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Edição n.º 1100
23/09 a 25/09/2014
 
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23/09/14 - EQUINÓCIO DE OUTONO
12:00 – 14:00
O Centro Ciência Viva do Algarve associa-se às celebrações do equinócio de outono (a segunda ocasião, em cada ano civil, em que o dia e a noite têm a mesma duração) promovendo as actividades de medição da altura do Sol e de observação solar.
Actividade gratuita; em frente do Centro Ciência Viva do Algarve

 
EFEMÉRIDES

Dia 23/09: 266.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1791, nascia Johann Franz Encke, astrónomo alemão que trabalhou no cálculo de períodos de cometas e asteróides, mediu a distância da Terra ao Sol e fez observações do planeta Saturno.
Em 1819, nascia Hippolyte Fizeau, físico francês conhecido por medir a velocidade da luz numa experiência com o seu nome.
Em 1846, Neptuno é descoberto pelo astrónomo francês Urbain Jean Joseph Le Verrier e pelo astrónomo inglês John Couch Adams; a descoberta é verificada pelo astrónomo alemão Johann Galle.
Em 1999, a NASA anunciava ter perdido o contacto com a Mars Climate Orbiter

Observações: Equinócio de Outono, pelas 03:29. O Sol atravessa o equador dirigindo-se para Sul durante o resto do ano. Começa o Outono no Hemisfério Norte, a Primavera no Hemisfério Sul. A duração do dia e da noite são quase iguais. O Sol nasce e põe-se quase exactamente nos pontos cardeais Este e Oeste.

Dia 24/09: 267.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1970, a primeira sonda não-tripulada, a soviética Luna 16, regressa da Lua com mais de um quilograma de material lunar.

Em 1990, é observada a periódica Grande Mancha Branca em Saturno.
Observações: Lua Nova, pelas 07:16.
Marte encontra-se a menos de 4º de Antares (passa a Norte) até dia 30 de Setembro. O Planeta Vermelho é apenas um pouco mais brilhante e quase da mesma cor que Antares, palavra grega para "anti-Marte".

Dia 25/09: 268.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1644, nascia Ole Romer, um astrónomo dinamarquês que foi responsável pela demonstração de que a velocidade da luz era finita contrariamente ao que se pensava à data.

Em 1992, a NASA lança a Mars Observer, uma sonda de 511 milhões de dólares com destino Marte, a primeira ao planeta em 17 anos. Onze meses mais tarde, a sonda falha. 
Em 2008, a China lança a nave Shenzhou 7.
Observações: Com a chegada do Outono, Deneb lentamente substitui Vega como a estrela mais brilhante perto do zénite após o anoitecer (para latitudes médias norte).

 
CURIOSIDADES


A Terra gira em torno do seu eixo a 1674,4 km/h (no equador). Por isso, nada podia ser mais falso que a afirmação "Estou parado(a)!"

 
MAVEN CHEGA A MARTE, AMANHÃ É A VEZ DA INDIANA MANGALYAAN
Impressão de artista da sonda MAVEN com o planeta Marte como fundo.
Crédito: NASA/Goddard (clique na imagem para ver versão maior)
 

A sonda MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile Evolution) da NASA entrou com sucesso em órbita de Marte.

Lançada em Novembro de 2013, terminou a sua viagem interplanetária com um disparo de 33 minutos do seu propulsor, colocando-a numa órbita elíptica que vai encolher durante as próximas seis semanas. A sua tarefa será descobrir o que é que aconteceu à atmosfera de Marte.

As sondas e rovers anteriores viram evidências químicas e geológicas de que o Planeta Vermelho já foi muito parecido com a Terra: quente, húmido, um ambiente amigável para a vida. Mas a certo ponto, as coisas mudaram: Marte perdeu a maioria da sua atmosfera espessa que permitia com que a água permanecesse no estado líquido à superfície. Ao examinar a atmosfera actual e ao observar em tempo real como muda em resposta à radiação do Sol, a MAVEN vai tentar descobrir o quando e o porquê disso ter acontecido.

Amanhã será a vez da sonda indiana MOM (Mars Orbiter Mission, ou Mangalyaan) chegar a Marte. Começará a sua inserção orbital por volta das 4 da manhã (hora de Portugal).

Impressão de artista da sonda MOM (Mars Orbiter Mission, ou Mangalyaan).
Crédito: Nesnad, Wikipedia
(clique na imagem para ver versão maior)
 

A MOM vai estudar o clima de Marte, fotografar a superfície e mapear os minerais do planeta, e poderá ser capaz de determinar de onde é que surgiu o metano detectado por sondas anteriores.

Se for bem-sucedida, será a primeira sonda indiana a orbitar Marte.

Ambas as sondas chegaram mesmo a tempo de observar o que promete ser a mais feroz chuva de meteoros já registada. Terá início quando o Cometa Siding Spring passar pelo planeta em meados de Outubro, a uns meros 173.000 quilómetros da sua superfície.

Links:

Cobertura da missão MAVEN:
19/09/2014 - MAVEN chega a Marte este fim-de-semana
19/11/2013 - Lançamento da MAVEN
15/11/2013 - MAVEN vai investigar o que aconteceu em Marte
01/11/2013 - NASA prepara lançamento da 1.ª missão de exploração da atmosfera marciana

Cobertura da missão MOM (Mangalyaan):
05/11/2013 - Lançamento da sonda indiana MOM

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Universe Today
NewScientist
SPACE.com
SPACE.com - 2
Sky & Telescope
EarthSky
Spaceflight Now
Astronomy
redOrbit
PHYSORG
Scientific American
Discovery News
National Geographic
BBC News
TIME
Forbes
ars technica
Gizmodo
Expresso
Público
SIC Notícias
RTP

MAVEN:
NASA
NASA - 2
Wikipedia

MOM (Mars Orbiter Mission):
ISRO
Wikipedia

Marte:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

 
GALÁXIAS GIGANTES "GANHAM PESO" AO ASSIMILAR VIZINHAS MAIS PEQUENAS

De acordo com cientistas australianos, as galáxias gigantescas do Universo pararam de fabricar as suas próprias estrelas e em vez disso alimentam-se de galáxias vizinhas.

Os astrónomos observaram mais de 22.000 galáxias e descobriram que, enquanto galáxias mais pequenas são muito eficientes a criar estrelas a partir de gás e poeira, as galáxias mais massivas são muito menos eficientes na formação estelar, produzindo quase nenhumas estrelas novas, ao invés crescendo através da assimilação de outras galáxias.

O estudo foi publicado a semana passada na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, da Universidade de Oxford.

Algumas das milhares de galáxias em fusão identificadas pelo estudo GAMA.
Crédito: Professor Simon Driver e Dr. Aaron Robotham, ICRAR
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O Dr. Aaron Robotham, do ICRAR (International Centre for Radio Astronomy Research - University of Western Australia), afirma que galáxias mais pequenas e "anãs" são devoradas pelas suas homólogas maiores. "Todas as galáxias começam pequenas e crescem através da recolha de gás e poeira, transformando-os em estrelas de modo muito eficiente," acrescenta. "E de vez em quando são completamente canibalizadas por uma galáxia maior."

Robotham, que liderou a pesquisa, disse que a nossa própria Via Láctea está num ponto crítico e espera-se agora que cresça principalmente através da ingestão de galáxias mais pequenas, em vez de recolher gás. "A Via Láctea não se junta a outra galáxia grande há já muito tempo mas ainda é possível observar restos de todas as galáxias antigas que canibalizou," comenta. "A nossa Galáxia também vai absorver duas galáxias anãs próximas, a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães, daqui a aproximadamente quatro mil milhões de anos." Mas o Dr. Robotham acrescenta que a Via Láctea eventualmente acabará por receber um castigo quando se fundir com a Galáxia de Andrómeda daqui a cerca de cinco mil milhões de anos. "Tecnicamente, é Andrómeda que nos assimilará, porque é a mais massiva das duas," afirma.

Quase todos os dados da investigação foram recolhidos com o Telescópio Anglo-Australiano na Nova Gales do Sul, como parte do estudo GAMA (Galaxy And Mass Assembly), liderado pelo professor Simon Driver do ICRAR. O estudo GAMA envolve mais de 90 cientistas e levou sete anos a ser concluído. Este estudo é um dos mais de 60 publicados que resultaram do esforço técnico, e outros 180 estão em andamento.

Robotham afirma que à medida que as galáxias crescem, têm mais gravidade e isso pode, portanto, puxar mais facilmente os seus vizinhos galácticos. Ele salienta que a razão da formação estelar abrandar em galáxias gigantes é devida a eventos extremos de feedback numa região muito brilhante no centro das galáxias conhecida como núcleo galáctico activo. "O tema é muito debatido, mas um mecanismo popular é que o núcleo galáctico activo basicamente cozinha o gás e impede-o de arrefecer para formar estrelas," afirma Robotham.

Por fim, a gravidade faz com que todas as galáxias se agrupem intimamente em enxames e originem algumas galáxias super-gigantes, mas vamos ter que esperar muitos milhares de milhões de anos até isso acontecer. "Se esperássemos muito, muito, muito tempo, isso eventualmente acabaria por acontecer, mas por muito tempo eu quero dizer muitas vezes a idade do Universo [até agora]," conclui.

Links:

Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
05/07/2013 - Será que Andrómeda colidiu com a Via Láctea há 10 mil milhões de anos atrás?
01/06/2012 - Hubble mostra que Via Láctea está destinada a colidir de frente com Andrómeda
16/05/2007 - Andrómeda - o nosso futuro lar?

Notícias relacionadas:
ICRAR (comunicado de imprensa)
Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
Artigo científico (arXiv.org)
Animação da colisão entre a Via Láctea e a Galáxia de Andrómeda (via VIMEO)
Universe Today
redOrbit
PHYSORG
SPACE.com
Space Daily
(e) Science News
Nature World News
Forbes

GAMA (Galaxy And Mass Assembly):
Página oficial

Via Láctea:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia
SEDS

Galáxia de Andrómeda (M31):
SEDS
Wikipedia

Galáxias em interacção:
Wikipedia
Uinversidade Estatal do Iowa

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Luas Potencialmente Habitáveis
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Pesquisa e compilação - René Heller (Univ. McMaster) et al.; Painéis - NASA/JPL/Space Science Institute; Direitos de autor: Ted Stryk
 
Para os astrobiólogos, estas podem ser as quatro luas mais interessantes do nosso Sistema Solar. Exibidas à mesma escala, a sua exploração por sondas interplanetárias lançou a ideia que luas, não apenas os planetas, podem albergar ambientes que suportem vida. A missão Galileu a Júpiter descobriu o oceano global e subsuperficial de Europa e indicações de mares interiores em Ganimedes. Em Saturno, a sonda Cassini detectou erupções de gelo a partir de Encelado, indicando a presença de água subterrânea, e lagos de hidrocarbonetos à superfície da grande lua Titã, com a sua atmosfera muito densa. Agora olhando para lá do Sistema Solar, novas pesquisas sugerem que as exoluas grandes podem na realidade ultrapassar, em número, os exoplanetas nas zonas habitáveis. Isto torna as luas como o tipo mais comum de mundo habitável no Universo.
 

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