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Edição n.º 1098
16/09 a 18/09/2014
 
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23/09/14 - EQUINÓCIO DE OUTONO
12:00 – 14:00
O Centro Ciência Viva do Algarve associa-se às celebrações do equinócio de outono (a segunda ocasião, em cada ano civil, em que o dia e a noite têm a mesma duração) promovendo as actividades de medição da altura do Sol e de observação solar.
Actividade gratuita; em frente do Centro Ciência Viva do Algarve

 
EFEMÉRIDES

Dia 16/09: 259.º dia do calendário gregoriano.
Observações: Lua em Quarto Minguante, pelas 03:06.
Arcturo é a estrela mais brilhante bem alta a Oeste após o anoitecer. É uma gigante laranja a 37 anos-luz de distância. Para a sua direita está a Ursa Maior, cuja maioria das estrelas está situada a cerca de 80 anos-luz de distância.

Dia 17/09: 260.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1789, William Herschel descobre a Lua de Saturno, Mimas
Em 1976, era apresentado pela NASA o primeiro Space Shuttle,Enterprise.

Observações: Marte está a pouco mais de 0,3º para cima da estrela Delta Scorpii (Dschubba).

Dia 18/09: 261.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1959, a Vanguard 3 é lançada para órbita terrestre.

Em 1977, a Voyager 1 tira a primeira fotografia da Terra e da Lua juntas. 
Em 1980, a Soyuz 38 transporta 2 cosmonautas (1 cubano) para a estação espacial Salyut 6.
Observações: Após o anoitecer, procure Fomalhaut, a Estrela de Outono, a nascer a Sudeste. À mesma altura, Arcturo, a Estrela da Primavera, estará ficando baixa a Oeste. Estarão aproximadamente à mesma altura entre as 21:30 e as 22:00. Quão detalhadamente pode temporizar este evento?

 
CURIOSIDADES


Existem mais de 180,000 kg de objectos artificais na Lua, restos de missões e sondas. Consulte aqui a lista.

 
ESTÁ ESCOLHIDO O LOCAL DE ATERRAGEM DO PHILAE
O Philae vai aterrar no Local J, a região no centro da imagem, maracada pela cruz.
Crédito: ESA/Rosetta/MPS para Equipa OSIRIS MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O "lander" Philae da Rosetta terá como alvo o Local J, uma região fascinante do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko que oferece um potencial científico único, com pistas de actividade nas proximidades e risco mínimo para o "lander" em comparação com outros locais candidatos.

O Local J está na "cabeça" do cometa, um mundo de forma irregular com pouco mais de 4 km de comprimento. A decisão de escolher o Local J como o local primário foi unânime. O local secundário, Local C, está situado no "corpo" do cometa.

O Philae, com 100 kg, tem pouso planeado à superfície no dia 11 de Novembro, onde irá realizar medições detalhadas para caracterizar o núcleo "in situ" de uma maneira totalmente inédita.

Mas a escolha do local de pouso adequado não foi uma tarefa fácil.

"Como vimos a partir de imagens recentes, o cometa é um mundo maravilhoso mas dramático - é cientificamente interessante, mas a sua forma faz com que seja operacionalmente complicado," afirma Stephan Ulamec, da equipa do Philae no Centro Aeroespacial DLR alemão.

"Nenhum dos locais candidatos cumpria todos os critérios operacionais a 100%, mas o Local J é claramente a melhor solução."

"Vamos fazer a primeira análise 'in situ' de um cometa neste local, dando-nos uma visão sem precedentes da composição, estrutura e evolução," comenta Jean-Pierre Bibring, cientista do "lander" e investigador principal do instrumento CIVA e do IAS (Institut d'Astrophysique Spatiale) em Orsay, França.

"O Local J, em particular, oferece-nos a oportunidade de analisar material pristino, de caracterizar as propriedades do núcleo e de estudar os processos que alimentam a sua actividade."

A corrida para encontrar um local de aterragem só pôde começar quando a Rosetta chegou ao cometa no dia 6 de Agosto, quando foi visível de perto pela primeira vez. No dia 24 de Agosto, usando dados recolhidos quando a Rosetta estava ainda a 100 km do cometa, foram escolhidas cinco regiões candidatas para posterior análise.

Imagem que mostra a posição do local de aterragem primário para o "lander" Philae da sonda Rosetta.
Crédito: ESA/Rosetta/MPS para Equipa OSIRIS MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Desde aí, a sonda moveu-se até 30 km do cometa, proporcionando medições científicas mais detalhadas dos locais candidatos. Em paralelo, as equipas de operação e de dinâmica de voo têm vindo a explorar opções para a aterragem do "lander" em todos os cinco candidatos.

Durante o fim-de-semana, os engenheiros e cientistas encarregues de tomar a decisão reuniram-se para escolher o local primário e o secundário. Tiveram de ser considerados um certo número de aspectos críticos, entre eles a identificação de uma trajectória segura para a aterragem do Philae e a densidade de perigos visíveis na zona de aterragem. Uma vez na superfície, outros factores entram em jogo, entre eles o número de horas diurnas e nocturnas e a frequência de passagens para comunicação com a sonda.

A descida para o cometa é passiva e só é possível prever que o ponto de pouso será dentro de uma "elipse de aterragem", normalmente com algumas centenas de metros de tamanho.

Para cada local candidato, foi avaliada uma área com 1 quilómetro quadrado. No Local J, a maioria das encostas tem menos de 30º relativamente ao chão local, reduzindo a probabilidade do Philae tombar durante a aterragem. O Local J também parece ter relativamente poucos pedregulhos, e recebe iluminação diária suficiente para recarregar o Philae e continuar as operações científicas à superfície para lá da fase inicial alimentada a bateria.

A avaliação provisória da trajectória até ao Local J descobriu que o tempo de descida do Philae, até à superfície, ronda as sete horas, um espaço de tempo que não compromete as observações do cometa através da utilização da bateria durante esta fase.

Tanto o Local B como o C foram considerados para locais secundários, mas o C foi o escolhido devido a um maior perfil de iluminação e menos rochas. Os Locais A e I pareciam atraentes durante a primeira ronda da discussão, mas foram eliminados durante a segunda ronda pois não satisfaziam uma série de critérios-chave.

Imagem contextual do Cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko com os cincos candidatos a local de aterragem para o "lander" Philae da Rosetta. O Local C é o local secundário.
Crédito: ESA/Rosetta/MPS para Equipa OSIRIS MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Uma linha temporal adicional será agora preparada para determinar a trajectória de aproximação da Rosetta com precisão a fim de entregar o Philae ao Local J. A aterragem deve ocorrer antes de meados de Novembro, antes que o cometa aumente consideravelmente de actividade à medida que se aproxima do Sol.

"Não há tempo a perder, mas agora que estamos mais perto do cometa, as operações científicas e de mapeamento vão ajudar a melhorar a análise dos locais primário e secundário," afirma Andrea Accomazzo, directora de voo da Rosetta.

"É claro que não podemos prever a actividade do cometa até à aterragem, e durante o próprio dia do pouso. Um aumento repentino na actividade pode afectar a posição orbital da Rosetta e, por sua vez, o local exacto onde o Philae vai pousar, e é isso que torna esta operação muito arriscada".

Uma vez livre da Rosetta, a descida do Philae vai ser autónoma. Os comandos terão que ser preparados pelo Centro de Controlo e enviados pelo controle da missão antes da separação.

Durante a descida, serão obtidas imagens e outras medições do ambiente do cometa.

Quando o Philae tocar o chão, a uma velocidade equivalente ao andar de um ser humano, usará arpões e parafusos para se prender à superfície. Fará então uma imagem panorâmica de 360º do local de aterragem para ajudar a determinar onde e em que orientação pousou.

A fase científica inicial começará depois com outros instrumentos que vão analisar o plasma, ambiente magnético e a temperatura à superfície e subsuperfície. O Philae vai também perfurar e recolher amostras, entregando-as a um laboratório no seu interior para análise. A estrutura interior do cometa também será explorada através do envio de ondas de rádio até à Rosetta.

"Nunca ninguém tentou pousar antes num cometa, por isso é um verdadeiro desafio," afirma Fred Jansen, gestor da missão Rosetta da ESA. "A complicada estrutura 'dupla' do cometa tem um impacto considerável nos riscos globais relacionados com a aterragem, mas são riscos que valem a pena enfrentar pela hipótese de fazer a primeira aterragem controlada num cometa."

A data de aterragem deverá ser confirmada no dia 26 de Setembro, depois de uma análise mais aprofundada da trajectória e o "Go/No Go" final do pouso no local primário será antecedido de uma abrangente revisão de prontidão no dia 14 de Outubro.

Links:

Cobertura da missão Rosetta pelo Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
26/08/2014 - Onde é que o Philae vai aterrar?
08/08/2014 - A nave Rosetta chega ao seu cometa de destino
05/08/2014 - Sonda Rosetta chega a cometa esta semana
01/04/2014 - Philae está acordado!
17/01/2014 - O despertador mais importante do Sistema Solar
13/07/2010 - Rosetta triunfa no asteróide Lutetia
13/11/2009 - Será que o "flyby" da Rosetta indica uma nova física exótica? 
06/11/2009 - Rosetta faz último "flyby" pela Terra a 13 de Novembro 
06/09/2008 - Rosetta passa por Steins: um diamante no céu 
03/09/2008 - Contagem decrescente para "flyby" por asteróide 
28/02/2007 - A semana dos "flybys" 
01/06/2004 - Primeira observação científica da Rosetta 
12/03/2004 - Escolhidos os dois asteróides para aproximação da Rosetta 
09/03/2004 - Sonda Rosetta finalmente lançada

Notícias relacionadas:
ESA (comunicado de imprensa)
NASA (comunicado de imprensa)
The Planetary Society
Astronomy
Sky & Telescope
Science
redOrbit
Universe Today
SPACE.com
PHYSORG
NewScientist
EarthSky
Discovery News
National Geographic
BBC News
gizmag
io9
ars technica
euronews
tek sapo
AstroPT

Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko:
Wikipedia
ESA

Sonda Rosetta:
ESA
Blog da Rosetta - ESA
NASA
Twitter
Como a Rosetta vai orbitar o cometa (YouTube - New Scientist)
Wikipedia
Philae (Wikipedia)

 
TAMBÉM EM DESTAQUE
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ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - 62 Quilómetros por Cima do Cometa Churyumov-Gerasimenko
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: ESA / Rosetta / MPS para Equipa OSIRISMPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA 
Processamento adicional e direitos de autor:  Elisabetta Bonora & Marco Faccin (Alive Universe Images)
 
A sonda Rosetta continua a aproximar-se, a orbitar e a mapear o Cometa Churyumov-Gerasimenko. Atravessando o Sistema Solar interior durante 10 anos até alcançar a vizinhança do cometa durante o mês passado, a sonda robótica continua a capturar imagens do núcleo cometário. A imagem acima, reconstruída a cores e capturada há cerca de 11 dias atrás, indica quão escuro é o núcleo do cometa. Em média, a superfície do cometa reflecte apenas aproximadamente 4% da luz visível, o que o torna tão escuro como carvão. O Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko mede cerca de 4 quilómetros em comprimento e tem uma gravidade à superfície tão baixa que um astronauta podia saltar para longe dele. Daqui a cerca de dois meses, a Rosetta está programada para lançar o primeiro veículo a tentar um pouso controlado no núcleo de um cometa.
 

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