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Edição n.º 899
16/10 a 18/10/2012
 
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EFEMÉRIDES

Dia 16/10: 290.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 2001, a sonda Galileu passava a 181 km de Io, uma das luas de Júpiter.

Observações: Um desafio ao pôr-do-Sol: use binóculos para avistar Mercúrio e a Lua muito fina muito baixos a Oeste-Sudoeste pouco tempo após o pôr-do-Sol.

Dia 17/10: 291.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1604, o astrónomo Johannes Kepler observa uma supernova na constelação de Ofíuco.

Observações: Júpiter, Aldebarã, Beta Tauri, as Híades e as Plêiades adornam o céu a Este esta estação, mas não é tudo. Para lá da vista desarmada e na mesma área estão os grandes asteróides Vesta e Ceres, actualmente com magnitudes 6,7 e 7,2, respectivamente. Encontre-os com um pequeno telescópio ou uns bons binóculos e com o auxílio de um software de astronomia. Estão a caminho da oposição em Dezembro. Totalmente invisível entre os dois asteróides está a sonda Dawn, que partiu de Vesta há algum tempo e chegará a Ceres em Fevereiro de 2015.

Dia 18/10: 292.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 320, Pappus de Alexandria, um filósofo grego, observa um eclipse do Sol e escreve um comentário no Almagest.
Em 1959, a sonda soviética Luna 3 envia as primeiras fotos do outro lado da Lua.
Em 1967, a sonda soviética Venera 4 entra na atmosfera de Vénus e torna-se na primeira a medir a atmosfera de outro planeta.

Em 1989, a sonda Galileu era lançada a partir da missão STS-34.
Observações: A fina Lua Crescente situa-se por cima de Marte e Antares, baixos a Sudoeste ao lusco-fusco.

 
CURIOSIDADES


Um ano é o intervalo de tempo entre duas passagens exactas do Sol no ponto vernal do equinócio da primavera e tem uma duração aproximada de 365,24219 dias.

 
LONGA E SINUOSA ESTRADA: CASSINI CELEBRA 15 ANOS
Clique na imagem para ver a cronologia ilustrada que contém os grandes marcos da viagem da sonda Cassini.
Crédito: NASA/JPL
 

A sonda Cassini comemorou ontem 15 anos de condução ininterrupta, ganhando um lugar entre os guerreiros da estrada interplanetária.

Desde o seu lançamento a 15 de Outubro de 1997, a sonda já registou mais de 6,1 mil milhões de quilómetros de exploração - o suficiente para dar a volta à Terra mais de 152.000 vezes. Depois de passar por Vénus duas vezes, pela Terra, e depois por Júpiter a caminho de Saturno, a Cassini entrou em órbita do planeta em 2004, e aí tem passado os seus últimos oito anos, juntamente com os seus anéis brilhantes e as suas intrigantes luas.

E, para que não seja acusada de se recusar a escrever para casa, a Cassini enviou de volta, até agora, cerca de 444 gigabytes de dados científicos, incluindo mais de 300.000 imagens. Mais de 2500 artigos foram publicados em revistas científicas com base nos dados da Cassini, descrevendo a descoberta da pluma de água gelada e partículas orgânicas expelidas da lua Encelado; as primeiras vistas dos lagos de hidrocarbonetos da maior lua de Saturno, Titã; a revolta atmosférica de uma monstruosa tempestade em Saturno e muitos outros fenómenos curiosos.

"À medida que a Cassini realiza o estudo mais profundo de um planeta gigante até à data, a sonda tem percorrido a mais complexa trajectória assistida pela gravidade jamais tentada," afirma Robert Mitchell, gestor do programa no JPL da NASA em Pasadena, Califórnia, EUA. "Cada passagem rasante por Titã, por exemplo, é como passar um fio pelo buraco de uma agulha. E já o fizemos 87 vezes até agora, com precisões geralmente dentro dos 1,6 km, tudo controlado a partir da Terra a cerca de 1,5 mil milhões de quilómetros de distância."

A complexidade vem, em parte, do alinhamento de visitas a mais de uma dúzia das mais de 60 luas de Saturno e, por vezes, balançando-se para obter vistas dos pólos do planeta e das luas. A Cassini depois percorre o seu caminho de volta até ao equador do planeta, enquanto permanece no percurso para atingir o seu próximo alvo. As direcções que os planeadores da missão comandam também têm que ter em consideração as influências gravitacionais das luas e de uma fonte limitada de combustível.

A sonda Cassini da NASA tem estado numa viagem épica, como este gráfico das órbitas em torno do sistema de Saturno mostram.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/SSI
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"Fico orgulhoso em dizer que a Cassini realizou tudo isto a cada ano dentro do orçamento, com relativamente poucos problemas de saúde," afirma Mitchell. "A Cassini está a entrar na sua meia-idade, com os sinais associados à passagem dos anos, mas está de muito boa saúde e não exige qualquer cirurgia de grande porte."

A pintura branca e macia da antena de alto-ganho provavelmente agora está áspera ao toque, e algumas das coberturas em redor do corpo da sonda estão provavelmente salpicadas por pequenos buracos feitos por micrometeoróides. Mas a Cassini ainda mantém redundância no seus sistemas críticos de engenharia, e a equipa espera que envie mais alguns milhões de bytes de dados científicos à medida que continua a cheirar, provar, ver e ouvir o sistema de Saturno.

E isto é uma coisa boa, porque a Cassini ainda tem uma missão única e ousada pela frente. A Primavera só recentemente começou no hemisfério Norte de Saturno e suas luas, por isso os cientistas estão apenas começando a entender as alterações provocadas pela mudança das estações. Nenhuma outra nave espacial foi até agora capaz de observar tal transformação num planeta gigante.

A partir de Novembro de 2016, a Cassini começará uma série de órbitas que a aproximarão cada vez mais de Saturno. Estas órbitas chegam mesmo ao limite exterior do anel F de Saturno, o mais exterior dos anéis principais. Então, em Abril de 2017, um encontro final com Titã colocará a Cassini numa trajectória que passará por dentro do anel mais interior de Saturno, muito perto do topo da atmosfera de Saturno. Depois de 22 destas passagens rasantes, a perturbação gravitacional de um distante e final encontro com Titã aproximará ainda mais a Cassini. A 15 de Setembro de 2017, após a entrada na atmosfera de Saturno, a sonda será esmagada e vaporizada pela pressão e temperatura do abraço final de Saturno, para proteger mundos como Encelado e Titã, com oceanos de água líquida por baixo das suas crostas gelada que podem abrigar condições para a vida.

"A Cassini tem ainda muitos quilómetros para percorrer antes do seu descanso final, e muitas mais perguntas que nós, cientistas, queremos ver respondidas," afirma Linda Spilker, cientista do projecto Cassini no JPL. "De facto, as suas últimas órbitas poderão ser as mais emocionantes, porque vamos ser capazes de descobrir como é estar tão perto do planeta, com dados que não podem ser recolhidos de outra maneira."

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)

Titã:
Solarviews
Wikipedia

Saturno:
Solarviews
Wikipedia

Cassini:
Página oficial (NASA)
Wikipedia

 
AMADORES DESCOBREM PLANETA EM SISTEMA QUÁDRUPLO

A descoberta de planetas continua a crescer para além do domínio dos astrónomos profissionais. Um esforço conjunto de astrónomos amadores e cientistas levou ao primeiro caso de um planeta orbitando uma estrela dupla que, por sua vez, é orbitado por um segundo par de estrelas distantes.

Ajudado por cientistas voluntários que utilizam o site Planethunters.org, uma equipa internacional de astrónomos liderada pela Universidade de Yale identificou e confirmou a descoberta do fenómeno, chamado de planeta circumbinário num sistema de quatro estrelas. Apenas seis planetas são conhecidos a orbitar duas estrelas, mas nenhuma delas é orbitada por um binário distante.

Chamado PH1, o planeta foi identificado por cientistas cidadãos participantes do programa Planet Hunters, que pede com que o público analise dados astronómicos do Observatório Kepler da NASA em busca de sinais de planetas que transitem estrelas distantes.

Ilustração de artista de PH1, um planeta descoberto por voluntários do projecto Planet Hunters. Visto aqui no pano da frente, é o primeiro caso registado de um planeta em órbita de uma estrela dupla que, por sua vez, é orbitada por um segundo par de estrelas distantes. O fenómeno é chamado planeta circumbinário num sistema quádruplo.
Crédito: Haven Giguere/Yale
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"Eu celebro esta descoberta como um marco para a equipa do Planet Hunters: a descoberta do seu primeiro exoplaneta escondido em dados do Kepler. Eu celebro esta descoberta pelo "factor-uau" de um planeta num sistema quádruplo," afirma Natalie Batalha, cientista do Kepler no Centro de Pesquisa Ames da NASA, em Moffett Field, no estado americano da Califórnia. "Mais importante, celebro esta descoberta como fruto de uma exemplar cooperação humana - cooperação entre cientistas e cidadãos que dão de si mesmos por amor às estrelas, ao conhecimento e à exploração."

Um pouco maior que Neptuno e provavelmente um gigante gasoso, PH1 orbita as suas estrelas a cada 137 dias. Para lá da órbita do planeta, a aproximadamente 900 vezes a distância entre a Terra e o Sol, um segundo par de estrelas orbita o sistema planetário.

O artigo científico foi submetido à revista Astrophysical Journal e foi apresentado na reunião anual da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronómica Americana em Reno.

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Planet Hunters
Artigo científico (formato PDF)
SPACE.com
Spaceref
Universe Today
PHYSORG
redOrbit
BBC News
Wired
The Verge
io9
The Register

Planet Hunters:
Página oficial
Wikipedia

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Wikipedia (lista)
Wikipedia (lista de extremos)
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

Telescópio Espacial Kepler:
NASA (página oficial)
Arquivo de dados do Kepler
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - XDF do Hubble (eXtreme Deep Field)
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: NASAESAG. Illingworth, D. Magee, and P. Oesch (UCSC), R. Bouwens (Obs. Leiden), e a Equipa XDF
 
Como eram as primeiras galáxias? Para ajudar a responder a esta questão, o Telescópio Espacial Hubble completou o XDF (eXtreme Deep Field), a imagem mais profunda do Universo já obtida no visível. Vista acima, a imagem exibe uma amostra de algumas das mais antigas galáxias já observadas, galáxias formadas após a "Idade das Trevas" do Universo, há 13 mil milhões de anos atrás. A câmara ACS do Telescópio Espacial Hubble e o canal infravermelho da câmara WFPC3 capturaram a imagem. Combinando esforços que se prolongam por mais de 10 anos, o XDF é mais sensível, nalgumas cores, que o HDF original (Hubble Deep Field), o HUDF (Hubble Ultra Deep Field) completado em 2004, e o HUDF no infravermelho completado em 2009. Astrónomos por todo o globo vão provavelmente estudar o XDF durante anos para melhor compreender como as estrelas e as galáxias se formaram no início do Universo.
 

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