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Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve
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ASTROBOLETIM N.º 671
De 10/08 a 12/08/2010
 
 
 
 

Dia 10/08: 222.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1945, morria Robert Goddard, um homem de visão que propôs que se enviasse foguetões à Lua já nos anos 20.

Em 1966 era lançado o Lunar Orbiter 1, missão de estudo para a série Apollo
Em 1990, a sonda Magalhães chega a Vénus.
Em 1999 os Sistemas de Ciência Espacial Malin anunciam a confirmação que descreve o nosso vizinho Marte como um local de mudanças meteorológicas e geológicas ao longo do tempo. Um planeta activo é mais provável de conter vida.
Em 2000, uma equipa liderada por astrónomos da Universidade de Columbia descobrem o mais jovem pulsar, nascido de uma explosão há cerca de 700 anos atrás. Situado no lado oposto da Via Láctea, possui características invulgares que podem forçar os cientistas a reconsiderar como os pulsares são criados e evoluem.
Observações: Lua Nova, pelas 04:10.
A brilhante Vega alcança o seu zénite por volta das 23 horas. Quando isso acontece, significa que o Bule de Chá de Sagitário está na sua posição mais alta a Sul.

Dia 11/08: 223.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1999 teve lugar o último eclipse solar total do século XX.

Observações: A finíssima Lua Crescente está uns poucos graus para baixo e para a direita de Mercúrio, extremamente perto do horizonte cerca de 15 a 30 minutos depois do pôr-do-Sol. É uma bonita mas difícil observação, mesmo até com binóculos.
A chuva de meteoros Perseídas está muito activa esta noite.

Dia 12/08: 224.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1877 era feita a primeira observação do satélite de MarteDeimos, por Asaph Halldo Observatório Naval dos EUA.

Descobriu Phobos, a maior das duas luas, seis noites depois.
Em 1960 era lançado o Echo 1. O primeiro satélite experimental de comunicações é usado para redireccionar chamadas telefónicas transcontinentais e intercontinentais, rádio e sinais de televisão.
Em 1977, primeiro voo livre dovaivém espacial Enterprise
Em 1999, a porta do Observatório de Raios-X Chandra, que protege os seus espelhos, abre-se e o Chandra começa a sua exploração do Universo de alta energia. 
Observações: Ao lusco-fusco, procura a fina Lua Crescente a cerca de 10º para baixo do tripleto Vénus-Saturno-Marte, pertos do horizonte a Oeste.
Nesse trio planetário, Marte permanece a 3º de Vénus até dia 25.

 
 
 
A observação de todas as estrelas do céu sem sair do mesmo local apenas é possível no Equador.
 
 
 
  OBSERVE! TRIÂNGULO DE PLANETAS E CHUVA DE METEOROS  
 

As próximas noites oferecem duas espectaculares vistas cósmicas que qualquer pessoa pode apreciar. Começou este fim-de-semana um lindo alinhamento dos planetas Vénus, Marte e Saturno. Esta impressionante reunião precede a anual chuva de meteoros das Perseídas, um festival de estrelas cadentes que terá o seu pico entre 11 e 13 de Agosto.

Cerca de uma hora depois do pôr-do-Sol, qualquer pessoa com uma vista desimpedida do horizonte a Oeste-Noroeste deverá ser capaz de avistar o triângulo dos três planetas, brilhando baixos a Oeste. Encontram-se restringidos a uma área relativamente pequena do céu, formando um conjunto muito distinto e que salta à vista.

A diferença de separação dos três planetas durante a primeira metade de Agosto.
Crédito: Miguel Montes, Stellarium
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Vénus, a famosa "Estrela da Tarde," é o ponto mais brilhante do céu, com Marte e Saturno aparecendo mais ténues. Pode vê-los juntos em qualquer destas noites. Embora Vénus seja brilhante o suficiente para ser observado à vista desarmada no lusco-fusco, Saturno e Marte serão provavelmente um pouco mais difíceis. De facto, embora Saturno e Marte tenham primeira magnitude, terão apenas 1/50 do brilho de Vénus.

Recomenda-se o uso de binóculos para pesquisar no céu o alinhamento planetário, particularmente se estiver pouco nublado ou ainda com muita claridade do Sol. Será mais fácil avistá-los em locais fora das grandes cidades.

Na noite de 12 de Agosto, os três planetas continuam o seu espectáculo a Oeste, desaparecendo bem depois do pôr-do-Sol, depois das 22 horas. Mas o espectáculo não acaba aqui, seguem-se as Perseídas.

Mapa do radiante das Perseídas.
Crédito: Sky & Telescope
 

As Perseídas são provocadas por detritos do cometa Swift-Tuttle. A cada 133 anos o cometa passa pelo Sistema Solar interior e deixa para trás um rasto de detritos. A Terra passa por entre estes detritos todos os meses de Agosto. Quando os bocados de cometa entram na nossa atmosfera, vaporizam-se, criando os meteoros.

Se o tempo permitir, os observadores do céu podem avistar estas "estrelas cadentes" em qualquer lado, mas os melhores sítios são aqueles com céu escuro, longe das áreas urbanas.

A melhor altura para observar a chuva de meteoros será durante as horas da madrugada de Quarta, dia 11 de Agosto, até antes do amanhecer de dia 13 - duas noites completas. Observadores pacientes com boas condições conseguirão ver até 60 estrelas cadentes por hora, ou mais.

Links:

Vénus:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

Marte:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

Saturno:
Solarviews
Wikipedia

Perseídas:
NASA
Sky & Telescope
Wikipedia
Meteor Shower Online

 
     
 
 
     
  IRAS 05437+2502: Uma Nuvem Estelar Enigmática - Crédito: ESAHubbleNASA  
  Foto  
  (clique na imagem para ver versão maior)  
     
 

O que está a iluminar a nebulosa IRAS 05437+2502? Ninguém tem a certeza. Particularmente enigmático é o brilhante "V" de cabeça para baixo que define a fronteira superior desta montanha flutuante de poeira interestelar, visível no centro da imagem. No geral, esta nebulosa fantasmagórica envolve uma pequena região de formação estelar preenchida com poeira escura, descoberta em imagens obtidas pelo satélite IRAS no infravermelho em 1983. A imagem acima foi recentemente capturada pelo Telescópio Hubble que, embora mostre muitos novos detalhes, ainda não descobriu a causa do brilhante arco. Uma hipótese afirma que o arco brilhante foi criado por uma estrela massiva que de algum modo obteve uma alta velocidade e que agora deixou a nebulosa. A ténue e pequena nebulosa IRAS 05437+2502 cobre apenas 1/8 do diâmetro da Lua-Cheia e encontra-se na direcção da constelação de Touro.

 


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