Problemas ao ver este email? Consulte a versão web.

Edição n.º 1005
22/10 a 24/10/2013
 
Siga-nos:      
 
EFEMÉRIDES

Dia 22/10: 295.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1966, a União Soviética lança a Luna 12.
Em 1968, a Apollo 7 aterra com sucesso no Oceano Atlântico após orbitar a Terra 163 vezes. 
Em 1975, a sonda soviética Venera 9 aterra em Vénus.

Em 2008, a Índia lança a sua primeira missão lunar não-tripulada, a Chandrayaan-1.
Observações: Estamos em Outubro - já tentou observar a companheira de Sirius? Foi a primeira anã branca a ser descoberta, com 1/10.000 do brilho de Sirius e actualmente a 10 arcosegundos para Este. A melhor altura para observação este mês decorre antes do amanhecer.

Dia 23/10: 296.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1885, é tirada a primeira fotografia de uma chuva de meteoros
Em 1977, o Meteosat 1 torna-se no primeiro satélite a ser posto em órbita pela Agência Espacial Europeia (ESA).

Observações: Por baixo dos pés de Aquário, para a fronteira Este de Capricónio, encontra-se a Nebulosa da Hélice e um punhado de galáxias pouco conhecidas. Agora que a Lua nasce tarde, explore estes objectos com o seu telescópio e com a ajuda de mapas estelares.

Dia 24/10: 297.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1851, William Lassell descobre as luas UmbrielAriel em órbita de Urano.
Em 1946, uma câmara a bordo do foguetão V-2 n.º 13 tira a primeira fotografia da Terra a partir do espaço.
Em 1960, catástrofe de Nedelin: um missil balístico R-16 explode na plataforma de lançamento do cosmódromo de Baikonur, matando mais de 100 pessoas. A União Soviética só desclassificou o evento em 1989.
Em 1998, lançamento da missão Deep Space 1.

Observações: A Lua nasce por volta das 23 horas, e com ela traz Júpiter um pouco para baixo e para a esquerda. Ainda mais para a esquerda está Pollux, e Castor para cima.

 
CURIOSIDADES


Kepler-56 tem dois exoplanetas confirmados, um ligeiramente mais pequeno que Neptuno, e outro ligeiramente mais pequeno que Saturno.

 
 
 
DESALINHAMENTO GIGANTE EM SISTEMA MULTIPLANETÁRIO

A formação de "Júpiteres quentes" é um enigma de longa data no estudo de exoplanetas, gigantes gasosos que orbitam muito perto da sua estrela hospedeira. Para explicar os seus períodos orbitais curtos, a teoria sugere que os Júpiteres quentes se formam em longas órbitas e depois migram através do disco protoplanetário, o anel plano de poeira e detritos que circunda uma estrela recém-formada e coalesce para formar os planetas.

Esta teoria foi questionada quando se descobriu que os planos orbitais dos Júpiteres quentes estão frequentemente desalinhados com o equador das suas estrelas-mãe. Os cientistas interpretaram isto como evidência de que os Júpiteres quentes são o resultado de encontros caóticos com outros planetas.

Um teste decisivo entre as duas teorias são sistemas com mais do que um planeta: se os desalinhamentos são realmente provocados por perturbações dinâmicas que levam à criação de Júpiteres quentes, então os sistemas multi-planeta sem Júpiteres quentes devem estar preferencialmente alinhados. O que um novo estudo revela é bastante diferente.

Usando dados do Telescópio Espacial Kepler da NASA, uma equipa internacional de cientistas liderada por Daniel Huber, pós-doutorado no Centro de Pesquisa Ames da NASA em Moffett Field, no estado americano da Califórnia, estudou Kepler-56, uma estrela gigante vermelha quatro vezes maior que o Sol localizada a uma distância de cerca de 3000 anos-luz da Terra. Ao analisar as variações no brilho em diferentes pontos da superfície de Kepler-56, Huber e colaboradores descobriram que o eixo de rotação da estrela está inclinado aproximadamente 45 graus em relação à nossa linha de visão.

Desenho gráfico do sistema Kepler-56. A linha de visão da Terra é ilustrada pela linha em tracejado, e as linhas pontilhadas mostram as órbitas das três companheiras detectadas no sistema. A seta sólida marca o eixo de rotação da estrela hospedeira, e a linha fina marca o seu equador.
Crédito: NASA GSFC/Ames/D. Huber
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"Isto foi uma surpresa porque já sabíamos da existência de dois planetas que transitavam Kepler-56. Isto sugere que a estrela hospedeira deve estar desalinhada com as órbitas de ambos os planetas," explica Huber. "O que descobrimos é literalmente um desalinhamento gigante num sistema exoplanetário."

Suspeita-se que o culpado do desalinhamento seja um terceiro companheiro massivo numa órbita com um longo período, revelado por observações obtidas com o Telescópio Keck em Mauna Kea, Hawaii.

"Os cálculos de computador mostram que o companheiro exterior pode ter inclinado os planos orbitais dos planetas em trânsito, deixando-os coplanares, mas desalinhando-os periodicamente com o equador da estrela," afirma Daniel Fabrycky, co-autor e professor de astronomia da Universidade de Chicago.

Quase 20 anos após a descoberta do primeiro Júpiter quente, o grande desalinhamento no sistema Kepler-56 marca um importante passo no sentido de uma explicação unificada para a formação de Júpiteres quentes.

"Sabemos agora que os desalinhamentos não se limitam apenas aos sistemas com Júpiteres quentes," afirma Huber. "Outras observações vão revelar se o mecanismo de inclinação em Kepler-56 pode também ser responsável por distorções observadas nos sistemas com Júpiteres quentes."

Os resultados foram publicados na edição de 18 de Outubro da revista Science.

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Universidade Estatal do Iowa (comunicado de imprensa)
Universidade de Sydney (comunicado de imprensa)
Artigo científico (formato PDF)
Science (requer subscrição)
PHYSORG
Sky & Telescope
Astronomy
Universe Today
SPACE.com
Astronomy Now
Nature World News
io9

Kepler-56:
Wikipedia
Open Exoplanet Catalogue

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Lista de planetas confirmados (Wikipedia)
Lista de planetas não confirmados (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

Telescópio Espacial Kepler:
NASA (página oficial)
Arquivo de dados do Kepler
Descobertas planetárias do Kepler
Mapa das zonas de estudo do Kepler (formato PDF)
Wikipedia

Observatório W. M. Keck:
Página oficial
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Saturno de Cima
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: NASA/JPL/SSIComposição: Gordan Ugarkovic
 
Esta imagem de Saturno não poderia ter sido tirada a partir da Terra. Nenhuma imagem obtida da Terra poderia ver o lado nocturno de Saturno e a sombra correspondente nos anéis. Dado que a Terra está muito mais perto do Sol do que Saturno, apenas o lado diurno do "Senhor dos Anéis" é visível da Terra. De facto, este mosaico foi capturado no início deste mês pela sonda Cassini em órbita de saturno. Os lindos anéis são aqui vistos em toda a sua glória, enquanto os detalhes das nuvens visíveis incluem o hexágono polar que rodeia o pólo norte, e um grande sistema de tempestades de cor clara.
 

Arquivo | Feed RSS | CCVAlg.pt | CCVAlg - Facebook | CCVAlg - Twitter | Remover da lista

Os conteúdos das hiperligações encontram-se na sua esmagadora maioria em Inglês. Para o boletim chegar sempre à sua caixa de correio, adicione listmaster@ccvalg.pt à sua lista de contactos. Este boletim tem apenas um carácter informativo. Por favor, não responda a este email. Contém propriedades HTML - para vê-lo na sua devida forma, certifique-se que o seu cliente suporta este tipo de mensagem, ou utilize software próprio, como o Outlook, o Windows Mail ou o Thunderbird.

Recebeu esta mensagem por estar inscrito na newsletter do Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve. Se não a deseja receber ou se a recebe em duplicado, faça a devida alteração clicando aqui ou contactando-nos.

Esta mensagem do Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve destina-se unicamente a informar e não pode ser considerada SPAM, porque tem incluído contacto e instruções para a remoção da nossa lista de email (art. 22.º do Decreto-lei n.º 7/2004, de 7 de Janeiro).

2013 - Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve.