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Edição n.º 1067
30/05 a 02/06/2014
 
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31.05.14 - DESCOBRINDO O SOL
15h00 – 16h00 (actividade incluída na visita ao centro; 1€ para participantes que não visitem o Centro – crianças até 12 anos grátis)
Público: Público em geral
Local: CCVAlg
A actividade consiste na observação do Sol em segurança, e tem por objectivo dar algumas características da nossa estrela, podendo incluir outras actividades relacionadas com o Sol e o aproveitamento da energia solar.

 
EFEMÉRIDES

Dia 30/05: 150.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1966, lançamento da Surveyor 1, a primeira sonda sonda americana a aterrar em segurança noutro corpo planetário (neste caso, a Lua). 

Em 1971 era lançada a Mariner 9. A 13 de Novembro alcança a órbita de Marte. Envia 6.900 imagens, que corresponderam a 70% da superfície do planeta. Estudou também as mudanças temporais na atmosfera e à superfície.
Observações: Olhe bem baixo ao lusco-fusco e a Oeste-Noroeste, tentando encontrar a finíssima Lua Crescenta com Mercúrio para a sua direita. Estão para baixo e um pouco para a direita de Júpiter. Binóculos ajudam.

Dia 31/05: 151.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 2001, a sonda Cassini completa o veu voo rasante por Júpiter e dirige-se para Saturno.

Imagens de despedida de um eclipse de Io mostram actividade auroral na atmosfera Ioniana.
Em 2013, o asteróide 1998 QE2 e a sua lua fazem a maior aproximação da Terra durante os próximos dois séculos.
Observações: A Lua, Júpiter e Pollux formam uma linha quase recta ao lusco-fusco (Oeste-Noroeste).

Dia 01/06: 152.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1633 nascia Geminiano Montanari, astrónomo italiano, fabricante de lentes e proponente da abordagem experimental na Ciência.

É mais conhecido pela sua observação, por volta de 1667, que a segunda estrela mais brilhante de Perseu, Algol, variava em brilho. 
Observações: A Lua encontra-se para a esquerda de Júpiter, a Oeste e ao anoitecer.
Ocultação de Europa, entre as 21:45 e as 00:37 (já de dia 2).
Ocultação de Io, entre as 22:25 e as 00:44 (já de dia 2).

Dia 02/06: 153.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1966, a Surveyor 1 torna-se na primeira sonda americana a aterrar com sucesso noutro mundo, a Lua
Em 1983, era lançada a Venera 15, uma missão dupla (em conjunto com a Venera 16 poucos dias depois) com o objectivo de estudar e mapear a superfície de Vénus.

Em 2003, a sonda Mars Express, carregando o "lander" britânico Beagle 2, é lançada num foguetão russo Soyuz-Fregat, a partir de Baikonur (Cazaquistão) às 17:45 GMT.
Observações: Trânsito de Io, entre as 19:39 e as 22:01.
Trânsito da sombra de Io, entre as 20:29 e as 22:48.
A Lua encontra-se hoje na constelação de Caranguejo, a 7,1º para a esquerda do enxame M44.

 
CURIOSIDADES


Existem linhas de caminho de ferro suficientes para ir à Lua e voltar várias vezes.

 
PÔR-DO-SOL EM TITÃ REVELA A COMPLEXIDADE DE EXOPLANETAS NUBLADOS

Cientistas que trabalham com dados da missão Cassini desenvolveram um novo método de compreender as atmosferas dos exoplanetas usando a lua de Saturno envolta em "smog", Titã, como duplo. A nova técnica mostra a grande influência que os céus nublados podem ter na nossa capacidade de aprender mais sobre estes mundos em órbita de estrelas distantes.

O trabalho foi realizado por uma equipa de investigadores liderados por Tyler Robinson no Centro de Pesquisa Ames de NASA em Moffett Field, no estado americano da Califórnia. Os resultados foram publicados na edição de 26 de Maio da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

"Acontece que há muita coisa que podemos aprender ao olhar para um pôr-do-Sol", afirma Robinson.

Impressão de artista da sonda Cassini observando um pôr-do-Sol através da atmosfera de Titã.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

A luz do pôr-do-Sol, das estrelas e dos planetas pode ser separada nas suas cores componentes para criar um espectro, tal como os prismas fazem, e assim obter informação escondida. Apesar das incríveis distâncias até outros sistemas planetários, nos últimos anos os astrónomos começaram a desenvolver técnicas para recolher espectros de exoplanetas. Quando um destes mundos transita, ou passa em frente da sua estrela a partir da perspectiva da Terra, parte da luz da estrela viaja pela atmosfera do planeta, onde muda de modo subtil mas mensurável. Este processo imprime informações sobre o planeta que podem ser recolhidas pelos telescópios. O espectro resultante é um registo dessa marca.

O espectro permite com que os cientistas desvendem detalhes sobre os exoplanetas, como aspectos da temperatura, composição e estrutura das suas atmosferas.

Robinson e colegas exploraram uma semelhança entre os trânsitos exoplanetários e o pôr-do-Sol testemunhado pela sonda Cassini em Titã. Estas observações, denominadas ocultações solares, efectivamente permitiram aos cientistas observar Titã como se se tratasse de um exoplaneta em trânsito sem sair do Sistema Solar. No processo, o pôr-do-Sol de Titã revelou quão dramáticos podem ser os efeitos das neblinas.

Vários planetas no nosso próprio Sistema Solar, incluindo Titã, estão cobertos por nuvens e neblinas a alta altitude. Os cientistas esperam que muitos exoplanetas estejam similarmente obscurecidos. As nuvens e neblinas criam uma variedade de efeitos complicados que os cientistas devem trabalhar para desembaraçar da assinatura destas atmosferas alienígenas e, assim, constituem um grande obstáculo para a compreensão das observações de trânsito. Devido à complexidade e ao poder de computação necessário para lidar com atmosferas nubladas, os modelos usados para compreender os espectros exoplanetários geralmente simplificam os seus efeitos.

"Anteriormente, não se sabia exactamente como é que as neblinas afectavam as observações de exoplanetas em trânsito," acrescenta Robinson. "Por isso voltámo-nos para Titã, um mundo cercado por neblina no nosso próprio Sistema Solar que tem sido estudado extensivamente pela Cassini."

A equipa usou quatro observações de Titã, levadas a cabo entre 2006 e 2011, pelo instrumento VIMS (Visual and Infrared Mapping Spectrometer) da Cassini. A sua análise forneceu resultados que incluem os efeitos complexos derivados das neblinas, que agora podem ser comparados com os modelos e observações de exoplanetas.

Como Titã como exemplo, Robinson e colegas descobriram que as neblinas altas em alguns exoplanetas em trânsito podem estritamente limitar o que os seus espectros revelam aos observadores do trânsito planetário. As observações podem ser capazes de recolher informações somente da atmosfera superior do planeta. Em Titã, isso corresponde a cerca de 150-300 km por cima da superfície da lua, bem acima da maior parte da sua atmosfera densa e complexa.

Um achado adicional do estudo é que as neblinas de Titã afectam mais fortemente comprimentos de onda mais curtos, ou cores mais azuis. Os estudos dos espectros exoplanetários têm comumente assumido que as neblinas afectam todas as cores da luz de forma semelhante. Os estudos do pôr-do-Sol através da neblina de Titã revelaram que este não é o caso.

"Os cientistas têm inventado regras para o comportamento dos planetas durante um trânsito, mas Titã não recebeu esse aviso," comenta Mark Marley, co-autor do estudo, também de Ames. "E não se parece nada com as sugestões anteriores e é por causa da neblina."

A técnica da equipa aplica-se igualmente bem para observações semelhantes obtidas em órbita de qualquer mundo, não apenas Titã. Isto significa que os investigadores podem também estudar as atmosferas de planetas como Marte e Saturno no contexto de atmosferas exoplanetárias.

"É gratificante ver que o estudo do Sistema Solar pela Cassini está também a ajudar-nos a compreender melhor outros sistemas estelares," acrescenta Curt Niebur, cientista do programa Cassini na sede da NASA em Washington.

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
PNAS (requer subscrição)
Astronomy
Universe Today
Discovery News
redOrbit
Forbes
gizmag

Titã:
Solarviews
Wikipedia

Saturno:
Solarviews
Wikipedia

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Lista de planetas confirmados (Wikipedia)
Lista de planetas não confirmados (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

Cassini:
Página oficial (NASA)
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Milhões de Estrelas em Omega Centauri
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Equipa CEDICProcessamento - Christoph Kaltseis
 
O enxame estelar Omega Centauri, também conhecido como NGC 5139, encontra-se a cerca de 15.000 anos-luz de distância. O aglomerado contém aproximadamente 10 milhões de estrelas muito mais velhas que o Sol, dentro de um volume com mais ou menos 150 anos-luz em diâmetro, o maior e mais brilhante dos 200 enxames globulares conhecidos que vagueiam o halo da nossa Galáxia, a Via Láctea. Embora a maioria dos enxames estelares consista de estrelas com a mesma idade e composição, o enigmático enxame Omega Centauri exibe a presença de diferentes populações estelares com várias idades e abundâncias químicas. De facto, Omega Centauri pode ser o núcleo remanescente de uma pequena galáxia que se fundiu com a Via Láctea. Esta nítida e colorida imagem astronómica do enxame globular foi capturada em Março sob os céus chilenos de Hacienda Los Andes.
 

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