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Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve
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ASTROBOLETIM N.º 526
De 20/04 a 21/04/2009
 
 
     
 

Dia 20/04: 110.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1972, a Apollo 16 aterra na Lua, uma das seis missões tripuladas à Lua com sucesso.

John W. Young e Thomas K. Mattingly III alunaram numa área de nome Descartes. Este foi o primeiro estudo das terras-altas, feito com várias câmaras e experiências. O "rover" lunar foi usado pela segunda vez. Os astronautas permaneceram 71 horas na superfície. Recolheram 95.8 kg de rochas lunares.
Observações: Nesta altura Vega, a estrela de Verão, nasce a nordeste, mesmo ao pôr-do-Sol.

Dia 21/04: 111.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 2002, uma erupção no Sol providencia uma excelente oportunidade para uma panóplia de instrumentos nas sondas SOHO, TRACE e RHESSI recolherem dados para comparação com o modelo Lin & Forbes de CMEs (ejecção de massa coronal).

Observações: A estrela mais brilhante do céu nocturno, Sirius, também chamada de "Estrela de Inverno", ainda pisca a Sudoeste durante o anoitecer no final de Abril. Até que horas a consegue observar?

 
 
 


O pulsar com maior velocidade de rotação conhecido é o PSR J1748-2446ad que tem uma frequência de 716 rotações por segundo (716 Hz). Para se ter ideia da enormidade deste número, pense-se que as "varinhas mágicas" mais rápidas usadas na cozinha normalmente em frequência na ordem dos 500 Hz.

 
 
 
AIA 2009
 
 
  PRIMEIRAS IMAGENS DA MISSÃO KEPLER  
 

O telescópio espacial Kepler fez a sua primeira observação! A missão espacial captou a sua primeira imagem observando um campo de estrelas denso na região do céu onde irá em breve começar a caça a planetas semelhantes à Terra. As primeiras imagens obtidas mostram o campo da missão, um vasto campo estrelado na região de Cygnus-Lyra, na nossa galáxia, a Via Láctea. Uma imagem mostra milhões de estrelas no campo de visão completo do Kepler, enquanto outras duas são um zoom sobre porções da maior região. "O primeiro vislumbre do céu do Kepler é inspirador", disse Lia LaPiana, executiva do programa Kepler na sede da NASA, em Washington. "Ser capaz de ver milhões de estrelas numa única imagem é simplesmente deslumbrante."

Exemplo de fotografia e respectiva legenda

Enxame de estrelas no campo do telescópio espacial Kepler.
Crédito: NASA/Ames/JPL-Caltech
(Clique na imagem para ver maior)


A imagem acima é o zoom de uma pequena parte - apenas 0,2 porcento- do campo de visão completo do telescópio Kepler , e uma mostra um extenso quadrado de 100º do céu da nossa galáxia, sendo evidente um enxame globular chamado NGC 6791, localizado a cerca de 13.000 anos-luz da Terra, que pode ser visto no canto superior direito. As imagens foram tiradas a 8 de Abril de 2009, um dia depois de Kepler da remoção da tampa que cobria a frente do telescópio.

Exemplo de fotografia e respectiva legenda

O campo de visão do Kepler
Crédito: NASA/Ames/JPL-Caltech
(Clique na imagem para ver maior)

A imagem acima apresenta todo o campo de visão do Kepler - um quadrado de 100 graus no céu, o equivalente a dois asterismos da Ursa Maior (a caçarola) lado a lado. As regiões contêm um número estimado de 14 milhões de estrelas, mais de 100.000 das quais foram selecionadas como candidatas ideais para a caça a planetas. "É emocionante ver este tesouro de estrelas", afirmou William Borucki, investigador principal para ciência da missão Kepler, do Ames Research Center da NASA em Moffett Field, na Califórnia. "Esperamos encontrar centenas de planetas circundando essas estrelas e, pela primeira vez, poder olhar para planetas do tamanho da Terra nas zonas habitáveis em torno de outras estrelas semelhantes ao Sol ".

A missão Kepler vai passar os próximos três anos e meio investigando mais de 100.000 estrelas pré-seleccionadas para a detecção de planetas. Espera-se para encontrar uma variedade de mundos, desde grandes e gasosos até rochosos tão pequenos como a Terra. A missão é a primeira com a capacidade de encontrar planetas como o nosso - planetas pequenos e rochosos que orbitam estrelas na zona habitável, onde as temperaturas são ideais para a existência de possíveis lagos e oceanos de água.

Exemplo de fotografia e respectiva legenda

A estrela TrES-2 que se sabe possuir um planeta gigante gasoso tipo Júpiter que a orbita a cada 2,5 dias.
Crédito: NASA/Ames/JPL-Caltech
(Clique na imagem para ver maior)

Para encontrar planetas, Kepler irá perscrutar grande extensão do céu ao longo da sua duração de vida, procurando abaixamentos periódicos no brilho das estrelas quando os seus planetas passarem em frente delas e bloquearem parcialmente a sua luminosidade. A sua câmara CCD de 95-megapixeis é a maior já lançada para o espaço, e pode detectar pequenas mudanças no brilho das estrelas até um limite de apenas 20 partes por milhão. As imagens da câmara são intencionalmente desfocadas para minimizar o número de estrelas brilhantes que podem saturar os detectores. Embora algumas das estrelas ligeiramente saturadas sejam candidatos a planetas para pesquisas, as estrelas fortemente saturadas não o são .

"Tudo sobre Kepler foi optimizado para encontrar planetas da dimensão da Terra", disse James Fanson, gestor de projecto Kepler do Jet Propulsion Laboratory da NASA em Pasadena, na Califórnia. "As nossas imagens são roteiros que nos permitirão, em poucos anos, apontar para uma estrela e dizer se está lá um mundo como o nosso. "

Os cientistas e engenheiros vão passar as próximas semanas a calibrar o instrumento da ciência da missão Kepler ( o fotómetro) e a ajustar o alinhamento do telescópio para conseguir o melhor foco.. Após a conclusão dessas etapas, vai começar a caçada aos planetas.

Links:

Notícias das imagens:
NASA

Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve:
20 de Fevereiro de 2008 - Muitas, talvez a maioria das estrelas tipo-Sol podem formar planetas
25 de Junho de 2008 - Astrónomos à beira de descobrir gémeo da Terra
4 de Fevereiro de 2009 - COROT descobre o planeta extrasolar mais pequeno até agora
6 de Fevereiro de 2009 - Telescópio Kepler irá pesquisar "Terras" extrasolares
18 de Fevereiro de 2009 - Via Láctea poderá ter milhares de milhões de "Terras"
6 de Março de 2009 -Telescópio Kepler é lançado hoje
9 de Março de 2009 - Missão Kepler parte em busca de novos Mundos

Outras Notícias :
Universe Today

 
 
 
FESTIVAL EUROPEU DE CINEMA IMERSIVO NO CENTRO MULTIMEIOS DE ESPINHO
 
 

Se já visitou um Planetário, com certeza deixou-se cativar pelo seu ambiente, diferente de todos os tradicionais espaços de entretenimento. Tradicionamente associados à Astronomia, os Planetários, com as constantes evoluções tecnológicas, são agora palco dos mais diferentes tipos de espectáculos nas mais diversas áreas.

O Cinema Imersivo é o resultado dessa evolução e o IFF será o primeiro Festival na Europa a apresentar este conceito inovador, onde o espectador é completamente rodeado por imagem (real e 3D) e som em toda a cúpula do planetário, permitindo-lhe envolver-se completamente no espectáculo.

O Festival decorrerá nos dias 24, 25 e 26 de Abril em Espinho, no Planetário do Centro Multimeios, onde terá a oportunidade única de assistir às mais variadas e prestigiadas produções de cinema imersivo internacionais, que actualmente são apresentadas em planetários de todo mundo. Graças à mais avançada tecnologia, poderá assistir a produções do Japão, E.U.A, Reino Unido, Holanda, França, Austrália, entre outras.

Os filmes serão exibidos na versão em inglês, sem legendagem, dado o seu inovador método de projecção e de forma a proporcionar ao espectador uma maior sensação de imersão.

Para além da competição e de sessões para o público, haverá também sessões especiais para os mais novos.

Os preços dos bilhetes são os seguintes:
Normal | 2,50€
Cartão Jovem, Estudante e maiores de 65 anos | 2€
Acreditação para todas as sessões do Festival | 40€

Exemplo de fotografia e respectiva legenda

Cinema imersivo no Centro Multimeios de Espinho
Crédito: Centro Multimeios de Espinho

Esta iniciativa tem, para além de outros patrocinadores, o apoio do Ano Internacional da Astronomia 2009.

Vá até Espinho e aproveite.

Links:

Página do Evento
Festival Europeu de Cinema Imersivo

 
     
     
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Vénus desaparece durante uma "chuva de estrelas" (via NASA Science News)
Uma "chuva de estrelas". Uma Lua em Crescente. Um planeta que desaparece. Todas estas três coisas serão observáveis na próxima quarta-feira dia 22 de Abril quando a Lua ocultar Vénus durante a "chuva de estrelas" anual das Liríadas.[Ler fonte]

Tempestades de poeiras atingem Marte (via NASA)
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Maior colisão de enxames de galáxias detectada pelo Chandra (via Chandra Press Room)
A colisão de galáxias de maior lotaçao alguma vez detectada foi identificada através da combinação de informação provenientes de três telescópios diferentes. Este resultado dá aos cientistas uma oportunidade de aprender o que acontece quando alguns dos maiores objectos do Universo colidem uns com os outros.
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  Poeira da NGC1333 - Crédito: Stephen Leshin  
  Foto  
  (clique na imagem para ver versão maior)  
     
 

A NGC 1333 é visível no óptico como uma nebulosa de reflecção, com as tonalidades azuladas que são características da radiação estelar dispersa pela poeira. A apenas 1.000 anos-luz na direcção da constelação de Perseu, encontra-se no limiar de uma gigantesca nuvem molecular onde está a ocorrer formação estelar. Esta imagem cobre cerca de 4 anos-luz à distância estimada a que NGC 1313 se encontra de nós. A imagem apresenta detalhes da região de poeira onde se vê a luz avermelhada pela extinção das estrelas jovens que acabaram de nascer. De facto, NGC 1333 contém centenas de estrelas jovens com menos de um milhão de anos, a maior parte ainda escondidas dos telescópios ópticos pela poeira desta região.

 


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