herschel e o Planck enviaram os seus primeiros sinais de rádio para a Terra, o que confirma que ambos estão a funcionar correctamente. Dentro de poucos meses, eles vão chegar ao ponto L-2 (um ponto lagrangiano), no espaço, a 1,5 milhões de quilómetros da Terra, bem para além da órbita da Lua. No início do próximo ano, vão começar as operações que permitirão abrir novas janelas sobre o Universo. Herschel irá estudar a formação estelar enquanto Planck terá como missão olhar para trás no tempo, tentando compreender o que aconteceu após o Big Bang.

O observatório Herschel vai estar a olhar para pontos específicos no espaço, enquanto o observatório Planck vai olhar para todo o céu.

Apelidado como homenagem ao astrónomo do século XVIII que descobriu a luz infravermelha, a nave espacial Herschel tem 7 metros de comprimento e 4 metros de largura. O espelho do telescópio tem 3,5 metros de largura, é 4 vezes maior que o anterior telescópio espacial, e permitirá recolher radiação de onda longa de alguns dos objectos mais frios e mais distantes do Universo. O espelho é também uma maravilha tecnológica: é constituído por 12 pétalas de carboneto de silício fundidos numa única peça. O Herschel vai ser o único espaço observatório para cobrir uma faixa espectral do infravermelho distante para a sub-milímetro.

Para detectar objectos frios e escuros, o Herschel tem de ser ainda mais frio. Possui 2.400 litros de hélio líquido que resfriam a nave espacial até próximo de -273 ºC. Tal como uma câmara térmica pode ver o calor do corpo de uma pessoa, a missão Herschel irá olhar para além do gás e poeira para ver o interior de regiões de formação estelar, estudar cometas e olhar para o universo distante onde galáxias colidem e dão origem a novas estrelas. Os cientistas estão a planear pelo menos três anos de funcionamento para a missão Herschel.

Planck irá varrer continuamente todo o céu para construir uma imagem do Universo como ele seria há 13,7 mil milhões de anos. A nave tem quatro metros por quatro metros, com um espelho primário de 1,5 metro que é cercado com um contorno para eliminar qualquer traços de luz de objectos que se encontram mais próximos, como o Sol, a Terra e a Lua. Os detectores do observatório Planck têm que ser frios, e vão ser refrigeradas a uma temperatura que ficará entre -273 ºC e apenas 1/10 de grau Celsius acima do zero absoluto.

As observações da missão Planck têm uma duração esperada de pelo menos 15 meses. A missão pode ser prorrogado dependendo do estado do isótopo hélio-3 que está a ser utilizado na refrigeração da nave.

A missão Planck irá testar a questões fundamentais da cosmologia, investigando a radiação de fundo cósmico de microondas, tentando investigar sobre os componentes primordiais do universo, e detectar a existência de ondas gravitacionais. A viagem de Planck ao passado, permitir-nos-á compreender melhor o futuro.

Links:

Fonte:
ESA

 


O foguetão Ariane V contendo os dois observatórios a bordo.
Crédito: ESA


Impressão de Artista da Missão Herschel.
Crédito: ESA


Impressão de Artista da Missão Planck a dirigir-se a L-2.
Crédito: ESA

 
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